H - Ponto Zero escrita por Siadk


Capítulo 1
001 - Ponto Zero


Notas iniciais do capítulo

O nome em [ ] é o personagem que está narrando o capitulo, cada cap é narrado por um personagem.

Todos os personagens dessa história pertencem à mim. Por Favor não usar sem minha permissão!



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001 – Ponto Zero

 

[Daniel]

 

 

A verdade é que em momento algum eu cheguei a imaginar que algo ou alguém pudesse nos fazer mal, pudesse nos ferir. Isso apenas prova que eu ainda tenho muito a aprender. E o que eu estava aprendendo naquele momento, com os olhos afogados em lagrimas, era a gravidade do perigo que nos rodeava. Nós não somos indestrutíveis, nunca fomos. E se algum de nós chegava perto de ser, era Ed.

 

O problema (e o maior motivo das lagrimas) era que Ed estava gravemente ferido. Justo o mais forte de nós. Os médicos não falaram as chances dele, mas imagino que não sejam muitas. E isso apenas me deixava um passo mais próximo do abismo que era o desespero. Eu estava do lado de fora da sala de cirurgias, sentado (ou talvez caído) no chão do corredor. As luzes extremamente brancas do hospital me deixavam com uma dor de cabeça imensa. E junto à dor de cabeça vieram os pensamentos, os que eu tentava evitar fortemente desde o momento em que vi Ed se ferindo. Mas eles vieram, carregados de ódio e, acima do ódio, solidão. Era como se eu estivesse amarrado em correntes geladas, jogado no fundo mar. E eu não pensava isso só por causa do Ed. Pensava isso por causa de todos.

 

A partir daquele momento eu estava sozinho.

 

Alice estava em estado de coma, naquele mesmo hospital, alguns andares acima. Guilherme se trancara n’O Abrigo e se recusava a sair, se recusava a tudo. Sua esperança já havia se dissipado, assim como a minha estava se dissipando aos poucos, ao mesmo tempo em que as lágrimas escorriam e caiam no chão limpo e claro do corredor. Como se fosse um velho relógio de areia. E Suzanna...

 

A dor alcançou meu peito antes que eu pudesse bloquear meus pensamentos sobre o assunto. Suzanna estava do lado dele agora. Nos traiu. Me traiu. A pessoa que eu mais confiava no mundo. Outra lição a aprender.

 

Enquanto eu estava perdido em meus pensamentos, a porta da sala de cirurgias se abriu. Pelo canto dos olhos eu pude ver um dos médicos saindo da sala. Mesmo com a visão embaçada eu pude ver a exaustão no rosto dele. Ele olhou pra mim, primeiro surpreso, pois ninguém podia entrar ali sem permissão e depois com pena. Fiquei com uma vontade incontrolável e inexplicável de pular nele e acertar um soco bem acertado em seu nariz.

 

– Daniel? Daniel Trentino, certo? Você é amigo de... – Ele parou e olhou para a prancheta que carregava. – Eduardo Severo?

 

Senti um frio na barriga, uma estranha sensação de leveza. Uma sensação que eu sabia o que poderia significar. Apenas concordei com a cabeça, não tinha força suficiente para falar. Não estava pronto para ouvir o que viria a seguir, não queria ouvir. A esperança já tinha sumido do meu corpo. Eu nem sequer conseguia imaginar uma boa noticia saindo da boca do médico. Mas que escolha eu tinha?

 

– Sinto muito. – As palavras soaram pesadas aos meus ouvidos.

 

Pude ver tudo despencando, um mundo inteiro desabando. E de que serviam meus poderes em um momento como aquele?

 

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Notas finais do capítulo

Notas Do Sádico: Antes de mais nada, devo pedir desculpas por qualquer erro de gramática... tenho uma certa rivalidade com ela.
Bom, vocês perceberam que é um capitulo realmente curto, espero que assim eu possa acabar com a maldita preguiça. Provavelmente vou postar no minimo um cap por semana, ou mais... com a possibilidade de eu esquecer de postar, nesse caso eu compenso na semana seguinte. Espero que gostem.



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