New Life escrita por Karllie


Capítulo 15
15 - Sentimentos confusos




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Ino yamanaka

Namorar sai foi à melhor coisa que eu já fiz na vida. Ele é tudo que eu poderia querer, bonito, gentil, romântico e inteligente. A idéia de fazermos um piquenique foi incrivelmente fantástica. Quem levou a cesta foi ele.

Isso me lembra de outra qualidade do meu namorado perfeito.

Ele cozinha muito bem. Temo dizer que melhor que eu.

- gostou Ino-chan? – ele me perguntou se referindo a comida.

- você cozinha muito bem – eu lhe digo rindo. Ele suspira aliviado. Kami-sama, ele é tão fofo. – você cozinha melhor que eu.

- isso quer dizer que quando nos casarmos quem vai cozinhar sou eu e você vai ficar com a louça – outra coisa que eu amo nele é isso. Ele brincar sobre casamento e tal sem ficar constrangido ou irritado.

Eu não podia fazer isso com os meus ex’s sem que eles ficassem sem jeito.

- então comprarei uma lavadora de pratos. – eu digo cruzando os braços

- você vai ter que trabalhar também.

- eu já vou cuidar dos gêmeos.

Continuamos nessa conversa por mais alguns minutos. Depois falamos sobre todos os tipos de coisas, musicas, filmes, livros. Conversa com ele é incrível, o tempo passou e o sol começou a se por avisando que é hora de irmos.

- vamos que é uma boa caminhada até a estrada.

Começamos a andar pelos campos. Caminhamos cinco minutos até chegarmos à estrada e depois mais uns dez minutos até a cidade. Nós dois andamos e conversamos. Ele fica apontando para as nuvens falando as formas a qual elas parecem.

- tem certeza que não quer que eu lhe acompanhe até em casa.

- minha casa fica a duas ruas sai, não precisa – nós nos despedimos com um beijo e eu sigo meu caminho

Eu vou andando animada e distribuindo sorrisos até que trombo em alguém. Peço desculpas, mas logo me arrependo ao ver em quem eu trombei.

- sabaku. – eu digo irritada. Ele me olha e sorri maliciosamente e eu tento não lembrar das palavras que ele me disse da ultima vez que conversamos. – bem, nem sua presença vai conseguir tirar minha felicidade hoje.

- você fala como se seu namoradinho conseguisse ser melhor que eu. – sinto minha raiva subir. – o máximo que ele consegue fazer é dizer às coisas que você quer ouvir.

- não fale assim do meu namorado seu idiota egocêntrico. – eu lhe digo tentando manter minha voz em um tom calmo – quem é você para falar de alguém? Você é um idiota que só sabe olhar para o próprio umbigo.

- eu não vou dizer que te amo, ou que quero casar com você e é por isso que você me odeia– ele fala se aproximando de mim – eu sou um idiota frio e sem sentimentos e ninguém pode mudar isso. Mas mesmo assim eu ainda consigo fazer você gostar de mim.

- eu não gosto de você sabaku, a única coisa que eu sinto por você é raiva. – eu o empurro – agora sai da minha frente que eu tenho que ir para casa.

Eu saio andando.

É incrível que um minuto como ele consegue estragar meu dia inteiro.

Sakura haruno

Já são nove horas e eu estou sentada na lanchonete esperando o uchiha chegar. Fico olhando pelo vidro a rua movimentada. Pessoas andam para lá e para cá, sorrindo e acompanhadas. Eu olho o relógio novamente. Nove e três.

- desculpe o atraso, mas minha mãe me prendeu em casa. – eu sorrio ao vê-lo chegar todo desajeitado. Ele se senta na minha frente – é para você, é do jardim da minha mãe.

Ele então me deu uma rosa vermelha. Sinto meu rosto esquentar e um sorriso escapa dos meus lábios. Uma garota baixinha vem com o cardápio e um olhar curioso encima de nós. Certamente querendo comprovar que eu e o uchiha estamos em um encontro e sair para contar para a cidade inteira.

- o que vão querer? – sasuke pede um hambúrguer e uma coca cola e eu fico só no Milk-shake. – certo, já volto com os pedidos de vocês.

Ela sai saltitando e começa a fuxicar com a garota do caixa. Acho que nós seremos fofoca da cidade por alguns dias. Giro minha cabeça para a janela novamente.

- a rua fica linda a noite. – eu falo.

- verdade.

- então, sobre o que deveríamos falar nesse primeiro encontro?

- sobre nossos interesses talvez, mas você já sabe o meu – ele fala sorrindo – você. – eu tento com todas as minhas forças não corar.

O sorrisinho convencido do rosto dele me faz ficar com uma pontinha de raiva. Não sou mulher de deixar o homem conduzir a situação. Aproximo meu rosto do dele sorrindo também.

- então é isso que diz para todas?

- digo isso só para você.

- acho que já vi essa conversa em algum livro de romances. – ele faz uma cara um tanto frustrada e eu começo a rir. – você fica fofo com essa cara.

- eu não sou “fofo” – ele faz aspas com as mãos na palavra fofo. – do que você está rindo.

- você é fofo sim, principalmente irritado – eu aperto uma das bochechas dele com a minha mão. – não precisa ficar vermelho.

- quando foi que você começou a conduzir a conversa mesmo?

- os seus pedidos – a garota baixinha coloca nossos pedidos na mesa e fica parada nos olhando com os olhos brilhando. Eu suspiro impaciente.

- sim nós estamos em um encontro. – ela sorri e sai apressada com um celular na mão certamente mandando mensagem para todo mundo.

Tinha até esquecido que konoha é a cidade da fofoca.

- amanhã todo mundo vai falar sobre isso. – sasuke diz – às vezes morar em konoha me irrita.

- se você queria um encontro às escuras devia ter me levado a floresta, acho que ninguém se aventura lá à noite. – falo enquanto bebo meu Milk-shake. – um encontro as escuras até que é interessante.

- talvez.

Ficamos quase meia hora lá. Conversando sobre assuntos sem importância e comendo. Depois de um tempo percebi que varias pessoas nos olhavam e cochichavam entre si, presumi que isto poderia virar uma dor de cabeça para mim mais tarde.

Depois de comermos sasuke propôs uma caminhada. Começamos a andar pelas ruas de konoha que são amplamente iluminadas a noite. Caminhamos até chegar à praça onde conheci tenten.

A praça como era de se esperar estava cheia. A maioria casais sorridentes e felizes. Todos de mãos dadas o que me leva a lembrar que eu e o uchiha ainda não demos as mãos.

Ok, desde quando virei à garotinha romântica?

- aposto que a lua sente inveja de você, pois o brilho dela jamais chegará aos pés do teu. – eu o olho divertida.

- uma copia fajuta da peça de Shakespeare.

- você é bem difícil de agradar. – ele fala enquanto pega na minha mão – a maioria das garotas teria suspirado.

- não vai conseguir isso comigo.

- você é interessante. – ele continuou a tentar me agradar com mais algumas poesias decoradas e eu simplesmente ri o deixando completamente frustrado. Eu meio que tenho esse poder de deixar as pessoas frustradas. – ok, eu ainda vou conseguir.

- estarei esperando. – paramos então em uma fonte. A fonte dos desejos de konoha.

Segundo minha mãe se você jogar uma moeda dentro da fonte o seu desejo vira realidade. Eu afasto a tentação de entrar na fonte e pegar todas aquelas moedas que brilham no fundo.

Surpreendo-me ao ver sasuke tirar uma moeda do bolso.

- você acredita nisso?

- nunca se sabe – ele joga a moeda na fonte que cai em poucos segundos no fundo – que este seja o primeiro de muitos encontros.

E pela primeira vez na noite sasuke consegue me roubar um suspiro. Claro que ele não percebeu que eu suspirei, eu jamais deixaria que ele visse que ganhou alguns pontinhos. Começo a sorri pensando em como seriam aqueles próximos encontros.

Itachi uchiha

Eu estava vendo um programa qualquer sobre celebridades quando meu irmão chegou sorrindo feito um idiota. Ele nem mesmo ligou quando eu fiz uma piada com ele. Acho que meu irmãozinho está apaixonado.

Rio pensando que finalmente sasuke achou uma garota que preste.

- não sabia que gostava desses tipos de programa aniki – tomoyo fala rindo com um copo de coca-cola na mão. Eu olho para a TV e vejo quatro homens dançando e tirando a roupa.Merda, nem vi que o outro programa tinha acabado.

- sai daqui peste. – eu jogo um travesseiro nela e ela sai correndo pela a escada.

Esse clima entre eu e ela era bom, mesmo que às vezes fosse meio forçado. Sim, desde o dia do baile eu e ela não conseguimos conversar por mais de dez minutos sem entrar naquele assunto.

Balanço minha cabeça afastando tais pensamentos.

Mas eu sei que afastá-los não vai acabar com o meu problema. Frustrado eu chuto uma almofada e subo para o meu quarto. Eu sei que não deveria fazer isso, enganar minha noiva e continuar assim com a Mei. No final ela é a que mais sofre com isso, mas é mais forte que eu.

Eu simplesmente não consigo ficar longe dela.

Mas não posso me separar da Sarah, não agora.

Tudo o que eu quero agora é que a vida fique mais simples. Coloco minhas mãos na cabeça e chuto a parede do meu quarto. Penso no que a Sarah me contou tempos atrás quando eu planejava terminar com ela.

Penso em como aquilo mudou tudo e eu nunca pude ficar com a Mei.

- merda de vida. – me jogo na cama e fito o teto. Eu preciso fazer uma escolha rápido, não importa o lado que tomarei, ficarei com a consciência pesada do mesmo jeito.

Farei pessoas queridas sofrerem do mesmo jeito.

Eu sofrerei junto.

Abro os olhos ao perceber que alguém entrou dentro do meu quarto. Toya entra carregando um enorme urso de pelúcia. Ele me olha sonolento e com uma das mãos no cabelo.

- aniki, você ta bravo?

- não garotão, por quê? – ele se aproxima da minha cama e aponta para a parede.

- você chutou e eu acordei, eu tava sonhando que podia voar aniki – ele me lança um olhar raivoso – seja lá o que for que está te fazendo raiva é para você tomar um suco de maracujá e não chutar mais a parede.

- você sentiu foi?

- se esqueceu que o meu quarto é ao lado do seu? – eu prometo a ele que não irei mais chutar nada e ele sai do quarto fechando a porta atrás de si.

 Eu ando até o meu criado mudo e abro a primeira gaveta, nela existe um fundo falso de onde eu tiro uma foto. Na foto a Mei sorri para a câmera, aquele sorriso que poderia iluminar konoha inteira. Eu sorrio pensando nela.

- o que eu devo fazer hein?

Tenten mitsashi

Sábado foi à melhor coisa que já aconteceu à humanidade. O que pode ser melhor que acorda tarde? Um dia inteiro sem aulas? Sem professores no seu pé? Ok, chocolate talvez seja melhor.

Mas sábado é definitivamente a segunda melhor coisa do mundo.

Só tem uma única coisa ruim no sábado.

Minha avó.

- aquele menino hyuuga é um garoto bem forte não é? – infelizmente neste sábado fui obrigada a ir com a minha avó fazer comprar. Minhas queridas primas estão ocupadas demais fofocando ou falando com o namorado.

E agora é que a família inteira está ocupada, já que uma delas está para casar, só sobra à garota aqui para ir para cima e para baixo com a minha avó.

- será que a gente pode continuar a andar? – não entendo o porquê da minha avó ter parado no meio da rua me fazendo olhar o senhor hyuuga-todo-poderoso que está com os amiguinhos dele na academia.

 Infelizmente a parte da frente da academia é vidro e então todo mundo que passar por ali pode ver a Rapunzel levantando peso.

 - sinto que vocês dois formam um ótimo casal. – eu adoro a minha avó, não me entendam mal, só que às vezes ela me irrita com essa historia de vocês formariam um ótimo casal. – poderia levar ele como acompanhante para o casamento da sua prima. Aika ficaria tão feliz vendo você com um acompanhante.

 - Aika já deveria estar feliz de eu usar o vestido que ela escolheu. – finalmente consigo puxar minha avó da frente da academia antes que o hyuuga perceba que eu estou sendo obrigada a olhar para ele. – eu tenho mesmo que usar aquele vestido?

 - mas você ficou tão linda com ele meu anjinho. – o vestido a qual me refiro é um rosa rendado. Não que ele seja feio, só que eu queria usar um preto, mas a minha avó quase tacou ele na minha cabeça quando o viu.

Disse que um vestido de caveira não era apropriado para um casamento.

- vamos logo vó.

Ao chegar em casa minha cara de desanimo se intensifica ao ver que toda a população feminina da minha família junto com algumas outras garotas de konoha estão na minha sala.

É incrível como pequenas coisas podem estragar um sábado.

- tenten-chan, que bom que chegou. – minha prima mais velha, mas exatamente a que vai casar, me puxou pelas mãos e me levou até o meio dessa gente toda. Lá estava, parado, majestoso e imponente.

O vestido de noiva.

Um enorme vestido branco e brilhante. Todas parecem felizes enquanto falam sobre o vestido, pegam no vestido e ficam sonhando quando vão usar um igual. Eu me aproximo dele e toco de leve na saia. É um vestido bonito.

Que minha mãe nunca me ouça falando isso.

- não é bonito? – meu momento “que vestido lindo” passa rapidamente ao ouvir a voz alegre da minha prima atrás de mim. Todas olham para mim com aqueles olhinhos de brilhantes de cachorro.

Totalmente irritante.

- é bonito sim. – eu consigo me livrar delas e vou para o meu quarto. Percebo que ninguém mexeu nele como da ultima vez, então me jogo na cama e fico olhando para o teto.

E assim que eu fico pelo resto da tarde.

Duas semanas depois

Quando eu for me casar (se isto acontecer) o casamento será em las Vegas. Tudo lá é bem simples e rápido sem um monte de gente ao redor falando e você pode vestir o que quiser. É estranho ver como tudo mundo se mobiliza por causa de um casamento.

A coisa boa deste em particular é o local onde será realizado. A fazenda da minha família é um lugar que eu amo, passei parte da minha infância aqui. Gosto do campo, das arvores e do fato de ser uma casa tão grande que posso fugir de todo mundo.

- pensando em maneiras de fugir?

- às vezes acho que você lê mentes haruno – sakura se senta do meu lado sorridente. Não é para menos já que ela e o uchiha tão quase namorando, quer dizer, eles já saíram não sei quantas vezes então creio eu que só falta pouco para oficializarem. – cadê o uchiha?

- algum jogo com os outros meninos. – nós duas estávamos sentadas na sacada da varanda da parte de trás da casa observando os últimos detalhes ficarem prontos. – será que vai demorar muito para este casamento ficar pronto?

- deixa de ser apressada tenten. – ela fala rindo – daqui a alguns minutos todos poderão se sentar e esperar a noiva.

- é.

- estou louca para ver o vestido que sua prima vai usar. – eu revirei os olhos com os gritinhos que ela deu, eles são tão “Ino” – com essa cara emburrada vai acabar amaldiçoando o casamento.

- vira essa boca para lá haruno

Terceira pessoa

As duas riram. Os convidados já começavam a se acomodar nas cadeiras brancas enfeitadas com rosas. As duas se levantaram e foram se acomodar para o casamento. O noivo chegou mexendo nervoso na gravata provocando riso por parte dos amigos. Todos pareciam felizes e logo a noiva chegaria e o casamento enfim começaria.

Alguns ali sorriam alheios ao que lhes aguardava no futuro, pois este casamento vai marca o inicio de grandes acontecimentos na vida deles.



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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro de português que tenha fugido aos meus olhos ok?
então? o que acharam? opiniões? duvidas? sugestões? perguntas?
vamos começar a entrar em um momento "tenso" para alguns personagens... alguém se arrisca a adivinhar o que vai acontecer?
beijos ;*