Na residência da família Ryuzaki, Sakuno estava provando várias roupas para ver qual era mais apropriada para poder sair, pois nesse dia iria com Ryoma na casa de Shigeru-san, não sabia dizer se era bom ou ruim. Bom por estar saindo com ele, ou ruim por ser uma vingança de Ryoma por ter o colocado como treinador de um garoto desconhecido.


– Por ter me colocado nisso Ryuzaki, você também terá que vir comigo, por vingança. – Dizia Ryoma

– Ueee~~ – Sakuno choramingando


Deu de ombros, ainda porque valia muito a pena. De repente, percebe que eles estavam mais amigos ultimamente, antigamente nem se falavam direito. Resolveu que não iria se iludir tanto e que continuaria sendo bons amigos, quem sabe as coisas mudariam mais pra frente? Viu que o bom a se fazer é seguir o exemplo de Tomoka, esperar. Como diz o ditado “Se tiver que ser, será”.


– Triiiim...Triiiiim... – Telefone tocando.

– Moshi Moshi?

– Oi Sakuno, é a Tomoka

– Ah! Oi Tomo-chan, o que foi?

– Sakuno, sabe quem roubou o meu gloss?

– Não, quem?

– Aquela garota do 2º ano, sabe?

– Ah sim, a Shiho-chan?

– É, aquela ladra de uma figa!

– Nossa! Mas e o gloss? Ela te devolveu?

– Claro! Se não, eu disse que acabaria com a raça dela. HAHAHAHA! – Risada maléfica

– Hehehe ah é? – Sakuno com uma gota na cabeça. Quando olhou no relógio viu que estava 10 minutos atrasada. – To...Tomo-chan, eu estou de saída agora, então vou ter que desligar.

– Ah sim! Hoje você tem um encontro com o Ryoma-sama né sortuda?

– To...Tomo-chan, você sabe que não é um encontro. – Fica corada

– Hahaha! É, mas o Ryoma-sama que te chamou, vocês estão muito amiguinhos ultimamente hein?

– Hehehe! É mesmo? Tomo-chan deixa eu ir, nossa eu estou extremamente atrasada!

– AH É? EITA! ENTÃO ATÉ MAIS SAKUNO! TCHAU! – Desliga o telefone

– AH NÃO! EU ESTOU ATRASADA! – Com pressa resolveu que iria com uma camisa azul celeste, saia bege e sandália sem salto branca.

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Chegando ao ponto de encontro, não avista Ryoma. Sentou em um banco perto dali e ficou esperando-o.


– Ai! Ele deve estar bem zangado comigo, por ter esperado 20 minutos. – Nesse momento sente algo gelado em seu pescoço, a deixando arrepiada. – AAAAH!

– Tá 20 minutos atrasada. – Dizia Ryoma depois de encostar a lata do refrigerante Ponta no pescoço de Sakuno, a oferecendo.

– Ah! Gomen Ryoma-kun! É que...

– Vamos entrando no trem para chegarmos logo!

– Matte!


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Ao chegarem à casa de Shigeru-san, se depararam com uma casa humilde, mas que tinha um quintal grande que daria até para jogar tênis.


– Ah! Ohayo Echizen-kun, Ryuzaki-chan. – Cumprimenta Shigeru-san.

– Ohayo! – Respondem os dois.

– Vou chamar Tori pra vocês. TORIIII! – Aparece Tori na porta de sua casa, com uma expressão séria parecida com a de Ryoma. Tori já estava com quinze anos de idade, era um pouco mais baixo que Ryoma.

– Nanda Oyaji? Ah? – Se surpreende ao avistar Ryoma. Ele o reconheceu, pois já o viu na televisão.

– Echizen...Ryoma?

– Ah! – Confirma com a cabeça. – Você é Tori não é?

– Sou.

– Isso não é bom filho? Ele te ajudará com o tênis e...

– OYAJI! Porque você o chamou?

– Mas filho...

– Já disse que NUNCA MAIS vou jogar tênis, foi por causa disso que a mamãe morreu. E eu não quero voltar a me lembrar daquilo. Eu não te pedi para chama-lo, por que tinha que chamar ele?

–...Shigeru-san, me deixe conversar com ele um instante.

– Ah...tudo bem Echizen-kun.

Shigeru-san convida Sakuno para entrar na casa e eles os deixam sozinhos para conversar. Por um momento eles ficam em silêncio sem dizer nada, apenas se encarando, até que Tori começa a falar.


– E então? O que tem a dizer? De qualquer forma, não vai adiantar. – Dizia já sem encará-lo.

– Hunf! Não estou aqui para te implorar nada. Isso pode ser um saco, mas...vou dizer

– ...

– Me diz uma coisa! Você é feliz?

– Hu?!

– Só me responda! Sinceramente.

– Você ainda pergunta?

– Não! Não é?

– ... – Ele não responde, apenas abaixa a cabeça fitando o chão com um semblante triste em seu rosto.

– Saiba que você só não é feliz porque não quer.

– Nani?

– É claro! Não adianta ficar se lamentando a vida toda, tá na hora de crescer.

– O QUE TÁ DIZENDO? VOCÊ NÃO ENTENDE O QUE ESTOU SENTINDO! NÃO CONHECE A DOR DE PERDER ALGUÉM IMPORTANTE.

– Hu! E a sua mãe? Qual era o sonho dela?

– Hu?

– O que ela diria?


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Flash Back On


– Tori-kun, você ama jogar tênis? – Perguntava sua mãe sorridente.

– Sim Oka-chan! Quando eu crescer quero ser o melhor jogador de tênis do mundo.

– Hahahaha! E eu sempre vou torcer por você. Tori-kun, eu quero que siga o seu sonho.

– Eu vou realizar o meu sonho Oka-chan.

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Flash Back Off


– O seu sonho não era ser um grande jogador de tênis? Não era sua paixão jogar tênis?

– ...Era.

– Acredito que sua mãe ia querer isso também, que você seguisse o seu sonho. É por isso que não é feliz, descartou de sua vida algo que era importante pra você. Sei que o tênis não é a coisa mais importante do mundo, mas se é a sua paixão, não precisava ser tão radical. Eu posso não conhecer e nem entender a sua dor, mas sei que dói. Mas não é por isso que você vai ficar carregando isso para o resto da vida.

– Ela...realmente queria isso, que eu seguisse o meu sonho. Ela... – Agora dizia emocionado. – sempre me incentivava, sempre estava torcendo por mim, porque ela sempre acreditou em mim...utsu...utsu...Era sempre ela que me mantinha vivo e confiante.

– Hu! – Dá um pequeno sorriso de lado. – Sabe? Temos uma coisa em comum. Nós temos alguém importante que está sempre torcendo por nós, e é por meio deles que adquirimos a confiança.

– Você conseguiu confiança assim?

– Hu! Eu não, eu sempre fui confiante desde pequeno, mas tenho alguém que sempre está torcendo por mim, me dando forças.

– Hum.Quem?

– ...Não importa quem seja.

– (Deve ser aquela menina).

– E então? Pronto para tornar um Prince of Tennis?

– ...Eu...não sei se está certo.

– Vou esperar sua resposta, mas quero que pense bem sobre o que conversamos. – Disse isso e o deixa ali pensando enquanto entrava na casa.


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Dentro da casa de Shigeru-san, todos estavam pensativos, se Ryoma conseguiria convencer Tori de voltar a jogar tênis e ser feliz outra vez.


– Será que Echizen-kun vai conseguir? – Se perguntava Shigeru-san preocupado.

– Eu acredito que sim Shigeru-san. Eu confio no Ryoma-kun.

– Você é namorada dele? – Pergunta Kuno

– EH? Na...Não! Nós somos apenas bons amigos. – Cora ao ouvir a pergunta.

– Também joga tênis Ryuzaki-chan? – Pergunta Shigeru-san com um pequeno sorriso.

– Jogo sim. Antes eu era uma negação no tênis, Ryoma-kun vivia criticando meu jeito de jogar, então ele me ensinou como se joga. Hahaha!

– Hum, é a primeira vez que eu vejo uma garota que joga tênis, eu nunca vi. Aqui as garotas não ligam muito. – Comentava Kuno.

– Hum, é mesmo? – Nesse momento Ryoma chega. – E então Ryoma-kun?

– ...Eu dei um tempo para ele pensar. Mas acredito que consegui ajuda-lo.

– Tomara que sim Echizen-kun.

– Shigeru-san, nós voltaremos de novo na semana que vem, Tori terá uma semana para pensar. Ok?

– Sim, esperaremos por você Echizen-kun.

– Então até domingo.


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Depois de uma semana estavam eles lá mais uma vez.


– Ohayo Echizen-kun, Ryuzaki-chan, podem entrar!

– Ohayo! – Dizem os dois já entrando. Eles vão direto para o quintal da casa de Shigeru-san e se surpreendem com que viu.

– Yo Echizen Ryoma, Ryuzaki-nee-chan! – Cumprimenta Tori. Ele estava lá, jogando tênis, rebatendo as bolas contra a parede. Dessa vez com um sorriso em seu rosto.

– ...Hu! – Dá um sorriso de lado.

– Ryoma-kun, você conseguiu. – Disse Sakuno sorridente.

– Isso que eu mais desejei, que ele voltasse a sorrir novamente, eu não sei como te agradecer Echizen-kun.

– Não precisa agradescer.

– Echizen Ryoma, obrigado por me dar sua raquete. – Dessa vez Tori o agradece.

– De nada. Vamos começar Tori?

– Sim.


Ryoma treinou Tori durante 1 mês. Ele melhorou bastante, mas ainda tinha muito que aprender. Como Ryoma não poderia o treinar por muito tempo ele teria que treinar sozinho, jogando com seu irmão Kuno.


Shigeru-san e seus filhos levam Ryoma e Sakuno até o portão.


– Muito obrigado por tudo Echizen-kun. – Agradece Shigeru-san

– Não há de que.

– Quando eu me tornar tão forte e bom quanto você Echizen Ryoma, quero uma partida de tênis com você. – Dizia Tori determinado.

– Eu vou estar esperando até lá mas, ainda mada mada dane?

– Hahaha!

– E não se esqueça de que mesmo que sua mãe não esteja aqui para torcer por você, você ainda tem seu pai e seu irmão para te dar um grande apoio.

– Eu nunca vou esquecer. Arigato.

– Hu! – Dá um sorriso de lado. Já tinha saído do lugar se se virando para ir embora.

– AH! VOCÊ TAMBÉM, NÃO SE ESQUEÇA DE QUE VOCÊ TAMBÉM TEM A SUA NAMORADA AÍ PARA TORCER POR VOCÊ! – Grita Tori o provocando.

– E? – Diz os dois. Sakuno cora olhando depois para trás, e Ryoma sem olhar para trás continua caminhando, mas com uma cara impaciente. – ADEUS ECHIZEN RYOMA! RYUZAKI-NEE-CHAN! – Ele responde acenando de costas, deixando um grande sorriso brotar nos lábios de Tori.


Tsuzuku... ( Continua )...

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Tradução:

Moshi Moshi - Usado quando for atender telefone
Gomen - Desculpe
Matte - Espere!
Ohayo - Bom dia
Nanda?/Doshita? - O que foi?
Oyaji - Velho
Nani - O que?
Oka-chan - Mãe
Utsu... - Onomatopéia de choro baixinho
Mada mada dane?/Mada mada - Você tem muito que aprender/Ainda não.