NPOT - O começo de uma nova vida escrita por AndyiHoshyi


Capítulo 18
Desabafo


Notas iniciais do capítulo

Os problemas de Sakuno ao longo dos dias pareciam ter piorado. Seus amigos continuam reprovando seu comportamento estranho. Mais cedo ou mais tarde ela terá que soltar as palavras, em meio a desabafos. Nada melhor que sua melhor amiga para servir de apoio. Divirtam-se!



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Nos episódios anteriores:

– Não, Ryoma-kun. Eu não posso.

– Por quê?

– ...Porque...eu não quero.

– ...Mesmo? Você não mostrou isso quando estávamos na sala. – Ele segura seu rosto fazendo-a olhá-lo. Depositou mais uma vez seus lábios dos macios de Sakuno. E ela corresponde não resistindo. O beijo foi longo e apaixonante. Mesmo adorando aquele momento ela tinha que interromper.

– Pare, Ryoma-kun! Eu não posso fazer isso. – Ela sai correndo chorando, o deixando lá sozinho sem entender. – (Me desculpe Ryoma-kun. Me desculpe!)

– (Por que Sakuno? Por que você faz isso?)

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Na residência da família Echizen, Ryoma estava na sala com os braços e a cabeça debruçados sobre uma mesa pequena. Estava muito pensativo. Nanjirou que chegou depois, o viu debruçado na mesa e aproveitou o momento para enchê-lo.


– Ei, Ryoma. Se quiser dormir vá lá ao seu quarto, não é nada confortável dormir com as costas curvadas. Hahaha!

– Ah! Não enche Oyaji.

– Eu hein! Que mau humor! Só estou querendo te ajudar.

– Valeu! Mas estou bem.

– Hm! Se você diz.


De longe Rinko observava os dois, e preocupada foi até Nanjirou.


– Querido, o que o Ryoma tem?

– Eu sei lá, esse moleque tá estranho.

– Você por a caso disse alguma coisa para ele estar desse jeito? – Pergunta brava.

– É claro que não! Eu achei que ele estava dormindo e só falei para ele dormir no quarto dele, porque não é nada confortável dormir com as costas curvadas.

– Hm! Então tá bom.

– Por que não pergunta pra ele em vez de ficar aí me culpando dos problemas dele? – Pergunta sem paciência.

– É, eu vou.

– Uháaa! Ai! Eu vou é dormir. – Diz Nanjirou bocejando.


Rinko vai até Ryoma ver como ele estava. Sentou-se ao seu lado no tatame, acariciando sua cabeça.


– Filho, não é melhor você dormir na sua cama?

– ...Eu não estava dormindo.

– Está se sentindo mal?

– ...Não, eu estou bem.

– ...Seja o que for que você esteja sentindo, saiba que estou aqui.

– ...Arigatou, Kaa-chan.

– Você se parece muito com seu pai sabia?

– Hunf! Não fale coisas desagradáveis!

– Huhuhu! Não fale assim filho! Ele pode parecer um mala às vezes, mas ainda é seu pai, tenha paciência com ele! – Diz Rinko com um sorriso

– Hm!

– Ele é um mala com quem me apaixonei.

– Hm, por que ele? Você merecia coisa melhor.

– Querido...eu pensava muito mal do seu pai antes de conhecê-lo, mas depois acabei me apaixonando e aceitando ele como realmente é. Quando nos apaixonamos, passamos a ignorar isso e aceitamos a pessoa com seus defeitos. Além disso, se não fosse o seu pai como você chegaria a esse mundo? Do jeito que é com essa sua beleza que atrai todas as garotas. Hahaha!

– Huhu! Mas eu só sou bonito por sua causa Kaa-chan, eu herdei a sua beleza.

– Huhuhu!

– Eu queria conversar de um assunto.

– Pode falar.

– Sabe, eu tenho uma amiga no colégio, ela é uma garota muito legal. Uns tempos depois, ficamos mais próximos, mas de repente ela começou a me ignorar, não falar mais comigo e nem chegar muito perto, eu queria tentar entender.

– Nossa! Desde quando?

– Desde que ela ficou estranha no colégio, ela não ia nem para o intervalo. Quando chegava me cumprimentava e nem se falava mais.

– Será que ela te odeia filho?

– Não, isso não, eu sei que não é isso, é outra coisa que ela não quer me contar.

– Você já conversou com ela?

– Já, várias vezes. Mas ela insiste em dizer que não é nada, força dar um sorriso no rosto e dizer que está tudo bem, mas eu sinto que não é isso.

– ...Às vezes, no momento íntimo das pessoas, o melhor a se fazer é deixá-los sozinhos por um tempo para que deixem refletir. Pode ser que ela esteja passando por um momento difícil e não quer contar para não preocupá-lo.

– ...

– Você gosta dela Ryoma?

– ...Gosto, muito.

– Então, se ela não quer contar, não a obrigue! Apenas esteja ao lado dela apoiando-a, isso é a melhor maneira de ajudá-la quando não podemos resolver os problemas dela.

– ...Mas eu estou do lado dela, ela sabe disso.

– Isso mesmo meu filho!

– Mas isso não irá impedir de eu ainda tentar descobrir o que está acontecendo com a Sakuno. – Diz Ryoma com um sorriso de lado.

– Huhuhu! Mas primeiro que tal cuidar do seu corpo? Já está na hora de dormir.

– Já estou indo.

– Espera! Como é o nome da sua amiga?

– Sakuno. Ryuzaki Sakuno.

– RYUZAKI SAKUNO!?

– Hm.

– Por a caso ela é neta da Ryuzaki Sumire-sensei?

– Hm. Você a conhece?

– Claro! Ryoma, eu adoraria ter a neta da Ryuzaki-sensei como minha nora!

– Nora!? Até você Kaa-chan?

– Filho, qualquer dia quero que traga ela aqui para fazer uma visitinha.

– Hunf! Isso não tá acontecendo.

– Ai! Quem sabe já será o dia do matrimônio?

– KAA-CHAN!

– Ok! Falamos disso um outro dia.

– Hunf! Só me faltava essa, até minha mãe falando disso? – Diz Ryoma resmungando e subindo as escadas rumando ao quarto.

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No outro dia, Ryoma chega na escola, cumprimenta seus colegas e senta em seu lugar. Sentiu falta da presença de alguém que sentava ao seu lado. Sempre chegava depois dela, pensou que apenas estivesse atrasada, já que é uma pessoa que nunca falta.


– E aí Echizen! – Cumprimenta Horio.

– Ohayou Ryoma-sama. – Cumprimenta Tomoka.

– Cheerz.

– Ryoma-sama, sabe alguma coisa da Sakuno?

– Não. Ela deve ter apenas se atrasado, pode ser que ainda venha.

– É, pode ser, mas é engraçado, ela nunca falta e nem se atrasa.

– Ah! Osakada, todo mundo tem sua primeira vez né? – Brinca Horio.

– Eu vou ligar pra ela hoje à noite. O que será que ela tem? – Com essa pergunta Ryoma acaba se lembrando do acontecido, e cora.

– (Kuso! Pare de lembrar!) – Pensava esfregando a mão na cara.

– O que foi Ryoma? – Pergunta Hayden chegando logo depois.

– Na...Nada.

– Hm! Cadê a Sakuno? Ela faltou?

– Sim.

– É estranho né, Hayden-chan? Ela nunca é de faltar.

– É verdade. Será que ela está bem?

– Ai! Espero que sim.

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Depois da escola, Tomoka se arrumou para ir à casa de Sakuno. Sumire a recebe e manda subir até o quarto de Sakuno. Ela bate na porta.


– Pode entrar.

– Oi Sakuno.

– Tomo-chan!

– Tudo bem?

– Tudo sim. Desculpe perguntar, mas por que está aqui?

– Ah! Eu fiquei preocupada que não foi à escola hoje, então, resolvi te fazer uma visitinha.

– Ah! Arigatou. Mas não se preocupe! Eu estou bem.

– Mesmo? Lembre-se! Qualquer coisa estou aqui viu?

– Eu sei. Eu te agradeço.

– Ai! Sakuno, você gosta de nos preocupar viu? Mas o Ryoma-sama acreditou que você ainda viria.

– Ryoma-kun? O que ele disse?

– Ele disse que talvez você ainda aparecesse por lá, que apenas poderia ter se atrasado.

– Ah! Ele não se preocupou? – Diz triste.

– Que isso Sakuno? Ele apenas teve um pensamento positivo, seria pior se pensasse coisa ruim de você.

– Hahaha! Você tem razão.

– Mas então, como estão as coisas entre vocês?

– Co...como assim? Está tudo normal, Tomo-chan.

– Hm! É que eu sinto que vocês estão meio distantes.

– Distantes? Não, que isso!

– Sakuno. Me diga! O que há com você, você não tem falado mais com o Ryoma-sama como antes.

– Nada, eu só estou com dor de cabeça.

– Dor de cabeça? Dês do mês passado?

– ...

– Sakuno, olha! Mesmo que não pareça, eu ainda estou muito preocupada com você. Dês do mês passado você tá agindo dessa maneira, não fala mais com ninguém direito, mal aproveita o intervalo escolar, nunca mais te vi com aquele sorriso lindo que tem.

– ...

– Diga alguma coisa! Eu não aguento mais te ver assim, Sakuno.

– Gomen Tomo-chan.

– Você é minha melhor amiga, e sempre que precisar, sempre estarei aqui, não se esqueça!

–To..Tomo-chan.

– Hm?

– ......Tenho que te contar uma coisa.

– Hm? Diga!

– O que contarei a você...é a causa de eu estar assim tão deprimida.

– O...o que? Então diga Sakuno!

– ...Todo esse tempo eu sofri calada para salvar a minha vida e de Hayden-chan.

– Salvar...sua vida? Do que está falando?

– Um mês atrás, eu recebi uma ligação anônima de uma mulher, a voz dela estava distorcida. Ela me disse que me conhece, sabe onde moro, e onde eu estudo.

– E...o que mais ela disse?

– Ela...utsu..me fez ameaças de morte.

– O QUE?

– Isso mesmo! E não só de mim, mas de Hayden-chan também.

– Mas por que essa psicopata está fazendo isso com vocês?

– Ela é apaixonada pelo Ryoma-kun, uma paixão doentia. E por ter ciúmes obsessivos por mim e por Hayden-chan, nos ameaçou de morte se chegássemos perto dele. É por isso que todo esse tempo o evitei, e tenho agido assim...utsu..utsu...

– ...Grrr.! QUEM É ESSA DESGRAÇADA SAKUNO? EU VOU ACABAR COM ESSA DESGRAÇADA!

– Não! Não faça isso Tomo-chan! Eu não tenho ideia de quem seja ela, mas também não vá por aí procurando por quem deva ser! Por favor!

– Por quê?

– Você quer que ela nos mate?

– Não! É claro que não!

– Então, por favor! Não faça isso! Absolutamente ninguém pode saber o que eu estou te contando, ninguém, Tomo-chan.

– ...Está bem. Mas, ela não tem o direito de desgraçar a sua vida!

– Ninguém tem direito com ninguém. Mas não adianta dizer isso, eu só peço que por agora, você não conte isso a ninguém, por favor!

– ...Eu entendi.

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No dia seguinte, Sakuno e Tomoka foram juntas para a escola, já que Tomoka dormiu na casa de Sakuno. Elas cumprimentam os colegas e eles respondem.


– E aí Sakuno? Você tá melhor?

– Sim...estou. Arigatou Hayden-chan.

– Mas o que você teve ontem?

– Ah! Estava me sentindo mal, resolvi ficar mais tempo na cama.

– Hm! Podia ficar mais um dia, vai que é gripe né?

– Hahaha! Não se preocupe! Estou bem melhor.

– Que bom!

Ryoma como sempre olhando Sakuno de esguelha, não deixa de se preocupar, mas resolve não perguntar. Na verdade, ele estava meio receoso de conversar com Sakuno, já a beijou duas vezes, e seria a terceira se não fosse pelas suas investidas.


Na saída do colégio, Ryoma espera Sakuno para irem embora juntos, mesmo estando um pouco receoso. Depois de um tempo Sakuno vem vindo, no mesmo lugar onde ambos haviam combinado.


– O...Oi, desculpe pela demora! Acho que.....já podemos ir.

– ... – Permanece calado apenas a fitando distraído.

– Ryoma-kun?

– Ah!...Claro!


No caminho para a casa dos dois, ninguém disse uma palavra. O receio ainda pairava com a situação constrangedora, onde Ryoma praguejava internamente se sentindo o culpado pelo acontecido.

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– Pronto! Sou eu...valeu a tentativa, não?... Mas aquele extintor quase a matou. Na próxima vez ela não poderá escapar. Huhuhu!... É verdade que estamos sendo muito boazinhas com ela. Qual é o próximo passo?...Hmm... Eu vou adorar! Até a próxima! – A garota desliga o celular – Huhuhu! Aproveite sua vida enquanto pode, pois você terá só mais alguns meses para aproveitá-lo e o tempo está encurtando, querida...Ryuzaki Sakuno.



Tsuzuku...

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Tradução:


Oyaji – Velho ou pai ( geralmente um garoto grosseiro se refere o pai dessa forma)

Kaa-chan/Okaa-chan – Mãe

Gomen – Desculpe

Kuso – Merda



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Notas finais do capítulo

...



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