-É estamos namorando sério. – levamos a comida para a mesa e ela chamou o pessoal. Sentamos e comemos, eu estava tão nervosa que nem comi direito, parecia que todos me olhavam, cada movimento que eu fazia, cada vez que piscava, tudo. Depois de todos terminarem de comer fomos para a sala e teve o clássico momento dos segredos de família.

-O Eric era tão lindo quando era bebê. – a mãe dele falou carregando nas mãos os álbuns. – Você tem que ver.

-Claro, mas ele é mais lindo agora. – falei o beijando, ele estava ao meu lado com um braço por cima de mim. Eu não sou uma ótima atriz?

-Você também é linda. – ele falou me dando um selinho. Eu sorri. Tinha que atuar o máximo possível. A mãe dele trouxe vários álbuns de bebê, aniversários... e eu tinha que admitir, ele era mesmo uma graçinha quando criança. Pena que se tornou essa coisa.

-Que fofo. – eu falei ao ver uma foto do primeiro aniversário, ele estava chorando enquanto todos cantavam “Parabéns para você”.

-Eu odiava quando catavam Parabéns, e ainda odeio. – ele falou emburrado, estava assim desde que vi a foto de quando ele estava tomando banho. Eu sem querer comecei a rir quando o vi na banheira, era engraçado de alguma forma, mas achei bonitinho também.

-Está assim porque eu ri quando vi sua foto tomando banho? – eu falei rindo. Ele estava com uma cara engraçada.

-É sim. Eu não acho engraçado tomar banho... muito menos aquela foto. – ele falou.

-Querida, acho que gostou mesmo daquela foto... se quiser posso mandarem copiá-la e te dar.

-Claro! – falei imediatamente. – Eu quero sim. Obrigada.

-Mãe! – o Eric a repreendeu.

-Tudo bem, eu não copio. Desculpe querida.

-Tudo bem. Já esperava que ele falasse isso. Deixe para lá e vamos ver o resto das fotos? – eu perguntei, estava tão bom vendo as fotos da infância dele, era tão divertido ver as caras e bocas que ele fazia para a câmera... olhamos mais álbuns do que eu possa me lembrar, estava na hora de ir então eu me despedi de todos (menos do magricela que me agarrou) e o Eric propôs me levar para casa. Entramos no carro e ele me levou ate em casa.

-Acho que não tem ninguém em casa. – ele falou.

-Eu vou ver, me espera? – eu falei o olhando. Ele concordou e eu desci. Abri o portão e tentei abrir a porta mais estava trancada e eu como SEMPRE esqueci a chave lá dentro. Bati, toquei a campainha, olhei pela janela e nada. Voltei para o carro e o encarei.

-Isso só pode ser brincadeira! – eu falei.

-O que? Do que está falando? – ele riu.

-Me trancaram fora de casa! Eu vou ligar para minha mãe. Eles devem ter ido jantar fora e esqueceram que eu ia dormir em casa. – eu falei pegando meu celular. Disquei o numero da minha mãe e esperei ela atender.

LIGAÇÃO ON

-Alô, mãe?

-Filha! Oi!

-Mãe, vocês esqueceram que eu dormiria em casa?

-O que?

-Vocês saíram e me deixaram trancada fora de casa!

-Desculpe filha, chamaram do trabalho e eu e seu pai tivemos que vir. Pensamos que estava com suas chaves.

-Eu esqueci dentro de casa! E agora?

-Você pode pegar a chave com a sua irmã. Ela está na casa da Roberta.

-Não tem outra opção?

-Você pode dormir na casa da Belle se quiser.

-Ótimo! Vou pra lá. Desculpe atrapalhar mãe. Beijos, tchau.

-Tchau, filha.

LIGAÇÃO OFF

-Pode me levar para a casa da Belle? – eu perguntei desligando o celular e o guardando na bolsa.

-Posso sim. Só espero que tenha alguém em casa. – ele falou ligando o carro.

-Não joga praga ta? – eu falei e fomos ate a casa da Belle que não é tão perto e nem tão longe. Quando chegamos eu o olhei.

-Espero te ver só segunda-feira. – eu falei.

-Você quem sabe... tchau.

-Adeus seria melhor, mais tchau já está bom. – eu falei descendo do carro.