-Você acha que é o centro do mundo? Eu não estou namorando com o Eric porque quero te afetar, estou namorando com ele por que o amo. – eu falei que o amava? Sou uma idiota!

-Acha que eu acredito? Você quer é que eu volte com você porque está com ele.

-Se você acha isso... sonhar é bom e quase sempre machuca, então pode continuar com isso. – eu falei e sai, o deixando paralisado no meio do corredor. Deu tudo certo, eu não cai na conversinha dele. Entrei na sala e sentei no meu lugar, o Eric chegou e logo depois o professor. Ele sentou do meu lado e me olhou.

-O que foi? – eu perguntei, odiava quando ele ficava mudo.

-Fala logo o que foi? – eu perguntei, o professor estava fazendo a chamada. Eu respondi e perguntei novamente.

-Você e o Hector já namoraram?

-Ah, é sobre isso? Prefiro não falar nada. – como se ele não lembrasse do que ele fez o Hector me fazer.

-Aquilo que você disse no corredor é verdade?

-Aquilo o que? Sobre eu namorar com você por que te amo? – eu ri.

-É.

-Não é verdade e NUNCA vai ser. Do jeito que você é comigo... não tem como se apaixonar por uma pessoa assim.

-Fico feliz em saber que você não é tolinha de se apaixonar por mim. Ainda gosta do garoto drogado não é?

-Garoto drogado? Ele se chama MIGUEL. E sim eu ainda sou completamente apaixonada por ele.

-Ah que fofo! Ele te trai e você ainda gosta dele? – ele me gozou.

-É, não mandamos no coração. – eu falei. Frase feita não era pra mim.

-Aham... ah, e antes que eu me esqueça, o Dudu vai com a gente hoje.

-Ta, nem sei por que me falou isso mas...

-Eu falei isso porque quero que você fale algumas coisas como ‘eu te amo’ ou quem sabe ‘sabia que você é muito lindo?’

-Era só o que faltava mesmo. – eu falei alto demais.

-Algum problema ai atrás? – o professor nos olhou eu e o espiga apenas balançamos a cabeça negando algo. Assim que o professor virou continuamos a conversar.

-Não arrisca ter seu diário publicado hein...

-Ta eu posso falar ‘eu te amo’ mais que você é lindo NÃO! – eu sou teimosa mesmo. Ele concordou e começou a copiar as coisas assim que o professor o mandou fazer. As aulas passaram e blah blah blah. Quando chegou a hora de ir embora fomos ate o portão onde o magricela estava esperando. Era o Eduardo pra quem não entendeu minhas palavras carinhosas.

-Oi gente, oi Luh. – ele sorriu. Quem deu o direito de me chamar de LU? Eu que não foi.

-Oi – eu falei sorrindo também, mais meu sorriso era de “nem sei por que estou sorrindo pra esse idiota”.

 -Oi – o Eric falou me segurando pela cintura. Ele estava levando isso muito a serio.

-Então... vamos logo? – o magricela perguntou

-Vamos sim. – o espiga falou. Notaram que eu dei um apelidinho pra cada? Sou boa nisso. Fomos pro carro, eu sentei na frente e o magricela atrás. Fomos primeiro a minha casa e quando chegamos lá olhei para o espiga, respirei fundo e disse as palavrinhas que eu costumava dizer para o Miguel.

-Eu te amo. Vem me buscar amanhã? – eu perguntei.

-Claro. – ele falou. Eu ia saindo do carro quando ouço.

-Tchau pra você também. – era o magricela.

-Ah tchau Eduardo. Tinha esquecido você. Desculpa. – na verdade não tinha esquecido dele e desculpas? Ele não merece!

-Foi nada. Nos vemos amanhã.

-É... – eu abri a porta.

-Hei! E eu não ganho nem um beijinho? – o espiga falou. Eu virei, o olhei e o beijei. Foi um beijo... intenso eu acho. Tipo de cinema. Mas sem sentimentos algum envolvido, se Eduardo não estivesse ali aquele beijo nunca teria acontecido.

-Gente, eu ainda to aqui. – o magricela falou do banco de trás. Paramos o beijo com selinhos e eu sorri. Tudo de mentirinha é claro. E sai do carro.

-Eu também te amo. – ele falou assim que eu sai. Virei para trás e sorri. Entrei em casa nem um pouco afim de ver a vadia da Larissa na sala, então fui pro meu quarto e deitei na cama. Dormi em seguida. Acordei no outro dia sem o alarme do celular. Fui ver e eram mais de duas horas da tarde, havia acabado a bateria do meu celular. Droga! Perdi a prova de matemática e toda a matéria nova de historia e eu sou péssima em historia. Nem encanei, estava de recuperação de qualquer jeito mesmo. Quem sabe amanhã eu acorde mais cedo e vá para a escola, assim posso correr atrás da professora e implorar para me passar a matéria nova. Enfim, dormi novamente, estava exausta e nem sei porquê. Acho que dormi a tarde toda, pois quando bateram na porta já era 19h37min. Levantei e de pijama fui atender a porta, meu pijama era curtinho, um short rosinha bebê e uma blusinha branca com alguns desenhos, nada importante. Abri a porta e me escondi atrás dela, não queria que ninguém me visse daquele jeito. Olhei quem era, e adivinhem? Vocês já estão aprendendo, era o Eric sim.

-Oi? O que está fazendo por aqui? Você também veio comer minha irmã? Olha, perdeu seu tempo, pois ela não está. – falei fechando a porta. Ele bateu novamente.

-Eu vim te ver, achei que estava doente ou coisa do tipo, faltou a aula de historia hoje e... – ele estava falando mais eu não prestei muita atenção depois do “eu vim te ver”.