The Body Or The Soul? escrita por ViicSalvatore


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

aiin gente, essa fanfic é o meu bebê *-*
tenho um carinho todo especial por ela, pq foi a primeira fanfic que eu já escrevi. como já está pronta vou postar um novo capítulo todo sábado sem falta.
espero que gostem e acompanhem!



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  Elena bateu na porta da casa dos Salvatore, hesitante. Ainda não tinha muita certeza de como dizer a Damon que precisava de um favor dele, nem mesmo tinha certeza se queria seguir com aquilo. Ela bateu uma segunda vez, então mudou de idéia e resolveu ir embora. Damon não iria querer ouvi-la mesmo... Por que não poupar tempo e fazer algo mais útil, tipo, sei lá, ir para casa e se jogar da janela antes que Stefan voltasse e pudesse impedi-la?

  A porta se abriu quando Elena estava dando o primeiro passo na direção do carro.

  - Elena, que surpresa... – disse Damon, apoiando-se no batente com um ar de diversão – Stef está caçando, então que tal entrar e deixar que eu te distraia enquanto ele não chega? A gente podia jogar um pouco de guitar hero... O perdedor vai ter de fazer uma striptease para o vencedor.

  Elena revirou os olhos, torcendo para ele não ter notado que seu sorriso de lado fizera o coração dela acelerar um pouco.

  - Eu não vim para falar com o Stefan, Damon. – ela teve a satisfação de ver a surpresa passar pelas belas feições dele – Quero falar com você.

  Damon franziu a testa por um momento, então seus olhos azuis brilharam zombeteiramente.

  - Melhor ainda. – ele respondeu – Pode me dar um minuto? Tem uma pequena festa rolando aqui. Claro que você está convidada, se quiser. Mas como eu já sei que não vai querer, vou só mandar as garotas para casa.

  Elena o olhou da cabeça aos pés, chocada. A camisa preta de botões que ele usava estava completamente aberta, deixando à mostra o peito largo e os músculos definidos da barriga. Elena sentiu o rosto ficar cada vez mais quente ao acompanhar com o olhar a trilha de sangue que descia da boca de Damon até a cintura de seu jeans Armani. Seu cinto estava aberto, as duas tiras caindo ao longo da calça e atraindo o olhar de Elena para as pernas esguias e musculosas cobertas pelo tecido preto. Damon estava sem sapatos e usava uma meia branca em um dos pés, o que teria deixado qualquer outro garoto ridículo. Mas ele não era um garoto qualquer, era simplesmente lindo demais para parecer ridículo.

  Quase tão lindo quanto o irmão, pensou Elena. Talvez eu pudesse sentir algo por ele, se não fosse tão apaixonada por Stefan. E se ele deixasse de agir como um idiota. Simplesmente não vale a pena perder tempo tentando conversar com Damon sobre a maldição. Será que ele pensa em mais alguém além de si mesmo, por, sei lá, só cinco minutos?

  - Quer saber? Esquece. – ela virou as costas para ele, irritada – Onde eu estava com a cabeça? Vou para casa. Pode continuar com sua festinha aí.

  Elena não conseguiu dar dois passos e Damon já a segurava pelo braço.

  - Eu vou deixá-la ir – ele disse, friamente – quando me disser por que veio aqui.

  - Eu já falei – Elena tentou puxar o braço, mas ele não a soltou. Ela se esforçou para parecer indiferente – Eu queria falar com você. Mas mudei de idéia. Tchau, Damon.

  - Não. – ele apertou o braço dela com um pouco mais de força – O que você queria falar comigo?

  - Você matou alguma das garotas que está aí dentro? – a fúria ameaçava romper a fachada de indiferença que Elena se esforçara tanto para construir.

  - Não! – Damon levou uma mão teatralmente ao peito – Estou ofendido! É claro que eu não matei ninguém. Estamos apenas nos divertindo um pouco.

  A raiva de Elena não diminuiu nem um pouco ao ouvir esse comentário, mas ela estava furiosa demais para se perguntar o motivo por trás disso. Ela só conseguia imaginar lindas garotas altas e esguias perambulando pela casa dos Salvatore só de lingerie. E também o que ela faria com Damon se as garotas ainda estivessem ali quando Stefan voltasse.

  - Por que eu me dei ao trabalho de vir até aqui? – ela bufou, ainda debatendo-se para se livrar dele – Eu sou uma idiota mesmo. Por que você não se alimenta de alguma das bolsas de sangue que vocês têm estocado na geladeira? Qual é o ponto daquilo se ninguém toma? Pára de matar inocentes sem motivo, Damon. Essas garotas com certeza devem ter alguém que se importa com elas. Aliás, por que eu estou me dando ao trabalho de dizer tudo isso? Até parece que você vai me ouvir e...

  - Por que você veio, Elena? – ele a interrompeu, olhando-a tão intensamente que Elena sentiu que estava corando de novo – E você entendeu muito bem o que eu quis dizer. O que quer falar comigo?

   Ela não respondeu. Apenas parou de se debater e o encarou por alguns segundos, procurando por sinais de sarcasmo no rosto dele. Não encontrou nada. Havia apenas curiosidade e... e algo que ela não conseguia definir. Elena mordeu o lábio inferior, indecisa, avaliando as várias respostas irônicas que podia lhe dar. Mas optou por dizer a verdade.

  - Eu estava procurando um amigo. E... apesar de você ter se afastado de mim nesses últimos dias, eu tinha começado a vê-lo como um, Damon. – Elena olhou para o chão, incapaz de encará-lo – Acho que nesses últimos meses simplesmente consegui me convencer que você é uma pessoa melhor do que realmente é. Desde aquela tarde em que você me contou todas aquelas histórias sobre a adolescência de vocês, sobre como era seu relacionamento com Stefan antes de conhecerem Katherine... eu senti que aquilo nos aproximou.

  Ela levantou o olhar para ele, e pensou ter visto um lampejo de decepção em seus olhos azuis. Mas foi tão rápido que ela não tinha certeza. Menos de um segundo depois, os olhos de Damon estavam completamente sem emoção.

  - Talvez eu esteja errada. – Elena continuou – Agora acho que estava errada. Nós realmente nos aproximamos, mas acho que eu já atingi o limite de intimidade que você estipula para todo mundo ao seu redor. Sou quase sua amiga, mas você não quer amigos. Você não vai mudar. Por que perder tempo te contando os meus problemas? Como se você fosse sequer prestar atenção no que eu disser.

  Damon a soltou.

  - Você tem razão, Elena. – ele disse, a voz se tornando cada vez mais fria – Eu não sou seu amigo. E não quero saber dos seus problemas. Eu sou um monstro, lembra? Isso não vai mudar.

  - Ah, você não é um monstro, Damon. – Elena abriu um sorriso triste para ele e enfiou as mãos nos bolsos de seu casaco – Pelo menos não completamente. Mas você se esforça muito para agir como um. Está tão concentrado em não se envolver com nada e ninguém que simplesmente perdeu o que tinha de bom. Pode ser que eu também esteja errada sobre isso, mas não acho que você seja completamente ruim. Está se tornando um monstro, mas ainda tem um pouco de humanidade em você. Bem pouco, mas tem.

  - E qual é o objetivo de tudo isso? – Damon ergueu uma sobrancelha, claramente irritado – Mostrar o que eu estou perdendo por não me alimentar de carneirinhos e passar dias inteiros procurando alguma coisa para me fazer sentir culpado?

  - Não. – ela fechou a cara para ele. – Na verdade é mostrar que se você parar de agir como um babaca, vai descobrir que não está tão sozinho quanto pensa. Mas o que eu sei, não é? – Elena sacudiu a cabeça e sua voz tornou-se ácida – Sou apenas uma garota humana de dezoito anos, e não uma vampira de mais de um século de idade. Eu tinha me esquecido como é frustrante conversar com você quando está hostil desse jeito.

  - Chega, Elena. - ela podia ver a raiva brilhar nos olhos de Damon agora – Se você já terminou, vai logo embora.

  Ela abriu a boca, mas tornou a fechá-la sem dizer nada. Damon a olhava com uma irritação crescente.

  - Precisa que eu lhe mostre o caminho de volta ao seu carro? – ele perguntou com ironia – Estou meio ocupado, se você não percebeu.

  - Não. – Elena contorceu a boca com desprezo. – Apenas preciso te dar uma coisa.

  Damon ergueu as sobrancelhas sugestivamente. Elena revirou os olhos.

  - Não vou perder tempo contando detalhes – ela disse, abrindo a pequena bolsa que levava junto ao ombro – Mas eu... eu descobri uma coisa ontem à noite. Que me deixou bastante preocupada.

  - Você parece muito calma. – Damon observou, cético.

  Confie em mim, colega, pensou Elena, só estou calma por fora. É surpreendente que eu ainda não tenha começado a tremer.

  Elena puxou algo do fundo da bolsa e estendeu para ele.

  - Só me prometa que vai usar isso por enquanto. O Stefan vai te explicar tudo quando voltar. – ela depositou um objeto frio na palma da mão de Damon – Também estou usando um dark moon. Procure tirá-lo do pescoço o mínimo de vezes que puder.

  Damon encarou o objeto em sua mão. Era um medalhão grande e pesado, em forma de lua cheia. Por um momento, ele percorreu com o polegar os minúsculos diamantes que formavam uma bela trama na prata gelada. Uma dormência esquisita percorreu seu corpo. Dark moon... Onde ele já ouvira aquele nome antes?

  A dor no rosto de Elena chamou sua atenção. Ele queria confortá-la, mas não sabia como. Não fazia ideia do que estava acontecendo com ela. Tinha medo de que a garota pudesse ver a preocupação em seus olhos, ou percebesse como o estava deixando curioso e ansioso.

  Damon queria não se importar com ela, mas...

  - Se cuide, Damon. – ela disse, os olhos começando a ficar brilhantes demais enquanto as lágrimas se formavam.

  Elena se virou e se afastou na direção do próprio carro. Damon se debateu internamente, dividido entre a vontade de correr atrás dela e a de voltar para dentro e aproveitar as modelos apetitosas que o esperavam. Elena entrou no carro e deu a partida, indo embora velozmente.

  Damon voltou para dentro e parou no meio do gesto para fechar a porta. Ele olhou para o medalhão em sua mão. Dark moon... ele acabara de se lembrar de ter ouvido Katherine mencionar aquilo uma vez. Era um amuleto muito poderoso que conseguia ocultar quem o estava usando de qualquer ser sobrenatural que estivesse por perto.

  Mas como Elena conseguira aquilo? Por que dera um para ele?

  E por que estaria usando um?

  Não fazia o menor sentido, a não ser...

  A não ser que Elena estivesse em perigo.

  E tinha de ser algo muito grave.

  O choque se espalhou pelo corpo dele.

  - Amor, você não vai me matar agora? – ronronou uma linda loira enquanto se aproximava de Damon. – Você prometeu, lembra? Promessa é dívida...

  - Ah, não! – protestou uma segunda loira, correndo para os braços dele – Eu vou primeiro, não é? Você disse que gostou mais de mim.

  - Nada disso, meninas - uma ruiva de olhos verdes abriu um sorriso confiante para as outras – Agora é minha vez.

  - Cadê a Jenny? – perguntou a primeira loira.

  - Foi ao banheiro. Acho que ela vai acabar perdendo toda a diversão – a ruiva piscou maliciosamente para Damon.

  Mas ele não prestava atenção ao que ela dizia.

  Só pode ser isso, pensou ele. Elena está correndo perigo.

  Sem sequer pensar no que estava fazendo, Damon limpou a bagunça e deu lenços para as duas loiras que já havia mordido, então compeliu todas as quatro garotas a esquecerem-no e as mandou embora. Depois correu o mais rápido que pôde para a casa de Elena.


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