- Fratellone!
Foi a única coisa que Feliciano conseguiu exclamar ao sentir as mãos do seu irmão mais velho envolver-lhe a cintura. Primeiramente, pensou ser Ludwig mas o perfume forte - e inconfundivel - do irmão o fez mudar de ideia.
- Buon giorno, fratello. - o maior sorriu de leve, sem soltar o outro - O que está fazendo?
- B-bolonhesa, vee~. - gaguejou ao sentir a respiração de Lovino cada vez mais perto de seu pescoço. - Como entrou aqui?
- A porta, duh. Senti um cheiro gostoso e entrei. Parece que cheguei em boa hora!
- Vee~ pode ficar para o almoço se quiser. Ludwig já deve estar chegando.
- Hn, é mesmo? - o outro comentou, bem desinteressado. - Não quer que eu te ajude a fazer alguma coisa?
- Não, grazie! Eu já estou terminando tudo por aqui, vee~
- Ah, mas eu quero! - reclamou Lovino, apertando o corpo do irmão contra o dele - Não tem nada mesmo?
- Vee~ você poderia me soltar... Assim eu poderia terminar mais rapido, vee~!
- Ah... Desculpe. - Lovino assumiu uma expressão tristonha mas logo mudou ao perceber a pequena mancha de molho em uma das bochechas de Feliciano - Ah, olha. Tem molho na sua bochecha.
O menor até tentou se limpar mas as mãos de Lovino foram mais rapidas. Prendendo-as juntas num ponto estrategico, aproximou seu rosto do de Feliciano e, gentilmente, lambeu todo o molho que havia ali.
- Vee~, por que fez isso, fratellone? - perguntou Feliciano, confuso. - Eu poderia ter lavado.
- Seria um desperdicio de molho, não é? Além de que - ele voltou a se aproximar do irmão, puxando-o pela cintura e colando seus corpos - Eu adoro o gosto do seu molho, fratellino. - dessa vez, sussurrou ao seu ouvido, depositando um pequeno beijo em sua bochecha seguido de uma delicada lambida.
- Vee~ mas não tem mais molho aí, Lovi...
- É que o seu gosto é muito bom também, Feli. - respondeu, dando uma leve mordida na bochecha do outro.
- Aii...

Lovino nem ligou. Talvez Feliciano também não. Desencostou os labios de sua bochecha e fitou o menor. Enrolou seu fio de cabelo sobressalente eu seu dedo indicador e observou o menor começar a arfar e apertar os olhos, soltando gemidos quase inaudiveis.
Feliciano o pegou de surpresa, aproximando seus rostos mais uma vez e puxando seus labios para si num beijo timido, porém doce. As mãos de Lovino não haviam se separado da cintura do irmão por nenhum minuto. Estavam ali, firmes, declarando que Feliciano era dele e só dele.