Like A Time Bomb escrita por Lohane Way
Estávamos em um dos esconderijos que tinhámos espalhados pelas zonas na Batery City. Estávamos na Zona 4, a maIs perigosa já que era severamente monitorada pela S/C/A/R/E/C/R/O/W. Tudo estava silêncio demais, quando ouvimos um grito de alguém pedindo ajuda, um grito distante que ia se aproximando aos poucos
“socorro! Alguém me ajuda?” – eu e Fun Ghoul levantamos rapidamente – “ah! Socorro!”
“de onde está vindo isso?” – Fun perguntou
“não sei, vamos” – saímos do esconderijo e fomos seguindo os gritos. Eles cessaram – “silêncio de novo”
“espera” – ficamos olhando em volta quando eu senti uma mão no meu ombro
“me tirem daqui” – me virei assustado, vendo a imagem de uma garota de cabelos castanhos, ondulados até a cintura, olhos chocolates, com alguns machucados no rosto e mancando um pouco – “por favor me tirem daqui”
“ela tem um ferimento na perna, temos que tirar ela daqui e levar ela para o esconderijo” – concordei com Fun e a peguei no colo, levamos ela até o esconderijo, acabamos acordando os outros dois, Kobra e Jet – “eu vou cuidar desse ferimento para você ok?”
“ta doendo demais” – ela gemia de dor – “eu não sei o que aconteceu, eu estava procurando um lugar para ficar por essa noite e me atacaram” – ela gritou quando Fun colocou uma gase com remédio para limpar o ferimento
“é perigoso andar por ai sozinha” – falei a olhando
“eu não tenho medo, mas também não esperava que eles fossem tão hostis” – ela gritou mais uma vez
“está quase terminando” – Fun avisou
“Tem um nome?” – perguntei olhando para ela
“tenho... Time Bomb” – Fun terminou o curativo e ela parou de gemer de dor – “obrigada” – ela sorriu fraca – “eu tenho que ir”
“nem pensar, como você vai ficar por ai assim nesse estado? Tem como você ficar por aqui essa noite, e depois você pode decidir o que fazer, mas essa hora sair sozinha é suicídio” – Kobra disse a ela preocupado – “confia em mim, ninguém aqui vai tentar te matar ou algo parecido” – ela riu
“eu confio em vocês desde o momento que vocês me salvaram” – ela sorriu – “ok, eu fico por hoje, mas amanhã eu vou embora” – Kobra concordou e voltou a dormir, logo depois Fun e Jet também voltaram a dormir, ali ficou só eu e Time Bomb acordados – “pode ir dormir, eu não vou fugir”
“estou sem sono” – sentei do lado dela – “o que aconteceu lá fora?”
“eles me atacaram de uma forma violenta, um deles me feriu na perna e eu não conseguia correr deles... ai eu pedi por socorro mas nem tinha certeza que tinha alguém por aqui, quando você e seu amigo apareceram” – ela sorriu me olhando – “obrigada, de verdade”
“não precisa agradecer”
“vocês são o que? Heróis” – eu ri junto com ela
“muito longe disso” – ela sorriu, ficamos em silêncio e eu comecei a observa-la, pele morena, não aprecia ser muito alta, vestia uma jaqueta roxa com algumas estrelas na manga, a calça era preta acompanhada de uma bota sem salto preta – “você é uma killjoy?”
“ham?” – ela me olhou
“você é uma killjoy?”
“na verdade eu tento ser uma” – ela riu – “digamos que... eu sou um pouco revoltada com essas coisas que estão acontecendo” – sorriu
“é, você é uma de nós” – sorri – “tem certeza que não quer descansar?”
“tenho, depois disso tudo, eu perdi o sono... estou no pique ainda” - ela reclamou de dor quando foi esticar a perna – “isso doi” – sorriu, ficamos conversando mais um pouco, ela era engraçada, me segurava para não ri alto e acordar os outros, o tempo passou e já estava para começar a amanhecer, senti um peso no meu ombro, olhei e a vi com a cabeça encostada no meu ombro – “agora fiquei com sono”
“ótimo, está quase amanhecendo e você fica com sono só agora” – ela riu
“eu não vou dormir, só descansar um pouco, não quero ter que ir dormir, ficar aqui está ótimo” – ela agarrou meu braço – “se eu dormir me acorda”
“pode deixar” – a respiração dela em meu pescoço estava me arrepiando, não sei o que tinha nela, mas algo me atraia – “hey”
“eu não estou dormindo, juro” – ela sorriu, abaixei o rosto até perto do dela – “seus olhos são bonitos” – ela ficou me olhando nos olhos, o que me fez eu me sentir mas atraído por ela
“obrigado” – sorri
“seu sorriso também” – ela levantou o rosto, ficamos um olhando para o outro – “ham, melhor eu ir me deitar” – ela disse isso e começou a amanhecer
“acho que você não vai conseguir dormir agora” – minha voz saiu baixa
“como você pode ter tanta certeza?”
“só tenho” – segurei o rosto dela e fui me aproximando cada vez mais do rosto dela, nossas respirações estavam aceleradas, ela fechou os olhos e eu estava vidrado em seus lábios que eram de tamanhos normais, nem muito grossos e nem muito finos
“Poison eu acho melhor não”
“não sei quando eu terei essa oportunidade outra vez” – a beijei devagar, ela retribuiu depois de um tempo, timidamente colocou as mãos em meu rosto, o acariciando. Parei o beijo
“você ta jogando sujo” – ela sorriu
“por quê?”
“porque sim” – ela voltou a me beijar, agora foi com mais urgência.
“mas já? vocês se conheceram ontem, esperem um pouco, pelo menos até a gente sair daqui e vocês ficarem sozinhos” – ouvi a voz do Jet, ela me afastou na hora – “nem preciso perguntar se já está melhor né?”
“estou sim, obrigada” – ela disse ficando sem graça – “acho que já está na hora de eu ir” – ela se levantou – “ham... pode vir comigo Poison?”
“posso” – Kobra e Fun acordaram também
“gente, obrigada por me socorrer na última noite, quem sabe um dia a gente não se esbarre por ai” – sorri
“espero que isso aconteça, não só eu né irmãozinho” – olhei para o Kobra, eu ia matar aquele pirralho
“é, agora cala a boca” – todos riram, menos eu
“bem, até qualquer dia” – ela sorriu e saiu do esconderijo junto comigo – “bem, espero de verdade que eu te encontre”
“eu digo o mesmo” – sorri – “tem certeza que não que ficar com a gente?”
“tenho, absoluta, eu não posso ficar mesmo” – ela sorriu – “e de novo, obrigada pela companhia” – segurei o rosto dela e trouxe até a mim e a beijei – “você tem que parar com isso”
“não dá” – fui distribuindo beijos pelo rosto dela
“se eu não te encontrar outra vez, promete que não vai esquecer-se de mim?”
“impossível isso acontecer” – sorri
“tenha cuidado, não sei porque eu to dizendo isso, mas... tenha cuidado ok?” – ela beijou meu rosto – “agora eu tenho que ir”
“você também tenha cuidado”
“eu tenho minha raygun próxima, não se preocupe” – ela sorriu e se afastou de mim – “sou uma bomba relógio esqueceu?”
“a qualquer momento pronta para explodir” – ela riu
“isso” – se virou e saiu andando. Não sei se veria ela de novo, ou se ela iria sobreviver a esse mundo louco, só sei que aquela bomba relógio tinha feito alguma coisa comigo internamente. Voltei para o esconderijo
“ela já foi?” – Fun perguntou
“já” – sorri, nos arrumamos e saímos do esconderijo em direção a Zona 6, sede dos killjoys.
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