Já se passava da meia-noite.

– Louis? – Jullie falava encostando a cabeça no ombro do garoto.

– Sim? – ele virava-se para a menina.

– E se Liam descobrir? – ela dizia – Por exemplo, nos descobrir.

– Acho que Liam amadureceu um pouco. – ele falava – Será que ele não vai aceitar isso nunca?

– Acho bom que aceite... – ela falava – Vou admitir, nunca deixei de ser apaixonada por você.

– Hmmm, mesmo? – ele falava – Então saiba, que eu lhe falo o mesmo.

– Nunquinha? – ela perguntava.

– Não mesmo. –respondia.

– E naquela festa? – começava a falar – Que você pegou sei lá eu quantos trilhões de garotas?

– Ah, aquela festa. – ele falava, congelando – Pra mim, não foi nada de mais. Aliás, você foi a única garota na vida que eu realmente fui apaixonado. Bem, na verdade não...

– Como assim na verdade não? – ela falava.

– Ah, faz muito tempo. – ele ficava sem voz – Deixa, isso é passado.

– Não vai me contar do seu primeiro amor? – ela falava, acariciando os cabelos do garoto.

– Jullie, você nasceu e viveu em Londres durante sua infância, certo? – ele perguntava.

– Certo. – respondia.

– Então... – ele falava – Não lembra de nada que aconteceu no passado?

– Pra falar a verdade eu lembro. – ela dizia – Na verdade, um pouco. Eu tenho poucas lembranças do que aconteceu comigo aqui, enquanto era criança. Mas sei lá, algo me decepcionou um pouco antes de eu ir pra casa.

– Ah. – congelou – Então deixa.

– Louis Tomlinson... – ela falava – Não tem nada pra me contar?

– Bem, não. – mentia.

– Pera ai... – ela falava – VOCÊ ERA O MENINO, O GAROTINHO POR QUEM EU FORA APAIXONADA DURANTE MINHA INFÂNCIA INTEIRA.

– Sim, era eu. – ele falava.

– E VOCÊ ERA APAIXONADO POR MIM TAMBÉM. – ela falava, animada.

– Sim. – ele concordava.

– E FOI VOCÊ QUE ME DECEPCIONOU UM TEMPO ANTES DE EU IR PRA CASA. – ela ficara irritada.

– Oh, Jullie. – ele falava – Eu me arrependi, realmente me arrependi. Mas vamos deixar isso no passado?

– Não. – ela falava – Espera só eu lembrar o que aconteceu nesse dia, você vai ter que se considerar uma pessoa morta.

– Jullie? – ele dizia – Acorda? Você tinha 8 anos de idade, 8! Era uma criança, e crianças ficam tristes por qualquer bobagem.

– Mas eu ia ficar com isso me encucando todo o tempo? – ela dizia.

– Coisas simples marcam a vida das pessoas. – ele dizia – Sendo ridiculamente ridículas, ou não.

– Você lembra do que aconteceu? – ela falava.

– Mais ou menos... – ele dizia – Foi uma briga, entre eu e você.

– E qual era o motivo? – ela falava.

– Outra garota. – ele falava, fazendo com que ela arregalasse os olhos.

– Ah. – calou-se – Então tudo bem.

– Ciúmes desde a infância? – ele dizia – Tsc, tsc....

– CALA BOCA LOUIS! – ela falava.

– Só se você vier calar. – ele dizia, abraçando a garota.

– Preciso lhe lembrar que ainda estou triste com você? – ela falava.

– Por motivos toscos. – ele dizia – Pare de agir como uma criança.

– A única criança aqui, seria você. – ela falava – Não liga pros meus sentimentos?

– Ah, não. – ele bufava – Você ta na TPM?

Ela se calou.

– Eu te odeio! – ela falou, não contendo o riso.

– Eu te amo. – ele falava, encostando a cabeça na da garota.

– Um minuto ai! – ela falava – Me lembro de algo que você odiava no passado...

– O que? – ele perguntava.

– Um apelido. – ela falava maliciosamente.

– NÃO! – ele tremia – AQUELE APELIDO NÃO!

– O que tem de mais nele? – ela falava – Acho um tanto meigo.

– Minha mãe me deu aquele apelido. – ele dizia – E eu não sou um urso.

– Boo Bear. – ela dizia – Uma coisa tão meiga de se dizer.

– Cala boca Jullie. – ele falava.

– Louis... – ela dizia olhando para o garoto – Você acha que algo vai conseguir nos separar?

– Só quando o meu coração parar de bater. – ele dizia, olhando fundo nos olhos da garota – Ou nem assim.

“O seu maior inimigo, pode ser aquele que você menos desconfia.”