- Filho? – Jay falava ao ouvir o filho entrar pela porta de casa.

- Ah, oi mãe. – Louis falava, sem felicidade na frase.

- Como foi a escola hoje? – ela perguntava – Algo diferente?

- Hoje? Bem... – ele pensava – Nada.

“Mentiroso e cara de pau.” – pensava Louis.

- Ah, é sério? – ela falava, ironicamente – Porque me disseram, que uma tal de Jullie voltou pra escola... Aquela garota que foi atropelada, por um tal de Louis, conhece?

- Ah mãe, o que você quer com isso? – ele havia se irritado – Quer que eu me declare pra ela, peça desculpas até a morte?

- Calma, Louis! – ela falava – Foi só uma brincadeira.

- Parabéns, sua brincadeira acabou com meu dia. – ele falava.

- Porque ficou tão irritadinho, de uma hora pra outra? – Jay dizia – Acho que alguém está apaixonado...

- Ah, é mesmo? – Louis respondia – Então, por favor, me apresente, porque eu não conheço ninguém.

Louis dava às costas para a mãe, e, num piscar de olhos, já estava no segundo andar a casa.

- Aonde pensa que vai, garoto? – a mãe falava.

- Viver. – ele dizia – E SOZINHO!

“PORRA, LOUIS.” – o garoto pensava sozinho, querendo gritar ao mundo e explicar tudo que sentia para a mãe.

 Louis’s POV ON:

Francamente? Jullie era tudo pra mim.

Eu passei tão pouco tempo com essa garota, e já tinha ficado perdidamente apaixonado por ela? Por favor, isso não é normal.

Era amor, paixão. Porém, não era qualquer paixonite que eu sentia por ai. Era duradoura. Depois dos meses que fomos separados, ela continuava firme e forte. Era coisa de outro mundo, eu nunca havia sentido isso por outra garota. Se bem que... Nunca amei outra garota. Ela fora a primeira.

- MERDA! – eu gritava – Eu me odeio.

Precisava me distrair.

Liguei o computador, fiquei fuxicando na primeira coisa que vi. Não deu muito certo.

Tentei ligar a TV, que também, não ajudava muito. A cada dois minutos, uma notícia sobre algum acidente de carro passava na televisão, ou seja... Indiretas a mil.

O que ainda me restava, era ouvir qualquer música. O rádio, não prestava. Decidi então, ligar o iPod e clicar na primeira música que vinha em minha frente.

Rencetly i’ve been...

E assim “Obviously” dominava meu quarto.

Hopelessly reaching...

O que eu poderia fazer pra finalmente conquistar Jullie? Ela era inominável, eu não sabia. O seu jeito de ser me encantava, seu rosto tão perfeito. Seus lábios perfeitamente desenhados, o sorriso branco e reto. Os olhos... Ah, os olhos. Eram como estrelas que iluminavam o meu céu.

Out of this girl, who’s out of this world, believe me...

Eu precisava conquistá-la, precisava tê-la pra mim.

De alguma forma, Jullie me levantava. Ela me dava motivos pra viver, motivos pra eu ser feliz. Eu nunca tinha sentindo isso antes.

Amor e ódio misturados, se transformavam num sentimento ainda maior.

And so many nights now, i find myself thinking about her now...

Eu sentia falta dos beijos que nunca tivemos, das trocas de carinho que eu imaginava, sentia falta do seu amor.

Cos obviously, she’s out my league, but how can i win, she keeps dragging me in. And i know i never will be good enough for her...

Essa música... Esse sentimento... ESSA GAROTA! Tudo se encaixava, dava sentido ao outro. Era como, ter um mapa em minhas mãos e saber aonde achar o precioso tesouro. Eu sabia o que tinha que fazer, dessa vez sabia.

I never will be good enough for her.

Obviamente, ela está em meu alcance.

Porque aliás... It’s gotta be Jullie, babe!

Louis’s POV OFF.