Jullie’s POV ON:

Que raiva! Esse garoto queria controlar minha vida. Eu não sou mais uma criança, eu cresci. Meus pais não eram tão possessivos que nem ele.

– Um dia você vai ter que sair daí, querida! – ele gritava.

– ESSE DIA NÃO É HOJE! – respondi, no mesmo tom de voz.

Minhas lágrimas já corriam pelo rosto. Raiva, ódio e tristeza reunidos em um só momento não é tão bom.

– Você vai morrer de fome, garota! – Liam dizia.

– Eu consigo sobreviver, querido. – respondi.

– Você tem que ir a escola amanhã! – continuava.

– Eu posso ir bem antes de você! – continuei.

– VOCÊ É MUITO COMPLICADA, JULLIE! – ele gritava – EU SÓ QUERO SEU BEM, CARALHO!

– VOCÊ NÃO QUER MEU BEM, LIAM! – respondi – SE VOCÊ QUISSESSE MEU BEM, NÃO ME TRATARIA COMO CRIANÇA E CONFIARIA EM MIM.

– EU CONFIO, PORRA! – ele continuava gritando – É QUE...

– É QUE O QUE? VOCÊ NUNCA VAI ME ENTENDER, NUNCA! – falei, chorando cada vez mais.

– Abre a porta Jullie, por favor. – ele falava, diminuindo seu tom de voz.

– Não Liam! Saí daqui antes que eu me revolte mais ainda com você. – falei, também num tom de voz baixo. – Por favor.

– Não. – ele respondia – Não até você abrir a porta.

– Abrir pra quê? – perguntei, um tanto irônica – Pra você me xingar, jogar na minha cara que eu sou imatura e irresponsável? Não, obrigada.

– Me desculpa Jullie! – ele disse, com voz de choro – É que... Eu me preocupo com você, as vezes até demais, e isso não é tão bom. Eu só quero seu bem, e saiba que tudo que eu faço é para a sua proteção.

– Talvez eu não precise de toda essa “proteção”. – falei, colocando ênfase na palavra.

– Você também não ajuda. – ele disse.

– Você tá pedindo pra tomar na cara, sério. – respondi.

– Abre a porta. – ele ordenava.

– Juro, que se você cometer um errinho se quer, eu desço essas escadas correndo e não volto por hoje. – brinquei.

– CALA BOCA, JULLIE! – ele disse.

Me locomovi até a porta, respirei fundo, limpei meu rosto e finalmente abri a porta. Liam estava lá, com lágrimas nos olhos, mas com um sorriso lindo na boca. Estava de braços abertos, esperando que eu o abraçasse. E enfim, não resisti e o abracei.

– Eu te amo, pequena. – ele disse – Me desculpa?

– Desculpo. – respondi – Sei que você é um mané, e manés erram.

– Você estragou o momento, Jullie. – ele falava, rindo.

– Eu te amo, Liam. – falei.

Já estava perto das 6 horas da tarde. Tomei um banho, comi alguma coisa, vi um pouco de TV, fiz as tarefas de aula e deitei, por fim, em minha cama.

Fiquei pensando na frase que Lauren havia dito. Aquela frase tocou realmente meu coração. Realmente, não se julga um livro pela capa. Mas... O que ele tinha de especial? Afinal, Louis Tomlinson não era lá o mais-mais da escola. Mas ele... Ele tinha um toque especial, tinha algo diferente nele, diferente de todos os garotos que eu já tinha visto em toda minha vida. Ele era... Melhor.

Não, não. Eu não estava apaixonada. Ele não estava. Não tinha como, eu conheci ele... Hoje. Tinha sido “hoje”. Era algo diferente. Sentir sua presença perto de mim era algo bom, era algo diferente.

Sentimentos, porque são tão complicados?

Jullie’s POV OFF.

E por fim a garota dormiu, com as frases que tinha ouvido na cabeça. Ela queria conhecer Louis mais que os outros.