De Repente Amor ! escrita por Manú GSR
Notas iniciais do capítulo
Espero não decepcionar !
No dia seguinte, despediram- se dos donos da pousada e do casal de italianos e foram para a estação de trem.
Chegaram à estação de trem e Sara foi pegar algumas informações com o Senhor que vendia as passagens.
– Oi. Quando sai o próximo trem para Dublin?
– Você chegou bem na hora. O próximo trem parte em duas horas e quarenta e três minutos.
Sara estranhou o que o senhor disse, mas quis ser simpática.
– Ótimo.
Comprou as passagens e sentou-se em um banco onde ao lado encontrava-se um cachorro.
– Ballycarbery. – Disse Grissom sentando ao seu lado.
– Pra você também.
– Ali, mais a frente, o castelo de Ballycarbery. É uma das dez maravilhas da Irlanda, ouvi dizer. Deve levar só uns quinze minutos até o topo.
– Não quero perder o trem.
– É um bom motivo. Não quer perder o trem.
– Não.
– Só duas horas e meia. O tempo vai voar.
– Vou ficar aqui.
– Fique a vontade. – Grissom levantou e foi em direção ao castelo.
– Tá! Oi menino- Disse brincando com o cachorro. O cachorro latiu e rosnou para Sara, que levou um susto e saiu correndo.
– Ei Grissom, espere aí, eu adoro castelos!
Até chegarem ao castelo, havia uma subida, uma espécie de ladeira. Subiram conversando e às vezes criticando um ao outro. A situação entre eles estava cada vez mais incontrolável, sentiam uma atração tão forte pelo outro que não conseguiam controlar-se, e então brigavam.
Chegaram ao castelo. Era uma construção linda, velha, mas linda.
– É realmente, é um castelo! – Disse Sara surpresa.
– Eu te falei.
– E então, qual é a história deste lugar?
– Bem, há centenas de anos, havia uma linda moça chamada Grainne. Foi prometida em casamento a um cara chamado Fionn, que era um tipo de comandante, velho e mal-humorado, idoso suficiente para ser seu avô, sendo assim, não estava apaixonada por ele. Em todo caso, na noite de seu noivado encontrou nada menos que um jovem bonito e guerreiro, Diarmuid. Apaixonaram-se loucamente a primeira vista, mas o que poderia fazer? Adicionou uma poção do sono na bebida de todos, e os dois fugiram juntos pelo rio Shannon. Quando Fionn acordou Grainne já havia sumido, e ele ficou maluco. Tomou seu exercito e saiu em busca desfreada. Mas as pessoas nas vilas da Irlanda se compadeceram de Diarmuid e Grainne. Esconderam-nos nas florestas e em seus celeiros e castelos, onde dormiam por uma noite e logo após amanhecer seguiam em frente. – Grissom subiu as escadas do castelo e Sara ficou olhando-o com medo de subir.
– Venha.
– É seguro?
– Claro. – Segurou-a pelas mãos delicadamente. – Ah, e dormir foi tudo o que fizeram, pois Diarmuid, bom homem que era, sofria a velha culpa por estar traindo Fionn. E a respeito a ele, não passou disso.
– Entendo.
– Pois é. – Chegaram ao topo do castelo.- E então chegaram a este castelo com esta vista.
– Uau.
– E dizem que, não podendo resistir a tal beleza, aqui mesmo, neste lugar, consumiram seu amor.
Realmente a vista era linda. Sara prestava muita atenção na história e quando Grissom contou a última frase da história, seus olhos azuis brilhavam. Sua voz era doce e extremamente calma. Sara estava encantada e o olhava profundamente e ele também fazia o mesmo. Aproximaram-se e não podendo conter-se, Grissom passou a mão sobre aquele rosto de pele macia. O corpo de Sara vibrou com o toque do homem que amava. Estavam perto demais e foram aproximando-se mais e mais, e quando finalmente seus lábios se tocaram, ouviram ao longe o barulho do trem, despertando-os do sonho bonito que estavam vivendo naquele momento.
Saíram correndo para pegarem o trem. Já no trem, ficaram extremamente desconcertados com a situação anterior.
Deus, não posso fazer isso. Ela não está aqui para termos um caso, está aqui como uma amiga, somente para me ajudar e nada mais, não posso aproveitar-me disso. – Grissom viajava em seus pensamentos.
Ai meu Deus, o que foi aquilo? Estou ficando louca ou o quê? Grissom não me ama, e só está confuso com toda essa situação. Não posso aproveitar-me disso. – Grissom viajava em seus pensamentos, mas Sara não estava diferente.
A viajem foi longa e Sara adormeceu durante a viajem, enquanto Grissom lia um livro bem grosso. Quando Grissom se deu conta de que Sara estava dormindo toda torta, pegou sua cabeça e deitou-a em seu ombro, com muito cuidado para que não acordasse. E não acordou, continuou a dormir pesadamente e Grissom continuou concentrado em seu livro, mas diferentemente de antes, tinha agora o corpo de Sara perto do seu, fazendo-o sentir-se melhor.
Chegaram à estação e agora só precisavam pegar um vôo de pequena distância para chegarem a Dubin.
– Sara, querida, acorde, já chegamos. - Grissom a despertou lentamente e passando a mão carinhosamente pelo seu rosto.
– Ah, oi. Ai Grissom desculpe-me por ter dormido em seu ombro. – Disse completamente assustada e sem graça.
– Não, fique calma. Você não deitou em meu ombro por conta própria, fui eu que te deitei em meu ombro, você estava toda torta e acordaria com torcicolo.
– Ah, então, obrigada pelo cuidado e pela preocupação.
– Sara, você pode não acreditar, mas eu sempre me preocupo com você. - Sara engoliu em seco a revelação repentina de Grissom.
– Acredito em você Grissom.
– Fico feliz em saber.
– Vamos, temos que descer, acho que só tem nos dois no trem ainda. – Disse ela, mudando completamente de assunto.
– É, vamos. – Respondeu um pouco contrariado.
Pegaram as malas e saíram do tem. Após a última conversa, não tocaram mais em nenhum assunto mais intimo. Pegaram o avião e não demorou muito para chegarem a Dublin.
– Pronto. Enfim, Dublin.
– Nossa nunca imaginei que passaríamos por tudo aquilo para chegarmos aqui.
– É, nem eu.
– Grissom, olha que lugar lindo.
– Nunca veio aqui Sara?
– Não. Se eu soubesse que aqui é tão lindo, teria vindo antes.
– Fico feliz que nunca tenha vindo aqui.
– Por quê?
– Porque quando vamos a um lugar pela primeira vez, nunca mais esquecemos.
– É verdade.
– Pois então, fico feliz que seja a primeira vez que vem aqui e comigo, assim, nunca se esquecerá de mim. Sempre que se lembrar dessa viajem, lembrará de mim também.
– Eu não te esquecerei ou esqueceria nunca, nem que eu quisesse Grissom. – E saiu andando.
Grissom ficou parado vendo Sara se afastando devagar. Amava aquela mulher, como pode ficar tanto tempo longe dela? Era a pergunta que se fazia desde o dia em que fez a proposta a Sara em seu escritório.
– É vida minha, eu também não seria capaz de esquecer-te, nunca. – Disse ainda parado observando-a.
– Grissom, vem! – Gritou Sara.
Ele sorriu e foi em sua direção. Aquele era o caminho para sua felicidade, literalmente.
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