Amu estava nervoso. Era sua primeira vez. Ele suava de excitação, mas ao mesmo tempo tinha medo de não se sair bem.

“Você não devia fazer isso tão novo, ainda mais com alguém que você mal conhece!”, sua irmã havia dito. Mas Amu havia prometido que naquela noite ele faria. Ele havia prometido à ela.

Seus olhos castanhos estavam inquietos. Não conseguia mais esperar. Há quanto tempo ela estava se arrumando? Dez? Talvez vinte minutos? Tudo parecia passar tão rápido, mas ao mesmo tempo, tão devagar.

“Tudo bem, Amu. Se não estiver pronto para isso, eu consigo esperar” ela havia dito no dia anterior. “Eu... Eu estou pronto, Lia. Nós sempre soubemos que isso iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Vou me tornar um homem”.

Ele tentou se acalmar. Abriu os dois primeiros botões da camisa. Notou que sua mão tremia. “Por quanto tempo ela vai ficar lá? Porque ela precisa se arrumar tanto?” pensava.

“Vai ser muito bom. Isso eu posso te garantir. Na minha primeira vez, eu também fiquei nervosa, então não se preocupe com isso. Depois que começarmos, você vai esquecer tudo” Lia disse, enquanto abria a porta.

Amu levantou os olhos. O cabelo dela estava lindo. Seus olhos brilhavam. “Estou feliz por ser com você” ela disse. Seu perfume era doce, mas não doce demais. Seu corpo brilhava levemente, como se tivessem assoprado um pouco de glitter no pescoço dela. “Não precisava se arrumar tanto assim” Amu riu. “Mas você está linda.”

Lia segurou sua mão. “Está pronto?” Ele hesitou. E se decepcionasse Lia? Amu não queria desistir naquela hora, mas estava muito nervoso. “E-Estou. Depois você me diz como foi” ele sorriu timidamente. Lia sorriu de volta. “Se levante e feche os olhos. Vou te guiar até lá” ela disse. Amu obedeceu.

“Ainda não abra os olhos” Lia sussurava. “Espero que você não se importe, mas eles vão filmar. E aliás, vou arrumar a sua camisa. Vai fazer calor lá.”

Ele continuou a seguindo, até que ela parasse. “Abra os olhos agora. Ainda está escuro aqui, então não vão te ver. Mas você consegue os ver, não consegue?”

Amu olhou em volta. Eram mais pessoas do que ele esperava, para verem simples amadores como ele e Lia. “É melhor eu fazer isso direito. Ou então vou ser sempre lembrado por isso.”

As luzes acenderam. “Está pronta?” ele perguntou para Lia, sorrindo maliciosamente. “Hora do show”, ela respondeu.

E então o auto-falante anunciou: “Agora, palmas para a próxima banda da noite, chamada...”