Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 10
O jogo começa


Notas iniciais do capítulo

Hey.. eu sei que demorei, mas foi total culpa da minha internet que decidiu falecer por uns diass...
Foto do Sherlock >http://a1.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/424016_264687560275552_100002029304801_598879_1302318209_n.jpg < simm, essa sou eu, n se assustem ;p Bom capp..



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Dois meses depois.

- Já estou chegando, tenha paciência Sherlock. - Disse para si mesmo depois de receber a quinta mensagem em menos de três minutos, Jonh Watson, que entrava em um táxi, saindo do orfanato de Jennifer.

Era domingo, e a pequena Mars não pode sair de lá, nem mesmo Mac poderia convencer o padre Leo a permitir Jennifer de quebrar a tradição. Domingo era o dia da adoção.

Quando Jennifer passou pelo seu primeiro domingo no orfanato Great Ormond Street, ela desejou que nunca mais tivesse que repetir.

E ela teve, por longos 12 anos.

É o dia quando as garotas colocam seu melhor vestido de boneca, e os garotos colocam a única roupa que eles não destruíram ainda, a chamada roupa de missa, nesse caso. Se acordava quase uma hora mais cedo para isso, tomava- se um café e então, você era o brigado a fingir ser uma criança normal, e brincar em toda a casa.

Os prováveis pais chegavam as nove horas. E então começavam a andar pela casa, conhecendo as crianças, perguntando sobre o que elas gostavam, o que elas não gostavam.

Com o tempo, Jennifer viu todas as garotas de sua idade, todos os seus amigos, os garotos, de sua idade, serem levados.

Normalmente futuros pais não gostam que você detalhe a vida deles com apenas um olhar.

Muito menos que você é um adúltero. Mas isso sempre acontecia com Jen.

Com o passar dos anos, Jennifer teve poder de escolha sobre alguns fatos do domingo do terror, o apelido carinhoso para o dia da adoção. Como a hora de acordar, que era dez para as nove desde seus doze anos, a roupa que ela usaria, normalmente alguma camiseta de banda, uma calça jeans e all star surrado, e principalmente, com quem ela gostaria de conversar.

Mas Jennifer, e todas as madres do orfanato não se enganavam mais, ela tinha quase dezessete, completaria daqui poucas semanas, que casal adotaria uma filha de 17?

A resposta era nenhum.

Naquele domingo, Jennifer acordara atrasada. Correu para o banheiro, se vestiu e desceu, se jogando em uma poltrona na pequena biblioteca, com algum livro da escritora Agatha Christie, uma de suas prediletas.

Havia se passado poucas horas, provavelmente o relógio marcava onze e meia da manhã, quando um homem se aproximou de Jen na vazia biblioteca.

- Olá minha jovem, porque tão sozinha? - Jennifer ergueu o olhar das páginas amareladas do livro e olhou para o homem a sua frente. De cabelos negros e bem penteados, olhos parecidos com a pedra olho de tigre, os quais a jovem Mars sentia já ter os visto. Havia uma pequena barba nascendo em seu rosto e um sorriso que incomodou Jennifer, mesmo sem ela poder dizer nada mais do que isso sobre o mesmo. O belo homem, que aparentava ter 30 anos, usava um terno azul petróleo, com uma gravata da mesma cor e uma camisa branca. No bolso do paletó, levava um lenço branco.

Cabelo bem arrumado, boa roupa, quer causar boa impressão. Barba não feita, tem pouco tempo. Marcas negras abaixo dos olhos, não dorme bem a algum tempo. Sapatos com marca de poeira, a casa fica afastada da cidade. Solteiro. O que ele faz aqui?

- Gosto da solidão, senhor.  - O homem se sentou na poltrona a frente da jovem.

- Não me chame de senhor, me chame de Jim. - Jennifer sabia que havia alguma coisa errada, para começar, ele sabia mascarar as impressões muito bem, ela mal podia deduzir as coisas usuais que qualquer ser humano demonstrava. Sua única característica marcante eram as indiscutíveis marcas abaixo dos olhos pela falta de uma boa noite de sono. Fora isso, nada mais alertava a jovem, mas mesmo assim ela ligou o radar. Alguma coisa em Jim estava errada.

- Tudo bem. O que faz aqui? - Perguntou a loira, fechando o livro e o colocando na mesinha ao lado, onde havia uma xícara, já vazia, de café.

- Achei que soubesse. Achei que tinha me observado. - Isso surpreendeu a jovem.

- Como sabe do que sou capaz?

- Eu sei tudo sobre você, pequena Jennifer.

- Quem é você? - Ela disse, já mais preocupada.

- Alguém que você procura a doze anos. - Ela estancou. Os olhos. Eram os mesmos que ela viu naquela noite. Ela não os reconhecera, pois não procurava isso quando observou o homem. Então era esse o rosto dele. Havia sonhado com inúmeros. Quando era criança ele assumia a forma de bruxos vampiros e lobisomens, até teve uma vez que ele foi o capitão gancho, vilão da história preferida de Jennifer. Mas esse, esse rosto que lhe encarava com um sorriso nos lábios era o verdadeiro rosto.

O rosto do assassino dos seus pais.

- Tem coragem de vim me procurar aqui, não acha? - Ela disse, fingindo calma, mas o que ela queria era gritar. Correr atrás de Mac e gritar, chorar e chamar a polícia. Só que, se a mente de Jennifer estava correta, esse era só o começo. De alguma coisa maior.

- O que você vai fazer? Sair gritando e chorando?

- Ligar para a polícia? - Retrucou.

- Gente normal, tão entediante. - Disse ele, se levantando e começando a andar na biblioteca. - Interessante que depois de tudo que você sofreu com a polícia, você ainda confia neles. Tão previsível...

- Você não sabe de nada. - Jennifer respondeu, fria.

- Que o adorável Detetive Inspetor se aproveitou de você? Acha mesmo que ninguém percebeu? E o pior, ele será condenado por tentativa de um crime que ele cometeu... Isso não te enoja? Sherlock Holmes deve estar tão ofendido agora... - Jennifer segurou o choro, o que aquele homem queria dizer?

- Diga a ele que Jim manda um oi.

- Você o conhece?

- Somos grandes amigos. - disse ele, mas Jennifer duvidou. O jeito que ele falava era como se Jim fosse o arquiinimigo de Sher. - Já jogamos algum joguinhos. E vamos começar outro, esse se chama: Porque eu matei os Mars? - Jennifer se levantou, se aproximando do assassino dos pais.

- Eu vou te pegar Jim, vou caçá-lo até o inferno se for preciso e no fim, você vai perder . - Jim apenas deu de ombros.

- Espero que Tom e Flynn tenham lhe tratado bem, mesmo que não tenham realizado um bom trabalho, já que você está aqui e não na cova, junto de seus amados pais.- Jennifer ficou sem resposta.- Feliz aniversário adiantado, pequena Jen. -  Ele riu, dando um beijo na bochecha dela e saindo do local. Jennifer o seguiu, e o viu entrar em um táxi. Ficou paralisada na porta por quase uma hora, por fim Mac a chamou para o almoço.

Mesmo que o almoço fosse macarronada, o preferido da loira, Jennifer nem se serviu. Fez um café, correu para o quarto e se trancou lá. Abriu seu estoque secreto.

O estoque secreto era uma mala em baixo de uma madeira do assoalho. Ali havia um pouco de tudo que era ilegal no orfanato. Objetos cortantes, ou seja, suas navalhas. Adesivos de nicotina, uma maneira imperceptível de fumo, um cantil com vodka e alguns remédios. Ela pegou os adesivos e colou dois na base do crânio, ou seja, na nuca. Quando a nicotina começou a fazer efeito ela se jogou na cama, ainda olhando para o estoque secreto. Colocou um pouco de vodka no café e o bebeu. As lágrimas usuais de quando a morte dos pais é tratada apareceram e a velha dor no peito veio junto. Jennifer perdeu a razão, se levantando e indo em direção do banheiro, com a navalha em mãos.

- Não posso ficar aqui deitando quando tem alguma coisa divertida acontecendo lá fora! - Disse Sherlock, ainda de pijamas deitado na cama. Jonh acabara de olhar sua temperatura, que passava dos quarenta graus. Mrs. Hudson trazia um chá para o jovem detetive.

- Você está doente Sherlock, e eu sou médico por isso você vai ficar ai deitado o dia todo. Veja TV... - Sher bufou e Watson sabia porque. As ultimas vezes que Sherlock teve que ver TV foram desastrosas.

- Você poderia me trazer o violino? - Disse Sherlock, e depois espirrando. Jonh revirou os olhos e foi em busca do violino do amigo. Entregou a Holmes e foi para sala escrever em seu blog.

Havia se passado algumas poucas horas, Watson havia almoçado, e Sherlock ainda tocava o violino no quarto. O celular de Watson deu sinal de vida, mostrando que havia uma mensagem.

Jonh, venha correndo, arrombe a porta do meu quarto, estou com problemas. Aconselho a trazer equipamento médico. J.M

Dr. Watson decidiu por não avisar que Jennifer estava com problemas, nos últimos dois meses o caso havia esfriado e ele havia perdido as esperanças. Sherlock ainda guardava um colar que Jennifer havia lhe dado. Mesmo que a dupla não tivesse mantido muito contato desde a recuperação total da loira, Sherlock constantemente se via pensando no caso e, principalmente na loira, que lhe roubava noites e mais noites de sono.

- Sherlock, vou sair. Se precisar de algo chame Mrs. Hudson. - O violino parou, como resposta ao aviso. Jonh saiu e pegou um táxi. O que será que acontecera?

- Oh, Jonh! - Disse madre Mac quando viu o doutor chegando. Ele começou a olhar o orfanato. Nunca havia entrado ali, Jennifer nunca permitia. Vendo que era um lugar aconchegante não compreendeu o porque. Viu vários casais conversando com várias crianças. - É bom revê-lo. Jennifer ficará muito feliz, ela se trancou no quarto a pouco. Subindo as escadas, na ultima porta. - Jonh se pos a correr e quando chegou tentou, em vão , abrir a porta. Por fim, jogou o peso sobre a porta que cedeu rapidamente. O quarto estava vazio, mas havia a porta do banheiro, essa estava aberta. Quando entrou encontrou Jennifer deitada no chão, em uma pequena poça do próprio sangue.

Ela havia tentado se matar.

Ainda bem que Dr.Watson havia levado o kit de primeiros socorros, e poderia ajudá-la.

- Jennifer! - Ele sentiu seu pulso e percebeu que ela ainda respirava bem. Pegou o kit, abrindo-o e pegando agulha e linha. Teria que dar pontos sem anestesiá-la, se bem que não sabia se ela acordaria ou não. O fez, sem maiores problemas, e logo conseguiu carregá-la para o quarto, a colocando na cama. Pegou um pequeno frasco do kit e passou perto do nariz da garota que repentinamente abriu os olhos.

- Jonh! - Ela disse. Sua cara entregará que ela havia chorado.

- O que você pensou? Entro aqui e lhe encontro naquele estado, por Deus Jen! - Mas ela não respondeu, procurava o detetive prodígio.

- Cadê Holmes? - Ela perguntou.

- Em casa, gripado. - Ela se deixou cair, decepcionada na cama.

- Bem, posso chamá-lo, se quer tanto vê-lo. Não precisava tentar se matar. - Watson disse, um pouco bravo.

- Ele mandou um oi. - Disse Jennifer

- Ele?

- O assassino dos meus pais.

- Você o encontrou? - Jonh estava surpreso e agora, parecia entender o que se passara com a jovem. Ela abriu um pequeno sorriso e disse:

- Foi mais ele que me encontrou. Domingo do terror, qualquer um pode entrar na casa.

- Ele esteve aqui? Deus! O que ele disse?

- Ele.. Ele disse que era um velho amigo de Sherlock. E que começariam outro jogo, - quando Jen disse jogo, Watson teve um arrepio. Seria ele? - ele o chamou de o porque eu matei os Mars.

- Ele? Ele lhe de um nome? - Jennifer concordou, as lágrimas voltaram ao seus olhos, lembrando do encontro com o destruidor de sua vida. - Qual Jennifer? Que nome ele lhe disse?

- Jim. Apenas... Jim. - Jonh Watson ficou paralisado por alguns segundos. Era a primeira vez que ele revelará seu nome de cara. Jim Moriarty. - Você o conhece? Diga, porque está tão assustado Jonh? - Mas o doutor não respondeu. Isso era um assunto para ele e Sherlock trataram, não precisava meter mais pressão na mente da jovem.

- Tenho uma vaga lembrança... - É, dele me colocando explosivos.- Mas nada de mais. Vou lhe dar um remédio para dormir e... Isso são adesivos de nicotina? Você tem 16 anos! - Jennifer sorriu, mas torceu a cara quando o amigo arrancou-lhe os dois adesivos, por sorte ela tinha mais de onde aqueles vinham. - Tome o remédio meia hora antes de dormir e vá o mais cedo para a Baker Street, sim? Holmes provavelmente irá querer algo mais detalhado do acontecido. - A loira concordou e o médico a mandou descansar e saiu do quarto.

- Ela está bem? - Mac perguntou, antes do médico sair da casa.

- Sim... Claro que sim. Ela encontrou algumas pistas e pediu que viéssemos. Mas Sherlock está gripado então vim sozinho.

- Oh, sim. As vezes penso que esse assassinato consome toda a atenção dela. Acredita que fui lhe perguntar o que ela gostaria de fazer no aniversário, que é daqui uma semana e ela disse que nem ao menos estávamos em Julho? Bem, estávamos fazendo uma festa surpresa, eu iria mandar um convite, mas já que está aqui. Dia  

22 ás sete da noite. Contaremos com a presença de vocês dois e daquela doce senhora que foi visitar Jen no hospital.

- Claro madre, estaremos aqui. - Jonh escutou o celular pela quinta vez o celular soar o aviso de mensagem e, indo em direção ao táxi disse para si mesmo:

- Já estou chegando, tenha paciência Sherlock.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, surpresa alguma que nosso assassino seja esse desgraçado, se bem, eu tenho uma total queda por ele também.. gosto dos malvados, mas nesse caso, gosto muito mais dos mocinhos ^^ E ai, o que estão achando?? A coisa vai começar a ficar feia ;x



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