Target escrita por mayps


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Eu só inspirei ela um pouquinho em It's War, mais nos personagens do que na história em si, então, não achem que vai ser igual ao MV ein! xD
obrigada por lerem, beijos! :*



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Eu sempre gostei dessa adrenalina. Seguir meu alvo e saber de sua vida completa, cada passo, cada ação, cada pessoa que passou pela sua vida.

Sou a melhor detetive particular da Coréia. Claro, um trabalho ilegal, esse tipo de detetive é proibido aqui, mas isso não impede ninguém de me contratar. Isso não importa agora, meu alvo está se distanciando. Alcancei-o em poucos segundos, e a uma distância segura, tirei todas as fotos que poderia e enviei rapidamente ao meu cliente.

“Naega Jeil Jal Naga, naega jeil jal naga(8)”

– HyeAh falando.

– Conseguiu todas as informações?

– Positivo, as informações já foram enviadas.

– Muito bem. Obrigado por tudo.

– De nada, sempre faço bem meus trabalhos. – dei uma risadinha de satisfação.

– Mas agora você não é mais necessária. – desligou.

“O que ele quis dizer com isso?”

Foi então que vi. Dentro de um carro havia um homem com uma arma apontada para mim. Congelei. Eu não estava de carro e correr só o atrapalharia por um tempo.

Ainda tentando raciocinar uma maneira de fugir, senti meu braço ser puxado e meu corpo desabar na calçada fria, ao mesmo tempo em que ouvi um tiro ser disparado e um corpo másculo ficar sobre mim.

Não tive tempo para pensar, o homem levantou e me puxou, então saímos correndo por becos que havia ali, mas em poucos segundos ouvi outro disparo e senti algo se alojar em meu ombro, fazendo toda a região arder, e um líquido quente escorrer pelo meu braço.

Corremos o mais rápido que pudemos e entramos em um carro que estava escondido em um dos becos. Ao parar, senti uma tontura e todo o meu corpo começou a tremer.

– Hey garota! Não desmaie! Fiquei acordada.

– Eu to com frio... – calafrios passaram pelo meu corpo. – Por que você me ajudou?

Ele permaneceu calado. Passamos por onde o cara que atirou em mim estava com o carro. Ele estava voltando.

– Fique aqui.

– Aonde você vai?

– Resolver uma coisa.

Ele saiu do carro e percebi que ele estava segurando uma pistola. O atirador estava voltando para o carro. Então eles começaram a se encarar. Logo uma luta começou, vi sangue escorrer da testa do atirador, que, ao se distrair com o sangue, levou um forte soco no queixo, o deixando cair ao chão.

Então eu vi a fúria nos olhos do homem que me salvou. Seu rosto sério e sem uma demonstração de remorso apontaram a pistola para o atirador. Sem hesitar, aquele homem atirou na testa do outro. E foi nesse momento que desmaiei.

*-*

Acordei atordoada, em uma cama confortável. O quarto era pequeno, com apenas a cama, um guarda-roupa, um sofá de dois lugares, no qual o homem que me salvou estava a dormindo. O relógio em meu pulso marcava 1h15min da madrugada.

Tentei me sentar, mas meu ombro esquerdo doeu, e muito. Vi que a cama havia manchado um pouco de sangue, apesar de o meu ombro estar enfaixado. Gemi de dor ao me mexer mais uma vez para ajeitar o travesseiro.

Observei aquele homem que havia me salvado. Alto, forte, de rosto fino e sereno, cabelo castanho caindo na testa. Vestia apenas uma calça jeans e uma camiseta branca com um casaco preto por cima. Não parecia em nada com o homem que matou o atirador. Naquele momento eu só vi a fúria, que o deixou irreconhecível, comparado com o homem que vejo agora, sereno e inocente, ao dormir.

Enquanto o observava reuni forças para sentar. Aguentei a dor e sentei calmamente. Foi aí que notei, entre a cama e o guarda-roupa havia um colchão, onde um garoto me observava. Ele não estava dormindo, mas sim me observando, e ao notar que eu o fitava, virou o rosto um pouco corado.

– Olá? – perguntei hesitante.

– Oi... Você está bem? Sua bala ainda não foi retirada...

– Ah, é melhor eu ir para um hospital cuidar disso. Vocês não precisam se preocupar comigo.

– Você tem certeza? Assim terá problemas, irão chamar a polícia.

Pensei por uns instantes. Eu não poderia ser presa, minha carreira iria acabar. Qualquer contato com a polícia e meus clientes não confiarão mais em mim.

O homem que me salvou se remexeu no sofá e abriu os olhos. Ao me ver sentada, seu rosto um pouco passivo se mostrou preocupado e veio num pulo até mim.

– Ei! Você deveria estar descansando! Está doendo muito? Precisa de alguma coisa?

– Calma! Só preciso descansar.

Ele suspirou aliviado, mas sua expressão ainda era de preocupação.

– Olha, obrigada por cuidar de mim. – dei um sorriso para ele.

Ele corou um pouco de retribuiu meu sorriso. Ajudou-me a deitar e ajeitou o travesseiro. Enquanto fazia isso pude observar o quanto ele era bonito. Os olhos de um castanho denso, o rosto fino, o nariz perfeito para o rosto e a pele incrivelmente lisa. Os dentes brancos e os lábios rosados. Ele sorriu para mim e logo após me cobrir com o lençol, me deu um beijo na testa.

Não teria nenhum problema nisso, se não fosse o fato dele ter ficado envergonhado e eu ter sentido arrepios ao sentir aqueles lábios na minha pele. Senti minhas bochechas corarem e dei um sorrisinho amarelo. Ele logo apagou a luz e o breu tomou conta do quarto. Aí notei quão cansada eu estava, em segundos, dormi.

*-*

Acordei sentindo o cheiro de comida. O cheiro de ramen fez meu estômago roncar e minha boca salivar. Levantei cuidadosamente e segui o cheiro da comida. A mesa estava pronta, e os dois estavam lá apenas me esperando.

– Ah, já acordou? Bom dia. – o garoto me disse.

– Pensamos em te acordar agora, está na hora do almoço, você deve estar morrendo de fome. Bom dia. Ainda não sabemos seu nome... Sou o Joon e ele é o Thunder. Se sente melhor? Você está pálida... – o homem que me salvou perguntou, sorrindo.

– Bom dia, estou com muita fome, e me sinto bem, na medida do possível. Sou HyeAh.

Sentei à mesa e então o garoto pôs o ramen num prato e me deu os hashis. Devorei a comida e ainda comi mais. Difícil eu comer tanto, mas eu estava com muita fome. Terminei de comer, e me senti melhor.

– Olha, temos que tirar a bala do seu ombro. Senão pode cicatrizar com ela dentro, não será bom pra você.

– Eu posso ir ao hospital, pretendo ir embora hoje ainda, é melhor do que dar trabalho pra vocês e...

– O quê? Você não vai sair daqui até estar completamente curada.

– Mas não consigo entender toda essa preocupação por uma estranha. Por que toda essa preocupação Joon?

Nenhum dos dois respondeu. Desisti de tentar entender.

– Eu tenho que sair Thunder. Vou pegar minhas coisas no quarto e só volto á noite. Retire a bala, você tem mais experiência nisso.

Ele saiu sem me olhar. O que esse cara tem? O que ele tem a esconder para não me dizer por que quer tanto me proteger? E por que diabos eu me importo? Devia somente ir embora. Ele não estará aqui.

– HyeAh!

– Hã? – tá que ele só quer me proteger, mas isso já é demais! Me impedir de sair? Puta que pariu. O pior é que perdi sangue, não tenho forças pra fugir.

– HyeAh! Você não me escutou.

– Ah, desculpe Thunder. O que foi?

– Temos que retirar a bala. Melhor ir ao banheiro fazer isso.

– ah, ok.

Levantei-me e de repente tudo começou a girar e minhas pernas amoleceram. Thunder rapidamente me segurou pela cintura e senti sua respiração em meu pescoço. Arrepios percorreram meu corpo inteiro, aigoo, o que está acontecendo? Nenhum homem me causou arrepios antes, e agora dois que eu mal conheço me deixam assim?

– Ahn... Obrigada. – ele me soltou calmamente.

Ele me levou para o banheiro e do pequeno armário tirou os materiais que precisaria. Retirou minhas bandagens e limpou um pouco o ferimento.

– HyeAh, vai doer bastante, vou começar a pressionar no fim da contagem. Se prepare. Três... Dois... Um!

Senti como se meu ombro fosse ser arrancado, todo o meu ombro fervia. A bala não estava tão profunda, mas quando saiu o alívio foi imenso. Thunder terminou de limpar meu ferimento e então passou algum líquido no algodão, que deixou a região um pouco anestesiada, então começou a costurar o ferimento. A dor ainda era intensa, mas agora eu podia suportar melhor. Assim que terminou de costurar e limpar mais uma vez, foi ao quarto e trouxe toalha, uma boxer preta lacrada, uma camisa social masculina e um short de pijama masculino para eu me trocar.

– Bom, tem algo obvio que não posso lhe dar... Tome um banho, se sentirá melhor.

– Ah, obrigada.

Ele saiu rapidamente e eu tranquei a porta me joguei embaixo do chuveiro. Sentir a água e o sabonete líquido lavarem meu corpo foi a melhor sensação que tive. Saí daquele banho totalmente renovada, apesar da dor em meu ombro. Enxuguei-me e vesti as roupas que ele me deu. Olhei meu reflexo no espelho, meu rosto estava pálido, e eu estava mais magra. Ignorei meu aspecto e saí do banheiro, peguei minhas roupas e as embrulhei em um saco que havia em cima da mesa.

*-*

Thunder não estava ali. Observei a sala e vi o que estava precisando mais, o aquecedor. O inverno estava chegando e logo começaria a nevar. Sentei no sofá e comecei a refletir.

Por que o cliente queria me matar?

E por que o Joon me salvou e está tão preocupado comigo?

Não consegui achar a resposta de nenhuma pergunta.

Afinal, onde eu estava? Abri a porta e senti o vento frio me atacar. Ali do lado havia um cabide com um sobretudo e me cobri com ele. Saí à procura de Thunder e notei que estava num ferro-velho. Thunder estava a alguns metros de mim, mexendo no entulho. Fui para perto dele.

– Ahn... Obrigada por retirar a bala e me emprestar as roupas.

– Ah... De nada. – ele desviou o olhar e continuou a mexer no entulho.

Para onde quer que olhasse eu só via entulhos e a pequena casa em que estávamos.

Ainda estava sentindo frio e voltei para a casa. Ao entrar logo notei a diferença, o ambiente agradável me deixou confortável. Deixei o sobretudo no cabide e entrei no quarto. O lençol manchado não estava mais lá. Deitei na cama e relaxei, mas não tive muito tempo assim. Joon entrou no quarto com um sorriso e uma pequena mala na mão.

– HyeAh, trouxe umas coisas pra você.

– Coisas? – que tipo de coisa?

– Trouxe algumas roupas e coisas que toda mulher precisa... Ah, não me faça falar o quê.

Abri a pequena mala e havia umas blusas de frio, um casaco, uma calça jeans, absorventes, escova e pasta de dente, roupas íntimas... Como ele sabia meu tamanho?

– Como você...?

– Não me faça responder, por favor. Foi embaraçoso.

– Ahn, ok...

Eu realmente não consigo entendê-lo. Mas ele tem boas intenções, além de me salvar, está cuidando de mim. Por que não consigo de parar de pensar nele? Sempre que minha mente está vagando, o rosto dele me vem a mente, mas por que?

Um mês depois.

Eu não fui embora. Deveria ter ido. Foi um erro ficar. Não deveria ter me envolvido tanto com eles. Me aproximar do Joon foi algo inevitável, minha gratidão por ele ter me salvado ainda estava em minha mente, e ele sempre foi fofo e carinhoso comigo. Claro, houveram momentos de briga, principalmente por ele me proteger demais. Nessas horas, Thunder me defendia, como um verdadeiro melhor amigo. Ele foi o melhor amigo que já tive, sem dúvida. E Joon... Sempre do meu lado, cuidando de mim, e me fazendo rir quando estava com dor. Um cavalheiro.

Droga! Estou apaixonada! O que eu faço agora?

– Hye? O que foi? – Joon me observava preocupado. – O ombro ainda dói? Pensei que já estava cicatrizado.

– Ah, não é isso, só estou pensando.

– Não está pensando em ir embora, está?

– Não... Joon?

– Oi?

– Me responda sinceramente. Por que me salvou?

Ele ficou sério, mas não aparentava raiva, como da outra vez.

– Eu... Eu estava observando você há alguns dias e então não pude simplesmente te deixar lá para morrer.

– Isso quer dizer que você estava me seguindo?

Ele apenas mostrou que sim com a cabeça.

– Sim, mas eu não pude fazer nada. Fui me apaixonando por você.

Meu coração praticamente parou e senti uma dor no meu peito. Ele realmente havia se declarado para mim agora? Apenas fiquei em choque esperando ele falar mais alguma coisa. Mas ele ficou calado. Ele levantou e se ajoelhou na minha frente, deixando nossos rostos face a face. Ele tirou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás de minha orelha.

Joon se aproximou mais de mim, e lentamente colocou a mão em meu rosto e fez um carinho em minha bochecha, ele olhou profundamente nos meus olhos e se aproximou. Senti nossos lábios se tocarem e meus olhos se fecharam automaticamente. Senti arrepios percorrerem cada centímetro do meu corpo e apenas abri lentamente minha boca. Joon não perdeu tempo e me puxou pela cintura, colando nossos corpos e me dando um beijo de verdade.

A eletricidade que percorria meu corpo dizia que o tempo frio já não importava, nossa roupa agora já era um empecilho para o que realmente queríamos. Joon me segurou nos braços e me levou para o quarto, trancando a porta assim que entramos. Ele me deitou delicadamente na cama e me beijou. Tirei meu casaco e o joguei no chão, levantei meus braços e, um pouco surpreso, Joon tirou minha camiseta. Ele me observou por um tempo, e logo tirou a camisa. Observei seu corpo sarado e definido, e pude ver algumas cicatrizes. As toquei delicadamente e ele estremeceu, e o vi arrepiar.

O puxei para mais perto de mim e nos beijamos. Suas mãos percorriam meu corpo enquanto eu fazia o mesmo com ele. Cada toque, cada beijo, cada suspiro nos dava sensações diferentes. Em poucos minutos já estávamos completamente unidos, de um jeito que era incomparável ao qual estive antes. A pouca dor em meu ombro sumiu, e eu só conseguia senti-lo ali comigo. Joon me beijou e abraçou, me mantendo perto dele, sem querer me deixar sair de seus braços. Sorri para ele e me aninhei em seus braços. Dormimos assim, abraçados e cobertos pelo edredom.

*-*

Acordei ainda sentindo o calor do corpo de Joon colado ao meu. Ele não estava dormindo, estava me olhando. Ele me deu um selinho.

– Bom dia. Que horas são?

– Quase 7h.

– Ainda?

– É... Posso dizer uma coisa?

– Pode. O que?

– Você baba.

Arregalei os olhos e escondi meu rosto com minhas mãos. Joon começou a rir e me abraçou mais.

– Sua boba, eu te amo mesmo você sendo uma babona.

Eu congelei. Eu realmente ouvi isso? Vou fingir que não ouvi. Não tenho como... Como... Ai meu Deus. Eu tenho como corresponder. Meu coração parece que vai explodir.

– Você falou mesmo o que eu ouvi Joon?

– Falei. Falei que te amo. Eu sinto isso, não tenho vergonha de dizer. Eu te AMO, Kim Hye Ah.

Meus olhos encheram-se de lágrimas. Puxei seu rosto e o beijei.

– Eu também te amo Lee Joon. Você me conquistou com esse jeito de ser bruto e carinhoso ao mesmo tempo.

– Quero que você fique comigo para sempre, sem ficarmos nunca longe um do outro.

– Não tem problema, já estou morando aqui, não é?

Rimos e continuamos abraçados por mais algum tempo. Apenas fazendo carinhos um no outro. Nunca pensei que eu fosse encontrar o amor dessa forma tão... Trágica. É, acho que é essa uma das interpretações de quando dizem que o amor pode ser uma das maiores dores que se sentirá na vida. Mas ao lado de Joon, creio que possa passar por qualquer obstáculo, afinal, eu o amo.



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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!
xD
eu até que ia tentar fazer um final trágico, mas não consegui, tá tão fofo assim ahsoahsaohsash
enfim, espero que tenham gostado mesmo, obrigada, e me deem reviews para criticas, construtivas ou não! beeijos ;*



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