Universo Paralelo escrita por Sophie Allen
POV Sophie
Contar parte da história que ele poderia entender, não foi tão fácil como eu imaginava. Ele me ouvia em silêncio somente concordando que sim ou que não.
– Então eu não sabia e não me lembrava de nenhum acidente. Era como se nós começamos uma nova vida em uma nova cidade. Eu me lembrava de nós dois juntos o tempo todo - Rimos pelo nariz - Mas, algo não me permitia pensar em voltar, às vezes eu acho que todos nós estamos dormindo e sonhando com tudo isso.
– E sua mãe? Ela sabe sobre isso?
– Não, ela não sabe, ela está viajando, mas não acho seguro contarmos à ela.
– Por que? o que de ruim poderia acontecer?
– Allan, minha irmã e eu podemos ser assassinadas se descobrirem que descobrimos o portal, isso se já não sabem.
– Você disse que tinha poderes.
– Não sei se todos nós temos poderes, mas eu sou telepáta e minha irmã consegue saber se você está falando a verdade.
– Como assim ? Você lê mentes?
– Sim - Ri pelo nariz - das outras vezes que vi você aqui, eu lia sua mente, às vezes eu consigo até ver o que você pensa, mas isso me cansa muito.
– Então você deve saber o que eu estou pensando agora não é? - Ele disse roçando os lábios no meu pescoço.
– Você não mudou nadinha não é? - Disse beijando ele de leve
– Não mesmo - Riu
– Que tal a gente for pra sua casa? - Perguntei - Você ainda corre?
– Que tal apostar uma corrida até minha casa?
– Vamos ver se você ainda está em forma - Disse e comecei a correr
– Ei voce nem me esperou
– Se continuar parado vai perder Sullivan - Parei e fiquei esperando ele - Está pronto agora?
– Estou! 1 - Começou a contar - 2, 3 e já - Atravessamos a rua entre os carros e começamos a correr de verdade. Lado a lado, riamos lembrando de como era nossas vidas antes de tudo mudar, ele começou a me ultrapassar - Você vai perder Sophie - Ele disse rindo, peguei impulso e comecei a correr mais do que eu pude e o ultrapassei chegando primeiro em sua casa. - Nossa! Você está mais rápida
– Eu sei disso e você está muito travado, duvido que ainda consegue me carregar - Disse e logo ele me jogou no seu ombro esquerdo e correu pra a casa em direção do quarto, abriu a porta e me jogou na cama.
– Você sabe o que vai ganhar com esse comentário - Ele disse em cima de mim, me beijando e começou a tirar minha blusa. - Você continua linda - Sussurrou no meu ouvido. Troquei de posição, fiquei por cima dele e tirei sua regata, enquanto ele desabotoava meu e tirava meu short. Levantou e tirou o resto de suas roupas, deitou por cima de mim. Começou a beijar meu pescoço e descendo devagar passando pelos meus seios até minha barriga onde tirou nossas roupas intimas e por fim penetrou iniciando em mim um sensação maravilhosa.
– Eu tenho que ir - Disse enquanto ele me abraçava na cama
– Sério mesmo?
– Sim, minha irmã já deve ter ligado umas oito vezes e ela está louca lá fora.
– A quanto tempo ela está lá fora?
– Acabou de chegar - Levantei e comecei a me vestir - E ela não está tão calma com minha demora. - Coloquei meu short e minhas botas e dei um beijo rápido no Allan - Tchau
– Tchau - Ele disse, desci as escadas até a porta da frente e sai.
– Até que enfim. Porque não atendeu o celular? - Disse Alice
– Para de drama, eu estava com o Allan e vamos logo.
" Nossa, como esse humor e olha que ela estava com o Allan. Falando neles dois, o que eles estavam fazendo? "
– Não é da sua conta. - Disse depois de ouvir seus pensamentos
- Esqueci que você consegue ler mentes.
- Esquece, vamos logo - Corremos o mais rápido para o cemitério. Nunca ficamos tanto tempo fora. Olhei meu relógio que marcavam 20h14min. No portão do cemitério avistamos Jéssica, ela corria sem olhar para trás e com uma expressão de talvez medo.
- Jéssica? O que aconteceu? - Perguntou Alice
- Não temos tempo precisamos correr agora explico depois. - Ela disse e nos puxou para o portal - Precisamos correr e rápido. - Disse depois que atravessamos o portal.
- Estou de carro você pode vir com a gente. - Disse minha irmã
- O que aconteceu lá? - Perguntei para Jéssica no banco de tras
- Estão nos perseguindo, todas as pessoas que atravessam o portal, as pessoas que mantém contato conosco nesse mundo e no outro estão sendo seguidas. - Ela disse
- Mas por quê? - Alice perguntou
- Não sei, talvez descobriram que o Guardião não está guardando o segredo que todos estamos mortos ou alguém que sabe do portal contou para um dos informantes das doze famílias.
- Informantes? De quê? - Perguntei abrindo a porta de nossa casa e entrando em seguida
- Olha, eu vou contar a história, mas aviso que ela é longa então seria melhor vocês se sentarem. Há exatos 2500 anos antes doze famílias, que, quando ainda vivas, comandavam doze dos principais Reinos na Terra. A família mais antiga reinava na Babilônia, a segunda comandava o antigo Egito, a terceira a Grécia, a quarta reinava no Reino Unido como é conhecido hoje, a quinta família reinava toda a Europa, a sexta família no Japão, a sétima e a oitava família reinava nos lugares mais frios do planeta a sétima no Polo Sul e a oitava no Polo Norte, a nona reinava onde hoje fica entre a Alemanha e Rússia, a décima família reinava na China, a décimo primeiro reinava na França, mas a décima segunda família reinava e reina até hoje em um lugar onde somente essas doze famílias sabem sua localização exata, um lugar onde os vivos nao tem condições para irem e os mortos não conseguem ir, um lugar chamado Agharta, exilado do resto do mundo, mais este é o reino mais poderoso de todas as outras famílias. Pra falar a verdade, eles são nada comparado à Agharta.
- Como sabe de tudo isso? - Perguntou minha irmã
- A tempos atras, eu fui contratada para observar as pessoas desse mundo. Vendo e ouvindo coisas que não poderia perguntar à ninguém. Por muito tempo vivi em silêncio, mas agora eu quero a verdade e estou sendo perseguida.
- À quanto tempo está aqui para saber de tudo isso? - Perguntei
- Não devo ser a pessoa mais velha que vocês conhecem - Riu pelo nariz e completou - Tenho 2500 anos
- Então que lugar é esse? O Paraíso ou o Inferno? - Perguntei novamente com a voz alterada
- Duplo zero. Isso tudo aqui é uma realidade alternativa.
- Desculpe eu não entendi - Disse minha irmã apoiando os cotovelos nos joelhos.
- Uma realidade alternativa é um universo paralelo, cientistas acreditam ou dizem que acreditam que, cada buraco negro é uma espécie de portal para universos paralelos, mas isso seria fisicamente impossível. - Expliquei a minha irmã
- Buracos negros? Por favor gente isso é mentira e nós não atravessamos buracos negros lembram?! - Disse minha irmã e Jéssica me olhou como se não acreditasse
– Não vou tentar te explicar mais nada ok? Não liga ela é muito cética. - Disse rolando os olhos
– Não importa como essa merda se desenvolveu ou como estamos aqui e conseguimos atravessar a merda de um portal. Estou tentando dizer que alguma coisa vai acontecer e talvez todos nós e estou querendo dizer todos os mundos e universos vão estar desertos quando tudo acabar. - Disse Jéssica se exaltando e andando de um lado para o outro até que a porta da sala se abre
– Qual parte do " Venham me buscar no aeroporto segunda às 4:00 da manhã " vocês não entenderam? - Disse minha mãe
– A gente estava praticando pra aula de teatro da escola. - Eu disse
– Agora? Vocês tem aula amanhã nem vão poder dormir direito.
– Não vamos dormir mãe. - Disse minha irmã e subimos Alice, Jéssica e eu para meu quarto.
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