You Would Not Believe In Your Eyes! escrita por janiesgotagun, adeastyles


Capítulo 31
To the window, to the wall, to the floor.


Notas iniciais do capítulo

pra você, sis. eu te amo, tá? ♥



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Xx Harry POV Xx

- Acabou.

- Como assim?

- Acabou. Não. Quero. Mais.

- Porquê?

- Cansei. - ela disse, revirando os olhos e me fitando seriamente.

- Cansou? - respondi, puxando-a pela cintura, misturando nossas respirações. - Tem certeza de que cansou disso? complementei, encarando suas íris verdes.

- CORTA! - o som do megafone me fez dar um pulo, e soltar a menina rapidamente. Ela suspirou e revirou os olhos, dessa vez de verdade.

- Você não tem permissão pra gritar corta, menina. Só o diretor ou contrarregra tem esse direito! - Andrew falou, pegando o copo de café que postrava-se na sua cadeira.

Te dou um doce roubado de Niall se você descobrir quem tinha gritado.

- Cat, por favor! - eu gritei, frustrado. Era a terceira ou quarta vez que ela atrapalhava a mesma cena. - Isso já está ficando rídiculo!

- Rídiculo é aguentar essa palhaçada toda, olha essa vadiazinha olhando pra você! - ela respondeu no mesmo tom.

- Ela é uma atriz! - respondi, chegando perto dela. - Você está com ciúmes de uma atriz? - eu segurei seus pulsos, lembrando da cena de mais cedo, ela com Louis. - Eu não dei ataque enquanto você estava com a viadagem encarnada ali – apontei para Louis que conversava com Cassie, fazendo-o parar e me observar ceticamente – Porquê comigo tem que ser diferente?

- Acho melhor não ser diferente. - ela me disse ficando vermelha e lacrimejando. - Cansei. - ela se retirou do local de filmagem, correndo.

Silêncio. Coloquei as mãos nos cabelos, puxando alguns cachos e suspirando. Porra, que merda!

- Vou atrás dela. - eu comentei, quando um pedaço de culpa em mim crescia gradativamente.

- Não. Primeiro as responsabilidades, depois a vida pessoal. - Andrew respondeu, chamando alguns seguranças para ficarem ao redor do set.

Filho. da. Puta.

Eu não estava sendo pago (diretamente, é claro) nem nada, porquê ele mandava em mim?

Não vou discutir. Não mesmo. Mas nada impedia que a culpa e o orgulho (orgulho dizia: foda-se, enquanto a culpa dizia: seja homem e vá atrás dela) discutissem em meus neurônios, enquanto eu terminava de filmar as cenas necessárias para hoje.

O clima no set teimava em continuar tenso, após a saída de Cat. O dia escureceu, e o ânimo das pessoas também. As pessoas que vinham até mim recebiam murmurios, respostas secas ou até nenhuma.

Antes de ir embora, meus olhos varriam todos os lugares possíveis em busca de seus conhecidos cabelos ruivos, mas o escuro dificultava tudo.

E todas essas luzes da Disney me deixava deprimido.

- Dude, já falei com Cat, ela está no hotel. - Zayn me cutucou, já que eu era o único que continuava em pé, perto da van e na frente do parque, olhando para dentro do mesmo.

Entrei no carro, fechei os olhos esperando que todos entendam que eu não estava de conversa. Apoiei minha cabeça no vidro da janela, observando as luzes de Paris, com o pensamento longe, bem longe. Bem em Cat.

*

Harry Styles não é Harry Styles sem um plano mirabolante e bem planejado. Era só comer alguns tacos para ter o efeito.

Deitado em minha cama, batendo casualmente uma bolinha de borracha (que tinha achado nas coisas de Liam) na parede, e pimba!

Olhei em meu relógio de pulso, vendo que não era tão tarde, ou seja, o plano ainda poderia dar certo.

Me dirigi a recepção, encontrando cabelos loiros e uma pessoa de estatura menor do que a mulher que estava na recepção desde quando chegamos (sim, eu sou homem e ainda reparo em mulher, Cat não pode tirar esse direito), me fazendo estranhar.

Cocei a garganta, chamando a atenção da mulher e reparei que era Cassie.

- Desde quando você trabalha aqui? - franzindo as sobrancelhas, perguntei.

- Desde quando nasci? - ela respondeu, colocando uma mão na cintura.

- Trabalho infantil é crime. - comentei

- Ser tão idiota também. - ela respondeu revirando os olhos.

- Obrigado pela parte que me toca.

- Meu pai é dono do hotel. - ela disse, erguendo alguns formulários de cadastro de hóspedes.

Ah. Explicado porque Cassie sumia toda vez que chegávamos, toda vez em que as meninas a chamavam para o quarto delas a noite.

- Sendo assim, você pode me dar uma grande ajuda. - me apoiei pelos cotovelos no balcão do hall de entrada.

- Diga-me o que tu queres.

- Quarto especial para casais. - eu respondi, planejando a cena em minha humilde, fofa, romântica e pervertida mente. Não, pervertida não.

* *

Xx Cat POV Xx

Eu odeio isso. Odeio, odeio e odeio.

Não use a palavra 'odeio', é muito forte, use 'eu não gosto' no lugar.”

Ah, vá se foder. Mini Cat, não me venha dar lição de moral agora.

Não foi você que foi “humilhada” na frente de um diretor famoso. Na frente de galinhas. Pelo seu próprio namorado.

Oh céus.

Agora estava eu, em meu quarto de hotel, na minha cama (mesmo estando quentinha, eu me sentia desconfortável), revirando-me e procurando desesperadamente algo doce pra comer.

Mas quando se dividia um quarto com Rina, isso não era possível.

Voltando ao meu drama: Eu estava MUITO magoada.

Sentindo o familiar soluço, percebi que minha choradeira iria voltar. Apeguei-me ao travesseiro, abraçando-o e abafando o choro. Em um intervalo para respirar, escutei uma batida na porta e lutando contra minha vontade, levantei-me em direção a mesma e a abri.

Olhei para os lados, e não tinha nada. Levantei o olhar e vi um post-it grudado na parede.

Desconfiada, peguei-o e li:
“Eu sei o quanto você quer um doce.” e junto a frase, havia uma seta apontando para a esquerda.

AWN, caça ao tesouro! Eu adoro caça ao tesouro. Lembrando dos tempos em que assistia Peter Pan, virei-me a esquerda, observando todos os cantos do corredor procurando mais um post-it ou alguma pista.

Alguns passos mais a frente, encontrei uma latinha de red bull cheia e fechada, ainda com a condensação escorrendo. Peguei-a, reparando que tinha outro post-it.

Está tão gostosa quanto parece. Prove-a”

E se estiver envenenada? Mas não tem como, já que está fechada... E parece tão gelada...

Ignorei a mini Cat que estava me pertubando novamente, e abri a latinha, tomando metade do conteúdo em um só gole.

Estalei a língua, sentindo o energético descendo pela garganta e instantaneamente fazer efeito.
Em menos de cinco minutos a lata se encontrava vazia, me deixando com vontade de tomar mais.

Cogitando a possibilidade de entrar no meu quarto e caçar por uma no frigobar, voltei alguns passos e lembrei que todas tinham saído pra comprar mais. Viciadas.

Parei no corredor, estupidamente, segurando a lata vazia e não sabendo o que fazer.

O que se fazia num corredor de hotel em Paris, com uma lata vazia de energético, em plenas 1h30 da manhã? Ótima pergunta.

Olhei pro teto branco, suspirando. Encontrando mais um post-it amarelo. Como aquilo foi parar ali?
Semicerrei os olhos, tentando ler:

Sugiro que vá até a sacada... Quem sabe lá você encontra as respostas para suas perguntas?”

Sacada... Onde estava a sacada desse hotel? Sacada não são nas suítes? Observei mais uma vez o corredor, vendo que tinham 3 portas. Uma era o quarto das meninas, o outro dos meninos... Ambos não possuíam sacadas... mas e a terceira porta?

Eu não tinha nada a perder, certo? Caminhei até a terceira porta, e a abri cuidadosamente, vendo que a mesma estava destrancada.

Abri uma fresta da porta e pude sentir o familiar perfume, invadindo meus pulmões, fazendo-me inspirar fortemente.

O quarto estava escuro. Iluminado apenas pela luz da cidade (afinal, Paris era a cidade-luz) que entrava pela sacada. Adentrei o quarto, parando para observar a cama. Passei a mão por cima dos lençóis, sentindo a maciez. Meus dedos chegaram até a rosa que se postava ali, sua cor constratando com a roupa de cama. Ela possuía um bilhete, mas este não sendo em post-it.

Sua inteligência me faz te amar cada dia mais”. Sorri ao ler o papelzinho. Levantei o olhar e encarando seus olhos verdes. Eu conseguia ver um pouco de culpa, e tinha certeza de que meus olhos não estavam diferentes.

Ele avançou um passo, pegando minha mão, e abriu a boca pra falar, mas foi interrompido por mim.

- Olha, cala a boca.

- Mas...

- Sério, cala a boca. - eu disse, levantando o bilhete.

- Não, cala a boca você. Deixe-me continuar. - ele respondeu, pegando em meus pulsos e colocando-os em seu pescoço, e ele depositou suas mãos em minha cintura. - Eu sou um idiota.

- Isso eu já sei. - complementei, fazendo-o rolar os olhos nas órbitas. - Poupe sua saliva, Styles.

- Ótimo, eu pretendia usá-la para outra coisa. - ele comentou, com um brilho no olhar.

Antes que eu pudesse ver o segundo sentido nessa frase, nossos corpos já estavam colados um no outro, minhas mãos bagunçando seus cachos e as mãos de Harry indecisas em minhas costas ou nuca. A latinha que eu ainda segurava, caiu no chão. Harry, muito concentrado no que fazia, não viu a lata, e como qualquer pessoa normal, tropeçou me levando junto.

Caí por cima dele, nossas respirações misturadas, as mãos continuavam um no corpo do outro.

Iniciei o beijo novamente, com mais urgência do que antes. Harry quebrou o beijo, tentando-se levantar.
Minhas mãos o empurraram pelo peitoral, indicando que era pra ele continuar onde ele estava.

- Sério que você vai desperdiçar a cama?

- Sinceramente? - passei a dá-lo beijos no pescoço – Sim. O chão me parece muito mais atraente.


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Notas finais do capítulo

reviews? ):



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