_E aí Scorpius vai me contar onde estava ontem à noite ou vai ficar calado? – ouvi a voz irritante de Julie.

_Julie quantas vezes eu vou ter que repetir que não é da sua conta? – eu disse em um tom frio para ver se ela se tocava que eu não tava a fim de conversar –

_Scorpius – Miguel me repreendeu – não precisa falar assim -

_Foi mau cara só que hoje não to com cabeça para conversar. – eu disse e me levantei – Vou andar um pouco e ver se consigo pensar.

_O que é que ele tem? – ouvi Julie perguntar para Miguel antes de eu sair da masmorra.

Andei, andei, andei, porém parecia que eu estava andando em círculos mesmo subindo e descendo de um andar para o outro. Virei em um corredor deserto e logo avistei a ruiva selvagem. Ela não estava sozinha conversava com sua prima Dominique se não me engano. Cheguei perto delas e Dominique cutucou Rose e apontou para onde eu estava.

_O que f... Ah entendi – ela disse rindo.

_Bom Rose vou indo. Depois a gente se fala. Até – a loira disse.

_Até logo. – a ruiva acenou.

Ela se virou para mim no instante que a loira deixou o corredor.

_Perdeu alguma coisa? – ela perguntou percebendo que eu olhava para suas pernas.

_Não, nada. – respondi voltando a realidade. – Sua prima àquela loira que você estava conversando com você? – perguntei mudando de assunto.

_ É porque vai dar em cima dela? – ela perguntou sarcasticamente.

_Nossa como você é engraçada. – eu disse sinicamente.

Ela me fitou com os olhos.

_E aí minha Rosa? – disse uma voz vinda ao final do corredor.

_Ah é você Peter. – ela disse em um tom de desaponto.

_Quem mais poderia ser? – ele perguntou sorrindo para ela e fingiu que não tinha me visto.

_Ah não sei, mas você seria a ultima pessoa que eu pensaria. – ela disse em um tom frio.

_Lembra que eu falei que da próxima vez você não me escapava? – ele disse se aproximando dela.

_Nem se aproxime Peter – ela se manteve firme diante do corvinal.

Ele a pegou pelos braços e a prendeu na parede de forma que ela não conseguisse sair e nem pegar a varinha.

_Me larga Peter – ela disse e tentou beijá-la a força, mas ela desviou o rosto.

_Me dá um beijo que eu prometo nunca mais te infernizar – ele disse sorrindo.

_Se é assim – ela disse e deu uma joelhada no meio de suas pernas – Eu avisei – ela sorriu vitoriosa no momento que ele se jogava no chão.

Ela olhou para mim e com um aceno de cabeça saiu andando, mas antes que ela virasse o corredor o corvinal pegou sua varinha e apontou para ela. Eu peguei a minha também pronto para usar um dos feitiços que ela me ensinara na aula de ontem.

_Cara você tem certeza que vai jogar um feitiço na melhor aluna da turma? Olha que ela sabe varias contra-azarações. – eu disse rindo.

Ele me ignorou e saiu andando pelo corredor.

_Então quer dizer que eu sou a melhor da classe? E sei todas contra-azarações? – ela disse se aproximando.

–Er... Sim. – eu respondi abobado olhando em como os seus cabelos estavam sexy.

Ela chegou perto de mim e passou seu dedo em minha boca e fiquei feito um idiota.

_Obrigada pelo elogio Doninha albina até logo – ela disse e bagunçou meus cabelos.

_Até ruiva selvagem. – eu respondi e sai andando feito um abobado.

Andei mais um pouco e me esbarrei com Vitor.

_Desculpa cara – eu disse enquanto me levantava.

_Onde você estava? Miguel disse que você estava nervoso. – ele disse- Estava te procurando.

_Estava por ai – eu respondi.

_Cara porque você esta assim? – ele perguntou.

_Assim como? – eu perguntei.

_Você mudou desde aquele dia que a Weasleyzinha mudou de personalidade – ele disse.

_Vitor já falei que esse assunto morreu. – eu disse.

_Se morreu o assunto, porque esta tendo aulas com ela? – ele perguntou.

_Por que se você não percebeu ainda, eu estou me dando mal em defesa contra as artes das trevas e se ela não me der aulas é bem capaz de eu levar bomba nessa matéria. – eu disse nervoso.

_Até parece que não tem segundas intenções – ele disse.

_Olha vamos parar com o assunto por aqui que eu não quero brigar – eu disse.

_Não está mais aqui quem falou. – ele respondeu.

_Acho que vou dormir. – eu disse.

_Dormir? Mas são cinco da tarde. – Vitor disse.

_Vou pensar um pouco e acabar dormindo – eu disse.

_Então ta até mais – ele disse.

_Até – eu respondi.

Virei o corredor e não segui o caminho das masmorras mais iria a um lugar onde eu pudesse pensar um pouco. Não existia lugar melhor que a sala precisa. Fui até o sétimo andar e antes de eu chegar no local desejado veio umas das meninas que eu se não me engane fiquei no ano passado.

_Olá Scorpius quanto tempo – a sonserina disse.

_Oi Alice há quanto tempo – eu disse me aproximando dela.

_O que anda fazendo ultimamente? Está tão sumido – ela disse sorrindo para mim nos estávamos a menos de um centímetro um do outro

_Senti sua falta – eu menti.

_Também senti a sua – ela disse e me beijou.

Ficamos ali por uns dez minutos até ouvir alguém batendo palmas atrás de mim. Virei-me e a ruiva estava lá rindo. E que sorriso fascinante.

_Até ontem dando em cima de mim agora fica ai de amassos com outra. – ela disse sorrindo.

_Está dando em cima da Weasley? – Alice perguntou.

_Não porque eu ficaria com ela? – eu perguntei.

_É pelo jeito você é o mesmo idiota de sempre. O mesmo galinha – a ruiva disse e seguiu seu caminho para o salão comunal da grifinória.

_E ai vai fazer alguma coisa hoje de noite? –Alice perguntou rindo.

_Vou. – eu respondi.

_O que? – ela perguntou.

_Pensar, pensar Alice. Pensar – eu disse – Até logo.

_Espera Scorpius. E a gente como fica? – ela perguntou.

_Fofa nunca ouve a gente. – eu respondi rindo e fui embora.

Chegando ao local onde ficava a Sala Precisa fiquei pensando em um lugar para pensar e refletir um pouco. Depois de alguns segundos a porta da sala apareceu eu entrei.

_Acho que aqui dá par pensar um pouco. – eu disse e me sentei no sofá que ali se encontrava.

Fiquei lá a tarde inteira pensando, refletindo e acabei adormecendo no sofá.