Dreams Do Come True escrita por adeastyles, janiesgotagun


Capítulo 24
Pumped Up Kicks


Notas iniciais do capítulo

não me batam, não me batam... vai ficar um pouco difícil de fazer as atts, mas já que tenho uma sista linda *-* ela vai postar pra mim quando não der (acho q ela vai dar graças a Deus por eu escrever os capítulos em português agora).... Happy Easter suas lindas ♥



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"You better run, better run, outrun my gun."

- Pumped Up Kicks, Foster the People

Katy POV

         Maldita hora em que tive uma crise de sei-lá-o-que e saí para fazer compras. Maldita hora em que o Liamlícia decidiu me sequestrar com “permissão” da Elena. Filha de a mãe me mandou fazer hora extra para compensar os atrasos em minhas matérias. Se eu podia sair, pra que me dar mais matéria e mencionar a maldita hora extra? Meu, se mata vai.

         Estava eu, linda e maravilhosa – com licença, eu acordei cedo hoje, deixe eu me achar em paz -, com meu cabelo preso em um rabo de cavalo lateral baixo, tentando sutilmente esconder o trabalho mais que bem feito que aquela região havia recebido. Aham. Põe bem feito nisso.

         Merda. Olhei para o lado e analisei o espaço vazio antes ocupado por Mandy. Aquela vadiazinha resolveu pegar a folga dela depois de concluir o trabalho enquanto eu ficava aqui... Sozinha com meu Macbook aberto no Office especial e sua magnífica página em branco. Como eu ia escrever esse artigo sobre o Plain White T’s?

         Por mais que eu ame o último cd deles eu ainda me perguntava se ainda existiam. Sério mesmo Elena? Isso é um castigo? Você tem uma queda pelo Liam? Tem amor à sua vida? Nem ao menos britânicos os caras são! Analisei novamente a mesa vazia até que meus olhos encontraram algo em meio a tanta organização. Sua folha intocada de matérias concluídas me encarava abertamente, como se esperasse que fosse tomada em minhas mãos e observada até encontrar algo altamente interessante.

         Mandy gostava mais do Plain White T’s do que eu, e já havíamos feito diversas trocas como essa que estava planejando fazer. Como por exemplo, uma vez em que tinha uma reportagem sobre Boyce Avenue para fazer, quando na verdade eu nem conhecia os caras. Trocamos de matéria, resultando em duas páginas sobre Boyce Avenue, uma Elena prezando nossos trabalhos – sem suspeitar da troca -, e um The Wanted muito entretido com os boatos encontrados por ‘Mandy’.  Tinha que amar o fato de Cat gostar da maioria das boybands britânicas e o pai da Mandy ser fã do Boyce.

         Por mais que não gostasse muito, até Rina estava na onda das boybands, e olha que seu gosto musical é ‘muito bem apurado’ como ela diria. Eu sei que não moro mais no Brasil, mas custava deixar eu escutar meu Jorge e Matheus em paz? (A/N: isso é verdade, a sista –janiesgotagun- vive xingando a marida quando ela coloca os sertanejos* dela KKK)

         Onde eu estava mesmo? Ah sim, pegando o papel que estava na mesa da Mandy.

Aproximei-me cuidadosamente da mesa para que passasse despercebida, e agarrei o papel rapidamente, puxando-o para minha mesa e lendo o mesmo como se fosse algo relacionado ao meu trabalho. Haviam várias matérias prontas, sinalizadas com marcadores de cores variadas, até que um me aguardava de braços, - ou seria com o editor de texto?- abertos.

         Nunca fui louca, ou seria melhor dizer tarada, por britânicos como as outras meninas. Na verdade, nosso grupo era bem equilibrado: três contra três. Minha segunda melhor matéria estava por vir, e era melhor eu receber um ano de férias por ela. Pela primeira vez na história, ia trocar abertamente de matéria com Mandy. Se ela aceitasse.

         Tirei o celular do bolso da calça jeans, - merda de outono londrino também que não permite meu uso habitual de shorts -, e digitei uma sms para a dorminhoca.

         “Mandyzinhaa ♥, quer trocar de matéria comigo? Eu aviso a Elena, pode deixar que essa eu quero ser apreciada do modo certo. Nem lembro mais quem é Plain White T’s. lol –jk. Xxx, Katy.

         p.s.: responde antes de quebrar qualquer coisa.

         p.p.s.: a cama da Cat é muito boa também ;)”

Com isso feito era só esperar a filha da mãe responder. Se ela respondesse também.

         Encarei por mais algum tempo o editor de texto e digitei o título da matéria, sem ao menos esperar sua resposta, ou o consentimento de Elena. Essa reportagem já era minha.

         “Peacock – Por Trás das Maravilhas Katy Perryanas.”

Sorri comigo mesma. Essa seria uma matéria longa. Mas muito bem feita. Como o servicinho         de Liam em meu pescoço. Só que eu seria paga para fazê-lo, diferente dele.

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"I'm breaking dishes up in here all night,

I ain't gon' stop until I see police lights."

- Breaking Dishes, Rihanna

Mandy POV

         Ao abrir a porta do meu quarto, já tomada banho, porém de pijama ainda, fui inteiramente surpreendida ao me deparar com uma casa vazia. Nem ao menos uma pobre alma para me fazer companhia? Gasparzinho cadê você meu filho? Ou quem sabe aquele coelho idiota do The Sims? Pff. Como se eu precisasse de alguém comigo toda santa hora.

         Em um surto repentino digno de Niall e Rina, dirigi-me à cozinha, encontrando outra surpresa. Mas dessa vez, muito mais agradável.

Darling,

Nem tente protestar (NO! Jimmy protested, sim, eu sabia que você iria pensar nisso), vou te sequestrar durante o almoço. Não quis te acordar mais cedo, acredite até eu não queria ter levantado, mas assim como você, eu tenho amor pela minha vida. Xx Zayn.

P.S.: I Love you.

Ok. Este era o momento em que distraidamente eu deixo o maravilhoso prato de porcelana cair no chão de madeira. Felizmente o conteúdo do prato, uma fatia de bolo, já estava fazendo metade de seu caminho até minha boca. Tentem imaginar a cena: uma Mandy encarando o relógio da cozinha, que já marcava 11h e alguma coisa, com a boca escancarada e um pedaço de bolo quase chegando até seu destino final. Deveria estar uma coisa linda de se ver. Sorte que como o acontecimento era comigo, não havia espelhos na cozinha.

         Incorporando a Rihanna em três, dois... Ah sim, não tinha tempo para fazer isso, faltava menos de uma hora para que Zayn chegasse. Precisava me arrumar o mais rápido possível. Acordar tarde não era muito legal as vezes.

Percebi meu iPhone dar aquela tão conhecida vibrada em cima da bancada, local em que ocupava desde ontem à noite por sinal, sinalizando uma nova mensagem. Ainda bem que já estava acordada, senão coitada da pobre alma que ousava me acordar àquela hora da ‘madrugada’.

Katy Vadia Linda. Lia-se no visor.

         Sem ao menos ler a mensagem liguei em seu número. Com certeza era algo relacionado a trabalho.

         “O que você quer sua bitchzinha?” falei ao ser atendida, passando reto pela porta de meu quarto e adentrando no de Rina.

        “Nossa, nem um bom dia pelo menos? Não me diga que te acordei!”

         “Ah você me conhece tão mal Katy. Faz um favor e vê se eu estou lá na esquina ta? Desembucha: o que você quer?”

         “Pelo amor de Deus! Nem leu a mensagem né? Quero sua matéria da Katy Perry. Te dou aquela do Plain White T’s que você tanto queria desde que Elena a mencionou.”

Fiquei quieta por um instante, contemplando minhas opções. Obviamente demorando um pouco para fazer um suspense básico. Ela havia me convencido com a palavra troca. Não que eu não goste da Katy, mas escrever tanto sobre ela já estava me cansando.

         Com um suspiro alto saí do quarto de Rina, ainda no celular com uma Katy impaciente no outro lado da linha.

         “Combinado... Katy, sua mala ainda ta aqui?” adicionei antes que a garota entrasse em uma onda de infinitos agradecimentos.

         “Ta sim... por quê?” a confusão em sua voz me fez sorrir. Katy conseguia ser a mais pervertida entre nós, mas quando acordava antes das oito para ir ao trabalho, era mais tapada que a Cat. Só Deus para salvar essas duas.

         “Nada não, tchau sua coisa.” Despedi-me delicadamente.

         “Também te amo sua linda.”

Ironia era algo necessário em nosso vocabulário, assim como o sarcasmo e o duplo sentido, coisas que aprendemos umas com as outras, ou no caso da mais velha e mais ‘inocente’, vulgo Cat, com todas.

         Dirigi-me ao quarto de Cat, e analisei as milhões de peças ali em seu closet esperando para serem arrumadas. Haviam algumas peças espalhadas pelo quarto, fazendo um rastro até onde me encontrava. Se ela tinha um closet, pra que se trocar na merda do quarto?

         Passei pelo campo minado e cheguei até onde a mala de Katy se encontrava, abrindo-a e encarando a diferença de estilos. Em um lado, as roupas coloridas e floridas de Cat me cegavam de tanta fofura. Do outro, as combinações práticas (algumas quase sem pano) de Katy que tanto deixavam a garota meio elegante sem vulgaridade nenhuma. Por mais que ela tivesse alguns micro-shorts ali, ninguém se importava. Com exceção de Rina... e as vezes Cat quando batia o ataque de ciúmes.

         Peguei a primeira peça de roupa que avistei e gostei... Sua camiseta especial do Hunger Games feita por nós mesmas me olhava abertamente. Se você estiver se perguntando como uma camiseta de olha, é simples, você olha pra ela, e obviamente ela está te observando. Duh.

         Continuando... a camiseta me olhava como se implorasse para ser utilizada.

         “Vamos com a Tia Mandy, garoto do pão.”

Ao perceber que estava rindo feito uma retardada devido a nossa piadinha interna*, levantei-me rapidamente, vestindo a camiseta e, já que estava aqui mesmo, seqüestrando um par de sapatos de Cat.

Como se fosse capaz de adivinhar minha prontidão, ouvi um barulho vindo do inicio do corredor, sinalizando o elevador que estava subindo. Dei graças a Deus que já havia tomado banho, e me dirigi à sala calmamente.

         “Mandy?” sua voz gritou vinda da sala.

         “Presente!” gritei em resposta, rindo da ideia idiota que passara pela minha cabeça. É possível sentir falta da escola, mas não da escola em si?

         “Onde está minha aluninha?” ele perguntou em um tom zombeteiro.

         “Desculpa, a aula de Biologia estava boa demais...” respondi parando ao baque da porta, sorrindo abertamente.

Suas sobrancelhas foram erguidas em surpresa ao reparar na camiseta que usava, rapidamente voltando em sua posição normal.

         “’Keep Calm & Come At Me the Boy With the Bread’? Sério mesmo?”

         “A camiseta não é minha, vá tirar satisfações com a Rina, ela quem fez.”

Andei em sua direção, parando alguns centímetros à sua frente, ficando na mesma altura, graças ao salto, suprimindo um riso.

“Vamos garoto sem pão?”

         


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Notas finais do capítulo

*então gente, deixa eu explicar... já viram HG? então, como traduziram "the girl on fire" como "a garota que pega fogo" nós (5 da fic + nossa outra amiga) falamos que "boy with the bread" ficaria "o garoto do/com o pão".
.... gostaram do cap? o final ficou uma merda, podem falar vai...



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