Depois que eu enfiei uma colher na goela de vocês-sabem-quem ele ficou meio furioso comigo, mas sei que isso ira passar, mas enquanto não passa ele me mandou ir atrás de suprimentos. Kobra, que disse que eu não deveria sair sozinha no deserto, foi designado a me acompanhar.

Neste momento estávamos encarando um supermercado chamado Hollylolly. Estranho não? A porta estava lacrada com enormes corrente e pintada contra a tinta amarela desbotada havia uma carinha feliz em preto e branco.

- Quer ter a honras? – Disse Kobra apontando a janela. Peguei uma pedra e joguei com força na janela fazendo a explodir em milhões de pedacinhos de vidro. – Vai com calma, quer acertar a Nikita daqui é?

- Não seria uma má idéia.

Ele me mandou um sorrisinho e pulou a janela enquanto eu ficava de vigia. Fiquei olhando o nada pelo que eu julguei serem três minutos e pulei janela adentro. Paciência de ouro, não?

- Desistiu? – Disse Kobra a algumas prateleiras de distância.

- É o que parece.

Fui procurar por doces e logo me virei para perguntar onde estavam os mesmo, mas dei de cara com o peito de Kobra.

- Procurando por isso, querida? – Disse ele me mostrando duas barras de chocolate.

- Como soube querido?

- Eu sei de tudo, xuxu.

Eu dei uma gargalhada e peguei os chocolates enquanto ele pegava pacotes de bala.

- Vamos logo, as crianças devem estar preocupadas.

- Eu fico mais preocupada se elas botarem fogo na casa.

- Outro motivo para voltarmos rápido.

Virei para pegar um salgadinho e refrigerantes e quando virei ele encarava obsessivamente um gato siamês peludo.

- Por favor?

- Não, Poison me mata.

- Mata não, eu num deixo. – Disse ele com uma voz infantil.

- Quem é a criança agora hein?

- Por favor?

- Tá bom, vamos logo.

Ele fez uma dancinha estranha e pegou o gato feliz da vida.

Pulei a janela e pedi para que ele me passasse o gato e o botei dentro do carro enquanto Kobra colocava as compras no porta-malas.

Ele ligou o carro enquanto eu abri o porta-luvas e pegava aleatoriamente um CD da minha enorme coletânea herdada de minha falecida irmã. A maioria era de antes de 2013, já que quando a BL/ind assumiram o controle de grande parte da Califórnia nenhum CD novo entrou nesse território.

Descobri que era na verdade uma gatinha siamesa. Ela subiu no meu colo e começou a se esfregar na minha barriga. Como eu amo esse bichos peludos roçando minha pele (N/Frank: Amor a tudo que seja peludo, inclusive as axilas do Gee!) (N/A Cala a boca Frank.).

Como vamos chamá-la?

Quem é você?

Eu sou o Bozo.

Que que você está fazendo na minha cabeça?

Administrando a sua mente.

E como você faz isso Bozo?

- Black, está ai? – Disse Kobra estalando os dedos na minha frente.

- Não, aqui é o Bozo.

- É o que?

- Nada não.

Eu sou você.

Como assim?

Eu sou a sua consciência.

Onde você esteve esses meses?

Nas Bahamas.

Eu hein.

Mas é só eu sumir por 1 mês e...

11.

Tudo bem, 11 meses e você vira aliada dos maiores inimigos da BL/ind?

Isso mesmo.

Ah, vou voltar pras Bahamas.

Quando olhei para o lado vi que Kobra me encarava como se fosse louca.

- Que foi?

- Você está meio...

- Consciente?

- Não.

- Então, Consciência, você pode voltar pras Bahamas que sua volta não mudou nada.

Okay.

- O que você disse?

- Nada não Kobra.

Ele continuou me encarando.

- Olha pra frente! – Eu gritei fazendo-o perceber que iria bater numa árvore espinhosa. Ele virou bruscamente o carro, o que me fez quase bater a cabeça na janela. – Au!

- Desculpa.

- E então, o que vocês fazem para passar o tempo aqui nesse deserto?

- Ah... assistimos filmes, matamos draculóides, procuramos supermercados novos, matamos mais draculóides, ensinamos Sunshine a se defender sozinha, e depois matamos mais draculóides. Ah e também tem os jogos de tabuleiro.

Para você pode parecer que eles só fazem coisas chatas. Eu só matava os draculóides, então isso era muito legal pra mim.

- E hoje faremos o que?

- Não sei. O que quer fazer?

- Ah... acho que qualquer coisa serve.

- Tudo bem, faremos qualquer coisa hoje.

- EBA! – Gritei fazendo ele rir.

Que vontade de gritar.

Mas você é mongol mesmo né?

Bozo?!

Não.

Ah.Cucaracha?!

Quem?

A cucaracha.

Por que eu seria ela?

Porque ela num pode andar.

Por que?

Porque falta maconha pra fumar!

Bahamas, aí vou eu!

- Posso gritar?

- Claro! – Exclamou ele.

Eu gritei o mais alto que pude e ele me acompanhou. Depois de alguns Km’s avistamos uma casa e mais a frente uma menininha pulando.

- Como ela sabe que estamos chegando?

- E você ainda pergunta?

- Só idiotas respondem perguntas com outras perguntas.

- Eu sou um.

- Toca aqui!

- Venham logo seus lerdos. – Sunshine dizia enquanto eu saia de dentro do carro.

- Calma, você vai matar o novo membro da nossa família! – Disse Kobra.

- AAA Você tá grávida, Black?

Ela nem deixou eu responder e saiu gritando casa adentro “A Black tá grávida,ela tá grávida!”

Eu fiquei com medo dela.

Kobra estava rolando no chão de tanto rir e eu o olhava incrédula segurando a gatinha.

- Porra, Kobra, agente você sozinho com ela por algumas horas e você engravida a menina? – Disse Jet quando entramos.

E o Kobra ainda ria que nem hiena em Viena.

Tá parei.

- Diz que é um menino! – Quem gritou agora foi o Fun.

Poison olhava incrédula do sofá para sua família que pulava, e Jet gritava “Eu vou tricotar meias pro meu afilhado!”

Mais medo ainda.

Onde você foi se meter, sua puta! Eu não te ensinei a sair dando por ai!

Até tu consciência?

Ai o Poison viu a gatinha no meu colo.

- Pode ir tirando o carrinho da chuva.

- Eu acho que é cavalinho.

- Foda-se, aqui não é puteiro pra qualquer ser vivo fica entrando.

- Como a Sunshine é tão comportada vivendo no meio desses palavrões?

- Ai que fofo, um gatinho! – Disseram Jet, Fun e Sunshine ao mesmo tempo.

- Fudeo.

- Vai lavar a boca.

- Eu não.

- Como ela vai se chamar? – Perguntou Sunshine.(N/Consciência Bandit!)

- Que tal... Noodles?

- Vai dar nome de comida pra ela Kobra? – Perguntou Fun.

- Gostei desse.

- Então vai ser Noodles. – Disse Sunshine – E agora, como o bebê vai se chamar?

- Eu não to grávida, caralho!

- Quem tem que levar a boca agora, hein?

- Vai te catar, Poison.

- Isso quer dizer... sem bebê? – Cara, deu dó da cara dela agora.

- Ainda. – Disse Kobra com um sorriso tarado.

- Ah, eu te mato.

E assim acabou nosso dia, eu correndo atrás de Kobra  pela casa, Jet e Fun se mijando se rir, Sunshine perguntando ao Poison se isso significava que Kobra iria me engravidar e a gatinha com cara de WTF?