The True Lives Of Fabulous Killjoys escrita por Vik Panda


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gerard Way it's America Next Top Model!



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O ar na sala era frio, e os quatro rapazes (acho que assim é melhor) tentavam mover suas mãos em vão. Claro que se eu tentasse provavelmente obteria tanto sucesso quanto eles. Isso se eu não tivesse uma unha de 2,5 cm. Bom, você deve estar pensando “Que absurdo, ninguém corta cordas com unhas (n/a “Mas que autora doida!”)” Bom, eu tenho alguns truques na manga, e quando se foge da sede da BL/ind 3 vezes você provavelmente teve que aprender muita coisa para realizar essa façanha então digamos que tenho um bom treinamento.

- Não vão responder nossa convidada rapazes? – Disse Nikita.

Eles disseram um fraco “Oi” ainda olhando para Nikita.

- Nossa por que tanto desânimo? – Só mais um pouco. – Mas não importa. – Só mais um pedacinho. – Logo, logo vocês não sentiram mais nada. – E pronto.

- Quantas vezes já nos encontramos, mu? – Avistei minha arma e faca junto a outras armas, que deveriam pertencer aos rapazes.

- Três, ou quatro. Mas parece que dessa vez você não tem um plano.

Eu ri secamente. Não havia graça nenhuma.

- Eu sempre tenho um plano.

E finalmente ela percebeu que eu já havia me soltado.

Eu me levantei e taquei a cadeira na parede, por pura diversão, enquanto Nikita corria para um botão grande e preto, o que me deu tempo suficiente para desamarrar Fun Ghoul com minha faca que peguei em cima da mesa. Passei a faca para Fun, que saiu em disparada para libertar seus amigos. Nikita havia acionado o sistema de segurança. Ela nunca luta. Não tem como vacas segurarem uma arma. Ouvi ela gritando alguma coisa num fone, mas não prestei atenção, já sabia o que era, reforços.

Logo estávamos todos lado a lado encarando Nikita.

- Bom, vocês vão ficar ai se olhando o dia todo?

Assim que eu disse isso saímos correndo pela porta negra, e eu os guiei até o elevador. Agora você pensa “E o Poison não parou você para perguntar aonde estavam indo?” Ele tentou mas eu os empurrei escada a baixo. E eles rolaram.

Ta é mentira, mas seria engraçado.

Em vez disso pegamos o elevador. Sabe aquelas músicas de velho? Então, tava tocando A Little Less Conversation e eu fiquei balançando a cabecinha de um lado pro outro e eles me encaravam de um jeito engraçado.

Ouvimos um bip e quando as portas se abriram, deixei eles irem na frente. Ei tinha aprendido a lição.

Não estávamos cercados. Nem um Draculóide. Nadinha de nada.

- Tem alguma coisa errada. – Disse Jet.

- Ah jura? – Eu respondi.

- Parece que achamos alguém com o mau humor compatível ao de meu irmão. – Disse Kobra.

- Não é mal humor.

- Então o que é?

- É preguiça de ser educada.

- Faz sentido.

- Droga.

Eles me olharam com cara de “o que?” e eu simplesmente apontei para a parede mais distante. Lá repousava um objeto prateado com um pequeno timer, bem ao lado da porta.

- Pro vidro!

Eles não discordaram.


Todos pulamos no vidro mais próximo e saímos correndo com cacos caindo de nossas roupas, seguimos assim até 3 metros de meu carro, um Camaro preto. Entramos enquanto um grande BOOM ecoava. Eu pisei no acelerador com tudo e não parei até estarmos a mais de 20 km da BL/ind. Eles não fizeram perguntas no caminho, estavam muitos cansados.

Quando parei o carro todos descemos e eu olhei para eles.

- Quem é você? – Poison disse rispidamente.

- Agora isso é mau humor. – Eu disse e pelo canto do olho pude ver Kobra dando um sorrisinho. – Meu nome é Moon Black.

- Porque nos salvou?

- Prometi a uma garotinha que o faria.

- Sunshine?

- Não faço a mínima idéia.

Eles me olharam com uma cara de ‘Você é louca’ mas eu não ligava, eu era mesmo.

- Então você vai atrás de estranhos na BL/ind a pedido de uma garota que você nem conhece?

- Quer voltar pra BL/ind?

- Não! – Disseram todos juntos.

- Então para onde vão?

- Primeiro, onde estamos? – Perguntou Fun.

- Norte da Zona 4.

- Como sabe?

- GPS?

- Ah.

- E então?

- Vamos para o norte da Zona 6.

- Ótimo. – Eu disse já entrando no banco do motorista.

- Espera – Disse Kobra – Não quer descansar?

Isso foi um ‘Meu sonho é dirigir um Camaro, por favor, deixa?’. Quero ver você dizer não pra cara dele. Eu balancei as chaves, ele as pegou e entrou no carro como um raio. Eu sentei no passageiro e os outros sentaram no banco traseiro. Eu só percebi o quanto estava cansada quando encostei a cabeça no vidro e adormeci.

Uma hora e meia depois eu fui acordada por Kobra.

- Chegamos. – Ele sussurrou em meu ouvido, o que me causou arrepios.

Olhei para o lado e vi uma casa com a pintura bege desbotada, mas as janelas estavam com grades pintadas de branco, era meio dia, deduzi olhando a posição do Sol. Percebi que todos ainda estavam dentro do carro. Eles queriam que eu falasse com Sunshine.

- Tudo bem. – Eu disse a mim mesma.

Abri a porta do carro e me dirigi até a porta da frente da casa. Toquei duas vezes. Eu lembrei dos olhos da menina quando falei da última vez que a vi. Ela não tinha esperança. A porta foi aberta revelando um cara segurando um capacete entre os braços. Tinha sérias dúvidas de sua sexualidade.

- Sunshine está?

- Quem deseja? – Não tenho mais dúvidas. Gay.

- Ela sabe.

Ele me olhou temeroso, fechou a porta e alguns segundos depois revelou um velho barbudo de cadeira de rodas e eu sabia que Sunshine estava atrás da porta.

- O que quer com ela? – Ele perguntou.

- Cumprir uma promessa. – Eu disse mais para a pequena que estava atrás da porta que para o velho. Ela escancarou a porta e me olhou incrédula. Eu sorri e apontei para os rapazes que estavam ao lado do carro.

A pequena Sunshine correu ao encontro de seus amigos/irmãos, e partiu para um abraço apertado com os mesmos.

Enquanto isso o velho me olhava com a expressão que antes pertencia ao rosto de Sunshine.

- M-mas como? – Ele gaguejou.

- Ah, eu entrei lá, eles me pegaram e o resto foi automático.

- Ahn? – O velinho burro.

- Ah, eles te explicam depois.

Eles estavam se aproximando, e pela primeira vez eu realmente prestei atenção neles.

Os quatro recuperaram suas armas, que estavam repousadas ao lado da cintura de cada, Poison segurava Sunshine no colo enquanto os outros faziam cócegas na mesma. Eu sorri. Eu merecia um pequeno sorriso depois dos últimos anos. Eu fui andando até o carro, mas parei. Trovões. Não chovia a anos. Eu encarei o céu e nem percebi que eles já estavam dentro de casa.

Eu não me movi. Apenas tirei meu casaco e as botas. Depois foi a vez das meias e da calça jeans apertada. Fique apenas com a blusa do AC/DC que era grande demais para mim, e chegava até as coxas, e a calcinha enquanto a chuva escorria pela minha pele e pelos meus cabelos negros.

Não percebi a aproximação de Poison até que ele encostou no meu ombro.

- Não é bom?

- Muito. - Ele respondeu. – E aliás, Sunshine me mandou aqui para busca-la, ela está com medo de que fique doente.

Ele recolheu minhas roupas e pegou minha mão.

- Vamos?                                                                                          

E então me guiou até a varanda


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Notas finais do capítulo

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