Ouviram risadas e quando perceberam estavam cercados.

Foram levados para dentro da casa, não houve tempo para aparatar ou tentar alguma reação. Quando entraram viram que aquele auror que entrara primeiro, estava estirado no chão, com os olhos abertos e vidrados.

Infelizmente ele já não respirava mais.

- Hum... Que prazer ter vocês aqui comigo - disse um senhor de meia idade com uma enorme cicatriz no rosto. - Então vocês acharam que seria tão simples assim? Que viriam até aqui, nos capturariam e sairiam vencedores? - Ele deu uma gargalhada. - Tolos... E quanto a você? - disse apontando para Harry - Estava esperando te encontrar faz muito tempo sabia? Depois que descobri que você se tornou um auror, tive que dar um jeito de vocês virem atrás de mim, e afinal deu certo não?

Pelo que Harry pode contar, eram mais de dez comensais naquela sala, ele com a mandíbula cerrada, estava olhando diretamente para aquele homem que lhe cuspia aquelas palavras em sua cara, à risada dele era terrível.

- Eu não disse Meller? Que deveríamos esperar que ele viesse até nós?

- Potter, Potter... Você achou mesmo que depois de derrotar o nosso Lord, você teria paz? - disse uma mulher de cabelos vermelho sangue, abaixou e sussurrou em seu ouvido: - A sua morte não será rápida, você irá sofrer por ter matado o Lord das Trevas.

De todos os aurores presentes, os comensais falavam apenas com Harry, ele já se sentindo muito culpado, afinal isso tudo, claro, tinha sido programado pelos comensais apenas para capturá-lo. Eles se expuseram apenas para chamar a atenção dos aurores. Sabia que alguma coisa estava errada, infelizmente não seguiu sua intuição.

Ele estava realmente com medo, suava frio e milhares de coisas se passavam na sua cabeça. Não sabia o que fazer, não havia como avisar ninguém, e os aurores que estavam de tocaia no cassino não sairiam dali até o amanhecer. Que seria muito tarde pra eles.

Rony tentou de qualquer maneira se comunicar com Harry, mas os comensais ao perceberem lhe deram um chute e o colocaram em um outro canto da sala.

A noite foi se passando entre feitiços de torturas, gemidos de dor e desespero, coisas que os comensais realmente adoram.

Quando o dia chegou, Harry conseguiu abrir os olhos, muito inchados de tantos feitiços que havia recebido, e olhou para os outros aurores. Preferia não ter o feito.

Eles estavam realmente horríveis, com ferimentos abertos e profundos, muito sangue por toda à parte. Agora, havia na sala apenas quatro comensais, talvez estejam se revezando para o show de tortura que estavam provocando.

Rony estava irreconhecível, havia um corte em seu tórax que Harry não quis nem imaginar a dor que o amigo estava sentindo. Ele precisava fazer alguma coisa, precisava tentar tirá-los dali.

Estava desesperado, não acreditava que estava passando por isso, que apesar de tudo que já passou em sua vida, e as pessoas que morreram por ele, teria que vivenciar isso.

 E ele estava ali novamente, colocando todos à mercê da morte.