“—É uma barreira contra a Jóia, cada conta representa uma barreira que a Jóia precisa passar para ter o corpo da garota. Claro que é difícil, mas como a Jóia sabe que estamos indo purificar o corpo de Sakura, ele tentará de qualquer jeito ultrapassar as barreiras e ter o controle de tudo.”

Naruto Uzumaki:

O topo do monte Ontohime era gélido, e uma densa neblina dificultava a nossa visão, estava bem complicado, mas Kagome pouco se importava com isso e gritava inúmeras ordens para nós.

Nós havíamos colocado a Sakura no chão, onde ela tremia timidamente e eu rezava para que fosse apenas de frio. Nós corríamos de um lado para o outro, cada um desenhando no chão, uma estrela ao redor da rosada, usando um pó branco que parecia areia, mas eu segundo a sacerdotisa, era sagrado, por isso merecia cuidado e respeitado manuseio.

—Pronto, se afastem!—Gritou a mulher, e nós nos afastamos, tomando cuidado para não estragar o contorno no chão, como ela expressamente havia dito.

Ela tirou da manga branca, uma espécie de terço budista e então, sentada em posição semelhante a de lótus, começou a rezar com uma concentração invejável. De seus lábios, nenhum som era ouvido, mas o ambiente ao nosso redor começou a mudar logo que a oração começou.

O vento parecia ter parado de soprar, enquanto a névoa, se tornava cada vez mais densa, mas Kagome nem ousava a parar. Já a Haruno, se debatia, respirando com dificuldade, o suor fazendo com que os fios de cabelo grudassem em seu rosto.

A atmosfera, era no mínimo estranha, e os fios de cabelo da minha nuca se arrepiavam. Eu me sentia observado, como se eu estivesse vulnerável, um rato que ainda não havia notado que estava nas garras de um gato feroz.

Sasuke também parecia estar desconfiado, olhando de soslaio para as laterais, alerta com qualquer coisa. Logo, a imagem da estrela que fizemos, começou a brilhar, quase ofuscando a nossa vista.

Tudo parecia estar dando certo, apesar dos gritos angustiantes que a ninja soltava. Mas, bem, como todos nós sabemos, nada, nada mesmo, dá certo quando tem relação com o Time sete...

A névoa começou a mudar de cor, a ficar cada vez mais escura, até que parecesse mais fumaça industrial e pateticamente nós ficamos olhando para o lado, tentando descobrir o por que daquilo.

Inuyasha cheirava o ar, ficando com as feições sombrias para logo depois desembainhar a espada.

—O que foi, Inuyasha-san?—Perguntou Kakashi, sério.

O albino o ignorou e o homem se viu obrigado a usar o sharingan para tentar entender o que estava acontecendo. Logo, o mesmo estava tão agitado e apreensivo quanto o youkai.

—Sasuke, dá para me dizer o que está acontecendo?!—Grunhi, e o moreno, usando também o seu Sharingan, falou:

—Está complicado, coisas estão se aproximando daqui, rapidamente.

—Por qual direção?—Indaguei, olhando para os lados, tentando enxergar alguma coisa com meus comuns olhos azuis, sem sucesso.

—Todas.—Respondeu o Uchiha e foi então que Inuyasha falou pela primeira vez:

—É o Naraku. Droga, eu realmente não imaginava que ele viria pessoalmente aqui!

Sasuke Uchiha:

Antes que pudéssemos rastrear o nosso ou nossos oponentes, os mesmos chegaram até nós. É difícil falar quantos eram ou o “que” eram... Eram muitos e o Inuyasha foi o primeiro a atacar o humanóide, mas quando desferiu um doloroso golpe contra o mesmo, o oponente se desfez em uma nuvem de fumaça negra. A partir daí, eu não sei te explicar o que aconteceu ao certo por que a luta foi muito caótica e confusa, afinal, eles estavam em maior número, pareciam se multiplicar e não se machucavam com os nossos golpes. Mesmo assim, nós não desistíamos e tentava abatê-los como possível.

Mas toda a nossa força acabou sendo sufocada pelo inimigo e enquanto tentávamos aguentar uma derrota iminente... Mas, de repente, tudo se desfez. Sim, os inimigos, todos, sem exceção, viraram fumaça, se dissipando para nunca mais voltar. Por um lado, eu fiquei feliz, afinal, eu estava cansado, mas esse fato também me deixou confuso. Uma risada sinistra tomou o ar ao nosso redor.

—Apareça Naraku!—Berrou Inuyasha, rosnando.

Em meio á neblina, um vulto deu lugar á uma silhueta, uma pessoa usando uma armadura pesada e quase sobrenatural, aparentemente feita de ossos.

Seu longo cabelo negro se estendia pelas suas costas emoldurando um alvo e cruel rosto.

—Com isso é nostálgico...—Disse o moreno em questão, após um sonoro e teatral suspiro.— Apesar do tempo que se passou, essa sua espada continua afiadíssima...—Murmurou com um sorrisinho sacana, como se estivesse rindo de uma piada particular.— Oh, Kagome-chan está aqui!—Falou Naraku, fingindo-se estar surpreso, como se não tivesse visto a sacerdotisa ali, rezando concentrada.—Parece ocupada...—Murmurou pousando seus olhos vermelhos em Sakura, a encarando de um jeito que me fez querer socá-lo.—Ora, ora, a minha florzinha de cerejeira está aqui... Parece tão abatida.—Falou falsamente.

—Por sua culpa!—Quando me dei por mim, eu já havia colocado em palavras, o que eu pensava e o youkai se virou para mim, me olhando como se eu fosse um idiota, me desdenhando.

—Não ataque.—Sussurrou Naruto em tom baixo o bastante para que só eu ouvisse.

Eu sabia que estava perdendo a linha da razão, sabia que aquele cara era poderoso o bastante para que até o albino impulsivo e o loiro idiota se tornassem mais analistam, mas eu não conseguia aguentar esse cara, esse desgraçado que fez e que está fazendo tanto mau para a Haruno, simplesmente rindo e fingindo que não era nada.

—Não ataque.—Imitou o moreno estreitando seu olhar sobre mim.—O que foi, tem tanto medo assim de morrer? Nhá, enfim, eu não vim aqui para perder meu tempo com insetos como vocês... Só quero buscar algo que me pertence.—Murmurou de um jeito, no mínimo, nojento enquanto passava a língua nos lábios, olhando para a rosada.

Ele caminhou na direção da garota e eu gritei:

—Não ouse se aproximar dela!

Naraku riu alto, aquela risada esquisita, alta e maquiavélica antes de dizer:

—Vejo um ciumento por aqui... Ah, não se preocupe, eu te devolverei o que sobrar dela quando terminar com ela.— Disse me dirigindo uma piscadinha irritante.

No ímpeto da ira, eu investi contra ele, empunhando a minha katana e sem escolha, os outros vieram comigo. O meu sharingan se ativou sozinho, mas não adiantou de nada, eu... Não fui rápido o suficiente para proteger minha companheira... O youkai pisou com força em um dos traçados da estrela de Kagome e a mínima desarmonia no desenho fez com que todo nosso esforço fosse em vão...