“As três cabeças olhavam para o redor como se estivesse procurando qualquer coisa que se movesse para dilacerar e envenenar com suas presas venenosas. Com um movimento de mão, o Uchiha mandou para que ficássemos em alertar para o ataque. Eu flexionei meus joelhos, e preparei a kunai na minha mão, tudo estava propício ao ataque, as cabeças da fera estavam distraídas, mas quando iríamos atacar, todo nosso estratégico plano foi por água abaixo por culpa de Inuyasha.”

Naruto Uzumaki:

Já peço minhas desculpas adiantado, por que tudo aconteceu muito rápido e confuso, repleto de guinchos animalescos e uma densa poeira, mas vou tentar descrever o que aconteceu da melhor maneira possível... Bem, onde nós paramos?... Aé! Acho que foi quando eu e Sasuke estávamos quase sendo mortos, até que fomos salvos pelo nosso “youkai favorito”, que fez um golpe que... Opa, lá vai eu me atrapalhando novamente com a ordem dos fatos...

Enfim, quando eu e Sasuke estávamos nos preparando para um ataque provavelmente inútil e quase suicida contra aquela quimera, de súbito, o som de pesados passos foram ouvidos vindo dos telhados, quebrando várias telhas e saltando no ar, apareceu Inuyasha, carregando sua enorme espada que como sempre, nas mãos de seu dono, aparentava ser tão leve quanto o ar.

Mas dessa vez a lâmina da espada estava diferente, não tendo mais o brilho prateado da outra vez em que a vi. Agora a mesma estava opaca e coberta por escamas de dragão cinzenta, sinceramente, esta estava bem diferente da original, aparentava ser mais perigosa.

O albino, levantou a espada e incrivelmente, com um único golpe, cortou as três cabeças da serpente de uma só vez, como se fossem feita de papel. Mesmo depois de cortadas, as três cabeças ainda urraram e continuaram a pular quase que freneticamente, tentando nos alcançar.

De repente, o corpo tombou para o lado e começou a virar fumaça, assim como as cabeças, que se dissolveram em poucos segundos. Eu e o moreno permanecemos em posição de ataque, estáticos com aquela demonstração de “fodice”.

Ao perceber a nossa perplexidade, o youkai apoiou a grandiosa espada no ombro e soltou um sorriso cínico para nós dois, antes de dizer com suas palavras pingando de ironia:

—Espero que as duas maricas não estejam perplexas de medo. Aprendam a lutar com o veterano aqui...

Eu mordi a língua para não retrucar uma frase bem mau-educada, e ao meu lado, o Uchiha franziu os punhos, é, pelo visto o meu sentimento foi mútuo. Inuyasha continuava a ser idiota, mas nós não poderíamos fazer nada já que o yukai salvou nossas vidas, mesmo que indiretamente.

De súbito, outro estrondo foi ouvido, mas dessa vez não era o som de nenhuma arvore caindo, a poeira cresceu pelo céu, e pelo estrondo, parecia ser uma casa. Logo, Inuyasha moveu suas orelhas até onde veio o intenso ruído, como um cão e farejou o ar, para depois seu rosto trocar seu sorriso metido por uma expressão, no mínimo, preocupante.

Um arrepio passou por meu corpo e Inuyasha saltou para o telhado, sendo acompanhado por Sasuke, e antes que eu perdesse mais tempo, saltei também. Ao chegar no telhado, nós três corremos na direção do estrondo, e com um aperto no peito, percebi que a casa que havia desabado era aquele em que Sakura estava.

Em meio aos destroços, estava Rin, gritando pelo nome da rosada. Eu ouvi um som gutural e primitivo vindo de cima, e foi quando eu me deparei com um monstro que parecia uma espécie de um grifo, a cabeça era de águia, com um bico negro deformado, as patas dianteiras eram de galinhas, as garras brilhavam fatalmente, como desejassem dilacerar alguém logo.

Já as patas traseiras eram de leão, assim como a cauda. Algumas penas acinzentadas caiam das grandiosas asas do youkai, como se elas estivessem se desfazendo ou que já fossem muito velhas.

Infelizmente, os grandiosos olhos dourados do monstro se focaram na jovem que era a mais indefesa de todos nós. Inuyasha tentou acertar a fera com sua espada, mas o rasante que o grifo deu, o fez se desviou do golpe como se fosse extremamente fácil.

Eu corri até a borda do telhado, numa tentativa inútil de tentar impedir, mas parei antes de alcançar na borda, sabendo que nada que eu fizesse mudaria o fato de que aquelas garras de galinha assassina estavam indo na direção de Rin.