Quem Tem Medo Da Flor De Cerejeira? escrita por Luangel


Capítulo 21
Hospitalizada


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês? Bem, peço desculpas pelo título tosco aí em cima ¬¬, mas enfim, me esforçei bastante nesse cap e ñ estranhem por estar em terceira pessoa, é um experimento com você, quero saber se gostaram ou ñ? Bem, boa leitura! ^^



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                É deu para perceber que essa será uma longa noite.

POV 3° Pessoa:

                Se Byakuya não fosse um youkai certamente estaria tossindo naquele lugar envolto de uma fumaça que parecia mais uma névoa e com um odor irritantemente forte.

                Os passos dele ressoavam naquele quarto e quando conseguiu ver a silhueta de seu mestre, se ajoelhou com devoção e respeitosamente e permaneceu com a cabeça baixa, esperando as ordens de seu mestre que demorariam a vir.

                Naraku fumava sem se importar em estar em um ambiente fechado, afinal, aquela fumaça tóxica em nada o afetava.

                Ele estava sem camisa, exibindo um tórax musculoso e másculo que poucos homens tinham.

                Soltou uma longa e lenta baforada no ar e viu uma de suas cinco “acompanhantes” lhe estender um copo de saquê de onde ele bebeu brevemente.

                Ele estava irritado, deixara claramente expresso aos seus subordinados, para que ninguém entrasse entrar naquele quarto, ninguém, nem mesmo Byakuya, o seu favorito.              Naraku suspirou profundamente enquanto uma das cinco humanas que estavam deitadas ao seu redor passava o dedo na marca nas suas costas.

                Apesar de ser um youkai, ele primeiramente era um homem, e como um homem, tinha as necessidades de um, mas seus prazeres teriam que ficar para outra hora, infelizmente.

                Com um suspiro derrotado, o moreno acariciou a cabeça de uma ruiva que fechou os olhos ao receber o carinho.

                —Vou precisar que saiam por enquanto minhas queridas. —Ordenou com a voz segura e séria e as mulheres gemeram de frustração.

                Uma azulada ronronou sedutoramente, enrolando no dedo uma das mechas do longo cabelo de seu mestre e choramingou.

                —Ah, mestre, queremos ficar um pouco mais com o senhor, a noite toda para falar a verdade. Porque temos que sair?

                —Por que eu estou mandando. —Retrucou com a voz fria encarando e a concubina que recuou, como se as palavras a tivessem ferido.

                Logo, as cinco mulheres seminuas saíram do quarto, mas todas olharam intensamente para o intruso, duas o encararam com curiosidade, a azulada o fuzilou com olhar transbordando de raiva, e por ultimo, a ruiva tinha um interesse malicioso, queria ver o rosto do misterioso rapaz que tinha tanto prestigio na frente de Naraku, afinal, nunca o vira por ali antes.

                Porém, todos os olhares foram totalmente ignorados por Byakuya, na verdade o moreno nem as notou, eram totalmente insignificantes para ele.

                Poucos segundos depois a porta foi fechada e Naraku soltou a fumaça pela boca, propositalmente na direção de seu subordinado.

                —Byakuya. —Disse com uma voz aveludada, mas igualmente perigosa e cortante. — Espero que seja um assunto importante, você sabe muito bem como odeio ser interrompido em meus assuntos particulares...

                O youkai se manteve e respondeu com toda cortesia possível.

                —Peço perdão meu senhor, mas é um assunto de extrema importância. —Curioso com a reação de seu amo, Byakuya levantou um pouco a cabeça antes de falar. —É sobre a Haruno.

                Para infelicidade do moreno, a expressão de Naraku não se alterou radicalmente, na verdade só quem o conhecesse bem veria os sutis sinais de sua discretíssima surpresa... Como por exemplo, o leve estreitar de olhos, o maxilar trincado e a musculatura de seu alvo pescoço tencionou de modo quase imperceptível, e dentre essas linguagens corporais, Byakuya só conseguiu notar que os dedos longos e finos de Naraku mexiam ansiosamente no cigarro que poluía tanto aquele ar.

                Após perceber que Naraku nada falaria, Byakuya começou a falar:

                —A missão foi bem sucedida. Fiz tudo o que o senhor mandou, implantei um youkai no corpo da humana, logo, logo estará fraca como desejou.

                Um sorriso maléfico se desenhou em seus finos lábios, Naraku estava satisfeitíssimo, o que incitou ainda mais a curiosidade do servo que teve a ousadia de perguntar:

                —Senhor, o que deseja tanto na rosada?—Ao receber o olhar inflexível e frio de seu ouvinte, ele tratou de tentar se justificar, se atrapalhando ainda mais com as palavras. —Quer dizer, ela é realmente bonita, seria uma boa companhia para o senhor... Mas o que me deixa confusão é que... O-o senhor nunca foi tão longe assim... Para ter uma mulher em sua cama.

                Um breve silêncio se manteve no ar, junto da fumaça que começava a se dissipar, mesmo que bem lentamente.

                Byakuya fitava o chão, se achando um idiota por ter falado aquilo e esperava em silêncio alguma punição por usa ousadia, mas tudo o que ouviu foi o som da rouca e macabra risada de Naraku que se divertia com a ingenuidade de sua cria.

                —Sakura seria realmente um belo espécime de flor no meu leito, mas realmente preciso da pureza dela para outros planos Byakuya. —Depois daquela frase, o moreno tentou absorver a mensagem que estaria nas entrelinhas, mas permaneceu ou estava ainda mais confuso do que antes, porém antes que tivesse outra oportunidade para perguntar, Naraku o mandou embora dizendo:

                —Já soube o que queria, agora pode se retirar e chamar minhas acompanhantes. —Ordenou com voz solene e aparentemente tranqüila, mas Byakuya conseguia diagnosticar a ordem por trás daquele tom de voz e mesmo contra vontade, o servo saiu do esfumaçado quarto.

9 dias depois

                Naruto andava tranquilamente pela vila, assoviando harmonicamente enquanto cumprimentava os moradores com um aceno de cabeça já que suas mãos estavam ocupadas segurando pesadas sacolas de papel repletas de alimentos e desde enlatados até verduras fresquinhas, vindas de uma extensa lista de compras que Sakura dera para ele. 

                A rosada apesar da ferida, insistia em provar para todo mundo que estava com a saúde de um elefante e continuou a arrumar a casa de seus amigos, apesar de ficar evitando se esforçar muito já que o corte ainda restringia muitos de seus movimentos.

                O corte simplesmente não fechava, e infeccionava cada vez mais, e em um dia a Haruno já chegou a trocar os pontos quase dez vezes.

                E a infecção resultava em noites mal dormidas e em febres angustiantes, mas a garota como médica se recusava a ir para o hospital e “tentava” se tratar em casa mesmo, sem muito sucesso.

                O loiro logo chegou em casa e como estava com as mãos ocupadas, usou as costas para abrir a porta enquanto tagarelava.

                —Sakura-chaaan!—Cantarolou animado. —Eu comprei tudo o que você me pediu, só não achei...

                O próximo som ao ser ouvido foi o barulho das recém compras contra o chão do apartamento do Uzumaki que agora correu até Sakura que estava estatelada no chão, seu corpo chacoalhando violentamente por conta das convulsões que a assolavam.

                O loiro não sabia se a segurava, se chamava por ajuda ou se a levava para um hospital e felizmente ele optou pela ultima opção, carregando a frágil rosada nos braços logo chegou ao único, porém excelente hospital de Konoha.

                 Logo que chegou, felizmente acabou encontrando Ino que ao ver o estado da Haruno, os guiou até uma sala de emergência.

                A loira corria na frente, seu extravagante salto alto ecoando pelos silenciosos corredores do edifício e o jaleco branco balançava atrás de si.

                —O que você acha que aconteceu com ela?—Perguntou ele depois de depositar a garota numa maca.

                A Yamanaka estava ocupada demais procurando medicamentos para responder as perguntas do tagarela garoto com clareza.

                —Sinceramente não sei Naruto. —Respondeu lendo o rótulo de um frasco. — Eu sei que está preocupado, mas preciso que saia daqui. —Pediu já pegando uma grande agulha. —Se quiser ajudar vá até a Hokage a avise, depois conversarei com você com calma.

                Naruto assentiu freneticamente e obedeceu Ino, correndo desesperada e atrapalhadamente até o escritório de Tsunade.

                —Naruto!—Esbravejou a Senju, se levantando da poltrona ao ver o Uzumaki entrar bruscamente na sala. —Quantas vezes eu já te disse para bater nessa maldita porta antes de entrar aqui?!—Gritou enfurecida, mas o garoto não se acovardou e puxando fôlego falou:

                —Velhota, pare de gritar!... É sobre a Sakura-chan. —Ao ouvir o nome da pupila, a Hokage se calou, mas não desfez o cenho franzido. —E-ela... Está b-bem ruim...

                —O que aconteceu?—Perguntou a mulher entre dentes.

                —Eu não sei!—Exclamou afundando as duas mãos em sua despenteada cabeleira loira. 

                Diante da resposta de Naruto, a mais velha saiu detrás da mesa de mogno e saiu da sala sem esperar pelo loiro, indo em direção do hospital.

                A expressão da Yamanaka mudou de estresse para alivio ao ver ela entrar no quarto.                 Porém Tsunade mal olhou para face da médica, já que estava ocupada demais vendo se Sakura estava viva.

                —O que aconteceu Ino? —Indagou, sua voz estava firme e imponente, a voz de uma pessoa que não aceitaria um “Sei lá” como resposta e a garota engoliu a seco, pondo sua rebelde franja para trás de sua orelha.

                —Ela, bem, quando Naruto a trouxe para cá, Sakura estava tendo convulsões violentas, que não pareciam que iam cessar tão rápido, então eu tive que dopá-la e fui examiná-la e...

                —E?!—Incentivou a Hokage, já perdendo a pouca paciência que tinha.

                —E eu vi uma ferida que acho que a senhora também deveria dar uma olhada. —Completou Ino com o tom de voz preocupado.

                Em seguida, a Yamanaka levantou cuidadosamente a blusa da rosada, revelando um corte fundo e que transpassava seu corpo.

                A ferida estava inchada, infeccionada e soltando pus, estava bem feia e perigosa.

                Ao ver a ferida, até a Hokage fez uma careta.

                —Não sei ao certo, mas acho que essa ferida é a causa das convulsões. —Explicou a ninja, quebrando o silêncio.

                —Mas isso é bem incomum. —Observou a mulher, encarando a face serena da Haruno.

                —Mas é a única teoria plausível até agora, afinal de contas essa ferida está muito feia. —Reforçou a mais nova e novamente, um breve e confortável silêncio se estendeu, o silêncio de duas excelentes médicas tentando decidir o que fazer com a paciente.

                —Limpe a ferida, faça o que for possível para melhorar isso, por favor. —Pediu a mais velha com a voz pensativa. —E me mantenha a par dos acontecimentos.

                —Certo, farei isso. —E dito isso Ino colocou alvas luvas cirúrgicas que faziam um estalido borrachudo enquanto Tsunade saiu do quarto, dando de cara com o Uzumaki que estava ansioso pelas palavras da Hokage.

                —Ainda não sabemos o que Sakura tem, mas estamos caminhando para descobrir.

                —Caminhando? Quero que corram isso sim!—Exclamou o ninja, preocupado.

                A Senju ignorou a fala estúpida do garoto e falou se sentando numa das desconfortáveis cadeiras de espera e com a mão, incentivou que ele se sentasse ao seu lado, e Naruto o fez.

                —Preciso te fazer umas perguntinhas, para saber o que está acontecendo de fato com a Sakura. Aconteceu algo de estranho com ela, fora o que me foi escrito no relatório?

                O Uzumaki permaneceu em silêncio, a expressão séria em sua face denunciava que estava concentrado.

                Alguns minutos se passaram, e apesar da impaciência, a loira conseguiu se manter quieta até que enfim o loiro falou:

                —Sinto muito Tsunade, mas não sei de nada que possa ajudar, tudo o que sei está no relatório e Sakura não teve nenhum comportamento suspeito quando voltou.  

                Tsunade suspirou, frustrada e disse enquanto se levantava:

                —Chame os outros, preciso saber de tudo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Recomendações? Ou tomates T.T? Céus, eu sei que o Naraku tá parecendo um cafetão, mas imaginei q seria legal colocar ele com "amigas" para variar, afinal, toda vez que o vemos ele tá tãaao sozinho, hahahaha xD
:*



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