Dont Listen To Your Heart...Just Love Me escrita por Charlie


Capítulo 7
6. Love kills slowly




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Quinn

Nada de diferente aconteceu o resto da semana, entre eu e Rachel, apenas sorrisos e acenos, basicamente, eu voltei para a minha vidinha e ela a dela. O que é triste porque,eu gostei de ter passado a tarde com ela,eu realmente gostaria que aquilo se repetisse.

– Por que está tão aérea de uns dias pra cá, Quinn? – Pediu Franky.

– Nada... – Disse dando de ombros, voltei a colocar os livros na estante, olhando atentamente a etiqueta com o gênero e autor.

– Como foi com Rachel?

– Bom... Foi divertido. – Ela sorriu.

– Por que não saíram mais?

– Porque eu tenho a minha vida e ela a dela. – Respondi simples.

– Quinn poderia me ajudar? – Ouvi a voz de Mini bem próxima de eu e Franky, que me olhou assustada.

Mini era uma garota boa,quando estava longe de Katie,quer dizer,qualquer um é melhor do que é longe de Katie.

– O que quer Mini? – Eu pedi voltando para ela.

– Poderia me ajudar achar um livro bom... Quero ler um pouco.

– Franky pode te ajudar, não é Franky?

– Não, eu não posso – Ela disse rapidamente.

– É claro que pode, eu tenho que arrumar algumas coisas mesmo e você sabe onde estão os melhores, não é Franks. – Dei um leve empurro em Franky.

– É-é...? – Franky pediu confusa.

– Ótimo então você pode me mostrar alguns. – Mini sorriu.Franky assentiu e foi a frente.


Franky




Certo Francesca, esta tudo bem... É só uma garota,é só uma garota...Droga!Não é só uma garota, é a Mini. Eu tenho uma queda por ela desde o milésimo que eu a vi.




– Você está bem, Franky? – Ouvi a voz de Mini próximo de meu ouvido,me corpo imediatamente se arrepiou.


– S-sim... – Ótimo momento que você escolheu para começar a gaguejar, Francesca.

– Não se preocupe, eu não vou fazer nada contigo, Katie não está por perto. – Eu assenti.

– Tem algum que você queira ler? – Tentei trocar de assunto o mais rápido possível e tentar sair de perto dela.

– Não, exatamente... Foi só uma desculpa...Para ficar perto de você. – Meu coração deu um salto, eu me virei e senti meu espaço pessoal sendo invadido. Minha respiração estava acelerada,ela nunca ficou tão perto assim de mim.Por instinto dei um passo para traz.Ela voltou a ficar perto demais de mim.

– Ei, Fitzgerald... Eu não mordo – Ela se aproximou ainda mais de mim - Não agora. – Seu olhar era de malicia.

– O-o que você quer Mini?

– Não ficou obvio? – Senti suas mãos em minha cintura e espaço entre nós ser completamente extinto, sua respiração quente bateu em meu rosto e seus lábios tocarem os meus suavemente, eu ainda estava em choque... O que Quinn faria?Pare de pensar na Fabray, idiota. Corresponda o beijo!

O beijo era urgente e com o mais puro desejo, como eu sempre imaginei e sonhei... Espera isso pode ser um sonho,certo?Não, não é... é muito real para ser um simples sonho.

Separamos-nos e ela sorriu, estávamos ofegantes.

– Guarde segredo... Por enquanto.Vamos nos encontrar aqui sempre que possível,fora daqui eu continuo te tratando normalmente e não tente nenhuma gracinha pra cima de mim...

– E quando eu vou saber que você quer me encontrar aqui?

– Eu te mantenho informada. – Ela me deu um selinho. – Até logo, Francesca. – Ela falou no meu ouvido,com um tom provocante e sai,dando uma piscadela para mim quando pegou um livro qualquer. E a única coisa que fiz,foi sorrir...Igual uma idiota.

Voltei onde eu e Quinn arrumávamos os livros e a vi conversando com Effy,suspirei pesadamente e tentei ao máximo não demonstrar nada.

–... É isso que eu estou falando há meia hora,Q...The Killers vão estar em Bristol,no dia que fomos para lá.

– Effy é no natal, é impo... – Ela parou de falar e olhou para mim com a sobrancelha arqueada e um sorrisinho. – Pensei que nunca achariam o livro para Minerva!

– McGuinness estava aqui?Eu não vi Katie...

– Só veio ela... E demoramos porque não achamos o “O Morro dos ventos Uivantes”,mas depois nós achamos e ela foi.

– Acharam é? – Pediu Quinn, irônica.

– Sim, por quê?

– Estranho... Eu jurava que Effy estava com ele em mãos...E pelo o que eu sei,só tem uma cópia na biblioteca. – Effy abafava o riso, eu olhei feio para as duas.

– Não se preocupe Franks... Eu e Quinn vimos o que estava fazendo. – Quinn riu.

– É... Bela procura de um livro. – Effy riu.

– Hahaha, muito engraçado. – Disse revirando os olhos. – E desde quando vocês duas conversam?

– Sempre, só não vivemos grudadas por ai.

– É... Eu e Quinn somos boas amigas.

– É claro que são.

– Ah!Qual é Franks?Estamos felizes que você se acertou com a McGuinness. – Quinn disse, dando um sorriso logo em seguida.

– Não contem nada para ninguém, ela pediu segredo. – Effy abaixou o olhar e suspirou. – O que houve Effy?

– Nada, isso me lembra de coisas... Enfim,eu vou indo,avisar a Minerva que ela pegou um livro fantasma. – Effy foi embora, deixando eu e Quinn confusas.


Effy





– Por que isso agora?Eu prometi guardar segredo, não prometi?Eu juro que não contei para ninguém... – Eu disse chorando. – Por favor, mude de ideia... Eu não posso ficar sem você,e você sabe disso.Eu sei que você sente do mesmo modo comigo.







– Eu... Elizabeth,eu entendo que você me ame,mas eu não posso,é errado...É pecado e meus pais me matariam se descobrissem.





– Fugimos então... Não importa para onde,contanto que ficamos juntas.


– Effy, pare com isso... Parece algum romance fajuto de Jane Austen...E eu estou fazendo isso para nosso próprio bem.Quando eu for embora,você vai ver que aquilo que existia entre nós,era só sexo,nada de mais. – Eu balançava a cabeça me negando a acreditar o que ela dizia.

– Então eu fui um brinquedinho, eu não acredito que você esteja mesmo falando isso. – Ela bufou.

– Elizabeth,eu nunca te amei,entenda isso. Não importa o que eu tinha dito,eu menti,eu não quero ser como a minha irmã.Eu tenho que dar algum orgulho para minha família e eu não vou deixar que o meu irmão imbecil tenha essa honra.Agora,esqueça o que eu disse,o que eu fiz,me esqueça.Nunca aconteceu nada com a gente,e nunca vai acontecer! – Suas lagrimas já escorriam em seu rosto, borrando sua maquiagem.

– Nada do que dizer vai me fazer parar de te amar. – Eu disse calmante, palavra por palavra, quase em um sussurro, abaixando a cabeça;

– Effy, vá pra casa. E só esqueça,por favor,por mim. – Ela deu as costas e foi em direção ao carro de sua mãe que lhe esperava. Isso não ia acabar assim,ou eu não me chamo Elizabeth Stonem.


– Effy?Elizabeth, acorde! – Ouvi a voz de Santana distante de mim... Malditos devaneios!




– O que é Santana?Não vê que eu estou lendo? – Pedi um pouco irritada.




– Desse jeito você acaba igual a Quinn...


– Que se dane... O que você quer? – Eu pedi impaciente.

– Bem... Eu estava passando aqui e vi você olhando a mais de uma hora para a pagina desse livro,eu só me preocupei.

– Santana sua preocupação não é necessária.

– Eu aprecio a sua forma de dizer que me ama e não vive sem mim. Agora desembucha,o que estava pensando? – Ela falou se sentando do meu lado e tomando o livro de minhas mãos.

– Não tem interessa o que eu penso ou deixo de pensar... Só me deixa em paz,ta...Eu não estou bem,e nem animada.

– Me conta e eu vou embora, não me conta, eu fico te atormentando. Se quiser posso te mostrar algumas coisas que eu aprendi a fazer com a Brittany. – Eu olhei para ela com as sobrancelhas franzidas e boquiaberta. Eu não sei como é possível uma pessoa pensar tanto em sexo como ela.

– Não era nada... Só estava me lembrando de algumas coisas... – Dei de ombros.

– Coisa ou alguém?

– Alguém.

– Katie?

– É... Infelizmente é.

– Por que você só... Tenta esquecê-la e tenta viver uma vida sem dor.Ou sem cortes...Eu percebi que apareceram mais cicatrizes em seu braço...Effy isso não faz bem pra você. – Ela disse tocando meu ombro.

– Esquecer?Eu vim para esse inferno por causa dela. Ela foi meu primeiro amor e provavelmente o único,eu não me imagino com mais ninguém a não ser com ela,eu a amo,tanto...que as vezes isso me força a faze muita estupidez.

– Eu sei Effy, mas isso está te matando aos pouco e lentamente, isso não faz bem pra você.

– Todos estão morrendo aos poucos. E se eu morrer que grande diferença ira fazer,ela não me ama,não há motivos para a minha vida valer algo,ninguém sentiria minha falta, provavelmente comemorariam.

– Não diga isso, Elizabeth!Eu, por mais que não demonstre, te amo e muito. Eu não gosto de pensar o quanto eu ficaria triste de perder uma amiga como você. – Ela disse num tom severo.

– Obrigada, mas eu realmente preciso mais do que isso... Eu sei que você agiria da mesma forma se você estivesse no meu lugar.

– Você não acha que eu sofri... Você jurar para você mesma que você gosta de garotos, mas no fundo saber que você está mentido, para si própria. Você não sabe o que é isso,você não sabe o que é reprimir um sentimento muito grande para ser reprimido,você tinha essa liberdade de ser o que você queria ser,eu não. Abuelita não fala comigo há muito tempo,e eu sinto falta dela,porque ela me aconselhava em tudo o que eu precisasse.Então não diga que esta sofrendo,porque você não sabe o que é sofrimento de verdade.Não me diga que esses cortes malditos te ajudam a aliviar a dor,porque eu sei que não aliviam,só pioram,talvez não para você,mas quem vê de longe percebe o quanto você é patética,um ser digno de pena.E eu só te digo isso,porque eu não quero encontrar minha melhor amiga morta em um banheiro,com uma gilete ou seja lá o que você usa para se cortar,eu não aguento mais ver minha amiga sofrer por uma perua imbecil.Eu só quero seu bem,eu quero que você seja feliz.Mas se você não lutar por esse maldito amor,você nunca vai conseguir o que quer. – A única coisa que consegui fazer foi chorar no colo de Santana. Só.

– Eu me sinto uma inútil, agora. – Eu disse depois que me acalmei um pouco.

– É bom mesmo, às vezes te ajuda a aprender. – Eu dei um sorriso fraco e sequei minhas lagrimas.

– Você acha mesmo que eu tenho que lutar por isso?

– Não me diga que você veio para o colégio pensando que ela iria cair em seus braços só de te ver?

– Eu pensei que nosso amor era forte o bastante para isso acontecer.

– O amor de vocês?Isso não existia mais, Effy. Você vai ter que construir tudo de novo,conquista-la de novo.E eu posso te garantir uma coisa,isso vai ser difícil,bem difícil.

– O que vai ser difícil? – Pediu Brittany entrando na sala de convivência, junto de Rachel.

– Coisas minhas, Britt. Nada muito importante. – Eu disse tentando sorrir. Rachel me olhou confusa.

– Estava chorando? – Pediu Rachel.

– Chorar no colo de amigas às vezes é bom. – Disse Santana sorrindo. Brittany me abraçou,Rachel deu um sorriso de canto.

– Sabe o que te animaria Effy? – Disse Brittany depois de um tempo que ficamos em silêncio.

– Humm...

– Uma festa do pijama!Eu, Santana, você, Rach, Naomes, Ems e Q. Podemos convidar Franks se quiser quanto mais gente, mas divertido! – Brittany disse dando palminhas de animação.

– Eu não sei se é uma boa ide...

– É uma maravilhosa ideia, sair um pouco da rotina sempre é animador. O que acha Rachel? – Disse Santana me cortando.

– Er... ótima,seria bom mesmo,sair da rotina...Mas onde seria essa festa?

– No maior quarto... O de Naomi. – Disse Santana.

– Eu não quero fazer isso, não estou com animo para qualquer coisa que tenha a palavra festa no meio. – Eu disse me levantando.

– Pois arranje, porque as oito, eu e Brittany vamos bater na porta do seu quarto e se você não abrir, eu juro que eu a arrombo. – Santana disse se levantando. Rachel a olhou assustada.

– Ok. Eu vou,mas não porque você me intimidou e sim porque Brittany me alegrou a ir.

– É um dos meus poderes de unicórnio. – Brittany disse orgulhosa. – Alegrar as pessoas, sempre foi meu forte.

– Claro que é você é a coisa mais fofa existente na face da terra. – Disse Santana a abraçando. – Pelo menos quando as garotas estão por perto é...

– Santana... Eu poderia ter considerado esse momento muito fofo,se não fosse sua malicia no meio. – Disse Rachel.

– Que seja... As oito estejam no dormitório 113,eu vou avisar Naomi,enquanto isso. – Santana deu um beijo rápido em Brittany e foi em direção ao elevador.

É uma tortura ter que presenciar todo esse amor entre essas duas, mas eu vou conseguir ter esse mesmo privilégio, eu sei que vou.











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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam!