Era uma vez uma menina chamada Ana Brancana. Ela era muito
rica,tinha tudo que queria e era muito chatinha.Certo dia acordou numa manhã de
Domingo com muita fome.Tocou o sininho que sempre tocava para que lhe fosse
trazido o café da manhã.

Esperou um pouco ninguém tinha trazido seu café,então tocou de
novo o sininho e nada ocorreu, desceu da cama com muita raiva. Desceu as
escadas gritando:

-Cadê meu café da manhã! Eu quero o meu café da manhã!

Percebeu que seus gritos não estavam tendo resultado, foi ate
a cozinha para dar uma bela bronca nos empregados pela incompetência.

Quando chegou lá viu que não tinha ninguém na cozinha. Ana
ficou mais brava ainda, quando percebeu que havia um sapo em cima da mesa.

Ana deu um grito de espanto e nojo, saiu correndo pegou uma
colher e quando ia bater a colher no sapo ele começou a falar:

-Ola bonitinha!Como vai?

Ana Brancana que já era branca ficou mais branca ainda olhando
aquele sapo falar. Quando voltou ao normal criou coragem e falou:

-Bem, como você pode falar?

-Eu sou um deputado que foi transformado em sapo por uma feiticeira.

-Mas feiticeiras não existem.

-Eu também achava que elas não existiam e olhe meu estado.

-Como você ficou assim?

-Eu estava andando em uma rua pedindo votos pro meu partido, quando
cheguei a uma casa muito estranha. Tinha pés de coelho na porta,eu fiquei
assustado,mas mesmo assim bati na porta.Quando uma porta se abriu saiu lá de
dentro uma velha feia que jogou um pó amarelo em mim e fechou a porta.Depois
disso fui pra casa tomar um banho e quando acordei no outro dia já estava nesse
estado decadente.

Quando o sapo acabou de contar a historia estava vermelho, com
o papo inchado e os olhos lagrimejando. Parecia que estava à beira de um
ataque. De repente, ele começou a pular de um lado ao outro gritando:

-Por que eu bati na porta?Por quê? Quando a casa tem aparência
estranha não se deve bater na porta!Por que eu bati na porta?

Ana Brancana percebeu que o sapo estava tendo um ataque. Foi
ao armário de remédios para pegar tranqüilizante para o sapo. Quando o sapo
tomou o remédio se acalmou. Um pouco depois que o sapo de acalmou voltou a
falar:

-Quando já estava assim recebi uma mensagem pelo celular
dizendo que o único jeito de quebrar a maldição era ganhar o beijo de uma dama,
no caso, você.

-Eu não quero beijar você! Você e gosmento e também e muito
feio!

O sapo fez uma cara estranha, estava prestes a ter outro
ataque quando Ana pensou e falou:

-Esta bem, eu vou beijar você!

-Eba! Muito obrigado!

-Mas com uma condição.

      -Qualquer
uma!

      -Tem
que se casar comigo.

      -Claro
que sim!

      Quando
os dois estavam prestes a se beijar, Ana se afastou e disse:

      -O
que aconteceu com meus pais e os empregados?

      -Todos
caíram dentro de um poço.

      -Ah!
Então tá!

      Os
dois se beijaram e o sapo se transformou um belo deputado. Os dois se casaram
imediatamente, e quando estavam saindo do cartório Ana falou:

      -Como
vamos fazer para que as tarefas da casa sejam realizadas? Porque eu não vou fazer
nada.

      -Eu
já cuidei de tudo.

      Quando
chegaram a casa, foram recebidos por setes anões que haviam arrumado a casa e
feito a comida. Foram tempos felizes para aquele casal,até que eles tiveram uma
briga e terminaram em divorcio.

Na audiência de separação de bens, o deputado acabou
confessando que foi ele que havia empurrado os pais dela e os empregados para
ficar com toda a fortuna de Ana.

      No
final de historia, o deputado foi preso e faleceu na cadeia e Ana Brancana
gastou todo o seu dinheiro com coisas inúteis e se tornou uma velha ignorante,
que morreu sozinha em uma casa abandonada por todos.