Era Uma Vez no México Parte I escrita por m_stephane


Capítulo 4
O contrabando


Notas iniciais do capítulo

Já que recibi alguns reviews decidi publicar mais um capitulo da história, espero que vocês gostem.



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Capitulo 4 - O contrabando

Sands usava um casaco bege e uma calça jeans muito justa em seu corpo, fumava um cigarro calmamente enquanto se equilibrava sobre a muleta, o pé ainda não conseguia sustentar o resto do corpo sozinho. Estava parado olhando para um cargueiro todo pintado de branco. Era o seu carregamento.


Jogou no mar o toco de cigarro que sobrara entre seus dedos, respirou fundo e começou a andar a caminho de um antigo porto desativado.
Sands estacou de súbito quando viu um segundo barco parado no porto. Olhou para os lados a fim de confirmar se o que estava vendo era real e quase teve um infarto ao constatar que o segundo barco não somente era real como também era uma embarcação da policia federal.


Ele parou no mesmo momento, as mãos geladas e o rosto muito pálido. “Santiago me paga!” – pensou. Olhou para trás procurando seus capangas, incrivelmente eles não estavam mais ali, Sands se encontrava sozinho. Pensou em correr mas o seu pé não deixaria, foi quando ouviu um barulho bastante familiar, o barulho de armas sendo carregadas. Tirou as mãos dos bolsos e colocou-as sobre a cabeça, podia sentir a pinta vermelha que apontava para o seu coração.

- Senhor Sands o senhor está preso por contrabando. – disse um homem vestido de policial, Sands não quis nem pensar muito no que estava acontecendo.
- Eu não sei do que você está falando.
O policial deu um sorriso e uma joelhada no meio das pernas de Sands, a dor foi tanta que ele soltou as muletas e se desequilibrou, recebendo um soco logo em seguida.
- Pare com isso Wallance. – disse uma voz feminina vinda de trás do brutamontes.
- Eu agradeceria... – sussurrou Sands que estava atirado no chão, o casaco bege todo sujo de barro.
A dona da voz deu-lhe um chute bem nas costelas.
- Cale a boca, não falei com você.
Sands limitou-se a urrar de dor, não sabia o que fazer.
- Algeme-o, vamos leva-lo para a delegacia, quanto ao carregamento vai para o porto real onde será apreendido.
- Já disse, isso não é meu... – Sands mal terminara a frase e já levara outro chute.
- Leve-o Wallance antes que eu o mate.
Sands desmaiou ao ouvir aquela frase.

******
Abriu os olhos devagar, tentando se lembrar onde estava. O dia já havia nascido há muitas horas e o sol já estava quente. Sands sentou-se no chão onde estava e o corpo todo latejante lembrou-se da noite anterior.
”Mas eu não deveria estar na cadeia?”
Estava sem as algemas, sentado no mesmo lugar onde caíra na noite anterior, começou a ligar os fatos e antes que terminasse viu uma rosa branca atirada sobre um bilhete bem em frente a ele. Esticou o braço para pegá-lo. O bilhete estava escrito em preto numa caligrafia caprichada:


Sands,
Seus produtos agora estão em boas mãos.  Espero que tenha gostado da noite anterior.
Meus sinceros cumprimentos a você,

Emmanuelle Garcia

Ele esmagou o papel entre os dedos e atirou-o longe:
Vagabunda. – pensou por fim, antes de colocar as mãos no rosto e começar a ter um ataque de riso.


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