You Belong To Me escrita por divaReaser


Capítulo 5
Capítulo 5




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Rated: M— Portuguese -  Esme & Carlisle - Reviews: 15— Updated: 02-04-12 - Published: 11-21-11 - id:7569356


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PDV Carlisle.

Não existia monstro pior que eu.

Eu era um idiota estupido! Como pode?

Havia prometido a mim mesmo que não iria me envolver demais com Esme, mas seria natural para ela não perceber. Depois do abraço que ela me deu eu sabia que não conseguiria ficar longe. No final acabamos conversando novamente e.. Eu sempre me fasciava ao conversar com ela.

Acabei me escondendo em meus escritório nos ultimos dias, evitando ficar perto dela ou me cativar com seu sorriso, tinha medo de fazer qualquer besteira e.. não sei.. Falar algo ou fazer algo.

Uma voz em minha cabeça dizia "Não seja covarde, vai atras da mulher que você ama, se declare." Mas.. eu não sabia qual era os sentimentos dela em relação a mim. Esme era sempre gentil com todos e.. A verdade é que eu tinha ciumes do relacionamento de Edward com ela. Tinha ciumes de vê-los coversar, de saber que ele tinha acesso a sua mente, de vê-lo abraça-la e reconforta-la quando ela precisasse. E por mais que eu tentasse me manter longe eu queria que fosse eu abraçando-a e dizendo que tudo vai ficar bem, queria que ela corresse para mim quando estivesse triste, eu queria que ela precisasse de mim como eu preciso dela.

Deus, o que eu faço?

PDV Esme.

— Edward? - Chamei novamente depois que acabamos de rir. Tinhamos passado a tarde toda juntos e conversamos bastante. Nada sério, apenas assuntos bobos.

— Quê? - Ele perguntou.

— Eu preciso de ajuda. Eu preciso te dizer algo. - Ele se arrumou no sofá e me encarou sério agora.

— Pode falar Esme. - Ele estava preocupado.

— Edward.. eu.. Desde de quando eu acordei e vi Carlisle depois de dez anos eu.. eu meio que... Edward eu amo Carlisle. Muito. Tudo que tem acontecido ultimamente tem acabado comigo. Ele as vezes conversa comigo, me fala coisas legais, mas outra hora ele se esconde naquele maldito escritório e nem olha para minha cara! Eu não aguento mais viver me enchendo de esperanças e depois vê-las sendo jogadas ao vento. - Edward agora me olhava perplexo.

— Deus, esse tempo todo você escondeu isso de mim?

— Edward! Estou falando sério. Eu.. eu nunca contei para ele a verdade sobre meu passado e.. e eu queria pelo menos não me sentir culpada por mentir... - Minha voz falhou no final.

— Você vai dizer para ele que você o ama? - Ele perguntou.

— Não! Claro que não! Não tem um motivo para contar..

— Oh Esme! Por favor. Você precisa contar à ele. Tudo. - Ele se levantou do sofá.

— Ok Edward.- O puxei pelo braço - Eu vou contar. Hoje. Mas eu vou contar sobre meu passado..

— E quando você vai contar que você o ama? - Suspirei.

— Eu nem ao menos sei como ele vai reagir ao meu passado. Eu não posso simplesmente dizer que o amo. Eu.. Ele.. Droga Edward! Como eu vou saber o que ele sente se todas as vezes que temos uma conversa legal ele se afasta depois? Eu estou sofrendo por causa de muitas coisas e .. ele me trata assim... O que eu tenho que fazer? Me humilhar? Dizer que eu morreria por um sorriso dele e vê-lo rir da minha cara? Eu preciso dele, Edward, muito. Eu queria que pelo menos uma vez ele percebesse o que eu estou passando e.. Eu queria que ele me amasse como eu o amo. Queria que ele cuidasse de mim e me reconfortasse nas noites que eu choro por medo, saudade e insegurança. Você entende agora?- Olhei para minhas mãos e então Edward estava ajoelhado a minha frente.

— Eu sei tudo o que você está passando. Só..Só me promete que você vai ser forte e vai tentar falar com Carlisle. Mesmo de verdade. Se você não quiser contar que o ama, não conte, mas deixe-o saber do resto. - Ele beijou minha testa, saiu andando e então parou novamente e olhou para trás. - Ah, eu estarei no meu quarto. Chame-o para sair ou algo do tipo.

Edward subiu e eu me sentei no sofá cruzando as pernas. Minha mente rodava loucamente, um emaranhado de emoções me pegavam ao mesmo tempo. Respirei fundo varias vezes, mesmo que fosse desnecessario. Minhas mãos pareciam ter vida própria enquanto eu estralava os dedos e esfregava as mãos freneticamente.

Ouvi os passos de Carlisle se aproximar da casa e prendi a respiração. Chegou a hora. Carlisle entrou.

— Boa noite. - Ele sussurrou sem olhar para mim.

— Boa noite.. - Sussurrei e então respirei fundo. Carlisle ia passando para a escada quando eu tomei coragem. - Carlisle...

— Sim? - Ele me olhou.

— Eu queria saber se.. se você não gostaria de dar uma volta comigo.. Eu precisava falar com você... Se você não estiver ocupado, claro. - Mordi o labio inferior e fitei seus olhos escuros por um segundo.

— Claro que podemos.. Vamos? - Eu me levantei e nós saimos porta afora para a noite de lua cheia.

Fomos andando em passo humano sem falar, talvez até sem respirar. Carlisle parecia estar tão tenso quanto eu. O deixei nos guiar pela floresta até que chegamos a uma clareira. Sentei-me no chão e ele se sentou ao meu lado.

— Carlisle... Eu.. eu tenho algumas coisas para te contar... - Sussurrei evitando olhar para ele. - Só por favor, por favor escute o que eu tenho a dizer antes de falar algo. - Ele assentiu minimamente quando enfrentei seus fundo e voltei a olhar minhas mãos. - Em 1917 eu me casei. Nenhum dos planos que eu tinha para meu futuro quando você me conheceu deram certo.

"Meus pais me pressionaram a casar com Charles. Eu era indiferente a ele, mas para agradar meus pais - pelo menos uma vez -, eu me casei. Aquele dia eu desisti de todos os meus sonhos, era como se eu tivesse morrido naquele segundo.

"Charles era charmoso. Todas as garotas da cidade queriam se casar com ele, mas eu tive a infelicidade. Ele não era o bom homem que toda a cidade pensava que ele era, e eu era a unica pessoa que sabia disso." - Minhas feições se tornaram mais duras conforme eu fui contando minha história. - Charles.. bebia, saia com os amigos, me traia com prostitutas.. fazia o que queria. Só que, quando ele chegava em casa... - Respirei fundo tentando conter os soluços que ameaçavam tomar conta de minhas palavras. - Carlisle, eu quase morri nas mãos dele. Ele me batia como se batesse em um cachorro de rua. Socos, chutes, tapas.. e não só agressões, ele... ele me forçava...

— Esme... ele.. ele te violentou? - Carlisle pegou minha mão e apertou entre as dele. O olhei novamente e pude ver em seus olhos que ele estava chocado.

— Sim. - Engoli seco para não soltar os soluços que ameaçavam explodir de mim. - Muitas vezes.. foi ficando pior, não era só quando ele estava bebado. Eu tinha de estar sempre calada, fazer tudo para agrada-lo.. Ele tentou me matar muitas vezes, me enforcou, me jogou da escada, me bateu até me deixar inconciente.

"Pedi a ajudas de meus pais, mas eles.. me negaram.. Depois disso Charles foi convocado para a guerra e eu realmente desejei que ele morresse por lá, mas ele voltou. Voltou pior do que era antes, descarregou todo o ódio da guerra em cima de mim. Então eu descobri que estava gravida. - Dei um pequeno sorriso triste. - Daniel me deu forças para fugir de casa e eu realmente pensei que daquela vez eu seria feliz. Fugi para casa de meu primo em Milwakee, mas Charles e meus pais me descobriram. Fugi novamente, acabei em Ashland. Dei aulas esperando pelo nascimento de meu filho.

" Meu plano era ser professora e cuidar sozinha de Daniel, ele nasceu mas.. logo depois.. - Não consegui evitar o soluço que estremeceu meu corpo. Carlisle apertou minha mão um pouco mais. - Logo depois eu descobri que meu filho tinha infecção pulmonar.

" Ele só teve quatro dias de vida, e foram os quatro melhores dias da minha vida. Carlisle, Ele morreu em meus braços... - Comecei a soluçar, desejando que as lagrimas varressem meus olhos, mas era impossivel. - Eu não fui uma boa mãe, eu não consegui cuidar do meu pequeno..

— Não fale isso. Você salvou a vida dele. Não era algo que você podia controlar. Ele, esteja aonde estiver, te ama muito e te agradece por tudo. - Mordi meu labio inferior tentando parar de soluçar para contar-lhe o resto da história.

— Depois que ele morreu.. eu.. eu pulei do penhasco. O resto você já sabe. - Suspirei.

— Por que.. por que você não me contou antes? - Ele perguntou.

— Me desculpe ter mentido, mas.. Eu não sei. Pensei que você iria me julgar assim como meus pais me julgaram, ou que você não acreditaria em mim. Eu estou quebrada Carlisle, eu tenho medo que tudo.. Tudo volte a ser como antes. Minha mente não consegue progredir. - Ele me olhou nos olhos por um tempo e eu daria tudo para saber o que ele estava pensando.

— Você não está quebrada. Eu entendo, você foi traumatizada. Me sinto agradecido por você ter confiado em mim para contar a verdade. - Fechei os olhos por alguns segundos. Lá estava ele novamente tentando ser meu amigo. Mas eu não queria um amigo. Eu queria Carlisle.

— Não é só porque eu confio em você que estou te contando tudo isso. Eu me senti.. frustrada. Você as vezes conversa comigo e nós realmente nos divertimos, eu vejo isso em seus olhos, mas.. Depois você simplesmente se esconde naquele escritório e me evita! Por quê? Era só o que eu queria saber. Eu já estava mal com tanta coisa e ver você me tratar assim só piorou tudo. - Ele soltou minha mão e passou a sua pelo cabelo loiro. Vi a hesitação em seus olhos por um segundo e então ele abaixou os olhos novamente. Eu já estava cansada da brincadeira de não olhar nos olhos. - Olhe para mim. - Ele Olhou.

— Desculpe. Desculpe por ser um idota e por te fazer sofrer. Desculpe por me aproximar e depois me esconder. Desculpe.. Mas.. Eu também sofri. Eu pensei que.. Eu pensei que você fosse feliz na sua vida humana, que você amava seu marido e.. eu pensei que era bobagem estar apaixonado por você. Por amar você. - O olhei chocada. Eu realmente estava ouvindo aquilo?

— Carlisle..

— Por favor apenas me deixe acabar. - Assenti. - Eu me escondia por que depois de passar tanto tempo com você eu tinha medo de fazer algo, de falar algo, de.. de me arrepeder por ficar tão proximo. E você quer saber? Eu tinha ciúmes de Edward, por que todas as vezes que te vi triste, mesmo sem saber o motivo, queria que fosse eu que te consolasse e te abraçasse. E agora eu só me culpo mais ainda por saber que você passou por tudo isso sozinha e eu nunca estive lá para te ajudar. - Ele ainda me olhava.

— Você estava lá. Todas as vezes.. Em meus sonhos e.. E em meu coração. - Ele sorriu um pouco e levantou a mão acariciando meu rosto.

— Sério? Você sonhava comigo? - Sua voz era maravilhada e eu sorri e assenti, se pudesse minhas bochechas estariam pegando fogo.

— Você era.. uma espécie de porto seguro. Você era meu modelo de homem perfeito. Eu não sei quando nem por que, mas.. Eu acabei me apaixonando por você. E quando eu abri os olhos e te vi eu me senti feliz pela primeira vez desde que perdi meu Daniel. - Me lancei para frente e o abracei sem nunca querer deixa-lo ir. Ele me abraçou de volta automaticamente e foi melhor do que o primeiro abraço que eu dei nele. Passamos muito tempo abraçados, apenas respirando o perfume um do outro e eu imaginei estar no céu.

Eu não sabia o que viria daqui para a frente, mas uma coisa era certa: Não seria tão ruim se eu tivesse Carlisle.


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