As letras naquela carta me fizeram sorrir por um momento. Era um garrancho cheio de floreios, letras tortas cheias de voltas e espirais. Aquilo era como um ultraje, belo, de uma certa forma. Era como a mais bela flor existente fosse colocada numa horrível caneca de cevada de um tabernáculo qualquer. Era como unhas logas e pintadas e vermelho raspando gesso. Era até engraçado, lindo os dizeres, passei a aprecia-lo. Era um agradecimento. Me senti meio envergonhada. Quem na verdade quem deveria agradecer era eu, por ter me feito despertar, começar a viver. Lhe devo minha vida por ter me encinado a viver.