(Allax)

Capitulo 16: A Salvação.

Allax se levantou depois de muito tempo em silêncio.

“Eu tenho que sair.” ele disse de costa para mim. “Está com fome?” neguei com a cabeça. “Tudo bem, eu volto logo! Não saia daqui.” ele disse com certo tom debochado. Ele se aproximou e beijou levemente a minha testa.

Apesar de ser quem ele é, e de provavelmente fazer coisas muito erradas, pude ver em seus olhos que haviam bondade e de que ele era sincero comigo. Por enumeras vezes vi em seus olhos como era difícil e doloroso a ele fazer o que estava fazendo.

Olhei a minha volta procurando algo que pudesse me ajudar. Por mais bondoso que ele possa ser, ele ainda era a pessoa que me jurava de morte. Mas nada havia por perto. E mesmo que tivesse eu estava amarrada e não teria como eu alcançar.

Forcei um pouco as cordas, não estava tão apertada, talvez se eu forçasse um pouco conseguiria me soltar. Tentei, mas meu polegar esquerdo impediu. Então veio-me a mais sórdida ideia. Deixei ela tripular na minha mente, enquanto eu calculava as consequências e o quanto eu teria que ser forte, para poder fugir.

Teria eu que ser madura para não chorar, não parar e não desistir. E eu teria que conseguir, pois toda a minha família dependia disso. E então fui forte e iniciei, uma das maiores loucuras que um dia eu poderia pensar em fazer. Forcei meu polegar esquerdo até que ele se quebrasse. A dor foi intensa, mas fingi não sentir nada.

Forcei minha mão direita pela corda que estava mais frouxa e logo ela estava livre e depois a esquerda. Sorri enquanto eu desamarrava meus pés. Não me importei com a dor. Descalcei meus pés do salto que eu usara.

Encaminhei até a porta. Olhei para o lados e pude ver uma luz forte em minha direção. Eram faróis! Allax estava voltando. Disparei ao lado contrário. Entrei na matar densa sem me preocupar com os galhos que me arranhavam.

Não demorou muito para eu começar ouvi paços atrás de mim. Não era tão rápida como ele. Lancei-me nas copas das arvores pulando de uma para a outra silenciosamente. Mas eu não era tão graciosa como meus familiares e cai de costas no chão. Foi uma queda direta, nada amorteceu a minha dor.

Senti que ia perder a consciência, tudo girava em minha volta. Juguei ser tarde demais para mim. Depois de tudo eu desistiria agora? Não. Jurei por minha família, que se eu não os salvasse morreria tentando.

Levantei-me cambaleando um pouco e corri o mais rápido que pude. Pude sentir as folhas e o gelo de inverno cortarem meus pés. Lutei contra todas as dores, não me deixei cair. Por mais que meu corpo lutasse por descanso eu corri.

Ouvi mais um pares de passos vindo em minha direção. Seria esse meu fim?

P.V. Nathan

Uma brisa forte me arrebatou enquanto eu corria para o norte. Consigo ela trazia uma fragrância docemente conhecida. Ou talvez eu estivesse tão apaixonado que o loucura estava me tomando. Mas eu iria em direção daquele aroma em vez de caçar como eu havia me prometido. O lado sanguinário de mim gritou em pavor. Ele desejava sangue. Mas eu o deixei de lado e corri.

Não pude negar que o medo pulsava em mim. Mas eu a amava, e nada me faria parar.

Ouvi passos se aproximando de mim em alta velocidade. Olhei para meu lado esquerdo e pude ver Bianca correndo em direção contraria a minha. Gritei seu nome, mas ela continuava a correr. Fui atrás dela.

Me aproximei o suficiente de segurá-la pelos braços e fazer com que parasse.

“Não por favor.” ela suplicou-me. “Eu sei que você não quer fazer isso.” eu a abracei.

“Calma Bia, sou eu. Abra os olhos, sou eu Nath, você está bem.” ela os abriu lentamente e quando meu viu, respondeu ao meu abraço carinhosamente.

“Tive tanto medo, achei que iria morrer.” ela disse entre lágrimas.

“Mas o que...” não consegui terminar a minha frase. Pois um garoto apareceu na minha frente.

“Você é mais esperta do que eu pude imaginar.” ele disse se aproximando. “Agora vamos.” ele estendeu uma mão.

“Não não vai à lugar algum.” eu disse a protegendo.

“Por favo Bia, não faça isso ficar pior do que já está.” ele disse calmamente. Rosnei alto para ele. “Tudo bem.” sua face se transformou. “Vou levar dois pelo preço de um.”

Ele avançou para atacar. Empurrei Bianca levemente para um canto para que eu pudesse me defender.

P.V. Bianca

Nathan lutava ferozmente com Allax que não revidava a mais nenhum golpe. Sim, ele estava facilitando para nós. Continuei encolhida no canto até que vi ele bater em uma arvore a cair desacordado. Nathan se aproximou de colocando as duas mãos em seu rosto.

“Não.” eu gritei.

“Não, o que?” ele viro para mim.

“Não mate ele.” Nath olhou me incrédulo. “Ele não queria fazer isso.” justifiquei.

“E o que você quer que eu faça? Leve-o para casa e sirva a ela chá com biscoitos?” ele disse sarcástico.

“Não precisa de chá com biscoitos!” tentei sorrir.

“Você está louca, só pode.” ele disse empurrando o corpo desacordado para longe. “Bianca ele queria matar a nós dois. Não apenas a mim, mas a você também.”

“Apenas pegue ele, e em casa resolvemos, juntos.” eu me aproximei. “Por favor. Você não é um assassino. É bem melhor que isso.” eu disse segurando a sua mão levemente.

“Você tem que para com isso.” ele disse se afastando e pegando o corpo. Jogou-o em seu ombro com grande facilidade e começou a andar pelo caminho que provavelmente havia vindo.

Ficamos por muito tempo andando em silêncio.

“Você está bem? Está muito machucada?” ele disse tocando o rastro de sangue do meu braço.

“Agora eu estou bem.” eu disse suspirando com seu toque frio.

“Não vai me dizer o que aconteceu?” ele disse em olhar para mim.

“Você estava certo.” ele me encarou confuso.

“Sobre?”

“Acho que tudo.” eu disse contendo as minha lágrimas. “Principalmente sobre Derek. Ele só se aproximou de mim para matar a nossa família.” Nath não pareceu surpreso. “Eu só queria ter te ouvido.”