Riley's POV. 

Pois bem, depois de uma não tão longa viagem chegamos em casa, levei minhas malas para casa, e não falei com ninguém, aliás eles moram quase do lado de casa. Fui direto para o meu quarto e tomei um banho. Coloquei um moletom gigante e um short e preparei alguma coisa para comer e voltei para o meu quarto. Não tive nenhum sinal de Laurie ali, provavelmente deveria estar fazendo o que ela mais gosta: Trabalhando. Cheguei no meu quarto, liguei meu computador e começei a comer meu queijo quente. Vi que alguém me chamava no skype e era o Pedro. Abri um sorriso ao ler seu nome. Pedro é meu melhor amigo do Brasil, ele sempre foi como um irmão para mim, ele era quase meu primo,então nós viviamos grudados. 

-Oii Pe. 

-Riley. Eu to com tanta saudade. 

-Duvido. Você nem me ama. 

-Não amo mesmo. 

-Então porque disse que tava com saudade? 

-Ah... Porque, eu te amo. 

-Sabia. Mas então, como você está? - Ele levantou a mão, mostrando um anel. - MENTIRA. NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TÁ NAMORANDO. Você? Eu to sonhando, só pode. 

-Não. E é com a pessoa que você menos imagina... Laura. 

-Eu pensei que você tivesse desistido dela.

-É, eu tinha te dito que sim, mas não era verdade. Eu sempre a amei e escutei uma conversa dela com umas amigas e ela falava que me amava mas eu nunca dei bola para ela. E foi aí que tudo aconteceu. 

-Ai que liindo Pe. 

Niall's POV 

Assim que cheguei em casa, fui comer e depois tomar um banho, logo depois Laurie me liga e disse que queria me encontrar em sua casa, então fui pra lá.

Bati na porta e ela atendeu. 

-Oi Niall, entra.

-É, oi. - Entrei e vi os meninos lá. - Ah, oi gente. 

Nós ficamos discutindo sobre um comercial que iriamos fazer, ficamos nisso por quase uma hora e em todo esse tempo RIley não saiu do seu quarto. Por fim nós terminamos e eu decidi ir falar com ela, que não estava bem desde que chegamos. Fui até seu quarto e abri a porta, vi que ela falava em português com alguém, pelo jeito era seu amigo, Pedro, ao que ela tanto amava. Decidi não atrapalha-lá, ela estava tão feliz com ele que eu só estragaria tudo, fechei a porta e saí. No corredor que dava para a escada ouvi ela chamar meu nome e me virei. 

-Niall. O que foi? 

-Nada. 

-O que você está fazendo aqui?

-Sua mãe nos chamou. 

-Por que você saiu do meu quarto daquele jeito? Você sabe que pode entrar. 

-Não. Você estava bem concentrada na conversa com o Pedro. 

-Niall, o que é isso? - Ela se aproximou. 

-Isso o que?

-Você. Ele é meu melhor amigo e eu só posso falar com ele assim. Vocês se conhecem - Mas eu não gosto dele, pensei. - Você pode falar comigo quando quiser, entrar no meu quarto quando quiser. 

-Eu pensei que eu fosse seu melhor amigo. 

-Você é. Mas é diferente, você sabe. Ele tá no Brasil, você não. Você está aqui, comigo, e eu posso fazer isso. - Ela me abraçou. - Isso. - Apertou minhas bochechas - E isso. - Ela me deu um beijo na bochecha.

-Mas e isso? - Peguei o queixo dela e a trouxe para mais perto ainda. 

É agora, eu tenho que beijá-la. Ela não me parou como achei que faria, fechou os olhos e eu entendi aquilo como uma permissão e a beijei. Foi mais como um selinho demorado, nada demais, porém foi suficiente para que eu tivesse arrepios pelo meu corpo inteiro. Ela se separou e me olhou. 

-Acho que você tem que ir. - Ela disse em uma voz que quase não saiu. 

Enquanto eu ficava totalmente estático, ela se virou e saiu correndo, entrando no seu quarto. E eu percebi a merda que fiz, estraguei nossa amizade, ela nunca mais vai olhar na minha cara, e eu perdi minha melhor amiga. Porque certamente ela odiou, ela deve me achar um idiota que só se aproximou dela para poder beijá-la por todo esse tempo. 

Riley's POV.

Fiquei paralisada, ele tinha me beijado. Saí correndo e entrei no meu quarto e me atirei na cama. As únicas coisas que eu conseguia pensar eram: Por que ele fez isso? E por que eu gostei? E por que eu queria mais? O que está acontecendo comigo? 

-Riley? Tá tudo bem? - Pedro me chamou e me lembrei que estava conversando com ele antes disso acontecer. 

-S-sim. Não. 

-O que aconteceu? 

-Niall, ele... - Suspirei. - Me beijou.

-Como assim? Nesse tempo? Espera, você precisa me contar tudo direitinho. 

-Você sabe, nós sempre fomos próximos, melhores amigos. Mas nunca foi como você e eu, nós temos algo diferente, uma conexão, algo estranho, sabe? - Ele assentiu. - E de uns tempos para cá ele tem ficado cada vez mais atraente, e nós ficamos ainda mais, vamos dizer assim, próximos. Mas eu sei, ele nunca vai me amar, então eu sempre tento tirar isso da minha cabeça, não deixo que esses pensamentos ridículos tomem conta de mim. Hoje de manhã, rolou algo estranho, ao invés de nós simplesmente continuarmos o que estavamos fazendo, nós ficamos nos encarando e foi estranho. Daí agora, ele tinha vindo aqui, por isso eu precisei ir ali um pouco, eu fui falar com ele. Eu meio que achei que ele estava dando uma crise de ciúmes, daí ele me beijou. E eu acho que gostei, e tá tudo confuso. - Despejei essas palavras rapidamente e me senti um pouco melhor. 

-Calma, respira. Agora eu sei o que é isso, passei por isso recentemente. E sim, é o que você está pensado. Riley, abre os olhos, vocês se amam, se amam desde o dia em que se viram, só não conseguem aceitar. Eu guardei isso comigo por muito tempo, desde o primeiro dia em que vi a Laura eu a amo. Isso está acontecendo com vocês. Vocês se amam, mas não querem admitir.

-Isso é impossível. E-eu não sei. Eu precisor ir Pe, aqui já são quase 00:00. 

-Só pensa no que eu disse, ok? Eu te amo. 

-Eu também te amo, muito. Um beijo.

Fechei o computador e fui escovar meu dente. E as palavras do Pedro não saiam da minha cabeça. " Vocês se amam desde o dia em que se viram, só não conseguem aceitar. Vocês se amam mas não querem admitir". Não, isso é impossível, sem cogitação. Fui me deitar e demorei um bom tempo para dormir, só pensando em como isso tinha sido errado.