Riley's POV

Fui um pouco apressada pra casa, ao chegar encontrei Laurie na sala lendo um livro, ela desviou sua atenção para mim assim que adentrei a sala.

–Olha quem chegou.

–Ah, oi e eu não tenho tempo pra conversar agora, desculpa.

–Mas... Ok, depois nós precisamos conversar.

–Eu sei, mas agora eu já to atrasada.

Subi correndo pro meu quarto, tomei o banho mais rápido da história e troquei de roupa na mesma velocidade. Peguei meu celular e desci. E é nesse momento em que eu precisava muito ter carta de motorista, que saco. Decidi ir a pé, não era tão longe, visto que eu moro no centro de Londres. Era perto de um hotel, disso eu sabia. Peguei meu casaco e ao descer encontrei Laurie no pé da escada.

–Onde a senhora vai as 10 da manhã?

–Vou... Sair.

–Depois de ter dormido fora ontem, sem me avisar, vai simplesmente sair?

–Vou encontrar o Pedro.

–Eu ainda não gosto desse menino.

–Não to pedindo pra você gostar, agora me deixa passar, é importante.

Ela me deu passagem e eu sai da casa e fui andando até o endereço, não era muito difícil de achar as coisas quando se tem um celular em mãos, pesquisei o endereço e vi que estava no caminho certo, mais algum tempo andando e eu cheguei, era uma praça, vazia porém linda. Passei meus olhos por todos os cantos e não encontrei ele.

–Sabia que viria. - Pedro falou atrás de mim.

–Hey. Qual é o problema dessa vez?

–Nenhum.

–Então por que me chamou aqui?

–Eu vou ficar em Londres.

–O-o que? Você vai ficar? Tipo, pra sempre?

–Não para sempre, mas eu vim para fazer faculdade então pode ser que você tenha que me aguentar por um bom tempo.

–Pe que ótimo, eu vou poder te ver sempre. Mas e a Laura?

–Nós terminamos. Eu nunca a amei.

–Mas... Vocês sempre foram perfeitos um para o outro, não entendo.

–Um dia você vai entender. - Ele sorriu.

–Eu ainda continuo sm enteder por que você me trouxe aqui.

–Queria te fazer uma proposta. Faculdade.

–Você não tá querendo que eu faça faculdade com você né? - Ele assentiu sorrindo. - Pedro, eu não posso, eu tenho meu trabalho, com a minha mãe, com os meninos, eu não posso largar tudo e ir para a faculdade, não dá agora. Me desculpa.

–Você sabe, não é? Se você começar uma faculdade seu pai não vai poder te tirar de Londres.

–Eu não posso, me desculpa.

–Você pode, mas aqueles seus amigos babacas te impedem de viver.

–Eles não são babacas, eles são meus amigos, eles foram meus amigos quando eu não tinha nenhum.

–Você tá me acusando de não ter sido seu amigo? Você veio pra Londres, não eu. - Pedro disse com raiva.

–Se acalma, eu não to falando nada disso, você que tá. Eu amo aqueles meninos, tá?

–Mas eles não te amam. Aquele loirinho, o Niall, ele não te ama.

–Não foi isso que você falou pra mim no skype um tempo atrás. Você me encorajou a namorar ele, agora cala essa boca pra falar merda. Foi pra isso que você me fez sair da casa do meu namorado, desviar todos os meus pensamentos de coisas muito mais importantes pra me estressar? Na boa, não to afim não. Porque todo mundo tá mudando tanto? Que saco. Eu vou embora daqui.

–Riley. Me desculpa, eu falei sem pensar.

–Não foi a primeira vez, Pedro, a única coisa que eu queria era poder ter meu melhor amigo de volta, queria que você aceitasse minhas decisões e não ficasse fazendo chantagem emocional pra que eu possa largar meus amigos e ir fazer faculdade com você, isso seria egoísmo.

–Eu te amo.

–Eu também te amo Pedro, você não sabe o quanto, mas você chamando meus amigos de babacas? Não. Isso não é certo, os garotos tentaram falar com você, mas você não deixou, qual seu problema? Você quer fazer tudo mais difícil do que já está?

–Eu realmente te amo Riley.

–Você já disse isso.

–Você não entende.

–Não entendo mes... - Ele me pegou pela cintura e me aproximou dele, até demais, nós estavamos tão próximos que eu já podia sentir a respiração dele em mim. - Pedro, para de graça.

–Eu te amo mesmo Riley, sempre foi você. - Eu o empurrei.

–Não dificulta, por favor, eu também te amo, mas não assim, não dificulta. Eu já tenho coisa demais pra resolver desiste disso, eu amo o Niall e sempre amei.

–Eu duvido que você não sente nada por mim.

–Sinto. Sinto que você é meu mlhor amigo e só. Para com isso Pedro. - Começei a ficar nervosa e a rir. - Isso era muito esperado mesmo, o melhor amigo que ama a melhor amiga mas o sentimento não é correspondido e daí a melhor amiga sai como a vilã da história. Por favor, eu não quero isso.

–Eu... Desculpa. Eu nunca pude evitar.

–Pedro, eu não to conseguindo raciocinar. Vou pra casa. - Virei e saí andando, colocando mes fones logo em seguida, queria ignorar os chamados dele.

Ai que ótimo, minha vida era maravilhosa mesmo, tenho uma mãe que não sabe se me ama, os melhores amigos do mundo, que são sempre ocupados e quando eu começo a namorar o garoto que eu sempre amei, meu pai decide que vai voltar para o Brasil e me separar dele, mas aí ainda tem meu melhor amigo que voltou do Brasil e tá me pediu para que eu faça faculdade com ele, daí ele fala que me ama. Não tem como ficar melhor.