happily ever after. (primeira versão) escrita por unalternagi


Capítulo 44
Capítulo 44 - Mesmo se não for pra ser, será


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, mil perdões pela demora. Nem sei mais o que é vida social, mas por favor, tenha paciência comigo porque... Estamos na reta final :(
Cara, essa fanfic foi a minha bebê e estar no fim dela me deixa muito feliz, mas muito triste também, espero que amem o capítulo e aproveitem os últimos momentos dos nossos personagens amados hahahahaa
Sem mais depreciação... Espero, mesmo, que amem de paixão.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/197599/chapter/44

Cap. 44 - Mesmo se não for pra ser, será

Um mês depois

Fechei a tampa da privada e sentei em cima dela enquanto esperava. Edward parecia que ia demorar cinquenta anos para chegar do trabalho, e eu o queria tanto aqui comigo. Principalmente agora. Foram os minutos mais longos de toda a minha vida, mas finalmente deu o tempo e levantei indo até a pia do banheiro, eu já tremia de nervoso. Peguei o teste e meu coração se aqueceu com o resultado.

.

PDV EDWARD

Estávamos nas vésperas do meu aniversário e eu estava animado. Não queria festa, mas não sei explicar, tudo havia ganhado uma cor diferente desde que fiquei noivo de Bella. Meu aniversário cairia em um Domingo, o que era bom por motivos óbvios de: Não trabalharei. Mas Bella vai e isso me desanimou um pouco.

–Dia 20 de junho, eu farei o horário das 13hr às 22hrs e assim... A gente pode sair para comemorar. O que acha? – ela sorriu aparecendo da cozinha.

Eram duas horas da manhã e ela achava comum chegar do trabalho e pedir para assistirmos um filme. Eu, óbvio, topei e até pipoca ela fez.

–Acho sensacional. Só seria melhor se você se demitisse – sorri

Ela bufou revirando os olhos.

–Não vamos discutir né, gatinho? – falou dando uma piscadela e eu concordei rindo - Então está combinado. Amanhã nós falamos com a Licinha, e ela descola um lugar legal para irmos – Bella sorriu animada.

Claro, eu sabia que ela estava feliz por conta do nosso noivado, mas não sei... Faz uns dias que tenho captado uma aura muito leve nela, uma felicidade muito maravilhosa e eu não estava reclamando, mas tinha uma leve impressão de que ela estava me escondendo algo.

O filme começou e, como esperado, ela dormiu assim que terminou de comer a pipoca e isso eram 02h45min da manhã. Eu ri, coloquei as coisas na cozinha, desliguei a TV e a levei até o quarto. Deitei e ela se aconchegou em mim, e foi um fim de madrugada bem tranquilo.

.

20 de Junho

Acordei com leves chacoalhadas e uma risadinha. Sorri já sabendo quem era então abri os olhos lentamente vendo seu rosto perfeito, pertinho do meu.

–Bom dia, homem do dia – sorriu Bella, os olhos dela brilhavam mais do que qualquer coisa.

–Bom dia, amor da minha vida – sorri de volta.

–Sabe que dia é hoje? – perguntou com um sorriso de orelha a orelha.

Assenti com um sorrisão e ela sentou na cama pulando. Cantou “parabéns” para mim e eu ria dela, não me lembrava de Bella tão animada assim em nenhum outro aniversário meu. Sentei e bati palmas com ela.

–Que você seja o homem mais feliz do mundo inteiro, que me ame para sempre. Que sejamos os filhos das putas mais felizes desse mundo inteiro, que casemos logo – falou quando terminou de cantar – E que nosso novo status só colabore com isso – disse quando me abraçou e fiquei confuso com essa história de “novo status”.

–Obrigado, vida... – disse enchendo seu rosto de beijos e ela deu uma gargalhada gostosa – Novo status? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

Como um clique, pensei que ela estava falando do nosso noivado, mas não. Ela deu de ombros e levantou, foi quando eu percebi a bandeja grande de café-da-manhã que ela tinha preparado, então sorri ainda mais.

–Temos isso daqui porque hoje é um dia maravilhoso... Não tenho nem palavras para descrevê-lo – falou vindo para a cama com a bandeja.

Por que ela estava tão misteriosa afinal?

Colocou a bandeja no meu colo e eu sorri para ela.

–Bella, tivemos 21 outros desse aqui – falei rindo.

–Não amor, você não está entendendo.

Bufei cansando do joguinho dela, ela me contaria do jeito que tinha planejado, não tinha como eu arrancar isso dela, então desencanei.

–Okay Sra. Mistério, vamos ver o que temos aqui... – sorri indo direto no bolo, vi um cartão, mas queria ler depois.

–Edward, lê o cartão – ela pediu quando fiz menção de pegar o bolo.

–Amor, eu estou com fome... - murmurei

–Por favor – falou docemente então sorri dando um beijinho em seu nariz

Como negar, qualquer coisa que fosse para aquele rostinho? Peguei o envelope branco com leve perfume dela, do lado de fora estava escrito:

Feliz aniversário e parabéns, meu amor.

Franzi o cenho e fiquei ainda mais curioso. Abri rapidamente o envelope. Tinha uma carta e outros papéis ali. Peguei os papéis e comecei a lê-los curioso de mais, não eram da minha área, mas eu sabia ler exames de sangue, e cheguei à parte em que meu coração disparou, olhei para Bella e ela já me encarava emocionada.

Peguei a carta sem conseguir achar minha voz enquanto eu alternava meu olhar para o rosto dela e a carta que eu segurava com as minhas mãos trêmulas.

“Meu amor,

Eu sei que não foi planejado. Sei que nos cuidamos muito para isso não acontecer, mas não posso me sentir diferente do que me sinto agora. Felicidade é uma palavra de intensidade muito fraca se comparada com o que eu estou sentindo nesse momento. Eu amo você ainda mais agora, como se isso fosse realmente possível. Caso você não tenha entendido o exame (o que eu duvido muito) vou te dar a confirmação. Eu estou grávida, amor.

Feliz aniversário, pois faz 22 anos que a pessoa mais importante da minha vida nasceu e parabéns, Eddie, é o seu primeiro dia dos pais de muitos que virão.

Nós te amamos incondicionalmente.

Bella e bebê.”

Eu chorei, as lágrimas desceram sem minha permissão. Compartilhei do sentimento dela desde que vi o resultado do exame, eu estava muito feliz. Era absurdo. Não acreditava nisso, minha mente trabalhava devagar. Sorri para ela e a abracei forte. Ela começou a rir, mas pude ouvir o soluço delicado que veio no meio da gargalhada.

–É verdade? – perguntei

–É... – ela concordou com a voz rouca

Meu mundo inteiro girou devagar. Eu ia ser pai, Bella ia ser mãe. Eu não poderia estar mais feliz do que agora. Eu a beijei novamente e ela riu mais uma vez, então deitei em seu colo e comecei a acariciar sua barriga e beijá-la.

–Oi filho, ou filha... – percebi a voz embargada enquanto as lágrimas começaram a brotar dos meus olhos – Sou eu, o papai – eu ri ao dizer aquilo – Eu amo você bebê, pode ser menino ou menina... Eu já amo tanto você. Só espero que a mamãe não tenha contado a mais ninguém sobre isso. Espero que só eu e ela saibamos da sua existência, porque eu quero aproveitar. Por enquanto, você é meu filho e não sobrinho ou neto de ninguém. Quero que você seja apenas nosso, por mais curto que seja esse tempo.

–Claro que você foi o primeiro, a saber, seu bobo – ela disse acariciando meu cabelo e limpou uma lágrima que escorreu.

–Como foi? Como você desconfiou? Por que não disse nada? – perguntei ansioso, mas não conseguia ficar bravo com ela.

–Eu estava sentindo umas tonturas e muito sono... Aí eu fiz o teste de farmácia. Foram três – ela disse – Aí dois deram positivo e um negativo. Resolvi fazer o exame de sangue antes de te dar a certeza. Ficou pronto ontem, peguei quando saí do trabalho, abri só hoje de manhã antes de escrever a carta – ela sorriu.

–Ele é só nosso – falei curtindo isso.

Poderia ser considerado egoísmo, mas eu sentia que ele era ainda mais meu. Só eu e Bella sabíamos dele. Ele era só nosso.

–Sempre será – ela concordou.

Eu estava bobo, nossa conversa estava besta, mas não tinha como não considerar aquele momento mágico. Era dia dos pais, o meu primeiro, e era o meu aniversário, e os olhos dela brilhavam tanto enquanto ela comia o café da manhã comigo, o anel parecia estar competindo com o brilho dos seus olhos e eu não conseguia deixar de tocá-la. Naquele momento, eu juro, foi como se não houvesse problema em lugar algum do mundo inteiro.

.

PDV ALICE

Sentei na cama falando com Camila pelo Skype, é óbvio que aquela louca ia querer fazer o meu vestido e eu, realmente, me emocionei. Nós compramos os tecidos “juntas”, em uma loja na França e discutíamos os tamanhos. Ia ficar perfeito.

O desenho ficou maravilhoso e dois meses, está ótimo, Licinha. Aí eu mando para você e fazemos os ajustes, se precisar – ela sorriu.

–Acha que vai? – perguntei

É só você não engordar e nem emagrecer nada, até o casamento – ela riu.

–Fácil – ironizei.

Jasper chegou e eu e Camila continuamos a conversar, mas nada sobre o vestido. Hoje mais cedo eu e Jazz ligamos para Bobby e Gi que super concordaram em serem nossos padrinhos e até pude captar certa emoção na voz de Bobby que me fez ficar feliz. Quando Camila desligou, Jasper tinha acabado de sair do banho.

–Terminou a lista? – ele perguntou colocando a cueca.

–Siiiiiiiiiim, quer ver? – perguntei animada

–Claro.

Ele havia feito a parte dele fazia alguns dias, já eu estava muito em dúvida, mas, por fim, cheguei na conclusão de chamar todos que eu queria. Dane-se se eram próximos ou não. Era o meu casamento e queria todos ali, querendo ou não, eram um pouco da nossa história.

–250 convidados, meu amor? – ele perguntou meio inseguro.

–São amigos e família amor... – sorri

–Alice, não creio que a Lauren entre no quesito “amiga” – ele bufou

Lauren que estudara conosco e, hoje em dia, era namorada de Tyler.

–Mas e o Ty? – perguntei e ele assentiu

–Tem razão...

Ele tentou me fazer repensar em mais um monte de gente, mas eu sabia quem eu queria no meu casamento.

–Se é importante para você... Vamos nessa – falou me dando um beijo.

–Tem certeza que não quer colocar nem tirar mais ninguém? – perguntei para ter certeza, afinal, o casamento era nosso.

–Amor, eu posso ser bem sincero? – perguntou meio retoricamente, mas mesmo assim assenti – Não me importa se terão duas ou duas mil pessoas. Porque a que realmente me importa estará indo me encontrar no altar. Convide o Papa se quiser, contanto que chegue até mim e se torne minha esposa – ele sorriu.

–Eu amo taaaaaanto você – falei me jogando nele e deixando o notebook de lado.

–Você não faz nem ideia do quanto eu amo você – sussurrou e nos beijamos novamente.

.

PDV ROSALIE

Desci do carro com a pequena mala de Henri, e Emm veio logo atrás com o bebê conforto e Henri dormindo lá. Era fim da primavera, início do verão, mas mesmo assim arrumei a coberta em cima dele. Emmett sorriu e então toquei a campainha da casa de Tony.

Ele apareceu lá, estava arfando então devia ter vindo correndo, sorri pro meu pequeno e me abaixei dando um beijo em seu rosto.

–Tudo bem, meu amor? – perguntei sorrindo.

–Tudo ótimo, Rose – ele sorriu de volta.

–MAMÃE, É A ROSE E O EMM – gritou Jess aparecendo na ponta da escada e correndo para nós.

–ENTRA GENTE, JÁ VOU – ela gritou lá de dentro.

Colocamos o bebê conforto em cima do sofá e então Emm cumprimentou os dois. Anthony tinha recuperado o movimento completo das pernas dele e hoje estava completamente saudável. Claro que ele frequentava o hospital com muito mais frequência que qualquer outra criança da idade dele, mas a saúde do meu pequeno anjo está intacta e isso nos faz muito melhor do que qualquer um poderia imaginar.

–Oi Emm, Rose – sorriu Greg.

Ele estava enorme e lindo. Emm, Jazz e Eddie viviam conversando com ele sobre meninas e tudo isso. Nick também tinha algumas dicas para dar para o filho e ele amava, dava para ver o quanto ele confiava no pai e nos “tios”.

–Garoto, você não vai parar de crescer e ficar lindo? – perguntei quando dei um beijo em seu rosto.

–Realmente espero que não – ele respondeu rindo.

Julia veio nos cumprimentar e todos pareceram decepcionados ao ver Henri dormindo. Eu ri, mas como ele ficaria uma parte da manhã aqui, então eles poderiam aproveitá-lo.

–Okay, agora vão que estão atrasados. E amanhã quero vocês aqui viu? Depois da faculdade, almoço de aniversário do Edward – riu Julia.

Ela estava de férias do trabalho, ela sincronizava com as férias das crianças que, claro, amavam a mãe em casa. Nick chegou quando estávamos saindo e então nos despedimos de todos agradecendo muito e seguimos para o pub onde nossos irmãos esperavam.

.

Fazia um tempo que eles haviam chego, mas não pareciam ter se importado tanto assim por terem que esperar. Bella estava linda com um vestidinho e Edward usava uma calça jeans e uma polo. Não sei explicar, mas havia algo neles. Alice e Jasper, como sempre, muito bem vestidos e animados. Estavam dividindo uma bebida fluorescente e Bella estava no suco, juntamente com Edward.

–PARA TUDO, MINHA IRMÃ ESTÁ REALMENTE BEBENDO SUCO? NÃO TEM HEINEKEN NESSE LOCAL? – gritou o exagerado de Emm assim que os vimos e então eu gargalhei.

Bella revirou os olhos e riu da gente, ela estava realmente corada?

–Digamos que uma vida saudável combina mais comigo, agora – ela sorriu docemente.

–Hm... Que linda essa minha cunhada – eu ri a abraçando.

Abracei meu irmão, Lice, Bella e então o carinha alto com cabelo desgrenhado sorriu para mim se levantando de sua cadeira.

–OLÁ... ANIVERSARIANTEEEEEEE – gritei rindo

–Se não é o cabeçudo mais velho que está entre nós – sorriu Emm

–Vinte e dois... Qual é? Não sou tão velho assim – sorriu Edward

Rimos dele e então o abraçamos e o entregamos seu presente, que era uma camiseta da Vans, ele agradeceu e então continuamos conversando e rindo entre amigos, parados em uma mesa. Eu gostava daquele clima. Mesmo depois de todo aquele tempo, da minha gravidez, a morte de Jazz, a quase morte de Alice, o sofrimento de Bella, Edward e Emmett... Ainda assim, éramos apenas seis melhores amigos que tinham poder de conquistar o mundo todo enquanto estivéssemos juntos. E passamos um bom tempo daquele jeito.

–Tudo bem, eu e Bella temos uma notícia para vocês – sorriu Edward.

–Hm... Boas novas? – sorriu Emmett.

Alice se ajeitou na cadeira e me pareceu nervosa, não prestei muita atenção porque agora Bella e Edward trocaram um olhar cumplice e deram as mãos por cima da mesa. Bella estava, realmente, com a mão em sua barriga?

–Vocês vão ganhar mais um sobrinho – Bella disse emocionada.

Eu fiquei em júbilo. Mais do que feliz com a notícia da gravidez dela. Emmett vibrou e então levantou, fui logo atrás. Ele abraçou Bella enquanto os dois choravam emocionados e eu abracei Edward muito forte.

–Parabéns papaaaaaaai. Vocês serão incríveis, só pelo jeito que tratam meu filho eu já sei que vai ser maravilhoso como pai, irmão – eu sorri.

–Muito obrigada Rose, de verdade – ele falou rindo, mas a água em seus olhos era visível.

Jasper pulou em Edward quando eu o soltei e eu comecei a rir. Emmett ainda não soltara Bella e foi quando eu olhei para Alice que eu percebi que nem tudo estava tão legal assim. Ela estava vermelha e o maxilar travado.

–Lice? – perguntou Edward confuso quando soltou Jazz

Bella e Emm se soltaram limpando as lágrimas e agora nós cinco encarávamos uma Alice irada.

–Vocês só podem estar zoando com a porra da minha cara, não é? – perguntou Alice se levantando e pegando sua bolsa.

Ela pegou sua carteira e nós todos a encarávamos incrédulos, todos em choque.

–Primeiro é Rose, engravida quando eu fico noiva. A notícia não tem nem comparação. Agora vocês vem com essa bem na época do meu casamento – ela jogou uma nota de cinquenta dólares na mesa – Caramba, me deixa curtir um momento sozinha. Eu posso? Posso brilhar só um pouco sem ser ofuscada? – ela jogou a carteira na bolsa – Que merda – e saiu batendo os pés.

Jasper ficou fulo, ia atrás dela, mas Bella segurou seu braço.

–Por favor, Jazz, por mim, não faça isso tá? – ela suspirou, toda sua felicidade tinha fugido dos olhos – Ela tem razão, era o momento dela, podíamos ter esperado um pouco.

–Bella, é uma gravidez, não uma doença. Alice está sendo ridícula – Edward compartilhava do sentimento de Jasper.

–Não está. Ela mentiu? – Bella dissera – Não fala nada, Jazz. Só leve-a para casa. Tentarei conversar com ela depois – Bella sorriu.

Ele assentiu pouco satisfeito.

–Estou fazendo isso por você, bolota – Jazz disse dando um beijo na testa dela. Bella sorriu para o apelido recém-inventado – Estou muito feliz, de verdade. Parabéns, você será uma mãe incrível – ele sorriu.

Saiu do pub depois de um rápido tchau e então ficamos somente nós quatro no pub, ainda bebendo e comendo. Edward parecia inabalável, mas eu sabia o quão importante éramos uma na vida da outra, imaginei se fosse comigo e então abracei Bella que sorriu tristonha.

–Tem que ficar feliz, Bellinha. Você vai ser mãe e é uma das coisas mais maravilhosas que existe, ela acabará se derretendo. Pode dar o bebê para ser afilhado dela, juro que não fico chateada – falei com a intenção de fazê-la rir e funcionou.

O rosto dela melhorou e a noite foi mais agradável. Era madrugada quando voltamos para casa.

.

PDV ALICE

Quatro dias depois

Cheguei ao restaurante em que eu costumava jantar quando eu sabia que não daria tempo de chegar ao trabalho se passasse em casa, e qual foi minha surpresa em encontrar, na minha mesa de costume, Isabella Swan sentada com toda a sua beleza de gestante.

Eu a amava, muito. Mas eu realmente me senti traída ao saber que ela estava grávida, não que não tivesse ficado feliz, mas eu queria aproveitar um momento meu. Era o meu casamento e eu queria, realmente, que fosse um grande acontecimento.

Ela sorriu para mim quando me viu chegando então respirei fundo e mesmo que, meio contra a minha vontade, andei até onde ela estava sentada.

–Boa tarde, Isabella – sorri cordial.

Ela sorriu docemente, deveria estar sentimental por conta da gravidez já que eu podia ver seus olhos cheios de lágrimas pelo modo como a tratei.

–Oi Lice, eu guardei a mesa para você. Jazz disse que você viria para cá hoje – ela sorriu – Sente-se.

Muito abuso dela de vir no meu restaurante e me convidar para me sentar na minha mesa. Além do mais, ela disse Jasper? Sério? Aquele traidor de uma figa.

Sentei mais por educação do que por vontade, ou era disso que eu tentava me convencer. Ela deveria estar de folga devido à roupa que usava e, diga-se de passagem, a garota estava muito bem vestida. Suspirei a encarando e não queria dizer nada.

–Fala comigo, por favor – ela disse deixando a mascara de tranquilidade cair – Pode gritar, fazer o maior escândalo, eu não ligo. Juro. Qualquer coisa vai ser melhor do que enfrentar esse seu silêncio insuportável. Você é a minha irmã e eu preciso que você esteja feliz para eu estar também – ela disse e senti meus olhos queimarem.

Pigarreei e resolvi falar com ela. Afinal, ela estava grávida, e ainda era a minha irmã.

–Eu estou chateada, Bella. Rose ficou grávida quando eu noivei, agora você quando eu vou casar. Cada uma tem que esperar a sua vez – falei com biquinho e ela riu.

–Juro que estávamos nos cuidando, nem sei te dizer ao certo como isso aconteceu, mas aconteceu e eu estou, realmente, muito feliz, Lice. Muito feliz – ela sorriu – Edward está ainda mais protetor, ele nem queria que eu viesse falar com você, ele também se chateou muito com o que fez, mas eu não. Compreendi-te e da mesma forma, quero que me compreenda agora Allie. Não escolhi isso, mas isso me escolheu. E estou tão feliz, fica feliz comigo, irmã – pediu chorando.

Eu comecei a chorar também. Diabos, como eu poderia odiar aquela garota, que nem quando eu quero que ela me odeie, ela não me odeia?

–É claro que eu estou feliz né, vou ser tia de verdade agora – eu ri.

–Você já era, sua boba – Bella sorriu

–Não, mas agora é sangue do meu sangue, agora sim é filho do meu irmão, do meu único irmão... Eu não estou triste. Estou muito feliz, na verdade, e isso me deixa ainda mais irritada – falei e rimos juntas.

Levantei e ela me abraçou forte. Que se dane, okay? Meu casamento ia ser incrível de qualquer jeito e imaginar Bella barriguda no altar, fez eu me sentir ainda melhor sobre isso.

–Pensei que a minha madrinha matrimonial fosse realmente me odiar agora – ela disse com biquinho.

–Não né gata, nem consigo – bufei.

E assim, passamos um bom tempo conversando sobre a gravidez dela e meu casamento. Ela ria alto enquanto me fazia rir da mesma maneira e, mesmo não tendo as atenções apenas para meu casamento e eu mesma, não creio que poderia me chatear tanto por dividir as atenções com ela. Ou melhor, com eles.

.

PDV BELLA

Uma semana depois

Reunimo-nos para almoçar na casa de Rose em um sábado que parecia com outro qualquer. Alice aceitou a gravidez e Edward aceitou as desculpas dela então, estávamos nas boas de novo. Deitamos Lice, Rose e eu na antiga cama que compartilhávamos e deu uma nostalgia estranha ao pensar quanto tempo se passou e quanta coisa aconteceu desde que dormimos juntas naquela cama pela última vez.

–Tive uma ideia brilhante ontem, durante o banho – Alice anunciou depois de uma crise de risadas que consistiu em eu e a Alice encarando Rose que se dobrava de rir até que, por fim, rimos com aquela louca.

–Acho que, se teve durante o banho, vai interessar mais a Jazz – falou Rose balançando as sobrancelhas e rimos.

–Não babaca, tem mais a ver com Bella e Edward – ela sorriu de canto.

–Aaaaaa beleza, você estava pensando nas minhas intimidades com o seu irmão, durante o banho? Alice, isso é uma doença – falei zoando com uma cara séria e Rose morreu de rir enquanto Alice revirava os olhos.

–Vocês vão continuar me zoando, ou posso seguir? – perguntou a baixinha se fazendo de irritada.

–Fala logo – Rose disse controlando a risada.

–Tudo bem, – ela sorriu animada de mais para o meu gosto – acho muito justo que, levando em conta que você e Edinho serão papais, vocês se casem ainda esse ano.

–Essa é a ideia? – perguntou Rose com a cara entediada.

Elas começaram uma conversa, meio discussão, enquanto eu me imaginava indo para o altar, barriguda, e Edward lindo ali, me esperando, para tornar legal o que tínhamos. Rose discutia dizendo que um casamento precisaria de muitos planejamentos e blábláblá.

–Eu acho legal – sorri.

–Chuuuuuupa, loira – Alice zoou.

–Bella, para e pensa. Tem que escolher o vestido, o lugar, o Buffet, a lista de convidados... – Rose começou a enumerar.

–Por isso é perfeito Rose, todos estarão em Forks para o casamento de Alice e Jasper. Nós seis estaremos de férias... É mais que perfeito. O pessoal da Itália estará lá também e a galera de New York vai com a gente. Eu não quero grande coisa, da para fazer algo maravilhoso lá no jardim da casa dos nossos pais – falei maravilhada com a ideia.

Alice sorriu olhando para o nada e levantou pegando um caderno e o notebook.

–É só pensarmos juntas, podemos planejar um casamento com as nossas mentes, o meu já está tudo certo. Vou mandar meus convites na semana que vem e o da Bella a gente envia, estourando, no começo do próximo mês – ela disse animada.

–Esqueceram-se apenas de um pequeno detalhe – Rose disse sarcástica.

–Dinheiro não é problema Rose. Minha conta conjunta com Edward, a que abrimos no ano passado, está com um bom dinheiro aplicado – sorri sabendo que dinheiro, ainda bem, não era mais problema.

–Não amor meu, o noivo – ela sorriu.

–EEEEEEEEEEEEEEEEDWARD – gritei sem nem pensar.

Ele fez um tempo recorde chegando ao quarto em sete segundos e poucos milésimos, parou na minha frente colocando a mão na minha testa e a outra na minha barriga.

–Ta doen...

–Vida, calma. Eu estou bem – sorri

–Então para que gritar dessa forma, vida minha? – ele perguntou

–Simples, meu amor, tenho uma proposta para você.

–Qual? – perguntou encarando a nós três, desconfiado.

–Vamos nos casar em Agosto?

Ele ficou me encarando e foi quando Jasper, Emm e Henri entraram no quarto. Edward mantinha seu rosto numa máscara calculista enquanto o fiz sentar-se ao meu lado. Henri correu para o meu lado.

–Que foi dinda Bebella? O bebê chutou muito forte? – perguntou sentando-se no colo de sua mãe.

–Não, príncipe, o bebê é muito bonzinho igual você era quando estava na barriga da sua mamãe – sorri acariciando seu cabelo tão loiro que a raiz chegava a ser quase branca.

–Então por que gritou, Chita? – perguntou Jasper

Revirei os olhos para meu cunhadinho.

–Bella e Edward vão se casar em agosto também, amor – pulou Alice na frente dele comemorando.

–Vai entender essa mulher, primeiro dá o maior show dizendo que quer as atenções para ela, agora está planejando o casamento deles para o mesmo mês que o dela – bufou Emm nos fazendo rir.

Era meio inimaginável, mas nós sete – oito agora, com meu bebê – na cama, meio deitados e embolados um no outro.

–Você consegue fazer, em dois meses, o casamento dos seus sonhos? – perguntou Edward sério.

–Com certeza – falei sorrindo muito grande para que ele tivesse certeza que eu tinha certeza.

–Então, raios. Mas é claro que sim – falou feliz – Ai meu Deus, nós vamos nos casar – comemorou e me beijou docemente.

–AAAAAAAAAAAAAAAA CARA, EU SOU MADRINHA – comemorou Lice – UHUL, VOU PLANEJAR ESSA PORRA TODA SOZINHA – ela pulava e Henri olhou para Rose e Emm.

–Henri também pode falar “porra”? – perguntou

–Não – Emmett disse sério – Alice, peça desculpas pela palavra horrível que você disse e bata em sua boca três vezes – ordenou tentando mostrar para Henri que era uma coisa muito feia mesmo.

Ela fez sem nem ligar.

–Para o seu vestido... – ela me olhava sorrindo – Edward e companhia, vazem!

–Calma aí, duende. Em primeiro lugar, qual é a data? – perguntou curioso

–Treze de Agosto – falei rápido

–Dia treze, Bells? É uma terça – disse Jasper fazendo a conta porque ele e Alice tinham marcado para dia nove o deles.

–Bom, dia nove não pode ser. Óbvio, estarei completando quatro anos de namoro nessa data e já estaremos comemorando muito. Dia treze parece sonoro aos meus ouvidos e da uns dias para descansarmos sem que vocês tenham que adiar muito a lua de mel – falei sorrindo.

–Então dia treze – concordou Edward.

–Só eu estou achando absurdo ter que planejar um casamento em menos de dois meses? – perguntou Rose

–Sim – respondemos todos juntos.

Alice foi para minha casa desenhar o meu vestido, Emmett ligou para nossos pais contando a novidade e tendo certeza que estaria tudo bem se fizéssemos a cerimônia e a festa lá no jardim conjugado, Rose e Jazz viam os buffets que conhecíamos, pela internet, e que ficavam aos arredores de Forks.

Quem liga que iria ser corrido? Quem liga que iria ser simples? Edward estava escrevendo no caderno - com aquela letra horrível, diga-se de passagem - nossa lista que concordamos não passar de cem pessoas.

–Para que mais, né amor? – ele dissera

–Só família e os mais chegados.

–É perfeito – ele sorriu.

E começamos a fazer. A lista final mesmo, sem convidar ninguém por educação, deu 73 pessoas, mas aí tivemos que colocar algumas pessoas que nos conhecem desde neném e tal. Tínhamos cento e vinte pessoas.

–Quantas? – Rose perguntou nos olhando

–Cento e trinta, só para não dar nada errado – Edward disse.

–Então Buffet, tá sendo tranquilo até. O Buffet do meu casamento é muito bom, foram nossas mães que recomendaram. Pode ser? – perguntou Jazz

–Sim, claro – falei de pronto.

–Legal, vamos experimentar as coisas uma semana antes do casamento então espero mesmo que seja bom – ele sorriu – Vão querer jantar...

E então aquela conversa chata que ninguém quer saber. Deixei Edward cuidar da comida e puxei Rose para o meu apartamento porque o que mais interessava estava ali, o vestido.

.

PDV ROSALIE

Um mês depois

Nunca pensei que dois casamentos tão diferentes poderiam ser planejados tão simultaneamente como esses dois foram. Nem pensei que poderiam ficar tão perfeitos, mas dava. Edward e Bella escolheram todos os detalhes juntos do casamento enquanto Lice escolheu a grande maioria do dela com alguma ajuda de Jazz, mas era assim que funcionava para cada um deles.

Para o de Alice, teríamos um “lual de ensaio” na noite que precedia o casamento, já Bella optou por não fazer nada. Ela queria mesmo é cuidar das flores e cada coisa do casamento. Para Lice e Jazz, eles convidaram um cara do cartório lá e Seu Lorenzo/Dona Claire para fazerem uma cerimônia curta e claro que os dois últimos amaram a notícia. Bella e Edward quiseram convidar o pai de Ângela para fazer o casamento deles. No jardim das nossas casas o casamento ficaria divino do mesmo jeito que ficaria maravilhoso naquela praia de La Push e eu estava amando planejar tudo com eles, estar com eles e tudo mais.

Para padrinhos, Bella e Edward quiseram apenas nós quatro. E Alice e Jazz teriam uma manada com eles ali no altar. Mas tudo ficaria perfeito. Eu sabia que sim.

Bella estava com a saliência naquela barriga - de quinze, quase dezesseis semanas - que já fora chapada e eu quase senti saudades de quando era eu, mas não sei. Creio que tinha passado poucas e boas na minha gravidez e não pretendia ter mais filhos. O assunto foi discutido anteriormente e acabou exatamente nisso, uma discussão.

Emmett é claro, queria ter uma manada de filhos, mas qual é? Já tínhamos Henri e ele era lindo e perfeito e já estava bom. Ele discordava e não entramos em consenso algum.

Voltando aos casamentos. Tivemos - direto da Itália - a visita ilustre da estilista mais linda do continente europeu. Camilla Betoni e com ela, vieram os dois vestidos semiprontos. Ambos foram guardados em minha casa de forma que me tornaram a guardiã deles e eu amava, óbvio. Jazz estava mais curioso que Edward para ver o vestido, mas nenhum conseguiu. Os preparativos estavam a mil, para tudo estar perfeito nos dias das minhas garotas e eu não poderia estar mais ansiosa.

Henri abraçou minhas pernas assim que entrei em casa e sorri para ele. Emm estava no sofá, os dois de pijama e Emmett com o prato de comida amassada que, com certeza, ele estava dando para Henri.

–Oi príncipe da mamãe – sorri abaixando e deixando a minha bolsa de lado.

–Ooooi mamãe – ele sorriu.

Peguei-o no colo enchendo-o de beijos e então dei um beijo casto no meu marido. Nunca iria cansar de chamar ele assim, ou pensar nele assim, ou qualquer coisa que tenha a ver com Emmett e a palavra “marido”.

–Agora vem bebê dragão, o papai quer ver você comer tudo isso para crescer e ficar lindo e forte que nem eu – disse Emmett e Henri sorriu.

–Já to quase né, papai – disse Henri animado sentando-se na frente de Emm.

–Quaaase – Emm concordou.

Eu ri pegando a minha bolsa, fui até o quarto e coloquei-a em cima da cama. Tirei o sapato e prendi meu cabelo em um coque mal feito e preso com ele mesmo, ia começar a me trocar.

–ROSE – Edward gritou da sala, logo depois de eu ouvir a porta bater.

Corri até lá e ele já estava vindo até mim.

–Fala Eddie – pedi preocupada.

–Ela está no trabalho, disse que comeu faz uma meia hora e já vomitou a janta, almoço, café-da-manhã do mês inteiro. A supervisora dela, já a dispensou... Eu a levo no médico? É preocupante Rose? Vem comigo. Por favor, seja sincera – ele dizia – Vamos! Emm, eu já a trago de volta, só um minuto – ele dizia enquanto me puxava. Sorte que eu estava de crocs.

–Relaxa mano, manda notícias da Bebella – pediu

Antes de fechar a porta pude ouvir Henri perguntando a Emm qual era o problema com a dinda, mas não pude ouvir a resposta porque já estava no estacionamento. Creio que nunca desci aquelas escadas tão rápido.

–Edward, calma. Me da às chaves – pedi e ele nem reclamou.

Abri as portas e ele sentou-se no passageiro passando a mão no cabelo que ficava cada vez mais desgrenhado.

–Rose, é normal?

–Claro que é, Eddie. Calma – sorri indo para o aeroporto – Eu tive sorte por quase nem vomitar na gravidez de Henri. Mas ela está quase de quatro meses e essa fase já está passando. Relaxa...

–Não precisaremos de um médico então? – perguntou.

–Não – eu ri – Precisaremos de chá matte, algumas torradinhas e, na pior das hipóteses, soro caseiro – falei com certeza.

Chegamos ao aeroporto em dez minutos. Edward desceu do carro em um átimo, e voltou com Bella, a bolsa dela nos ombros e um pacote do Mc Donald’s na mão que não estava entrelaçada com a dela. Eu ri.

–Oi cunhadirmã linda – sorriu Bella, estava pálida, mas não muito.

–Oi alarme falso – sorri

–Passei mal hein gata?! Não me contou da parte feia da gravidez – ela riu.

Edward sentou ali atrás com ela. Ele acariciava sua barriga, arrumou a franja dela atrás da orelha e beijou seu rosto delicadamente enquanto eu os observava pelo retrovisor, eles eram tão lindos.

PDV EDWARD

–Qual é a da sacola do Mc? – perguntou Rose rindo.

–Cara, estava passando muito mal. Aí, fui comprar um trident para falar com a minha supervisora, passei no Mc e aquele cheiro... – ela sorriu – Não resisti.

–Já sentiu vontade de comer carne? – perguntou Rose virando a esquina do nosso prédio já chegando ao estacionamento.

–Eca Rose, não mesmo. Comprei batata frita, um combo pro meu noivo e cheddar sem carne – explicou. Nunca vou superar o quão engraçada fica o rosto do atendente quando eu peço um cheddar sem carne – falou rindo e acompanhei-a.

Era louca, mas era minha. Minha irmãzinha, minha melhor amiga, minha amante, minha namorada, minha noiva, minha mulher... Era minha Bella.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Nossa Bebella grávida, que amoooooor. E eles vão casar, e Licinha e Jazz também. Ed todo apaixonado e cuidadoso... Gente, e ai? Tudo lindo, né? Rose, Emm e Henri como família ai caras. Espero que tenham gostado.
Até logo, eu espero. Mas me esperem, por favorzinho. Obrigada as que estão aqui até agora.
Um beijo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "happily ever after. (primeira versão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.