happily ever after. (primeira versão) escrita por unalternagi


Capítulo 35
Capítulo 35 - Não diria que está acabado


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, como vocês vão nesse começo de noite em SP?
Acabei de acabar o capítulo. Revisei rapidinho e corri aqui para postar. Está bom, pelo menos eu acho. Espero não ter pulado tempo de mais e espero que gostem.
GRANDE SURPRESA e fortes emoções e então, preparem os lencinhos.
Espero que gostem, deixem suas opiniões nos reviews, por favor.
CAPÍTULO DEDICADO a QUEEN LESS que indicou a fic, muito obrigada amor, por sempre comentar e pela a indicação adorável. Espero que adore o capítulo. Estarei esperando seu review ansiosamente :D
Sem mais delongas, espero que gostem.
Boa Leitura!



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Cap. 35 – Não diria que está acabado

PDV JASPER

Acordamos no dia seguinte mais do que animados e a caminhada começou. Íamos conversando sobre tudo e minha mente melhorara bastante, ainda me dava um pouco de dor de cabeça, mas eu estava motivado, eu tinha que voltar.

-Não é possível, o rio não acaba – disse Josh parando para pegar um ar.

-Tem que ter um fim – murmurei.

-Hey, e se estivermos indo pelo lado errado? – perguntou Cabe sorrindo

-Como assim?

-Cara, se andamos tudo isso e não teve fim, vamos pelo outro lado – sugeriu Cabel

-Ah tá, ai sim que nunca vamos chegar – bufou Josh.

-E vai ser muito diferente do que estamos fazendo agora? – perguntei retoricamente

-Querem mesmo voltar? – perguntou Josh desacreditado.

-Antes estávamos lentos, eu quebrei a perna, ficamos um bom tempo parados, Jazz estava chato, mas agora? Diabos, podemos fazer isso em uns quinze dias... Sei lá – sorriu Cabe animado

-Então vamos – levantei animado

-Vamos – concordou Josh

E voltamos, não sei quanto tempo a gente caminharia, mas meu coração clamava loucamente por Alice e eu precisava voltar. Nem que demorasse cinco anos, eu voltaria e ela estaria me esperando, eu sei que sim.

.

PDV ALICE

Um mês depois

Estava chegando ao fim do meu intercambio, já era o meio de Agosto e eu estava curiosa para ver o que viria a seguir. Chegaria para o aniversário de Bella, ainda bem. Passar o aniversário de Emm, Ed, Rose e... Jazz, foi difícil com eles tão longe, mas Bella era a isolada, lembro que zoávamos horrores com ela dizendo que o aniversario dela era o mais longe e, criança é besta, nós ríamos bastante dela, tadinha.

Estacionei na frente da casa de Bobby, estava com a picape dele porque tinha passado o dia com Camilla e havia acabado de deixa-la no apartamento de Matteo. Disquei o número de Bobby, ele atendeu no segundo toque.

-Oi Lice – atendeu sério e achei estranho

-Oi Bobby, estou aqui em baixo – avisei.

-Ah sim, estou descendo – e desligamos.

Franzi o cenho confusa, mas o esperei pacientemente. Ele desceu de bermuda, boné, camiseta e chinelo.

-Oi – sorri

-Ta bem baixinha? – perguntou

-Uhum... E você? – perguntei mais do que apenas por cortesia

Ele assentiu e entrou no motorista, íamos para a casa de Claire e Lorenzo, almoçaríamos com eles e depois ele me levaria para a faculdade, dormiria na casa de Gi. Fomos quase o caminho todo em silêncio, mas era muito estranho.

-Bobby, aconteceu alguma coisa? – perguntei

-Não...

-Fala, sou sua amiga – pedi o olhando e ele suspirou.

-Lice, isso está me matando, mas eu amo muito a Gi cara – falou.

-Não entendo – falei com medo

-Ela está com ciúme de nós dois juntos, disse que não me quer mais para cima e para baixo com você e... Eu sei que ela tem razão – ele suspirou

Meu coração se apertou, eu amava tanto Bobby, ele me fazia tão bem. Lágrimas escorreram pelo meu rosto e eu tentei não o deixar ver. Pigarreei e percebi que o afetava muito, não podia fazer isso, não queria que ele tivesse que abrir mão de coisas por mim. Nunca.

-Para o carro – pedi rouca

Ele ficou surpreso e parou.

-Tudo bem, eu te falo o dia que for embarcar e acho que essa é a nossa despedida final. Então seja feliz, tudo de bom. Obrigada por tudo! Mesmo – falei sincera

Dei um rápido abraço nele e desci do carro com minha bolsa, coloquei o óculos de sol vendo o pôr-do-sol e corri para a casa de Claire e Lorenzo agradecendo aos céus por estar de sapatilha, Bobby não veio atrás de mim e agradeci. Engoli o choro ao me aproximar da casa de Claire e Lorenzo e, ao chegar lá, estava 100%. Coloquei o óculos na cabeça prendendo o cabelo e toquei a campainha.

-Lice – comemorou Claire

-Tudo bem? – sorri

-Sim minha querida, e você? Que carinha de choro é essa? – perguntou

-Nada de mais vó, umas bobagens. Estou morta de fome – sorri sabendo que a distrairia, e deu certo.

-É bom mesmo, fiz uma panela enorme de canja pensando que o menino Bobby viria com você - contou e entramos encontrando seu Lorenzo.

Comemos enquanto conversávamos e liguei para Tato que veio jantar aqui e me levaria até o Campus da faculdade. Ao fim do jantar, ajudei Claire com a louça e depois eu e Tato fomos buscar Tina em casa e voltávamos para a faculdade, a deles era perto da minha.

-Que que aconteceu com Bobbyloide? – perguntou Tina ao nos cumprimentar

-Acredita que aquele porra está deixando a porra da namorada dele controla-lo. Ela disse para ele que Lice e ele estavam muito juntos. Bobby é um idiota mesmo – bufou Tato ainda irritado

-Gente, ela tem razão. Não vou tirar a razão dela – falei sincera

-AI QUE PUTA. NÃO VAI TIRAR A RAZÃO DELA MEU PINTO. AI QUE RIDICULA ESSA MENINA – disse Tina acompanhando o namorado e eles passaram o resto da viagem me consolando

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-Lice? - chamou a voz assim que eu atendi

-Quem é? – perguntei confusa, tinha acabado de fazer uma prova e estava com a cabeça sem noção alguma.

-Como quem? Bobby! – falou

-Ah, oi – falei sem animação.

-Pode sair da faculdade agora? – perguntou

-Posso, mas por que faria isso?

-Porque estou aqui fora te esperando – disse

Ri em escarnio

-Desculpa, mas sou eu Alice, não a Gi – falei grossa mesmo.

-Para boba, vem logo vai – pediu.

-Bobby, eu estou indo para a biblioteca. Agora não vai dar está bem? – falei sem vontade alguma

-Ok Alice – disse

-Então está bem Bobby, tchau – desliguei sem esperar resposta.

Fiquei pelo que pareceram uns vinte minutos na biblioteca e logo aparece um buquê de rosas na minha frente e não precisei virar para ver quem era.

-Como entrou? – perguntei

-Pedi para o porteiro, falei que você estava passando mal e não conseguia nem chegar ao seu quarto – ele riu.

Bobby me olhava com os olhos divertidos e quis bater nele. Peguei as flores e meus livros, joguei a bolsa no ombro e fui embora batendo os pés. Ele me seguiu até lá fora e me virou para ele quando nos afastamos da biblioteca.

-Era brincadeira – disse simplesmente

-O que... – comecei e ele me cortou

-É agosto, foi a primeira vez que nos falamos pelo telefone. Viramos amigos de verdade e tal. Um pouco antes do aniversário de Bella, você não lembra? – ele riu

-Não...

-A Gi quer me matar, a Tina ligou ontem para ela e eu não acredito que você se fez de vitima – ele falou me zoando.

-Bobby, eu não entendi nada...

-Acha mesmo que ela estaria com ciúme de você? Deus Allie, a Gi te ama mais do que me ama eu acho – ele riu – E mesmo que não, você é a minha irmãzinha, eu só queria te zoar um pouco, mas você levou mesmo a sério. Era a minha surpresa. FELIZ ANIVERSÁRIO DE AMIZADE – ele disse e eu gargalhei alto

-Só você mesmo... – disse chorando um pouco

E nos abraçamos, percebi que na verdade. Talvez, só talvez, ele estava me distraindo e me mostrando o quanto me amava e quanta falta eu faria. Eu podia sentir no meu coração a falta que esse retardado me faria também então o abracei fortemente.

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PDV EDWARD

Saímos da faculdade apressados, Rose tinha ido para o hospital com Henri de carro e Emmett corria para lá enquanto eu e Bella tínhamos vinte minutos para estar saindo de casa de bike prontos para o trabalho. Não tinha nada de errado com Henri, apenas uma consulta de rotina, mas Emmett não gostava de perder nada relacionado a ele.

-Qualquer coisa avisa Emm, por favor – pediu Bella subindo na garupa.

-Pode deixar gente, bom trabalho – ele sorriu.

-Tchau Emm – sorri de volta e fomos por caminhos opostos.

Chegamos em casa em dez minutos e eu ofegando. Subimos correndo, fui para o banheiro tomar um rápido banho, Bella foi apenas se trocar. Ela entrou no banheiro com o estojo gordo de maquiagem na mesma hora que eu saia com a toalha enrolada na cintura. Passei dando um beijo no cabelo dela que sorriu grande para mim. Fui para o quarto me trocando e voltei ao banheiro.

-Amor, arruma meu cabelo – pedi, eu sempre perdia a paciência quando tentava.

Ela sorriu pegando o gel, me sentei na privada e ela penteou rapidamente. Sorri e demos um selinho, olhando no relógio constatamos que faltavam apenas quinze minutos para termos que bater o cartão e então ela colocou o sapato e fiquei admirando-a por um minuto. Os olhos estavam com uma fina camada preta em cima e os cílios enormes, sua boca estava com um batom alaranjado e o cabelo solto, completamente linda.

-Você é linda – sorri

-Você é mais – ela rebateu – Mas nós estamos atrasados – ela riu

-Vamos

Saímos de casa, ela pegou o cinto com coisas de maquiagem e eu coloquei o suéter, corremos escada abaixo de mãos dadas e rindo que nem idiotas. Passamos na portaria dando um rápido “oi” à Marcus que desejou um bom trabalho e sorrimos. Na bike eu cortava caminho e pedalava rápido, grande bosta ter tomado banho. Chegamos faltando três minutos

-Seu cabelo desmanchou – ela murmurou e eu ri

-Quando não desmancha? – perguntei irônico

Entravamos com as mãos entrelaçadas pelo aeroporto. Ela parou perto da Dutfry e sacou um pente do cinto, penteou meu cabelo novamente e me deu um beijo na ponta do nariz.

-Bem melhor – sorriu

-Eu amo você, bom trabalho, linda – disse abraçando-a pela cintura.

-Amo você também, bom trabalho amor – sorriu.

Depois de um beijo casto ela correu para dentro e eu para a American Airlines batendo o cartão dois minutos depois do horário, mas sorri. Não tinha sido tão ruim assim.

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Ao terminar de ler o e-mail, sentia-me pasmo. Olhei mais uma vez para cima. Era um saco esperar Bella porque ela sempre ficava mais do que o esperado. Minha carga horária acabara a três horas e já fazia dez minutos que eu estava sentado no banco do lado de fora da Dutfry esperando-a, o e-mail era do hospital, tinham agendado uma entrevista para mim e eu não podia estar mais animado.

Bella saiu de lá de dentro e me deu um meio sorriso, podia ver que ela estava muito vermelha e pelo sorriso falso que me mandou eu tinha certeza que algo tinha a deixado extremamente irritada.

-Oi – sorri levantando e ela me abraçou

-Vamos para casa, estou morta.

-Deus que me livre mulher, espero que isso nunca aconteça – brinquei e ela sorriu, agora o meu sorriso – Bem melhor amor, é esse sorriso que eu quero receber.

Fomos abraçados para fora do aeroporto conversando amenidades. Ela me contou que a cliente havia a tratado mal e por isso estava a irritada e, para melhorar seu humor, eu contava para ela sobre Henri e que o médico gostara de ver que ele era bem forte e já estava quase engatinhando, falou que ele estava ótimo.

-Lembra quando ele sentou a primeira vez? – sorriu Bella

-Nunca nos vi tão imbecis

Entramos no carro, era ruim para mim vir à 1hr da manhã buscar Bella de bicicleta e como Emm e Rose nunca usavam o carro essa hora eu sempre vinha de carro. Bella entrou recostando no carro e tirou o cinto de maquiagens colocando no banco de trás. Colocou o cinto deitou no banco me encarando.

-Quer me dizer alguma coisa? – perguntou sorrindo

-Como assim?

-Seus olhos estão brilhando muito amor, você tem alguma boa notícia para mim – ela falou com certeza e sorri grande.

-Lembra que mandei meu currículo para o hospital? – perguntei como quem não quer nada, mas ela gritou.

-AMOR ELES TE CHAMARAM – me abraçou forte e tentei devolver da melhor forma que não comprometesse nossa segurança na estrada

-Isso não é ótimo?

-Deus Edward, é claro que é meu amor, eu estou tão orgulhosa – sorriu.

-A primeira entrevista será hoje às 16hrs... Espero passar para a segunda parte – falei ansioso

-Claro que vai amor – sorri acariciando meus cabelos - Estou muito orgulhosa – repetiu e sorri para ela roubando-lhe um beijo quando paramos em um sinal vermelho.

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Mais duas semanas depois

PDV BOBBY

Saí de casa bufando, eu estava mais do que magoado, estava arrasado, era semelhante ao que eu senti ao ver Bella e Emmett indo embora, mas com Alice agora parecia ainda pior, porque eu sabia que ela ainda não tinha superado Jazz, que ainda sofria muito por isso e eu queria estar ao seu lado, mas tentava me convencer de que Rose, Emm, Bella, Ed e o pequeno Henri também fariam um bom trabalho. Cheguei na casa de Claire e Lorenzo e desci do carro indo bater na porta.

A baixinha sorriu grande para mim me agradecendo e apenas sorri balançando a cabeça dizendo que não era nada. Ela se despediu de Claire e Lorenzo agradecendo por tudo e dizendo que tentaria voltar para o natal, meu coração se aqueceu com a informação.

-Deus Alice, espero que saiba que está acabando com a minha sanidade mental. Eu odeio perder meus irmãos – falei com um bico e ela gargalhou

-Não vai me perder Bobby, mas minhas férias acabaram e estou pronta para ir em frente. Vou voltar logo, prometo – sorriu.

A abracei, novamente, e seguimos para a casa de Tato que queria se despedir dela. Eram 8hrs da manhã e só Alice faria nós levantarmos essa hora. Seu vôo partiria de Milão às 11hrs. Suas malas já estavam muito bem guardadas na caminhonete desde a noite de ontem.

Ao chegar no apartamento de Tato, qual não foi minha surpresa de encontrar nossos amigos lá. Até aquele amigo gay de Camilla e Alice estava aqui, qual era o nome dele mesmo? Paolo?

-Gente – ela chorou emocionada

Ela foi passando de abraço em abraço, ficamos a próxima hora acomodados na casa de Tato enquanto conversávamos com ela e gargalhávamos. Gi me abraçou sabendo o quão triste eu estava e beijei o cabelo dela.

-Vou sentir muita falta dela – sorriu tristonha

-Nem me fale amor, é como se eu estivesse me despedindo de Bia ou Bella. Essas três são as minhas irmãs – falei com beicinho e ela me deu um selinho.

Alice olhou no relógio e se espantou. Ela levantou no sofá e todos ficamos quietos quando ela subiu no sofá dizendo que queria fazer um discurso, a baixinha gostava da atenção e sorri para ela.

-Bom gente, eu quero agradecer a cada um de vocês por tudo o que fizeram para mim, foram meus amigos no momento que eu mais precisei e eu nunca vou esquecer disso. Todos sabem a falta que Jasper me faz e me ajudaram muito. Vou voltar para NY com a cabeça erguida por cada pequena coisa que me fizeram sentir, eu sei que sou suficiente, e por mais que eu o ame, não posso me matar por ele não estar mais comigo – algumas lágrimas escaparam e ela limpou-as rápido – Obrigada do fundo do meu coração, eu amo todos vocês – e então desceu do sofá

Ela girou pela sala de abraço em abraço e quando chegou em Gi a abraçou forte e as duas choraram o que me surpreendeu porque a minha namorada não era o tipo de pessoa sentimental, na verdade, eu não sabia nem que existia lágrimas nela.

-Obrigada Gi – disse Alice sorrindo para ela

Tínhamos conversado e Alice pediu que ninguém fosse com ela no aeroporto, todos concordaram, mas meu pau que eu vou deixa-la ir sozinha. Eu fui até NY busca-la e como não posso ir até lá leva-la, pelo menos, faria o trajeto até o aeroporto. Ela se virou para mim e quando ia dizer algo, eu a cortei.

-Vamos? – perguntei

Todos ficaram surpresos e ela ficou séria

-Bobby, você prometeu – disse brava.

-Meu cu vermelho, eu não disse nada. Eles prometeram – falei e ela bufou, Gi sorriu para mim – Filhinha, eu fui até New York te buscar, achou do fundo do seu coração que eu não ia te levar até o aeroporto? Por favor, Alice – eu ri.

Sem nada mais o que fazer, ela concordou e fomos para lá, apenas nós dois. Chegamos em Milão em meia hora e faltava uma hora para o avião decolar. Fomos até o check-in, fizemos, despachamos suas malas e assim que a primeira chamada foi anunciada minha garganta fechou e ela começou a chorar me abraçando.

-Eu te amo Bobby, muito mesmo. Obrigada por tudo, do fundo mais belo do meu coração. Obrigada por estar do meu lado quando eu precisei. Só Deus sabe o quanto você me ajudou, juro que a maior parcela da minha vitória é por sua causa, por estar do meu lado. Obrigada – repetiu e eu chorei

Meu coração apertou e fiz o mesmo com ela em meu abraço, eu havia a visto chorar tanto nesses meses, ela precisava ainda tanto de mim.

-Estarei aqui Lice, quando a barra pesar, quando tudo ficar difícil de mais, lembre-se do seu irmão italiano, me ligue para qualquer coisa. Deus Alice, eu juro que se precisar de algo eu pulo no primeiro avião que aparecer e vou correndo para você. Não me esqueça nunca – pedi

-Nunca Bobby – ela chorou

-Eu também te amo de mais baixinha, volta logo – sorri com os olhos inchados e ela riu.

-Eu volto.

Ela deu um sorriso lindo e um aceno, mas antes dela entrar no portão de embarque lembrei-me dos cortes e corri gritando.

-LICE

Ela se virou assustada e peguei seu braço esquerdo que tinha um monte de fitinhas e pulseiras escondendo-os

-Lembre-se do que prometeu – pedi – Nunca mais Alice – falei me referindo aos cortes.

-Vou cumprir minha promessa – sorriu

Beijei sua testa e mais um abraço

-Vai com Deus irmã – sorri

-Fica com ele irmão – disse me dando um soquinho de brincadeira.

E ela se foi. Só fechei os olhos pedindo para Deus cuidar dela, ela merecia ser feliz. Alice era incrível. Me lembrei de quando Bella e Emm se foram e ri, como esses americanos mechem comigo, puta que pariu. Fui para a picape seguindo de volta para Pizzighetone, meus amigos e namorada me esperavam.

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PDV BELLA

Meu celular começou a tocar uma música brega e romântica e eu comecei a rir. Edward ficava trocando os toques do meu celular deixando diferente quando ele ligava. Atendi.

-Oi amor? – sorri

-Paixão, vamos comemorar, você escolhe – ele gargalhou e eu tive certeza que ele conseguira o emprego – Para onde vamos? O céu é o limite! Eu estou tão feliz – contou

-Alguém tem emprego novo

-Bella do céu, eu estou tão feliz. Quero te ver nesse momento, vem me buscar para sairmos – pediu.

-Vou trocar de roupa e estou indo amor

-Te espero

Desliguei em júbilo por ele. Eu amava o ver assim. Coloquei uma calça jeans e uma blusinha bonitinha com um cardigã por cima. Era outono em New York, mas já caminhávamos para o inverno novamente então não estava mais tão calor assim. Resolvi deixar meu cabelo solto e, aproveitando a maquiagem que usei para ir para a faculdade, eu sai de casa com a chave do carro.

Hoje eu não havia trabalhado. Rose e Emm tinham ido à casa de Nate e Nora e eu estava sozinha, até o momento. Alice chegaria no dia seguinte e estávamos animados. Corri pelas ruas de New York parando em frente ao hospital, Edward estava sentado em um banquinho distraído com o celular, bastaram duas buzinadas e então ele sorriu grande para mim.

-Oi vida – sorriu

Sai do carro quando ele fez menção de entrar e sai correndo pulando em seu colo que gargalhou e me deu um beijo de tirar o fôlego.

-Parabéns meu amor, estou muito orgulhosa de você. Muito mesmo. Você mereceu. Eu te amo – sorri acariciando seu cabelo e olhando fundo em seus olhos

Ele me colocou no chão, parecia que o sorriso nunca mais sairia de seu rosto e eu rezava para que nunca saísse mesmo. Ele me abraçou mais uma vez, só de um jeito mais comportado agora.

-Obrigada, eu te amo – sorriu.

Fomos para o carro ele dirigia com uma mão entrelaçada com a minha, o caminho era tranquilo e resolvemos parar em um mercado para comprarmos coisas para fazer picnic no Central Park.

Compramos uma garrafa de vinho bom, alguns salgadinhos e doces e saímos rindo com as mãos entrelaçadas e olhares cúmplices, como era possível eu estar ainda mais apaixonada por ele? Entramos no carro, meu humor era algo invejável nos dias em que eu não trabalhava, e ainda mais no dia que meu amor conseguiu um objetivo traçado já há um tempo e minha irmã/cunhada voltava para nós no dia seguinte.

Sentamos lá usando a camisa xadrez de Edward como toalha e ele ficou apenas com a cinza de gola “v” por baixo. Sim, aquela blusa que eu peguei ao ir para a Itália, a camiseta que eu amava nele. Passamos o fim de tarde mais agradável dos últimos tempos.

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Dia seguinte

Faltei na faculdade, troquei meu horário no trabalho, estava morta de cansada, mas que se foda. Era a sexta-feira mais linda de todas. Alice deveria chegar a qualquer momento e eu estava em seu portão de desembarque esperando Rose e os meninos chegar.

Estamos chegando, acabamos de estacionar Rose mandou e sorri. Pelo horário, Alice também chegava e eu estava sozinha no meio do aeroporto sorri.

Logo várias pessoas começaram a sair do portão e eu só olhava tudo. 15hrs em ponto, era exatamente a hora da estimativa de chegada dela. Olhei para o fim do corredor onde Rose, Emm, Edward e Henri corriam e sorri acenando, eles apertaram o passo sorrindo grande e tudo o que eu consegui ver ao olhar para o mesmo lado que eles, foi um vulto pulando em mim e cai no chão com tudo, mas – novamente – foda-se.

-Bella – chorou

-Lice, que saudades – chorei junto com ela, agarrada a ela.

Edward se juntou ao abraço porque foi o primeiro a chegar e então Emmett e, por último, mas não menos importante, Henri e Rose.

-Ai aleluia, não aguentava mais de saudades de vocês todos. Como eu os amo, não creio que consegui ficar todo esse tempo longe – falou agarrando todos e chorávamos, os seis.

As pessoas passavam e nos encaravam, uma mulher passou com lágrimas nos olhos e chorei mais agarrada a eles. Ficamos daquele jeito pelo que pareceu muito tempo e então, seguimos para a esteira de bagagens. Lice colou com Henri em seu colo e Rose abraçada a ela enquanto eu carregava sua bolsa e Edward um carrinho de bagagens, Emm estava colado com Rose enquanto abraçava Alice também.

Fomos para o carro e Alice implorou para dirigir e deixamos. Eu e Edward fomos embora de bicicleta por conta da cadeirinha de Henri que ocupava muito lugar no banco de trás de nosso carro.

-Ela está aqui – ele sorriu

-É incrível depois desse tempo né?

-Nem me fale – ele riu

-Só falta um, mas não o teremos... Só no nosso coração e acho que é o que resta, ele me faz falta – comentei tristonha.

-Não fala assim amor, daqui a pouco vamos estar completos.

Não entendi o que ele disse e quando perguntei, ele apenas riu dizendo que era apenas um sexto sentido. Deixei passar, depois eu tentaria entende-lo. Chegamos em casa e Alice gargalhava de algo.

-O que foi? – perguntei sorrindo

-Emm e Rose estão tentando me ajudar, estão se sentindo mal por mim – e mais risada.

-Para menina doida – riu Rose

-Por que isso? – perguntou Edward

-É que eu zoei falando que agora eu estava sem cama e o Emm ficou todo sem graça e a Rose disse que se eu quisesse podíamos voltar a mesma coisa de antes com nós morando aqui e vocês no outro – ela riu – Até parece, imagina

-Ia dar um pouco de trabalho... Mas se quiser Lice – falei dando de ombros

-Depois da cara de coco de Emm, e agora com a cara de bunda de Edward, não mesmo. Nunca foi meu plano – ela sorriu

-Ela tá falando igual ao Bobby – falou Edward com a cara horrorizada e eu gargalhei, não era só eu que tinha percebido.

-O que faremos então? – perguntou Rose

-Lice fica com a gente, óbvio – eu falei – Dorme comigo e Edward no corredor, como sempre – disse dando de ombros.

-Por mim tudo bem – disse Edward.

-Não gente, eu fico no corredor... Não mudem nada – ela pediu

-Credo Alice, quem vê pensa que você é tão importante assim – bufou Edward – Dormir juntos, só depois do casamento – ele riu

Era mentira, óbvio, mas tentaríamos deixar ela o mais confortável possível, Tentaríamos não deixa-la sentir-se nem um pouco intrometida. Ela sorriu e nos abraçou dizendo que, sendo assim, tudo bem. Levamos as coisas dela para casa, Rose logo foi para o quarto indo organizar as coisas dela na gaveta, nunca vi mulher para gostar mais de arrumar gaveta do que a doida da Rose.

Seguimo-la e passamos o resto da tarde lá conversando e rindo, matando a saudades. Emm foi à padaria com Edward e compraram tudo o que sabem que Alice mais gosta e, assim, as coisas voltavam aos eixos.

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13 de Setembro

Estava em casa de pernas para o ar, era o meu aniversário, plena sexta-feira e eu tinha programado minha folga e ainda faltei na faculdade só porque eu quis. Estava gostando disso, a minha liberdade e independência, era bom de mais.

Levantei da cama indo para a cozinha encontrando um salgadinho no armário e Coca-Cola na geladeira. Quem se importava que ainda eram 10hrs da manhã? Eu podia fazer o que quisesse no meu aniversário.

Deitei no sofá e o telefone tocou. Fiquei surda falando com a minha mãe e depois meu pai foi fofo e chorei um pouco agradecendo. Como eu os amava... Tia Anne e Esme me ligaram logo em seguida e começou sem parar. Tina, Tato e Gi foram a ligação seguida, logo depois Edward perguntando se estava tudo bem, então meus primos, tias, Carlisle, vovó e vovô, tio John, mais uma vez Edward, Nora e Nate, Vini e Sara... Camilla e Amanda, o resto da Italian Pack, e eu gargalhava cada vez mais.

-Alô?

-Oi filha – minha mãe disse e pude ouvir seu sorriso

-Mamãe, já me ligou – eu ri.

-Eu sei, mas queria saber como está indo com seus dezenove... Muita gente já ligou? – perguntou

-Bastante mãe – falei sorrindo

-Ai, estou atrapalhando né?

-Mamãe, você nunca atrapalha – sorri.

-Ah meu amor, obrigada. Mas sei que tem bastante gente te ligando. Nos falamos depois ok?

-Tudo bem

-Eu amo você meu bebê – ela disse e eu gargalhei

-Amo você também mamãe

Desliguei e fui trocar de roupa. Coloquei uma calça fuzô e uma camiseta de Edward, o cabelo em rabo de cavalo e mais uma ligação.

-Al... – fui interrompida com um barulho de corneta muito alta

-FELIZ ANIVERSÁRIO QUE TUDO ESTEJA AZUL, TU É MUITO GENTE FINA... BACANA PRA CHUCHU – cantou quem? Bobby, claro

Eu gargalhei reconhecendo a música da nova onda do imperador

-Como você é idiota – eu ri

-Feliz aniversário, maninha – ele riu.

-Obrigada Bobbyloide, como você está irmão? – perguntei sorrindo

-Muito bem e você?

-Bem também

-Tudo bem com Lice? – perguntou

E puxamos assuntos diversos, eu adorava falar com ele. Rimos horrores e, ao desligar todos chegaram da faculdade e ficamos aqui em casa, Rose fazia o almoço e assava o bolo. Depois que virou mãe Rosalie aprendera a fazer uns bolos maravilhosos, eu estava amando a fase cozinheira dela. Eram tantas ligações que eu cansei. Estávamos de boa, Emm teve que ir trabalhar e, com muito pesar, Edward também. Alice ainda estava mandando currículos, já tinha feito entrevistas, apenas aguardava resposta e Rose estava no fim de sua licença maternidade.

As duas foram para o outro apartamento e eu estava seguindo-as quando o telefone tocou novamente, eu não entendia. Pelos meus cálculos todos já haviam me ligado. E foi quando o destino resolveu tirar uma com a minha cara. Era o segundo toque e franzi o cenho ao ver que o número, era internacional e não era da Itália.

-Alô? – atendi confusa

-Meu Deus, Bella? – falou a voz e ouvi como se ele chorasse. Era um homem

Minha mente me alertava, eu conhecia aquela voz. E minha garganta se fechou antes que minha mente registrasse quem era. Sentia vontade de chorar pensando e pensando e de repente foi como um clique, mas parecia impossível. Eu desabei nessa hora comecei a chorar e soluçar, era Deus, um milagre divino havia acontecido, eu mal podia acreditar. Com o coração a mil tentando achar minha voz lá no fundo eu sussurrei tão baixo que foi inaudível até mesmo para mim.

-Jasper – falei chorando


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Notas finais do capítulo

E ai amores? O que acharam? TAN TAN TAN e ai? Será que era ele mesmo? SERÁ QUE NOSSAS AFLIÇÕES VÃO ACABAR ENFIM? :O
É esperar para ver hahahahahaha sejam seduzidas pela caixa cinza aqui em baixo, comentem para mim, e quem quiser seguir o exemplo da Queen Less ;) hahahahaha
Bom amores, nos vemos logo.
Um beijo