Você é um Alfa Matt.

Como assim um Alfa? ­– As palavras não foram pensadas por mim simplesmente saíram, mas minha cara de confuso ficou mais evidente ainda.

Você herdou seu direito de Alfa de seu pai ou avô...

E por que você não me disse isso antes? – Estava tão confuso e um pouco com raiva. – Eu acho que gostaria de saber já que tudo que eu lembro é de acordar numa floresta. – Falei com mais raiva ainda mas parecia não ter afetado nem um pouco ele.

Pense bem, você gostaria de saber que é um transformo, não sabe como veio parar numa floresta, você mata vampiros, você saber que é um alfa e que pode controlar uma matilha, acho que você não lidaria com tudo isso. – Eu sabia que ele estava certo e isso me fez bufar.

Tá, ok! Mas por que agora? Por que me dizer somente agora que eu sou um alfa? E... controlar uma matilha? – Eu fiz a ultima pergunta sem pensar, acho que eu só lembrei que ele tinha falado disso agora.

Por que antes não era tão necessário e agora é pois um alfa pode falar com outro alfa, e isso é uma historia longa...

Temos tempo... – Falei e ele revirou os olhos mas continuou.

Quando se é um Alfa, outros transformo podem te seguir e assim se comunicar por pensamento, mas não existe só um alfa, existe vários e quando um transformo não segue um alfa ele vira um podendo também ter uma matilha. Agora quando temos duas matilha só poderemos conversar com ele se o alfa deles estiver transformado – Bufei irritado, tinha tantas coisas acontecendo e ainda mais essa de eu ser um Alfa, se pelo menos conseguisse lembrar do meu passado.

É melhor irmos, está ficando tarde ainda temos que pegar as malas. – Olhei para ele e assenti, agora eu ficaria só pensando, provavelmente o resto do dia seria assim.

Voltamos a correr, mas minha mente estava em outro lugar, eu pensava em milhares de possibilidades que poderia ser a minha vida antes de acontecer o que aconteceu para eu vir para numa floresta e agora aqui, correndo através das arvores fazendo coisas que eu nem sequer imaginava poder fazer, as vezes chegava até ser assustador o que estou vivendo agora.

Depois de um longo tempo pensando notei que já tínhamos chegado e Seko não estava ao meu lado, devo ter pensado no caminho todo e não percebi quando paramos, sem outra alternativa deitei e fechei os olhos para mais uma vez pensar em como era minha vida.

Mas eu não tinha muita informação que eu lembre, além do meu nome e minha idade o resto era um simples borrão, as vezes chegava a ser absolutamente nada e a única memoria que eu tinha era de eu ter acordado na floresta e por ai a frente, tirando dos meus devaneios ouço passos vindo em minha direção, abri os olhos lentamente e vejo Seko trazendo as duas malas sem a menor dificuldade.

Agora eu vou viver o presente e o futuro, e o passado seja o que for, não irei mais pensar tanto nele e assim farei. Levantei com essa ideia na cabeça e esperando Seko chegar o que não demorou muito, mas agora que estávamos em Forks iriamos procurar uma casa para por as malas e depois íamos achar o grupo de transformo que ele sempre fala e isso deixa ele animado.

–Toma ai suas roupas. - Ele retirou um shorts preto, uma camisa branca e um par de tênis e me entregou, fui atrás de uma arvore e me destransformei e logo estávamos agora caminhando a procura de uma casa. A cidade era pequena e bem simples, o tempo estava chuvoso e uma leve chuva caia sobre nós, mas não nos incomodava. Caminhávamos de um lado para o outro, indo e voltando até que finalmente encontramos um hotel e Seko foi verificar se tinha algum quarto vago.

–Hey, demos sorte, tinha somente um quarto. – Seko falou se aproximando.

–Isso é bom, e agora poderemos “explorar” o lugar. – Falei e vi um sorriso brincar em seus lábios. – Juro que desde que te conheci, nunca te vi sorrir assim. – Falei e nos dois rimos.

–Vamos deixar as malas e ir para a reserva. – Minha expressão ficou confusa e vendo essa confusão ele completou. – A tribo Quileute fica lá. – Só agora a ficha caiu e eu acabei sorrindo.

Fomos então para dentro do hotel, Seko tinha me dado uma chave, mas eu duvidava que sairia de perto dele por um tempo, até eu aprender inglês o que pode demorar muito. Depois de termos deixado as malas no hotel fomos dar uma volta rápida na cidade, passamos por vários locais e conhecemos algumas pessoas, a cidade era bem pequena mas populosa deve ser bom viver nesse lugar mas como Seko ficava cada vez mais ansioso já que ele nasceu aqui e eu também, pelo menos acho, tivemos que ir para reserva.

Depois de Seko pegar algumas informações achamos o caminho para a reserva, ela não ficava muito longe mas como estávamos caminhando demorou um pouco a chegar, mas finalmente chegamos e agora passeávamos por todo local. É tudo incrível e de alguma forma eu parecia conhecer esse lugar como se eu já tivesse vivido aqui em algum momento da minha vida, e isso só indicava que eu também nasci aqui como Seko sempre falava desde o dia que nos conhecemos.

–Acorda, você anda dormindo ultimamente. – Tirando-me de meus devaneios a voz de Seko me chamando, realmente estava sonhando muito desde que chegamos aqui.

–Minha cabeça anda muito no mundo da lua. – Sorri e ele me acompanhou.

–Mas agora vai ficar bem ligado, acabei de falar com aquele grupo ali e eles me disseram sobre o conselho da tribo, talvez eles saibam dos transformos. – Sussurrou ele.

–Ótimo agora você vai explodir. – Falei sorrindo.

–É tão bom estar de volta aqui. – Ele falou com um tom mais serio agora.

–Você sentiu muita falta não? – Perguntei e ele assentiu.

–É, mas agora vamos encontrar o conselho, tenho o endereço de um, Billy.