Século 17 escrita por x3 Gessika x3


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Perdoem os erros de português .-.
boa leitura :*



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Várias semanas se passaram depois daquele incidente. Mas a vida de Carlota continuava a mesma. Como sempre ignorando o marido e as crianças, saia para passeios e voltava tarde. A cidade ainda estava pilhada com o misterioso desaparecimento do Contador Aroldo. Dennise viva pelos cantos chorando, esta parecia que não ia aguentar toda aquela aflição por muito tempo.

- Eu não aguento mais, Carlota. – disse Dennise secando as lágrimas com um lenço. As duas estavam sentadas na varanda tomando chá. Correção: Carlota tomava chá e ouvia os prantos da amiga. – Essa aflição me tortura. É como se ele pudesse surgir do nada a qualquer momento, me abraçar e dizer que está tudo bem... – chorava e falava.

- Precisa ser forte pelos seus filhos. – pousou a xícara sobre a mesa e encarou a amiga profundamente.

- Não vou conseguir. Se algo acontecer comigo, quero que cuide deles Carlota. – segurou suas mãos e olhou a amiga com os olhos cheios de lágrimas e o nariz vermelho.

- Como assim “ se algo te acontecer” ? O que pretende fazer? – Carlota estava fingindo o máximo que podia. Gostava da amiga e muito, mas infelizmente só conseguia sentir indiferença sobre o assunto.

- Pretendo procurar pelo Aroldo. Não sei quanto tempo vai levar, mas não descansarei até descobrir o que lhe aconteceu. – disse com firmeza.

- Tem  certeza disso?

- Tenho sim.

- Bom, para mim não há problema algum em cuidar dos seus filhos enquanto estiver nessa busca.

- Jura? – perguntou com um pequeno sorriso.

- Juro. Você é minha amiga e meu dever é apoia-la. E tem mais. Indicarei um bom detetive particular que vai lhe ajudar, deixe as despesas por minha conta. – Carlota deu um doce sorriso para Dennise que tinha seu coração cheio de esperanças. Considerava-se muito sortuda por ter uma amiga tão boa como Carlota. – Você é forte e determinada. “ E infelizmente uma dependente emocional” .

- Obrigada Carlota. Nem sei como agradecer todo esse apoio. – disse secando as lágrimas de emoção que rolavam livres pelo seu rosto.

- Me agradeça descobrindo a verdade e acalmando seu coração. – sorrio pegando a xícara de chá e tomando um pequeno gole.

 Depois daquela conversa Dennise foi atrás do detetive com uma carta de recomendação de Carlota. Esta era muito rica e famosa, ninguém ousaria recusar um pedido daqueles, ainda mais sabendo que a própria resolveu arcar com todos os custos. E como haviam combinado no cair da tarde Dennise trouxe as 4 crianças. Infelizmente Carlota havia saído para um passeio, as crianças foram hospedadas por Karen, sua fiel e eficiente empregada. Carlota e Marcos estavam no centro. Esta olhava as vitrines atenciosamente e este carregava muitas sacolas.

- Madame?

- Sim, Marcos? – perguntou sem desviar seu olhar de um chapéu.

-Me permite uma pergunta intrometida?

- Não sei para quê tanta formalidade comigo. Pergunte logo.

- Por que a Madame indicou o detetive?

-Está preocupado comigo? – olhou-o intensamente.

- Um pouco... – disse sem nenhuma expressão.

- Não se preocupe com nada.

- Mas e se o detetive descobrir que foi a Madame?

- Nos livramos dele. – disse com naturalidade enquanto entrava na loja de chapéus.

Ao cair da noite os dois voltaram para casa. Carlota ao entrar viu uma movimentação na sala de sua casa e viu seus filhos e os de Dennise brincando todos juntos. Deu um pequeno sorriso e acenou para as crianças que acenaram de volta animadamente.

-“Há muitas crianças aqui....”  - Seguiu para seu quarto onde encontrou seu marido sentado sobre a cama com um livro.

- Olá Carlota. – cumprimentou-a desviando o olhar do livre e observando sentar-se frente a penteadeira.

- Olá Henrique – respondeu sem olhá-lo nos olhos desfazendo o penteado.

- Foi bom o passeio? – perguntou educadamente com um sorriso.

- Foi ótimo. – tirava os brincos, colares e anéis.

- A cidade ainda está bem agitada com o suposto desaparecimento do Contador Aroldo. – disse enquanto colocava o livro sobre a cama, levantava-se e aproximava-se de Carlota que continua sentada.

- Parece que ainda só há hipóteses.

- Verdade. Acham até que ele foi morto e esconderam o corpo. – já estava atrás de Carlota. Colocou suas mãos em seus ombros e começou a massageá-los. – As crianças de Dennise gostaram daqui, estão se divertindo.

- Hmm... – fechou os olhos aproveitando melhor aproveitar a massagem. Já não ouvia mais o que Henrique dizia, apenas viajava nos delírios de sua mente. De repente foi tirada de seus devaneios com um estalo de Henrique que estava chamando seu nome.

- Carlota?

- ah, sim?

- Você me ama?

- Por que pergunta?

- Nunca questionei esses seus passeios diários. Muito menos as suas saídas noturnas. Mas meu coração está aflito. Eu te amo e quero-a do meu lado para sempre. Minha alma sangra só de imaginar que você possa ter outro para me substituir. – dizia com a voz embargada em choro e tentava ser firme. Mas estava triste. Porém determinado a levar essa conversa até o fim, virou-a para encará-la nos olhos. – Diga-me Carlota. Você me ama?

- Se eu disser que não, o que vai fazer? – olhou-o intensamente como se estivesse desafiando-o. – E você ama a mim ou ao meu dinheiro? Se nos divorciarmos não deixarei que leve nem mesmo 1% do que tenho.

Não estava nervosa. Na verdade estava bem calma para a situação. Realmente não se importava com Henrique ou com o que ele pensava. Estava a procura de algo para preencher o buraco em sua alma, e não mediria esforços para conseguir. Queria-o apenas como um acessório.

- Não se esqueça que se nos separarmos você será muito mal vista pela sociedade. – estava nervoso. Como ela poderia ser tão fria com ele daquela maneira?

- Não me importo com o que a sociedade ou você pensa. Não se esqueça do seu lugar. Você é apenas um acessório para ser exibido. Um marido de faixada. Estou a procura de algo muito importante e ninguém, muito menos você, ira me atrapalhar.

- Algo importante? E o que seria?

- Isso não lhe diz respeito. Continue vivendo sua vidinha medíocre ao  lado como um bom fantoche e não se atreva a cruzar o meu caminho. Senão vai ser o primeiro a encontrar o Contador Aroldo. – olhou-o ameaçadoramente. Levantou-se e saiu, indo até o outro lado da casa, onde ficava os quartos dos empregados.

- Marcos. – bateu duas vezes na porta que foi rapidamente aberta.

- Sim, madame?

- Vamos sair.

- Sim madame. Vou preparar a carruagem.

E lá foram os dois com a carruagem no meio da noite. Carlota pediu-o que deixasse a carruagem em um lugar escondido e que a esperasse ali. Marcos obedeceu-a prontamente. Carlota desceu da carruagem e saiu andando entre as ruas. Aquela hora só havia cabarés abertos. Muita bebedeira e arruaça, não era hora nem lugar para uma dama da alta sociedade. Mas não se importou, ignorando aqueles que não lhe interessavam, Carlota seguiu rua abaixo até ver algo que lhe chamou a atenção. Um homem e uma prostituta se amassavam na esquina da rua. Entre beijos e gemidos Carlota foi se aproximando deles e parou bem perto deles encarando-os. Ambos levaram um enorme susto com uma mulher daquele calibri os encarando.

- Meu Deus! Que susto Dona. – disse o homem que tinha a prostituta agarrando-o pelo pescoço e forçando-o a olhar para ela. Mas ele estava estático. Nunca havia visto uma mulher tão bela. Parecia uma boneca de tão impecável. – Me larga. – empurrou a prostituta para longe que soltando um palavrão saiu rápido de lá.

O homem voltou a encarar Carlota que tinha um sorriso malicioso nos lábios.                               – Por acaso a madame veio atrás de diversão? O seu marido não dá conta do recado ? – este tinha um sorriso e um olhar de lobo faminto. Olha descaradamente para o decote desta e depois olhou seus lábios. Vermelhos como o sangue.

Carlota não disse nada, olhou-o, lambeu os lábios e saiu andando na frente. Este entendeu o recado e foi seguindo-a, até chegarem a velha casa da última vez. Carlota abriu a porta e foi subindo pelas escadas, a casa era grande e empoeirada, mas os quartos eram impecavelmente limpos e muito bem mobiliados. Escolheu um que estava vazio e entrou, o homem logo atrás fechou a porta e agarrou-a por trás mordiscando e beijando seu pálido pescoço.

- A Madame é fina. Merece uma noite inesquecível. – pegou-a no colo e jogou-a na cama. Subiu por cima desta e começou a beijá-la fervorosamente, seu rosto ficou todo borrado com o batom vermelho, mas não ligava, o excitação que sentia era incrível. Nunca, nem em seus mais secretos sonhos, pensou em ter uma mulher tão perfeita como aquela. Um sonho inalcançável que virou realidade. E iria aproveitar cada minuto.

- A Madame não fala, não? – perguntou olhando-a curioso. Carlota apenas deu uma risada e empurrou-o ficando por cima. – Wow. A Madame preferi ficar no controle? Por mim tudo bem.

Carlota sem dizer uma só palavra sentou sobre a barriga do homem e começou a passar a mão pelo seu próprio corpo. Passou a mão pelo decote de seu vestido e foi abrindo devagar cada botão mostrando de pouco em pouco seu esbelto e pálido corpo para o homem.

- Você é perfeita.

Abriu mais um botão e deixou a mostra seu umbigo. Passou a língua sobre os lábios e viu nos olhos do homem a sua excitação que havia chegado ao limite. Ele colocou a mão em sua bunda sobre o vestido e apertou com força.

- Hehe. Vamos bem devagar aproveitar cada segundo, Madame.

- Você é tão fraco e estúpido. Deixou-se levar facilmente. Não é divertido desse jeito. Infelizmente você não é o que procuro.

E antes que o homem pudesse falar ou reagir, Carlota levou a mão direita ao cabelo tirando um grande e afiado alfinete de seus cabelos soltando seu coque mal feito e com uma grande agilidade perfurou em um ponto certeiro a garganta do homem que assustado arregalou os olhos e morreu. Ela solta um suspiro de tédio, saiu de cima do corpo, pega um lençol e o cobriu. Ajeitou sua roupa e o cabelo e em passos lentos e firmas saiu da casa trancando-a. Dirigiu-se até onde Marco a aguardava e voltaram juntos para casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-*/



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