Fred e Jorge encontravam-se no Salão Comunal da Grifinória. Estudando esforçadamente. Na realidade, nem tanto assim. Tá, eles não estavam estudando. Definitivamente não. Estavam trabalhando nas Gemialidades Weasley.

– Fred, eu estava pensando em uma coisa bem intrigante.

– Por que Angelina não quer sair com você? Ora, meu caro irmão, isso é bem óbvio, na verdade...

– Calado, Fred! – Jorge diz dando um tapa no braço do irmão. – Não tem nada a ver com Angelina. Mas, só porque você tocou no assunto... Pelo menos eu tenho coragem de convidar ela pra sair, ao contrário de um irmão gêmeo meu.

– Ahn... Er... – Fred gagueja. – Eu não sei de quem você está falando... Espere um segundo, nós temos outro irmão gêmeo? – Ele falou sarcástico, fingindo choque.

Jorge revirou os olhos em resposta.

– Você só fala idiotice, já percebeu isso? – ele disse. – Mas enfim... A coisa intrigante que eu estava pensando era que... Espera, esqueci. – ele diz franzindo o cenho.

–Tem certeza de que eu falo idiotices? - Ele estreitou os olhos. Eles até recomeçaram a preparar os caramelos incha-língua, mas Fred estava muito curioso sobre o que o irmão havia dito que estava intrigado. Droga! Agora ele estava intrigado! Até que teve uma ideia. - Sapos, borboletas, feitiços, Minerva, ratos, paredes, banheiros, musica, dentes, papel, traje de galã do Ron no quarto ano...

Jorge não pôde deixar de rir com a tentativa desesperada do irmão para fazê-lo lembrar da coisa intrigante.

- Não, nada disso. Mas, se bem que o traje de gala do Ron no quarto ano também é realmente intrigante... - ele diz se lembrando do irmão mais novo. Fred amassa um papel, fazendo uma bola, e joga em direção ao irmão. Jorge estreita o olhar para ele, antes de falar. - Ok, ok. Já lembrei!

Fred escorregou para mais perto do irmão praticamente grudando nele.

– Fala! - Disse arregalando os olhos.

– Pelas barbas de Merlin! Que bicho feio! Não tenho certeza que você é meu irmão não... - Jorge diz, fingindo estar assustado.

Fred ficou muito sério. Jorge não desgrudou os olhos dele... Porém, não percebeu a mão dele ir até a mesinha de centro e pegar um caramelo não testado - Ah... Você quer jogar, Jorge? - Ele questionou com uma sobrancelha arqueada e rolando o caramelo por entre os dedos.

Jorge olhou para o caramelo na mão do irmão e em seguida sorriu maleficamente para ele.

- Sim, Fred. - respondeu antes de pegar uma taça que estava na mesa. Dentro dela havia uma poção, ainda sem nome, mas que fazia a cor do cabelo mudar constantemente. Uma hora podia estar amarelo, na outra vermelho, assim por diante... - E você, querido irmão? Tem certeza de que quer brincar? - perguntou.

– Pode apostar, Jorge... Pode apostar - Disse, preparando-se para o ataque. Mas ele lembrou-se porque estavam discutindo. Deixou cair os ombros - Só se, primeiramente, você me contar o que o está deixando intrigado...

– Tudo bem então. - Jorge disse colocando a taça novamente na mesa. - Bom, ontem quando estava me deliciando no jantar, um pensamento me veio à cabeça. "Quais seriam as maneiras de impedir Tom Riddle?" Quero dizer, quais seriam as maneiras de fazê-lo não virar Voldemort? - ele disse, de braços cruzados e pensativo.

– Você estava pensando isso no jantar com a Angelina do seu lado? Cara, agora eu entendo por que ela não quer sair com você...

– Será que dá pra você não falar da Angelina?! - ele perguntou visivelmente estressado. - Ela já não me dá bola e você continua falando dela. "Ah, por que Angelina aquilo, Angelina isso"! - ele disse imitando a voz do irmão no final.

– Quer saber? Você merece comer um caramelo desses! - Disse partindo para cima de Jorge - Minha voz não é assim!

– Ei, ei, ei! Calminha aí, ô senhor irritadinho! - Jorge disse segurando os ombros do irmão, impedindo-o de se aproximar mais dele. - Agora será que dá pra você dar a sua opinião sobre a coisa intrigante?! Afinal de contas, você pediu tanto pra eu falar, não é? E ah, sua voz é assim mesmo. Lamento por isso. - disse fingindo uma voz reconfortante.

Fred bufou irritado e se afastou, murmurando um “idiota". Pensou em fazer o jogo do silêncio, mas realmente quer a falar sobre aquele assunto. Engolindo seu orgulho, cruzou os braços virou o rosto para oirmão - Então Você pensou no que poder a fazer Você-Sabe-Quem não ser malvadão?

– Exatamente isso. É uma pergunta bem intrigante, não é? - ele perguntou.

– Na realidade, não -- Fred deu um de seus sorrisos que indicava que não viria algo bom - Jorge - Ele falou docemente, cutucando o irmão - Jorge... Pequeno Jorge...

Jorge, imediatamente, arqueou uma sobrancelha. Ele conhecia o irmão muito bem para saber que não viria nada bom. - O quê você quer? E, ei, eu sou mais alto que você! - ele exclamou.

– E, claro que não! Eu sou mais alto! Você é o pequeno, Jorge! - Ele pegou uma pena e uma folha com raiva - Eu estava pensando em nós criarmos algumas maneiras de Você-Sabe-Quem não ser Você-Sabe-Quem! Por que eu me preocupo com o Harry! E isso pode ser importante!

– Não sou não! - Jorge disse. Os dois até pareciam duas crianças de cinco anos. Aliás, não. Crianças de cinco anos são mais maduras. Os olhos de Jorge brilharam com aquela ideia. - Nossa, gostei da ideia. Pela primeira vez você disse alguma coisa que preste...

– Primeira vez? Isso é uma blasfêmia! É você que tem sempre a sua cabeça cheia de Angelinas - Suspirou ao ver o olhar irado do irmão - Ah, vamos escrever essa droga de uma vez!

– Angelinas?! Por favor, Fred. Você fala tanto dela, aposto que tem uma quedinha por ela. Quedinha não, um precipício! - Jorge disse sarcasticamente. Colocou sua cadeira para mais perto do irmão e em seguida sentou-se. - É, vamos logo. - ele disse, visivelmente excitado com aquilo.

20 Maneiras de Você-Sabe-Quem não ser Você-Sabe-Quem

Volte no tempo, quando Voldemort era um gatinho, e diga que se ele não virar malvado, você irá dar uma naja de presente a ele. Com o nome de Nagni. Observação: Faça isso quando ele tiver sete anos, crianças são muito mais fáceis de convencer. Diga que se ele não ficar mal, você mata Michel Teló e nunca iria existir “Aí se eu te pego”. Diga que a culpa dessa musica ter sido criada é dele. Tenho absoluta certeza de que ele vai ficar cheio de culpa... Pergunte o quanto ele gosta de seu nariz. Depois diga: “Pois é, né... Se você virar mal você não vai ter mais ele, fofinho...”. Pergunte o quanto ele gosta de seu cabelo. Depois diga: “Então... Se você for malvado, não vai ter mais ele, não...”. Pergunte se ele gosta do nome Voldemort, ele com certeza vai dizer que não, e então você diz: "Pois então... Esse vai ser seu nome no futuro". Pergunte se ele conseguiria matar um bebê. Quando ela disser com uma expressão assustadora que sim, não fique com medo. Apenas ria e diga que no futuro ele não consegue! Pergunte se ele preserva a saúde dos dentes. Quando ele disser com toda certeza que sim, diga: "Pois no futuro seus dentes vão estar bem podres, queridinho". Pergunte se ele gosta de roupas de marca. Ele provavelmente responderá que sim, e então diga: "No futuro você só vai vestir uma capa preta durante vários anos seguidos. E ah, e não vai nem tirá-la para lavar". Avance alguns anos e viva o perseguindo pelos corredores de Hogwarts. Diga, fingindo o procurar: “Cadê o Tom?”. Depois, olhe para ele, fingindo-se assustar-se e fale: “Ah, você está aí... É que fica difícil acostumar-se com você com nariz, lindão...”. Persiga-o algum dia e diga: "Tom, você pretende se casar? Porque se sim, eu tenho uma notícia bem triste: você não vai. A única mulher que vai querer ficar perto de você parece um rato e é ridícula, além de ser nojenta”. Diga que se ele for mal, não vai ter filhos. Quando ele responder que não quer ter filhos mesmo, pergunte se ele não entendeu o que você quis dizer. Pergunte se ele gosta de sangues-ruins, só para provocá-lo. E em seguida diga: “Pois será uma sangue-ruim que ajudará a te matar no futuro”. Diga que no futuro ele vai ser tão feio que se chamar a loira do banheiro três vezes, ela não vai aparecer. Só vai mandar um bilhete: Nem morta eu vou aí! Chame-o de Tonzinho para provocá-lo e diga que no futuro seu apelido será Voldyzinho. E depois pergunte: "Qual você prefere? Hum, o segundo me parece meio gay". Diga que ele irá passar doze anos na forma de um Gremlin/Elfo Doméstico/ Smigol. Diga que no futuro um bebezinho indefeso vai conseguir desarmá-lo sem nem ter uma varinha nas mãos. Pergunte se ele gosta de uma boa noite de sono. Ele provavelmente vai responder que sim. E então, fale: "Pois é... No futuro a minha maior curiosidade é saber se você dorme". Dance uma dancinha muito idiota na frente dele. Quando ele lhe perguntar o que era isso, diga que é a mais nova dancinha dos Comensais da Morte, inventada por ler. Fuja das maldições. Diga: “Você terá duas mansões em Bervely Hills se for mal”. Quando ele ficar muito feliz, fale: “Mentira. Você vai morar de favor no quartinho do fundo da Mansão Malfoy”.

Ao terminarem a lista, os gêmeos sorriram abertamente um para o outro. Estavam orgulhosos de seu trabalho.

No dia seguinte, durante a primeira aula, Fred e Jorge conversavam animadamente sobre o que Harry acharia da lista, queriam ver a cara de suprema felicidade que ficaria no rosto dele quando o entregassem a lista durante a o almoço.

– Alunos! – Professor Snape falou – Coloquem os trabalhos de dupla sobre as mesas, eu irei recolhê-los – Anunciou com sua voz monstruosamente asmática.

– Droga, Jorge! Você não fez o trabalho! – Fred exclamou.

– Eu não fiz? Você que quis passar a noite escrevendo aquela lista! – Ele defendeu-se.

– Sim, mas a ideia foi sua!

– Ah, relaxa, ok? Põem qualquer coisa aí em cima dá mesa, pelo menos assim ele não vai descontar pontos da Grifinória...

Então Fred começou a remexer sua mochila, como Snape estava se aproximando, ele pegou qualquer pergaminho que havia ali.

***

Durante o almoço, Fred e Jorge avistaram Harry. Correram até ele.

– Harry! Harry! – Eles alcançaram o garoto da cicatriz – Olha, nós fizemos uma coisinha para você... – Jorge começou, revirando em sua mochila. Depois de um tempo, o sorriso dele se desfez – Fred? Fred, você ficou com o pergaminho, não é?

– Ahn... Um momentinho, Harry... – Fred começou a procurar em sua mochila. Irritou-se e começou a virá-la, jogando tudo no chão. Foi nesse momento que Snape apareceu.

– Senhores Weasley! Vocês podem me explicar isso? – Ele falou com raiva, segurando um pergaminho familiar para os gêmeos.

– Claro que sim, mas... – Fred disse e virou-se para a mesa da Grifinória, com as mãos em formato de concha ao redor da boca – ANGELINA! ACEITA DE UMA VEZ IR COM O JORGE PARA HOGSMEAD!