PDV Penny

  Não acredito que aquele bobão do Connor me fez conhecer a Clarisse, já que sempre soube que não daria coisa boa, mas pelo menos ela está mais arrumada. Quase tive um surto quando ela chegou até mim dizendo para tirar a maquiagem e a chapinha a pedido do Connor, provavelmente iria jogar uma praga nele, mas me lembrei de quando ele ficou com os acessórios e em estado de...ãhn...Connor!

  Cara, vocês leitores mereciam ter visto a cara dele, ou ele com os acessórios, e uma pena que eu não gravei um vídeo se não tinha feito muito sucesso no Youtube. Mas esquecendo esse triste acontecimento que eu não gravei, tirei a maquiagem da Clarisse e voltei para a natação com as Náiades, ou seja, perdi feio.

  Eu fiquei em último, tristemente, quando acabei decidi que meu cabelo precisava de uma hidratação, antes de eu ir pedir para um filho de Hefesto arrumar a janela do banheiro, nada de mais, até que uma pergunta surgiu do meio do nada na minha cabeça: ‘Quem será que transformou o Connor? Pois ele não pode fazer isso por conta própria?’.

PDV Travis

  Depois de espionar a Katie, fui dormir, e acordei com um grito da voz de Connor, não me chamando, mas chamando uma tal de Penny, eu sei lá quem é, só sei que acordei e fiz minha higiene pessoal, com, é claro, minhas roupas pretas por baixo e fui tomar café.

  Quando estava indo pra lá, passei por uma garota que possivelmente era a Clarisse, só que ela estava toda maquiada e com o cabelo liso, então não é ela, tenho certeza ABSOLUTA. Chegando no refeitório estava tudo normal, nada de mais, e quando acabei fui para a floresta meio que próxima aos Campos de Morangos.

  Lá na floresta me sentei encostado numa árvore pensando em pegadinhas que fossem malignas o suficiente para passar três a quatro dias planejando não foi difícil, foi dificílimo ou dificerrimo, qual quer que seja o certo foi.

  Até que ouvi passos, passos que à cada momento ficavam mais fortes, que iam em direção até os Campos de Morangos, e como eu sou curioso, fui até lá ver quem estava vindo.

  Apareceu nos Campos de Morangos Katie. E ela parecia mais alegre como nunca, que até cantava uma música da Katy Perry, Firework. Ela estava até meio engraçada, pois ela dançava regando as plantas e cuidando dos morangos, fazendo até alguns passos de balés bem estranho, e outro clássicos, como os rodopios.

  Ela cantava bem, mesmo sua voz sendo fina demais para uma música da Katy, mas mesmo assim combinava. Ela dançava livremente até    que de repente uma de suas irmãs mais novas apareceu, eu acho que Miranda, e tirou os fones de ouvido delas e limpou a garganta para dizer:

  - O que você está fazendo pisando próximo até demais dos morangos? – disse autoritária, mesmo sendo mais nova que a Katie.

  - É.. bem.. eu, sabe, achei.. – a Katie tentou se explicar, mas ela estava muito atrapalhada; ela mexia os dedos na ponta de um cacho do seu cabelo freneticamente, enquanto soltava risos nervosos – eu achei que só eu estaria aqui nesse horário!

  - Bem, ERA assim, só que o Sr. D disse que os morangos não estavam sendo produzidos no tempo correto e que estavam se ‘estragando – ela disse dando uma bela indireta na Katie e continuou –então ele e Quíron mudaram os horários, e agora não será somente você, mas EU também neste  horário, e agora vou levar sua distração.

  - Ah – disse a Katie, desanimadamente, enquanto a Mirando gargalhava um pouco e levava os fones com o IPhone dela para longe e ficava com somente o regador e as plantas.

PDV Connor

  Durante a corrida com as ninfas eu não vi a Katie, e também notei uma ninfa havia faltado, Melanie, se não me engano. Como ela faltou, eu poderia não ter feito corrida porque eu só estava fazendo por causa dela, mas fiz mesmo assim, pois corrida é a minha atividade favorita.

  Durante a corrida, pensei ter visto o Travis atrás de um arbusto perto dos Campos de Morangos, então isso meio que me alertou que a Katie estava lá, então decidi ir depois confirmar que ela estava lá para conversar com ela, mesmo não me trazendo boas lembranças que não eram tão antigas assim. 

  Chegando lá, não achei a Katie, estava somente uma irmã qualquer dela cuidando dos morangos, e quando eu perguntei sobre a Katie ela disse que ela estava dando um tempo, pois havia ficado a manhã toda ali, e possivelmente estaria passeando, o que me acalmou, então decidi deixar ela em paz, e deixar para de tarde procurar ela.

  Ou seja, eu tinha a minha manhã toda livre, eu fiquei tão feliz que sai correndo de lá para o Chalé de Afrodite, deixando uns morangos pisados, uma filha de Démeter raivosa, e muitas pessoas confusas, mas eu não ia me importar, eu finalmente poderia dormir antes do almoço, e eu, absolutamente, merecia um descanso.

PDV Travis

  Assim que a Katie foi dar uma volta para descansar dos Campos de Morangos, decidi procurar o Connor para bolarmos uma pegadinha (Parte 2: Bolar uma pegadinha histórica), e quando estava indo vi, eu acho, que o Connor correndo feito um desesperado para o Chalé de Afrodite e decidi ir pra lá também para descobrir porque ele estava assim e para ele me ajudar a bolar a pegadinha.

   Fui para o Chalé de Afrodite da maneira mais discreta possível, e chegando lá o Connor me surpreendeu. Ele estava deitado de olhos fechado numa cama com um milk-shake na mão, ouvindo ‘In my place’ do Coldplay e cantado desafinadamente:

In my place, in my place – Em meu lugar, em meu lugar

Were lines that I couldn't change – Estavam linhas que eu não podia mudar

I was lost, oh yeah – Eu estava perdido, ah sim

Oh Yeah – Ah sim

  - Você estava perdido por que seu príncipe encantado fugiu assim que a viu, Bela Preguiçosa? – falei, mas quando ele abriu os olhos e me viu fez caretas tão estranhas, mas tão estranhas, que tive um ataque de risos.

  - Humpf, o que faz aqui, Travis? Eu estou querendo tirar uma manhã de folga para sua informação – falou com uma expressão fria.

  - Vi aqui para avisar que as pessoas já perceberam seu desaparecimento e que não pregamos nenhuma pegadinha até agora, então achei melhor bolarmos uma pegadinha e colocarmos em prática, mas tem que ser uma pegadinha histórica! – falei de um jeito meio conspirador.

  - Ok, vou pegar lápis e uma caderneta e enquanto isso você pensa um pouco.

  - Tudo bem.

  Dito isso ele foi para uma segunda parte do Chalé que eu não tinha a menor idéia do que tinha, enquanto eu fiquei pensando até que me toquei que estava em pé, e pensar em pé cansa, então me sentei na cama do lado da cama que ele estava deitado e comecei a pensar com o máximo de concentração que consegui.