As Crônicas de Eddie escrita por Leak


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Rei.




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Já era de noite, cometas iam e vinham o tempo todo, de perto a lua refletia seu brilho nos picos do grande castelo, estrelas cadentes caíam, era possível até fazer um pedido. Grifos berravam e voavam sobre o castelo. Havia dormido por umas horas, acordou um tempo depois, com curativos no rosto inteiro, não sabia quem gastaria seu tempo fazendo curativos pra um desconhecido, quase inimigo.  Estava em uma espécie de depósito do castelo, era um quarto com pintura de flores desbotada, cadeiras de madeira empilhadas no lado esquerdo do quarto, um espelho com teias de aranha em cima de um criado mudo e uma cama quebrada. Levantou –se da cama com grande desconforto, suas costas doíam, seus pés já estavam bons, mais ainda latejava de dor por conta das batidas, que não sabia como tinha feito-as. Foi até o espelho, e pela primeira vez, teve uma idéia de como era, aliás, de como parecia ser, pois não sabia quem era, onde estava, oque aconteceu. Era um adolescente, aparentando ter  16 anos, com cabelos castanhos lisos, jogados em sua testa, olhos verdes claros que refletiam a luz debaixo da porta acinzentada de ferro, e pra melhorar, uma espinha debaixo do queixo. Um barulho estrondoso feito por um lanceiro com a porta, atrapalhou seus pensamentos. Era um lanceiro alto, magro, suava pelo motivo de ser encarregado a mandar uma mensagem á um desconhecido, que podia ser inimigo, ou não. Gaguejava, tentando transmitir um convite.

— O Re-rei lhe ch-chama para jantar. — Convidou.

— Ah, sim, eu.. acho que aceito.

O grande e magro lanceiro saiu tropeçando nos destroços do depósito, se atrapalhando todo para entregar o convite ao cobiçado e suposto rei.

Um tempo depois, espadachins altos e fortes levaram o garoto para o saguão real. O lugar era espetácular, as paredes tinham uma pintura vermelha colossal brilhante, lustres de cristalina, esculpidos com guerreiros. Os corredores tinham quadros que aparentavam ser de antigos reis do lugar, ao chegar ao saguão, viu uma mesa de madeira maciça, nas lateirais tinha uma beira de ouro, como um apoio para as mãos. Sobre ela o rei debruçava seus braços grandes e valentes, com enormes cicatrizes de batalha. Olhou para o garoto, surpreso.

— Venha! Haha! Sente-se aqui comigo, sinta-se a vontade.

Não entendeu, a receptividade para desconhecidos-inimigos era um jantar? E para os verdadeiros inimigos, talvez um cházinho da tarde?

— Bem, primeiramente, perdão pelas boas vindas dos meus lanceiros. — Disse irônicamente.

— Estamos atentos á qualquer intruso, estamos nos preparando para uma guerra. Mas, vamos, coma.Temos de torta de chocolates a escargots, Bolinhos de chuva a frango.

— Não, obrigado. Queria somente esclarecer algumas coisas. — Implorou o garoto. O rei avaliou o pedido com muito cuidado,  coçando seu queixo barbudo, com os dedos indicador e o polegar.

— Está certo. Já imaginava este pedido, você é o garoto perdido, está procurando por respostas. Somente te acolhi pela profecia, não sei muita coisa sobre você.

— Profecia? Como assim?

— As profecias eram previsões feitas pelos magos antigos, o grande mago imortal Charin previa, e eles anotavam em folhas de pápiro. Porém, só um mago pode ver uma profecia, ou alguém próximo de Charin, quem ousar mecher sem autorização, é envenenado e morre em torno de 3 dias. O Rei da época se sentiu ofendido, como quis provar que tinha acesso a tudo, entrou nas tendas de Charin e pegou a profecia. 3 dias depois o rei foi encontrado morto, então a guarda real fez uma guerra contra os magos por causa da morte de seu Rei. Os magos perderam a guerra, mas Charin e os magos iriam retornar 50 anos depois, para outra guerra, mais violenta,  e fez uma profecia:

Uma guerra será feita. A realeza será derrubada. Com o garoto mágico, a realeza é restaurada.

 — E agora eles formaram um reino, Irigan, e estamos nessa batalha 50 anos depois, hoje esperamos esse garoto, pode ser você, ou não. Por isso mesmo, queria saber qual é o seu nome, de onde você vem.

— Não lembro de nada, e não pode se referir a mim, sou somente um garoto perdido. Não sei nem meu nome! — Resmungou o garoto.

— Lembra algo de seus pais? — Após essa fala, o garoto teve uma lembrança, o qual doeu sua mente. Viu um acampamento em fogo, tentas de palha eram destruídas por guerreiros de armadura dourada, camponeses fugiam, viu uma mulher correndo com um bebê, fugindo de alguém, ou tentando alcançar algum destino. A mulher chegou até um buraco e deixou o bebê. Soltou uma palavra, a qual esclarecia muitas coisas.

— Eddie. — Gritou chorando, logo depois, foi esfaqueada pelos soldados.

A Memória acabou depois da cena brusca.

— Eddie.

— Oque? — Não entendeu o rei.

— Eddie, eddie. Meu nome é Eddie.

Feliz em saber, mandou o garoto de volta para o depósito. Foi até lá, e lhe deu uma mensagem o qual o fez tremer.

— Se prepare Eddie, pois amanhã vamos ao Acampamento de Treinamento, chegou sua hora de virar um guerreiro.

Fechou a porta, e o garoto adormeceu profundamente.

. FIM DO EPISÓDIO 2


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