Higuchi era o Kira. Eles finalmente conseguiram capturá-lo. E o método de se matar pessoas... É usando um caderno. Death Note. Tocando nele era possível ver o antigo dono do caderno, um shinigami.

            Porém, Raito teve uma reação um pouco diferente. Ao tocar, ele recuperara memórias. Hana não sabia o que era, mas de algum modo sabia disso. Raito então puxou quatro vezes o botão de seu relógio, e havia um compartimento secreto que possuía um pedaço de papel e uma agulha. Ele furou seu dedo, e escreveu com sangue o nome de Higuchi, que consequentemente, morreu.

            Hana agora tinha certeza. Raito era Kira.

            Mas agora, como iria provar isso? Ela não conseguia pensar direito. Eles estavam investigando, e por alguma razão, ela sabia que as duas últimas regras do caderno eram falsas. E essas regras, inocentavam Raito e Misa, sendo assim, Raito tirou as algemas. Ela até ficaria feliz com isso, mas não conseguia devido a raiva que sentia por Raito.

            Misa finalmente ia sair do prédio e voltar a morar sozinha. E então, na despedida, Raito sussurrou para ela a atual localização do outro Death Note. Após um dia, Misa voltou ao prédio, e aparentemente, o shinigami chamado Remu se assustou. Deve ter visto algo diferente nela que humanos não vêem... Como a expectativa de vida.

            E depois de um tempo, as mortes voltaram, provavelmente Misa estava matando. L levantou suspeitas sobre Raito, pois mesmo livre não queria do prédio. O plano de Raito iria começar, Hana sabia disso.

            E, por um momento, ela entendeu o plano de Raito. Ele faria com que a culpa do segundo Kira caísse sobre Misa, sendo assim, o shinigami a salvaria, pois ele provavelmente gosta muito dela. Então, o que ele deveria fazer para tudo se resolver era nada menos do que... Matar L.

            Assim que entendeu o plano, ela se viu seguindo o shinigami. Ele foi a sala de Watari e começou a escrever seu nome verdadeiro. 40 segundos e ele morrera, mas depois de conseguir apertar um botão e apagar todos os arquivos. L sabia que algo aconteceu, e então teve quase certeza de que seu fim estava próximo.

            E por fim, o nome de L. Agora ela estava do seu lado, ele parara de falar de repente, e começou a cair da cadeira.

            - L!!!!! – Ela gritou aos prantos. Ela o pegara antes de cair no chão, ele estava com seus olhos arregalados e apenas conseguiu falar “Hana”. Ela sentiu o coração dele parar de bater, e suas lágrimas caiam em abundância. Ela o beijou pela última vez e então ele fechou os olhos.

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            - AAAAAH! – Abriu os olhos gritando, suando frio e tremendo.  – L! – ela gritou por ele. – Não, não... Isso não aconteceu, eu não posso...  Aquele shinigami...

            Ao disser isso e relembrar do sonho, finalmente suas memórias passaram por sua cabeça.

Flash Back on

            10 anos atrás.

            Hana estava brincando alegremente no parque próximo ao seu apartamento. Ela ria como qualquer outra criança normal. Mas ela avistou algo estranho, era como se fosse uma sombra. Curiosa, decidiu seguir tal coisa, que coincidentemente ia em direção a sua casa. Ela conseguiu ver suas costas, que eram muito estranhas. Ela tinha medo, mas não admitia. Suas costas eram curvadas e era muito grande, haviam espinhos saindo delas e seu corpo era como se fosse todo com cicatrizes ou remendos de colchas roxo.

            - Eer... Com licença, por que está indo para a minha casa? – ela perguntou com medo, mas não obteve uma resposta. A tal criatura achava que não estava falando com ele. Ela então apenas o seguiu.

            Ele sentou em um banco no jardim dela e tirou um caderno preto. Ela observava quieta. Ele tirou uma caneta e olhou para os pais da menina. Ele então escreveu os nomes deles e fechou o caderno esperando 40 segundos. Ela viu a mãe pegando uma faca e enfiando em seu peito, e conseguiu ver seu pai saindo pela porta e logo após um barulho de freio.

            - Você! Você que fez isso! – ela dizia chorando – Por que matou eles? – ela apontou para ele.

            - Hã? Você está me vendo? – a criatura mentiu, balançando a mão na cara dela. Ele já havia a percebido desde o começo. – Hm... Isto é... Estranho. – deu um sorriso maquiavélico. Ela ficou com medo e saiu correndo aos prantos, e ele rindo.

            Ela foi até a sala e viu o corpo de sua mãe jogado no chão em uma poça de sangue.

            - Mamãe... – ela chorou segurando a mão dela. – Mamãe, não vai embora! Fica comigo! Mamãe! – gritou, e isso fazia a criatura rir mais. Ela então, saiu correndo ver seu pai.

            - Papai! Você também me deixou? – seu choro aumentava cada vez mais. – Papaaai! Vaamos! Acorde! Pare de brincar! – ela não queria acreditar. Ela o balançou cada vez mais forte.

            - Desculpe criança. E-eu não tive a intenção, e... – dizia o caminhoneiro que atropelou o pai. Mas ela não quis ouvir a explicação dele, ela sabia que não foi culpa daquele pobre homem. Ela voltou para sua mãe, balançando-a que nem fez com o pai.

            - Mamãe! Ma-mãe! Eu não vou conseguir viver sem você! Mãe! – ela deitou no peito sangrando dela e chorou mais. Procurou abraçá-la pela última vez, procurando pelo conforto e seu calor. Mas a mãe já estava fria como pedra, e seus braços não paravam em torno dela, apenas a deixava mais suja de sangue.

            - Hahaha. Deixa eu me apresentar então – a criatura falou se aproximando. – Eu, sou um shinigami. – ele sorriu maldosamente.

            - Shi... Nigami? – ela saiu engatinhando , tentando fugir dele, mas ele se aproximou. – Pare! Se não... Se não eu te mato!

            - Hehe, deixa eu te explicar. Shinigamis não morrem tão facilmente, talvez nós nem morremos!

            - E então por que fez isso? Seu... Seu... Seu monstro! – aquele shinigami em frente a ela, infelizmente, passava se divertindo matando humanos dolorosamente, tentando usar o máximo dos recursos do seu caderno. Mas por sorte, dessa vez ele quis fazer mais simples, apenas escrevendo uma causa de morte.

            - Eu vou te explicar tudo. – o Shinigami então contara tudo sobre os Death notes para ela. – E então? Vai querer o meu? – falou entregando o caderno preto.

            - Nunca! Isso matou os meus pais! Eu nunca usaria uma coisa feia que nem isso!

            - Hein? Vai abdicar...? – ele perguntou, mesmo sabendo que isso ocorreria – Bem, tem algo que não te expliquei. Como você me viu matando um humano, você tem a obrigação de aceitar. Ele meio que se torna seu por direito.

            - Mas e se eu ab... ab... Essa palavra ai. – ela perguntou com medo.

            - Mas se você abdicar o Death note... Há uma consequência. – ele se divertia com o medo dela. – Você não pode simplesmente ficar sabendo sobre o mundo dos shinigamis, a não ser que um humano conte para você. E então, existe uma punição. A Death Mark.

            - O que é isso? – perguntava com medo.

            - Originalmente, essa marca foi criada para nós, shinigamis, poderem ver como será as mortes de humanos. Pois como eu disse, se você escrever o nome de uma pessoa que já tenha o nome escrito, irá valer aquele que escreveu primeiro. Então era como uma prevenção, para que não ocorresse mais isso.

            “Mas parece que isso não pegou muito no mundo dos shinigamis... Só alguns pediam para o Rei entregá-los. Eu fui um dos únicos. E então, começaram a ‘castigar’ os humanos, já que não há nenhuma condição para ter um Death Note.

            E então, isso ocorre quando um humano vê um shinigami escrevendo nomes. E no caso você... Só que não me pergunte como você me viu, isso nem eu sei.” – Não há explicação para como Hana conseguiu ver o shinigami, talvez a teoria que algumas crianças possam ver espíritos, no caso shinigamis, seja verdade. Mas parece que, depois que houve esse incidente, ela criara um trauma e então nunca mais pode ver coisas desse tipo.

            - Então, se eu não querer ficar com esse caderno do mal... Eu vou ter essa tal Death Mark? Não me parece um castigo tão ruim... É só ver a mortes das pessoas... – ela tentava se encorajar.

            - É... Pode não parecer. Mas quando ela é colocada em você, dizem que sente uma dor quase mortal. – ele novamente sorriu maldoso. – E também, nos humanos, você só pode ver a morte se alguém encosta na marca. E bem, como isso é uma punição, todas as pessoas que você amar, irá ver a morte dela sem que seja preciso tocar. E além disso, você sentiria a dor da pessoa que ela sentirá quando morrer.

            Ela se assustara com aquilo. Já fora difícil ver a cena dos pais para ela, imagina se visse isso repetidas vezes e ainda sentindo dor? Porém, mesmo com apenas oito anos de idade, preferia conviver com essa dor eterna do que ter algo que matou seus pais.

            - Eu ainda não mudei de opinião. Eu prefiro ter essa marca aí. – falou decidida. Pela primeira vez na vida, ela se sentiu corajosa.

            - Por mim tudo bem. – ele gargalhou maliciosamente e então ela sentiu uma dor infernal, interminável, enquanto o shinigami sumia. Aquela dor durou por muito tempo, e o caminhoneiro havia ligado para a ambulância buscar os três, já que ela se contorcia de dor.

            No hospital não sabiam o que fazer com ela, não parecia ter nenhum ferimento, tirando seu pulso esquerdo que estava vermelho. Mas não havia nenhum problema externo ou interno no pulso.

            Mesmo com oito anos, ela se sentiu corajosa o suficiente para falar a si mesmo que conseguiria viver com isso por sua vida inteira. Mas após ter acordado no hospital, ela não se lembrou de nada. Após alguns testes, falaram que ela havia tido um trauma e por isso a perda de memória, e então só se lembrava desde de que acordou no hospital.

Flash Back off

            - Eu... Eu lembrei... De tudo... – ela começou a chorar, ainda tremendo. – Espera... Mas e o... L! – ela gritou e saiu correndo para o quarto dele.