Hana dormira novamente enquanto investigava com L, porém ela não fora na faculdade na hora certa. Dessa vez, L havia planejado uma reunião de manhã, sem o conhecimento de Raito. O detetive estava checando novamente as migalhas, impressões e cabelos do envelope.

- Veja, Ryuzaki! Nós não havíamos visto ontem, mas aqui tem um cabelo loiro! – falou Hana. Contudo, ele nada disse, pois estava concentrado.

- Senhor Yagami. – chamou ele – Se eu morrer nos próximos dias, seu filho deve ser Kira. – isso o chocou, mas isso precisava ser dito. Já havia avisado Watari também. “Não que eu tenha receio em morrer... Mas tenho negócios inacabados” pensou L, enquanto olhava para Hana.

- Diga-me a verdade, Ryuzaki! O quanto você suspeita de meu filho?! – Yagami já estava perdendo a paciência, sempre agia assim quando se tratava de seu filho. L disse que não conseguia mais dizer com precisão, pois nunca lidara com algo assim. E também, se o impostor já contatou com Kira, ele poderia morrer a qualquer momento, o que o deixava muito preocupado.

L checou o horário, e então estava quase na hora de seu plano, então dispensou todos. Watari já o esperava no saguão do hotel, e então desceu com Hana. No carro, ele comentou:

- Não me agrada usar o mesmo truque duas vezes... Mas vou ter que apostar. – falou ele.

- Calma Ryuzaki. Vai dar tudo bem – falou Hana.

Já estava no horário de almoço da faculdade quando chegaram, e os dois se sentaram em um banco no pátio da faculdade, e ele começou a ler um livro enquanto aguardava.

Não demorou muito para que Raito passasse com Takada, a garota mais inteligente da universidade, depois de Hana. E logo, ele reparou os dois no banco.

- Oh, olá Raito-kun. – o loiro pediu para que a garota desse um tempo para que eles pudessem conversar. L perguntou se era sua namorada, mas Yagami trocou de assunto. Perguntou-lhe porque estava ali, uma vez que diz que aparecer em público não agradava a ele. O detetive respondeu que, como apenas Hana e Raito o conhecem, não tem necessidade de medo. E ele falou:

- Assim sendo, se eu morrer nos próximos dias... Yagami-san irá assumir a investigação e todos os L saberão que Raito Yagami é Kira – Hana estava realmente fazendo muito esforço para não rir, e não rir principalmente da cara de Raito – Eu não te disse? L é um grupo de pessoas como eu. – Hana estava quase não aguentando mais. Eles conversaram mais um pouco, e Ryuzaki disse:

- Quer ir comer bolo, comigo e a Hana-chan?

- Boloooooooo! – falou ela pulando do banco.

- Claro. – Mas quando estavam indo, foram interrompidos por uma voz feminina:

- Raito!! Te acheei! – Não era ninguém menos do que, Misa Amane. Mais uma vez, a dedução de L foi precisa. – Oh, é seu amigo? Eu sou a namorada do Raito, Misa Amane.

- Hideki Ryuuga. – se apresentou.

- Ahn? Hideki Ryu... – ela começou a falar, porém foi interrompida por Raito.

- É, engraçado, não? Que nem o ator. – L começou a encará-los de uma forma, digamos, peculiar. Hana sabia, que agora L tinha ganhado. Até Raito se preocupou, mas ele apenas disse:

- Eu te invejo. – Hana se perguntou por que ele falaria isso. Na verdade, todos se perguntaram – Eu sou um grande fã de Misa desde que li a edição em Março!

- Desde quando você gosta da Misa?!! – perguntou Hana realmente brava. Ela sabia que fazia tudo parte de um plano, mas precisava falar isso?

- Hahaha, é a sua namorada? – perguntou Misa, fazendo Hana e L corarem.

- E se eu fosse? Qual o problema? – continuou brava. Mas percebeu que L estava vermelho, então parou e se apresentou adequadamente:

- Ah, desculpe-me, sou Yamamoto Hana. – Misa estranhou também que ela não falara seu nome completo verdadeiro, mas apenas se apresentou também:

- Hahaha, sou Misa Amane, namorada do Raito-kun.

Algumas meninas perceberam a presença da loira lá, então logo começaram a comentar e um bando de pessoas apareceu cercando Misa.

- Oh! É a modelo Misa-Misa! – diziam. Todos comentavam sobre ela,e de repente, ela gritou:

- Ei! Alguém passou a mão na minha bunda! – ela olhou para trás, e viu Ryuzaki. Ele saiu correndo para frente dela e falou:

- Eu não permitirei esse comportamento no campus! Eu farei de tudo para pegar o meliante! – Hana não acreditava, ele passou a mão na bunda dele?

- Ah sim, o meliante. – dizia irônica encarando-o.

- Vocês são engraçados! – dizia rindo a Misa. Porém, logo sua empresária apareceu, tirando-a da multidão.

- Bem, acho que então eu devo assistir pelo menos a uma aula... Estamos juntos na aula de psicologia, não é? – dizia para Raito.

- Sim, nos encontramos depois que eu for ao banheiro. – Raito começou a andar para o lado contrário.

- Vamos, Hana. – ela continuava emburrada.

- Hunf... Passar a mão na bunda dela... – resmungava baixinho, mas Ryuzaki a ouviu, dando um pequeno sorriso. E então, um celular começa a tocar no bolso dele.

- Alôooo? – era o celular de Misa. Agora Hana sabia o porquê de ele ter mexido no bolso dela. Ela não deixou de rir ao ver a cara dele atendendo ao celular. Raito, um pouco mais distante, estava muito bravo.

- Alôooo? – continuava Ryuzaki.

- Ryuuga, o que está fazendo? – perguntou Raito do outro lado do telefone, apesar de que dava para ouvi-lo um pouco distante.

- Eu achei esse telefone no meio da confusão de hoje... – dizia ele, fazendo Hana rir mais. Raito permaneceu um bom tempo sem dizer nada, fazendo o detetive repetir o “alô”.

- Esse celular é de Misa. Eu irei devolvê-lo. – disse frio.

- Aaah, entendo. – L desligou e voltou para trás devolver o celular. Porém, quando Raito pensou em ligar para o outro celular de Misa, um celular tocou no bolso de Ryuzaki.

- Ah, esse é meu. – falou. – Já terminou? Entendo... – ele desligou. – Raito, não sei se vai ser uma boa ou má notícia, mas sua namorada Misa Amane acabou de ser presa por ser a principal suspeita de ser o segundo Kira.

Raito ficou chocado, dessa vez podia ver claramente em seus olhos. Hana sorriu ao lado de L, e explicou:

- Várias evidências foram encontradas no quarto dela. Por exemplo, as mesmas folhas do diário que havia enviado, e a mesma tinta que usou para escrevê-la, apesar de nenhuma impressão das fitas ser dela. E, além disso, havia pólen de flores que só tem onde Misa morou antes de Abril. E até tinha tíquetes de viagens da onde as fitas foram enviadas.

O detetive disse que para não criar tumulto, eles falaram que ela estaria sendo presa por porte ilegal de drogas. Raito continuou em silêncio, com uma expressão séria. Ryuzaki perguntou a ele se estava bem, entretanto não recebeu uma resposta.

- Bem, eu e Hana vamos para a aula, não vamos? – ele falou se direcionando a Hana.

- Sim! Mas depois iremos comer o bolo! – falou contente.

- Até mais, Raito-kun, nos encontramos depois que for ao banheiro. – Os dois foram andando em direção ao prédio.

- Yaaay! Conseguimos, Ryuzaki! – falou animada.

- Por que ficou preocupada quando disse que era um grande fã de Amane? – perguntou curioso.

- Ahn, nada. – ela corou levemente.

–--

No mesmo dia, de noite, estavam reunidos novamente no hotel, agora L estava explicando-os as evidências. L perguntou se Misa já havia dito alguma coisa, porém Watari disse que ela estava quieta. Mesmo assim, pediu para que enviasse a imagem e o som. No computador, apareceu Misa acorrentada a tipo uma maca em pé, com os olhos vendados e algo como se fosse uma camisa de força.

Todos se surpreenderam a ver Misa nesse estado, mas L explicou que era necessário, já que ela era suspeita de ser o segundo Kira.

- Watari, faça o possível para que ela fale. Torture-a, se preciso, mas não mate-a. – dito isso, até Hana se assustou.

- Mas L... – inconscientemente o chamou de L.

- Ah, Yagami-san, já restringi o acesso de Raito nas investigações. Daqui a pouco o chamaremos para interrogá-lo. – E explicou que Misa de mudou para Tokyo, e desde então conheceu Raito. E ele tinha quase certeza de que ele era Kira.

–--

Já passara três dias desde quando o detetive mostrou Misa presa pela primeira vez. Estava de madrugada, e todos estavam dormindo no sofá mesmo, menos Hana e L, que estavam brincando com doces.

- Ryuzaki, Misa tem algo a dizer. – falou Watari pelo computador.

- Envie a imagem e som! – exclamou ele, acordando os outros.

- Eu... Não aguento mais... – dizia ela – Me mate! – exclamou.

Como era de se esperar, todos se assustaram. Hana não tinha palavras, talvez isso fosse necessário, mas não também não aguentava mais vê-la desse jeito.

- ME MATE! Por favor! Me mate agora! – implorava. E ela continuava a implorar.

- Ela não bebe água há três dias! É crueldade com uma menina de 20 anos. – dizia Aizawa. Até L se espantara.

- Misa Amane, consegue me ouvir? – perguntou L no microfone.

- Sim... – respondeu fraca.

Ele perguntou se ela confessava que era o segundo Kira, porém continuava negando e dizendo que não sabia de nada. Então ela começou a dizer “sim”, como se falava com alguém, e disse que já deveria ter morrido.Ela gritava desesperada para ser morta. Como alguém poderia chegar nesse ponto? Implorar para ser morta. Era o que Hana achava. Watari colocou uma amordaça na boca dela, pois L achava que podia estar sendo controlada por Kira.

Porém, passado algum tempo, depois que ela desmaiou, ela acordou totalmente diferente.

- Senhor sequestrador! Sequestro é um crime! Me deixe ir! Se parar agora, juro que não contarei para ninguém. – Matsuda achava que ela está tendo fingir que é inocente. – Tudo bem Senhor sequestrador... Apenas tire essa venda de mim!

L ligou para Mogi para perguntar se havia dito a ela o motivo de ter sido presa, e ele disse que sim. Misa continuava a tentar convencer de soltá-la.O detetive então falou no microfone. Perguntou por que mudara tão repentinamente, e se sabia o porque de estar presa. Mas ela não sabia de nada.

- Eu estou apertada! Deixe-me ir no banheiro!

- Mas você foi há 4 minutos... – dizia o detetive.

- Eu to apertada! Quer que eu faça nas calças? Quer me ver fazendo xixi? Seu... Seu... Pervertido! – L pensou por um momento, e perguntou:

- Hana, você me acha um pervertido?

- Não acho não, Ryuzaki. – respondeu rindo.

O detetive realmente não conseguia entender a mudança repentina dela, porém seus pensamentos foram interrompidos pelo seu celular tocando.

- É Raito-kun. – falou antes de atender. Provavelmente, Raito já estava perto, por isso ele demorou pouco para chegar.

- Ryuzaki, como lhe disse no telefone... Talvez eu seja o Kira. – disse meio cabisbaixo. Ninguém acreditara no que ele acabara de falar. Seu pai, principalmente. Hana tentava raciocinar o porquê disto. Talvez, ele queria se inocentar? Ele tentava explicar como chegou a essa conclusão, e então disse:

- Talvez, eu seja o Kira inconscientemente. Quando eu durmo, talvez. – “Inconscientemente, é?” pensou L.

- Não é isso. Raito-kun, instalamos câmeras em seu quarto. E Raito-kun dormia tranquilamente.

- Vocês chegaram a esse ponto? – disse espantado.

Raito começou a dizer coisas realmente confusas. Estaria ele fingindo? Fingindo confirmando que é Kira? Todos já estavam discutindo sobre isso, e L falou:

- Irei pedir desculpas desde já, mas se todos concordarem, irei colocar Raito-kun atrás das grades desde já. – isso causou mais polêmica.

- E Ryuzaki, enquanto não tiver plena certeza que eu não sou Kira, não me deixe fazer nada ou dizer nada.

L pediu para Soichiro que arranjasse alguma desculpa para a mãe dele sobre os dias foras, porém Raito já havia falando com elas e arranjado a desculpa. Seu pai não acreditava no que dizia.

- Está falando sério?

- Sim. Estou desistindo da minha liberdade... Para vencer o meu temor de Kira.

E assim, foi concluído. Raito iria ser preso temporariamente. L o algemou, e Aizawa o levou para o mesmo local onde estava Misa, porém em uma cela diferente. O detetive se perguntava se estavam sendo convencidos por sua atuação, ou se era realmente verdade. Tudo agora estava tão mais confuso.