What Do I Do Now? escrita por Polaris


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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What do I do now

Antes de começar a relatar os fatos a seguir, quero deixar bem claro que este texto é inapropriado para menores de dezoito e que isto são fatos reais.

Aqui vou estar relatando minha preciosa vidinha medíocre, então digo com antecedência, se você, caro leitor seguir lendo este texto fique sabendo que aqui você encontrará de tudo um pouco. Ou melhor de tudo muito. Muito sexo, muita violência e muita linguagem imprópria.

Sim, isso mesmo, muito palavrão. Não me contenho quando estou puto e preciso vomitar tudo. Portanto fique você sabendo que se prosseguir com leitura vai encontrar tudo isso e um pouco mais aqui.

Outra coisa... No final do texto por favor, comente?! Nem que seja para dizer: “Vá arranjar o que fazer, filho da puta”. Não que eu vá me importar com sua opinião sobre minha vida pessoal, vida que a partir de hoje não será mais tão pessoal assim. Isto é, se alguém se prestar a ler este inútil texto.

Dê sua opinião e me diga o que fazer.

Bem, na verdade eu estou pouco me importando com as opiniões, sinceramente. Mas posso levar algumas em consideração, contudo vai depender muito da ideia da pessoa, só porque eu estou filhodaputamente frustrado e preciso desabafar.

E por sorte ou azar, encontrei esse site, em busca do que fazer, enquanto pesquisava no Google. Aí me apareceu esse tal de “Nyah Fanfiction”, me cadastrei e decidi fazer algo para amenizar meu péssimo humor.

Bem, vamos parar de enrolar e ir diretamente ao assunto porquê eu sinceramente estou me irritando mais ainda com as minhas justificativas e querendo desistir de escrever esta merda. Sério! Portanto vou logo começar isso aqui.

E agora, por onde começo?

'Tsk, droga fugiu tudo.

Ah, que se foda, vou improvisar. Meu nome é...! Espera ai! Começar com:"Meu nome é...", soa bem clichê.

Ah, 'ma realmente estou sem ideia agora. Então vai ser desse jeito mesmo. Que foi não gostou?

Azar seu!

Pois bem. Meu nome é Trafalgar Law, vinte anos, magro de estatura média, moreno, pele bronzeada, cavanhaque, tatuagens nas costas, nas mãos e mais duas em cada antebraço. Não importa aonde moro, pois minha cidade não existe no mapa. O que realmente importa são os problemas que tenho que enfrentar no meu dia a dia, o que mais escrevo sabre mim? Er... Ah, sim! Estou cursando medicina e.... Ahn quer saber de uma coisa? Dane-se!

Neste exato momento estou sentado em frente ao computador com uma cara de bunda e um mau humor do cão enquanto escrevo. Moro com dois amigos de infância Luffy e Eustass, mais conhecido nas redondezas por seu primeiro nome, Kid.

Dois doentes mentais.

Aviso rápido: É a partir daqui que o texto começa a ficar... Forte, digamos assim. Portanto já sabe, né? Você estará sujeito a cenas fortíssimas, tem certeza que deseja continuar?

Então, 'tá! Você que sabe.

'Bora lá!

Luffy, Eustass e eu fomos criados num orfanato... Não, o correto seria dizer: Crescemos lá! É que não acho que fomos criados pelas “tias”, mas sim que elas nos aturavam. Fomos abrigados lá por obrigação. Ou seja, não tivemos uma criação decente.

Todavia, pra mim, nós três sobrevivemos por nossa própria conta naquela selva chamada: “orfanato”. Éramos tão comportados que ninguém quis nos adotar. Não me pergunte quem foram as “putas” que nos pariram porquê é óbvio que não sei e nessas alturas nem quero saber.

Como ninguém quis adotar três crianças medíocres com muitas tendências a se tornarem verdadeiros marginais, quando completamos maior idade, juntos, alugamos um apartamento no meio do nada em uma cidade que ficava longe de tudo.

Longe do mercado, do hospital, do tráfico, dos becos das chinas, do ponto de ônibus, do centro da cidade, do posto de saúde, da farmácia, enfim, longe tudo e de todos. Completamente isolados, como selvagens.

Por que escolhemos esta cidade no meio do nada? Por que o aluguel do apartamento era barato. Obvio. Afinal quem seria louco de vir morar neste inferno?

Perdão inferno, não quis te ofender.

Dividimos as despesas juntos, mas nem tudo que fizemos até hoje foi sempre juntos.

Espera um pouco só quero corrigir uma coisa nessa história toda! Eu, na verdade era uma boa criança, sabe? Mas como andava demais com as más companhias (ou melhor, como elas estavam sempre grudadas no meu pé), quando faziam alguma travessura, eu, o ser mais inocente do mundo era castigado junto.

As tias eram tão gentis que além de nos obrigarem a nos ajoelharmos no milho cru, elas também nos levavam para um quartinho escuro, sujo e fedido que ficava nos fundos da instituição. E por lá ficávamos cinco longos dias trancados.

Ah, bons tempos aqueles.

Sim, este comentário nostálgico foi sarcástico, então não seja um jumento em acreditar nele.

Para Eustass, que aproveitada a escuridão para fazer atrocidades com o Luffy, era conveniente ficar trancado lá, mas para mim... era uma verdadeira tortura.

Mas como ia dizendo... Nos mudamos pra cá, já faz dois anos que vivemos juntos, e só agora percebi que não é nada legal dividir o mesmo teto que esses dois. Todos os dias é um sofrimento e não é exagero, eles são loucos, pervertidos e insanos.

Começando pela relação doentia que possuem, não sei dizer se eles se amam ou se odeiam. Eustass vira um demônio quando se trata do Luffy, esse é o motivo pra eu estar aqui escrevendo este texto.

Neste momento Eustass está no quarto trancado com Luffy, mas a uns minutos atrás eu estava sendo enforcado e ameaçado a ser jogado do quinto andar por ele. Foi assustador, o maldito ria insanamente da minha cara de pavor, enquanto segurava a gola da minha camisa. Mais assustador ainda era ouvir Luffy atrás dele gargalhando e dizendo o tempo todo:“Omoshiroi”, como se fosse a coisa mais divertida do mundo, em vez de me ajudar.

Vocês devem estar se perguntando o motivo disto tudo, não é mesmo? E a resposta é obvia: Ciúmes!

Ele se enfureceu porque flagrou o Luffy me beijando na cozinha.

Sim isso mesmo, beijando.

Ah, não me venha com perguntinhas idiotas do tipo: “Vocês são gays?” 'Tá bem? Essa resposta também é óbvia, oras.

Quê, não é? Meu cú que não!

Se eles são, não sei, mas eu não sou. Então porque eu deixei o Luffy me beijar?

Bem... Acontece que o Luffy... É... Er... É uma coisa complicada.

Não me peça pra explicar, só olhando para ele pra entender o que é. Sério, o baixinho é um perigo para sociedade, ele tem um jeitinho... Tão engraçadinho... E me olha com aquela determinação, ah, e aquelas risadinhas?

'Tá parei. Voltando ao assunto... Isto, foco!

Contudo, foi o Luffy quem começou primeiro, ou seja: ele que me beijou! Então, isso faz de mim a vítima nessa história, né não?

'Tá certo, admito que tenho uma parcela de culpa, afinal correspondi e... Minha mão esquerda sem que eu percebesse pousou na cintura dele e a outra na nuca e com isso fui aprofundando o beijo. Mas qualquer um no meu lugar teria feito mesmo. Falo sério, como disse antes, Luffy tem uma... Coisa que é impossível de explicar e resistir. Essa coisa me puxa pra ele, é simplesmente irresistível, todos os dias tenho que lutar contra meus instintos.

E nós dois já fomos muito mais além de um simples beijinho, só que todas as vezes foram escondidas de Eustass, claro, do contrário não estaria mais neste mundo. Dizer que ele é ciumento seria uma grande mentira, pois ele é possessivo. Obcecado. É complemente doente pelo Luffy. Ninguém pode chegar perto, sequer encostar ou até mesmo olhar pra ele.

E tudo isso começou naquele quartinho escuro, lembram? Foi lá que tudo começou... Não, espera um pouco, se bem me lembro começou numa noite dentro do orfanato. É! Começou a assim, passava um filme de romance na TV aberta.

Por algum milagre do céu, nós três estávamos assistindo comportados. Naquela época Luffy tinha nove anos de idade, mas a mentalidade era de quatro, tamanha era a inocência do bichinho e Eustass e eu tínhamos onze.

Óbvio, que uma criança inocente como Luffy, ficaria curioso depois de assistir os dois atores se beijando de uma maneira tão... Apaixonada.

Eu lembro de tudo como se fosse recente, depois daquele dia Luffy começou a se distanciar, sempre andava no mundo da lua, sonhando acordado, já não mais fazia traquinagens com Eustass, não se metia mais em confusão, enfim o garoto parecia outra pessoa. E claro que aquela súbita mudança não passaria facilmente despercebida por Eustass, que não era idiota de ficar calado vendo tudo aquilo, e olha que ele aguentou até onde pode, pois estava pensando que talvez aquilo tudo era apenas uma fase, que logo passaria. Mas conforme os dias iam passando Luffy se distanciava mais dele... Digo de “nós”.

E quando Eustass Kid é ignorado... Não resulta em coisa boa. Ainda mais quando é ignorado pelo seu fiel seguidor e companheiro de travessuras. Ele não pôde mais encarar aquela situação naturalmente e chegou no limite da paciência.

Principalmente quando flagrou Luffy brincando com a menina chamada Nami. Sorria pra ela de forma tão espontânea e inocente. Ah, aquilo foi a gota d’água para Eustass! Naquele dia estávamos sentados debaixo de uma árvore e eu o vi fechar as mãos em punhos cerrados enquanto olhava a cena, daí ele murmurou: “Esta noite ele vai me ouvir”.

E não deu outra, vinte e duas horas da noite era o horário de todos estarem em suas camas, naquela noite quando a velha Kokoro apagou as luzes e desejou um: Boa noite, crianças! Eustass pulou de sua cama para a do Luffy, para o nosso azar, nossas camas ficavam no centro das outras, portanto todos poderam ver o que acontecia.

A comoção foi geral em todas as vinte e sete camas daquele imenso quarto assustador, algumas crianças choramingavam, outras olhavam horrorizadas para o moleque ruivo sentado sobre as pernas do inocente Luffy, pressionando um canivete, (que eu não faço ideia de onde conseguiu), contra seu pescoço.

E o azarado Law aqui, ficou assustado com aquilo e resolveu interferir antes que uma tragédia acontecesse, contudo, algum espertinho conseguiu sair do quarto sem ser percebido e nos dedurou para a velha Kokoro.

Naquela noite apanhamos tanto que só de lembrar meu traseiro lateja até hoje, passamos oito dias seguidos sem banho no quartinho, sujo e fedido nos fundos da instituição, até mesmo eu que só tentei interferir fui castigado. Pois é, lembram quando disse era punido junto com eles, mesmo sem levantar um dedo durante as travessuras?

Entenderam agora? Só me ferrava por culpa deles.

E foi numa daquelas noites no quartinho que aconteceu! Fazia dois dias que estávamos ali, os dois pareciam dois animais brigando, Luffy estava todo sujo de poeira e cheio de hematomas pelo corpo. Eustass não estava diferente, mas a quantidade de hematomas era menor. Eu não movi um dedo para ajudá-los, fiquei quietinho no meu cantinho, encolhido fingindo estar dormindo, coberto por um cobertor velho de cor marrom. Ah só para ressaltar dormíamos no chão puro mesmo, o quarto possuía apenas uma mesa de madeira antiga e dois cobertores para dividirmos.

É, a situação naquela instituição era precária mesmo, o governo não ajudava porra nenhuma.

Voltando... naquela noite os ânimos dos dois tinham acalmado, Luffy estava agachadinho no centro do cômodo, Eustass em pé encostado na parede com os braços cruzados acima do peito de cara fechada. E como disse, eu estava encolhido fingindo estar dormindo.

'Nee.... Ki-chan — Ki-chan era o apelido que Luffy deu ao Eustass por causa do ‘Kid’.

Você sabe como dar um beijo? — Perguntou inocentemente.

Pela escuridão daquele quarto não dava pra ver, mas eu podia imaginar que Eustass naquele momento com certeza estava mais vermelho que um pimentão. (Ao menos combinava com a coloração estranha de seu cabelo.) Falando nisso, às vezes fico pensando... Ele parece um tomate ambulante.

'Caham... foco!

Mas, mas....que merda é essa? — A pergunta saiu alterada e até um pouco rude.

Sabe, depois daquele filme... fiquei curioso e quero saber, eu falei com a Nami, mas ela também não sabe”.

Abri os olhos observando aquela cena, curioso com o desfecho. Luffy voltou a perguntar: 'Nee’, ‘nee você sabe? — Mesmo fingindo estar dormindo eu fiquei atendo, queria ouvir a resposta e notei quando o ruivo hesitou, mas no fim respondeu, não muito certo.

O-ora, essa! C-claro que sei — Era mentira, tava na cara, mas bem capaz que Eustass Kid ia admitir suas fraquezas.

Sério? — Indagou o baixinho surpreso, ele chegou a erguer cabeça e encarar com os olhos brilhando o rosto de Eustass. — “OHHHH SUGUEEEEE, KI-CHAN!” — E riu alto.

Eustass ficou sem graça e virou o rosto covardemente para sustentar o olhar admirado do Luffy.

Hump! ‘B-baka’ como eu não saberia? Deveria ter vindo falar comigo antes. — Disse ele cheio de si e Luffy riu.

Gomenasai’— Pediu ainda rindo sem parar — ‘Nee’, ‘Nee’ Ki-chan, me ensina!

A alegria nos olhos de Luffy quando fez o pedido, deixou Eustass sem chão, ele se negou, contudo, Luffy insistiu até vê-lo se dar por vencido... E no fim ele conseguiu.

AAAAAAAH. 'Tá, bem, seu merdinha”.

Eeeeeeeba! — Berrou jogando as duas mãos pro alto.

Er... feche os olhos. — Luffy obedeceu feliz da vida. — N-não vale olhar... Se olhar... Te mato.

Me vi obrigado a virar pra ver a cena com mais clareza. Eustass se aproximou dele, agachando-se ficando na sua altura e ficou alguns minutos encarando o bico escandaloso na boca do Luffy. Hesitou e olhou na minha direção como se estivesse certificando-se que estava dormindo. Fechei os olhos rapidamente para não ser descoberto e depois voltei a abri-los, quando sua atenção tinha se voltado a face do baixinho.

Curioso, queria ver como aquela história se desenrolaria, engoli a saliva quando vi Eustass colocar as duas pequenas mãos pálidas e magras, uma de cada lado do rosto do baixinho e se aproximar dele depositando um selinho tímido e inocente. Naquele momento eu senti minhas bochechas queimarem enquanto os olhava.

E foi a partir daquele dia que tudo ficou do jeito que hoje está.

Depois daqueles dias trancados fomos privados de se misturar com as outras crianças, pois ficamos vistos como mal elementos.

Eu tive o desprazer de presenciar muitas vezes Luffy acordar no meio da noite e na pontinha dos pés se enfiar na cama do Eustass.

Depois de começarmos a morar junto que a coisa foi ficando mais séria. Aqui fora Luffy tinha certa liberdade, diferente do orfanato onde éramos vigiados vinte e quatro horas por dia.

Ele fez novas amizades, aprendeu muitas coisas novas, assim como Eustass também aprendeu muitas coisas novas, coisas que na instituição jamais saberia o que significava.

E claro, tudo o que aprendeu ele ensinou ao baixinho, que ensinou a... Trafalgar Law.

É, eu mesmo, prazer.

Sempre deixei minha opinião sobre aquilo no ar, nunca me meti na vida deles e muito menos opinei em nada, ficava no meu canto ignorando ou tentado, mas não sou de ferro também, né? Eu ouvia todo o santo dia os sons eróticos que vinham do quarto ao lado do meu e aquilo não podia ser ignorado pelo resto da vida.

Certo dia estava somente eu e Luffy em casa sozinhos, assistindo um anime que passava na TV aberta, o clima tava calmo, bem tranquilo, até que de repente, Luffy se encheu do anime e disse sem um pingo de vergonha na cara:

Law, vamos fazer? — Não preciso nem dizer que meu queixo foi lá no chão. Preciso?

Ele nem me deu tempo de articular as palavras para formar uma resposta e já foi se atirando pra cima de mim.

Resumindo: Fizemos! E fizemos a tarde toda. E foi bom! Muito bom aliás!

Depois deste dia fizemos muito mais vezes.

Porém, Eustass, não sabia, só que suspeitava e não aceitava de bom grado.

Assim ele foi se tornando ciumento, sua personalidade foi ficando cada vez mais monopolizadora. Luffy não aceitava aquilo, até hoje ele não aceita, mas se diverte muito com as loucuras do outro, perdi as contas de quantas vezes cheguei da rua e encontrei pratos e copos quebrados e os dois deitados no sofá se agarrando, quase se “comendo” cheios de hematomas por todo corpo e bem tranquilos como se casa não estivesse caindo aos pedaços.

Os Hematomas não se comparavam com aqueles pequenos arranhões da época do orfanato, não, aqueles novos hematomas eram muito mais violentos. Cortes no canto da boca, narizes sangrando, dentes quebrados, já tinham passado de “apenas socos e pontapés”. Eustass apanhou várias vezes de vassoura, Luffy chegou a quebrar uma garrafa na cabeça dele, mas mesmo assim não toma jeito.

Eustass quase todos os dias me olha com ódio, nesses momentos sempre que vejo o ódio em seus olhos, um sorriso sacana aparece no canto da minha boca. Eu sei o motivo daquele ódio todo. Eu escuto do meu quarto Luffy e ele discutirem por minha causa. Isso o enfurece e eu adoro.

Não existe malícia em Luffy, ele se acostumou a fazer, não sei se rola um sentimento mais profundo ou se é apenas um laço de fraternidade. Não sei. Muitas vezes na frente de Eustass, ele me chamou para se juntar a eles. Mas bastava olhar para o outro e ver seus olhos brilhando em fúria e irritação, que eu não pensava duas vezes em me negar. Além do mais sou muito sofisticado para fazer sexo com mais de uma pessoa.

Mas de uns tempos pra cá venho sentido algo estranho, sabe. Algo semelhante a inveja, tenho ficado um pouco irritado de ver o laço forte que une os dois e me sinto cada vez mais excluído. Na verdade me sinto inconveniente, ninguém precisa me dizer que no meio dos dois, estou sobrando. É por este motivo que estou aqui escrevendo tudo isso, queria muito saber a opinião de vocês.

Devo ou não, me mudar? Mas...

Ah, espera um pouco que o Luffy 'tá vindo aqui. Ele acabou de sair do quarto, fiquei tão distraído enquanto escrevia que não notei este fato.

Ele acabou de sentar na mesa do computador, posso não estar olhando diretamente em seu rosto, mas vejo de reflexo o sorriso enorme na face infantil. Ele balança os pés pra frente e pra trás, de um jeito infantil, parece um menino de cinco anos, enquanto come uma pera.

— Hei, Law! — Ele chama como quem não quer nada.

— Hmn....? — Respondo sem parar de escrever e um silêncio de poucos segundos se faz presente.

Olho de canto e o vejo olhar para o teto distraidamente e depois me olhar nos olhos, sério.

Meu coração só falta soltar pra fora, volto minha atenção ao teclado sem parar de digitar. Ele solta uma risada gostosa e diz sem nenhuma vergonha na cara.

— Esqueci o que ia dizer. — Riu do mesmo jeito gostoso. Novamente o silencio se fez presente e eu percebo que se ele não falar mais nada não vou ter o que escrever.

Contudo ele volta a chamar minha atenção.

— Law! O que você 'tá fazendo? — Pergunta, olhando para tela do computador.

— Escrevendo. — Respondo sem querer dar maiores detalhes.

— Escrevendo? — Questiona inclinando sua cabeça para direita numa típica expressão de dúvida.

Sinto meu coração parar numa batida.

Ah acho que estou amando.

No inferno, só se for.

— Sim. — Respondo.

— Escrevendo o que?

— Sobre minha infância. — Menti, quer dizer: omiti.

De novo o silêncio.

Mas de repente decido falar sobre minha mudança pra ele, queria ver sua reação. Talvez eu pudesse reconsiderar dependendo do que ele diria.

— Luffy, estou pensando em me mudar. — Falei.

Seu sorriso escancarado morreu imediatamente, ele adotou uma postura séria, franziu a testa e me olhou nos olhos. Permanecemos daquele jeito por um bom tempo, em silêncio total.

Quebrei o contato visual desviando minha atenção para o teclado voltando a escrever, segundos depois, olhei de canto e o vi baixar a cabeça e em seguida murmurar sério.

— Não vou permitir isso.

—...! — Aquela seriedade era uma novidade pra mim. Em seguida voltou a me fitar e deu uma risada.

— Não tem graça sem você aqui.

Fiquei calado e ele continua a me encarar sorrindo abertamente.

— Hei, somos uma família, não somos? — Questionou e eu fiquei sem palavras.

Mais uma vez Luffy me provava o quanto era inocente.

Agora eu fico pensando: todos esses anos, mesmo que tenha tentado me manter distante deles, os dois sempre corriam atrás de mim, nunca me deixavam em paz. Como seria se caso eu me mudasse? Talvez Eustass fosse se sentir aliviado por não ter mais seu empecilho para atrapalhar sua vida sexual.

Por falar no diabo ele acabou de sentar no sofá e ligou a televisão, com uma lata de cerveja nas mãos, ignorando completamente nossa presença.

— Ki-chan... — Começou Luffy ganhando uma reação dele. — Law disse que quer se mudar.

Silêncio total.



Nani?!! — Ele questionou com um tom ameaçador, imediatamente se ergueu do sofá e eu fui obrigado a olhá-lo. Veio até mim e me puxou pelo colarinho da camisa me obrigado a ficar em pé, de frente pra ele. — Quer dizer que depois de todos esses anos você quer se livrar da gente?

Não respondi, fiquei fitando-o sem palavras, chocado demais para dizer alguma coisa.

Luffy soltou uma risadinha, se divertindo com situação.

— Quer se mudar? Vá em frente, perdedor. — A risada do Luffy morreu vi que ele tentou interferir de um jeito sério e reprovador, mas Eustass fez um movimento impedindo-o de falar alguma coisa. — Vá em frente, mas vamos te perseguir pelo resto da tua maldita vida.

Em seguida fui largado bruscamente e empurrado. Luffy voltou a rir divertindo-se, subiu na cadeira ficando em pé, não percebi de imediato, pois ainda estava em estado de choque com as palavras “carinhosas” de Eustass, mas o baixinho se pendurou nas minhas costas e gritou bem alto.

— EBA!

E agora o que faço? Devo ou não me mudar?


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Não gostaram? Deixem reviews.
*Omoshiroi - Interessante.
*Sugue - Pelas minhas pesquisas sugue é o mesmo que sugoi, mas abreviado. Corrijam-me se caso eu estiver errada.
*Gomenasai - Pedido de desculpas.