Never Alone escrita por Bella Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196809/chapter/1

Pov Nikke


Os últimos raios de sol iluminavam a cidade de Paris levando a fonte de calor que me aquecia. Já se podia ver algumas lâmpadas acessas na cidade lá embaixo, algumas lojas fechando as portas,algumas pessoas se recolhendo no calor de suas casas depois de um dia cansativo de trabalho e outras iniciando o trabalho.

- Nikke querida está na hora – disse vovô esfregando meus braços que estavam arrepiados. Suas mãos quentes causaram um certo desconforto na minha pele gelada, mais logo passou.

Vôvô Victória era a única amiga que eu já tive de verdade, apesar de não passarmos muito tempo juntas ela era a pessoa mais próxima que eu tenho na vida, a única pessoa que conhece meus medos, minhas angustias, minhas tristezas e a minha dor.

Ela morava em Paris e eu sempre venho passar as férias aqui. Esse tempo que eu passo com ela é quando eu estou realmente feliz, mais quando eu volto pra casa o meu inferno começa, ele dura um ano até eu poder voltar para ficar com ela de novo.

Suspirei e virei de frente pra ela. Vôvô era uma mulher bonita, cabelos curtos, olhos castanhos, pele pálida e passava uma impressão de que era uma megera. Mais ela é exatamente ao contrário, doce, gentil, meiga, carinhosa, pelo menos comigo.

http://www.reidaverdade.com/wp-content/uploads/2011/01/Meryl-Streep-3.jpg - vôvô.

- Você vai comigo até o aeroporto¿ - perguntei tentando não demonstrar o tom de suplicia na minha voz.

- Claro meu amor – disse ela beijando minha testa e me abraçando apertado.

- Vou sentir sua falta Vôvô – falei com a voz embargada.

- Eu também  – disse ela e se afastou para segurar meus rosto entre as mãos – E você sempre pode me ligar, não importa hora, lugar ou circunstância.

Senti as lágrimas transbordarem dos meus olhos e ela passou o dedo delicadamente limpando.

- Senhora Macpherson se não quisermos ficar atolados na neve é melhor irmos agora – disse Oliver, o motorista.

- Já estamos indo Oliver – disse Vôvô – Vamos querida.

Assenti respirando fundo, teria muito tempo para chorar daqui até Los Angeles. Saímos do prédio da minha avô cercadas por flashes.

- Será que eles não cansam¿ - falei chateada. Será que nem quando está frio eles param de ficar correndo atrás fofocas.

- Não ligue pra eles querida – disse Vôvô me abraçando pelos ombros.

Chegamos ao aeroporto e fomos levadas direto até uma sala privada onde ninguém poderia nós incomodar. Ficamos lá até anunciarem meu vôo, vôvô me deu um beijo na testa e me abraçou apertado. Enquanto me afastava dela sentia meu coração sendo imprensado, como se as paredes do meu corpo estivesse sufocando ele, era o sinal de que minha vida estava voltando a ser o que era antes; sozinha, triste e sem nenhuma pessoa ao seu lado.

Pov Tom

Droga odeio frio, maldita hora que eu tive um irmão que é obcecado por moda. Viemos a Paris só pro Bill assistir um desfile de um tal de Givenchi, ou seja lá o que for.

Eu tinha vindo para ver, quer dizer dar uns pegas numas gatinhas européias, mais nem isso eu consegui. Bill não me deixava em paz um segundo, ficava me arrastando de um desfile pro outro,onde só tinha velhas e homens gays que me olhavam de um jeito que eu não gostava nem um pouco. Até as modelos não valiam nem a pena olhar, magrelas, pernas secas, sem peito, sem bunda,sem nada. Eu gosto de mulheres com ão; bundão, pernão, peitão  e tudo que eu tiver direito.

Mais graças a deus já acabou, hoje estávamos voltando para o calor de Los Angeles.

- Ai meus deus Tom – disse Bill parecendo aquelas fãs malucas – É a Victória Macpherson.

Bill mostrou uma corôa, até que não era de se jogar fora pra quem gosta de mulheres maduras. Ela estava abraçando uma garota de cabelos vermelhos ou rosa escuro sei lá, mais eu não consegui ver o rosto dela, por que ela se virou e foi embora.

- Grande coisa – falei levantando e indo em direção ao portão de embarque o mesmo onde a garota tinha sumido.

- Eu vou falar com ela – disse Bill e caminhou diretamente para a mulher, passei direto por eles para não ser envolvidos em uma conversa de sapatos, bolsas, roupas e mais dessas idiotice.

A aeromoça, que era muito gostosa por sinal, me levou até o meu acento e perguntou se eu precisava de alguma coisa. Não tinha quase ninguém na primeira classe, só um senhor de uns 40  anos de cara fechada e uma garota, pelo o que eu deduzi devido está de capuz rosa, sentada duas cadeiras a frente da minha.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Bill apareceu todo empolgado dizendo como a mulher era educada, chique e blá blá blá.

Bill gostava de ficar na janela, o que era perfeito pra mim já que eu tinha um pequeno pavor de alturas,então não seria nada agradável sentar na janela e olhar o altura que estávamos distante do chão.

Coloquei meus fones de ouvido escutando o meu rapper favorito, fechei os olhos relaxando e tentei esquecer o fato de que estávamos a milhares de km distante da terra firme.

De repente o avião deu uma sacolejo violento,ouvi um grito, e alguma coisa caiu encima de mim, era a garota de capuz rosa.

- Desculpe – disse ela levantando rapidamente.

Seus cabelos vermelhos estavam tapando seu rosto e quando ela o afastou da cara pude ver sua face.

Ela tinha olhos azuis envoltos em uma maquiagem forte que nesse momento estava um pouco borrada e tinha uma tristeza refletida no seu olhar, estava tão exposta como se aquele fosse o único sentimento  que ela já experimentou na vida. Não sei o que me deu para pensar essas coisas, mais eu senti um forte instinto de proteção em relação a ela. Sua pele era branca como leite, sua boca era carnuda rosada e ela tinha um piercing no nariz.

http://1.bp.blogspot.com/-dS8qG2jjGZw/TjNQOBbNezI/AAAAAAAABGg/43VNuZDxOXw/s1600/dark-red-hair.jpg - Nikke.

- Tudo bem – falei gentil.

- Está tudo bem por aqui¿ - perguntou a aeromoça.

- Sim foi só ... um pequeno acidente – falei descontraído.

A garota deu um sorriso, que não chegou aos seus olhos.

- Desculpe de novo – disse ela e foi para a parte de trás do avião onde ficava o banheiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!