I Am Innocent - O Barão Sangrento escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 24
Vinte e Uma


Notas iniciais do capítulo

Espero q gotem =] (~le reta final~)



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Não corri até ela. Esperei que o outro dia clareasse e a manhã se tornasse tarde, quando finalmente a encontrei. Estávamos ambos na biblioteca. Eu não podia esperar mais. Sabia que com o cair da noite o diadema não poderia mais ser encontrado.

Seus olhos azuis estavam mergulhados nos livros de Poções. Ela ainda estava animada. Sabia, ou melhor, acreditava que naquele dia ganharia seu tão merecido prêmio. Parei minhas atividades, encarando-a profundamente. Percebendo minha pausa ela levantou as íris de safira em minha direção.

- Que é? – perguntou, rindo. Nunca havia tido humor melhor.

Sorri após um segundo de hesitação. Logo retirei o anel do bolso do casaco, estendendo-lhe. A única reação que teve foi sorrir. Era incrível como ela sorria com os olhos.

- Sim. – disse.

Mas eu não conseguia me contentar. Minha amada o percebeu.

- Will? – chamou, a voz parecia carregar uma pitada de cautela. – Que há com você?

Não me aguentei. Respirei fundo, mas não pensei. Tomei seu braço, puxando-a com muita força e pouca educação, fazendo-a soltar murmúrios de protesto.

- Que pensa estar fazendo? – perguntou, incrédula. Suspirei antes de começar. E contei-lhe tudo o que vira na noite anterior. Vi aos poucos seus olhos se arregalarem em surpresa, em tristeza. Ela deixou os lábios entreabertos por muitos minutos e eu apenas a encarei, sua mente à procura de uma solução. Logo sua expressão tornou-se mais límpida e sua face endureceu. – Vem. – não fora um convite. Foi sua vez de levar-me escada acima, puxando-me e vi logo seu destino.

O 7º andar.

Eu a vi entrar na sala. Ela não precisava ter-me dito nada, eu a conhecia o bastante para entender o que faria, quais os pensamentos que passavam por seu astuto cérebro. Aquele prêmio era seu, unicamente seu, por merecimento e herança. Não pude impedi-la, ou, se pude, não o fiz.

Quase uma hora depois ela reapareceu. Eu vi em seus olhinhos espanto e culpa. Veio em minha direção, em suas mãos a sacola de pano, eu sabia o que estava ali.

- O... Que diabos pretende fazer com isto? – perguntei, incrédulo. Ela sempre fora um exemplo de garota. Era incrível como havia bolado uma solução e tomado a decisão assim tão rápido.

- Sabe por que não ganhei isto, Will? – perguntou, mas não respondi uma única palavra. – Sabe? Inveja. Ela tem inveja, Will. – eu não manifestava opinião. Mas via que, de certo modo, ela estava certa. – Vou destruí-lo. Não... Vou usá-lo para que os conhecimentos não se percam, e então irei destruí-lo. Mas... Longe daqui.

Eu não pude fazer nada. Mas soube que naquele momento, algo nela estava diferente. Algo havia mudado. Em seus lábios vermelhos, um sorriso expressava genialidade. Nos olhos azuis, chamas de uma loucura contagiosa queimavam ardentemente.


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Notas finais do capítulo

beem, comentem, ok? pra saber o q axam
beijooos
cecii