I Am Innocent - O Barão Sangrento escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 12
Dez


Notas iniciais do capítulo

ooi, desculpem a demora ^^ eh q eu tava sem net D:
[...]
espero q gostem, esse eh bem importante, mas ta fail ^^ apesar de q eh maiorzinho *O*



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Aqueles corredores sempre pareceram silenciosos demais para mim. Não havia nem mesmo um ruído, uma respiração além da minha. Talvez por isso eu o amasse tanto. Desde aquele dia, até 7 meses e 3 semanas, exatamente, depois, eu ia até lá. E ficava quieto. Parado. Pensando em mim. Na vida dos outros. Nela.

Eram os corredores do 7º andar.

Porém, naquele dia, meu precioso silêncio fora quebrado. Um resmungo baixo próximo às escadarias me chamou, particularmente, a atenção. Minha curiosidade exagerada, como sempre fora, foi mais rápida do que minha capacidade de pensar. E eu fui até lá.

Os ruídos de resmungos continuavam, entrecortados pelo som de um pequeno choro. Foi quando vi aquele quase transparente ser dobrar o corredor.

Um POTERGAINST. Eu nunca tinha visto algo igual, mas já ouvira falar deste ser que rondava os corredores de Hogwarts. Brincalhão, bagunceiro e, acima de tudo, morrinhento.

Haviam discussões sobre o lugar de onde ele veio. Eu sabia que era alguém importante que vivera nos tempos de ouro do fundador de minha casa, Sonserina. Mas não sabia quem.

Por mais algumas curvas intermináveis, eu segui o pobrezinho, até que finalmente tomasse coragem para um breve “Ei!”. Mas foi o bastante. A criaturinha parou, olhando-me curiosamente. Seus olhinhos praticamente invisíveis percorreram-me de cima a baixo, antes que ele demonstrasse alguma reação. Apontou para a bolsa que eu carregava e, em seguida, para o lugar onde deveria ser seu estômago.

Só então notei que o que deveriam ser seus olhos estavam marejados. Ele estava com fome. Rapidamente assenti, abrindo a bolsa e removendo um pedaço do pão que eu trazia. Atirei-o em sua direção. Ele velozmente voou no pequeno pedaço macio, abocanhando-o de uma vez só. Apontou-me novamente. Eu sabia que aquilo não o havia enchido, então atirei outro pedaço, apesar de saber que ele nunca seria saciado. O gesto se repetiu. Por mais 2 ou 3 vezes, atirei os pedaços de pão para o POTERGAINST, até que me visse de mãos vazias. Gesticulei para ele, explicando minha situação.

O pobrezinho se aproximou, e vi que ele estava prestes a chorar. Porém, mantive minha negação para este. E logo me arrependi. Pois ele irrompeu em lágrimas, deixando escapar gritos de insatisfação. Além disso, batia no chão e nas paredes com o que deveria ser “força”, derrubando quadros e puxando cortinas.

- Er... – eu me embaracei – Desculpe, eu não tenho nada.

Minhas desculpas não surtiram efeito. Ele parece nem mesmo me ouvir. Assenti, descendo para a cozinha o mais rápido possível.

Os dias que se seguiram não demoraram a passar. Desde aquele acontecimento, minhas idas ao 7º andar sempre coincidiam com as visitas do POTERGAIST. Não que eu me importasse. Alimentá-lo me era agradável. Enquanto o fazia, eu não hesitava em conta-lo sobre os acontecimentos do meu dia. Isso porque descobri que ele não podia falar. Por isso, não contaria meus segredos a ninguém, apesar de eu não poder descobrir sua identidade. Mas era bom desabafar. De qualquer maneira, ele podia morrinhar. Toda vez que eu atrasava alguns minutos, trazia pouca comida ou me mantinha mais calado, o berreiro começava. Por isso apelidei-o de Pirraça. Mal sabia que seu verdadeiro e esquecido (não só pelos outros, mas eu me certificava que pelo próprio Pirraça, assim como sua história, experiências e personalidade) nome carregava na frente um Slytherin.


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