Era uma vez, um soldado. Eram tempos difíceis, a guerra assolava o país. Portanto todos os homens com idade de 20 a 50 anos foram convocados para serem soldados, a deixar suas famílias, seus filhos, e a seu lar. Dentre todos aqueles homens que partiram achando que iriam defender a honra do país, havia um. Um único, que achava que a guerra já estava perdida. Para todos. Que achava que o simples nome "guerra" já trazia dor e sofrimento, que "guerra" era sinônimo de "perdas" e rezava todos os dias para que sua esposa e filha ficassem em segurança. Mas como ele mesmo supôs, a guerra já estava perdida. Depois de alguns anos o país perdeu a guerra, e os ex combatentes humilhados, pobres e feridos voltam para suas casas, Ou o que restou delas. O soldado, caminhava em direção a sua casa, rezando para encontra-la inteira, rever o sorriso de sua esposa, e ver sua filha correndo em sua direção gritando "-papai!!". Há. Passou longe disso. Seus joelhos bambearam ao ver tudo destruído, sua casa queimada pela metade. Tomado pelo desespero, correu para dentro de da casa, tropeçando na porta quebrada, procurando por elas gritando-lhes os nomes. Abriu a porta do ultimo quarto e caiu de joelhos, lagrimas desabavam de seus olhos. O corpo de sua amada esposa, estirado no chão, sob o de sua filha, contornados com o vermelho do sangue seco de ambas. "A guerra já estava perdida" disse, e disparando o ultimo tiro de sua pistola contra sua cabeça, para poder reencontrar sua família depois de tanto tempo.