O outuno logo desceu a cidade de Tomoeda. Podia-se ver a folhas das grandes àrvores ficarem amareladas e

com tons marrons, já secas, e os galhos finos das àrvores revelados. Sakura, estava passeando pela calçada.

Não estava acompanhada de ninguém. Andava despreocupada olhando a paisagem de tons e as árvores

mecherem suavemente. Batia em seu rosto um vento tão gostoso, como se fosse uma pessoa lhe fazendo um

carinho na sua face. Ela estava em momento de extasy.

- Sakura, o que foi? Parece feliz_ perguntou uma voz já conhecida.
- Yukito!_ela sorriu. Estava olhando a paisagem e me senti tão bem, com uma leveza...
- Pensei que sua estação favorita fosse a primavera.
- Mas é, não sei porque dessa vez eu reparei nisso. Estranho não?!
- O outuno e o inverno são o que renovam a primavera. È como se eles limpassem e fizer as flores ficarem

mais lindas e as àrvores com mais frutos.
- Entendo.
- Sakura, quando fizer algo que não de certo, não desista, faço o melhor que você puder.
- Obrigado! Você vai lá pra casa?
- Não, infelizmente hoje eu vou trabalhar. E a minha escala de trabalho não bate com a do seu irmão. Outra hora

eu passo por lá.
- Então tá bom. Tchauzinho Yukito.
- Tchau Sakura, mande minhas lembranças ao seu pai e ao Shoaran.
- Tá."Depois que o Touya e o Yukito escolheram profissões diferentes, o Yukito tem indo menos lá em casa...é

uma pena, Yukito é como se fosse um irmão para Touya e para mim"_ pensou Sakura.

Sakura chega em casa.

- Já cheguei_colocando os livros sobre a mesa e colocando o avental.

Ao terminar o jantar a campanhia toca.

- Já vou. Oi Shoaran.
- Podemos conversar?
- Claro, entra. Eu vou até a cozinha preparar um pouco de chá.
- Não precisa.
- Aconteceu alguma coisa grave?

Sentaram no sofá. E Shoaran olhou para Sakura que já estava apreensiva.

- Sakura eu quero terminar com você.

Sakura entrou em estado de choque.

- Vou embora.
- Shoaran, o que está acontecendo?_derramando lágrimas em despero. O que eu fiz de errado?
- Nada. Só não gosto de você. Não gosto de ninguém.
- Que isso Shoaran!
- Me deixa em paz sua estúpida.

Sakura cai em lágrimas na sala. E Shoaran sai sem falar mais nada. Kero ouve os grunhidos de choro.

- Sakura o que ouve?
- Kero me deixa sozinha.
- Mas o que ouve?
- Amanhã eu falo sobre isso.

Subiu correndo a escada do quarto e jogou o avental.

Touya foi o primeiro a chegar em casa depois desta situação. Achou as coisas de Sakura intocáveis. Não viu a

louça suja e ninguém comeu a comida. Sentiu então que alguma coisa deve ter deixando a irmã infeliz.  Apertou

o avental quando disse: "Moleque". Mas para não chatear a irmã, deixou que ela tivesse a paz que merecesse.

Sakura mal pregou os olhos, chorou a noite inteira. Quando foi para a escola, já estava muito atrasada. Seus

olhos estavam cansados. E seus familiares já tinham saído.

- Sakura o que aconteceu com você?_ perguntou a Tomoyo diretamente e o resto da sala pode se ouvir um eco

da mesma pergunta.
- Não é nada. Depois conversamos.
- O Shoaran está te procurando em todo o lugar Sakura.

Shoaran abre a porta da sala respirando ofegante, suado e todo sujo.

- Sakura, você está bem? Aconteceu alguma coisa?
- Fico feliz que Kinomoto e Lee já estejam aqui. Agora vão se sentar nos seus lugares._ sentenciou a professora

de Biologia II.
- Não quero mais falar com você._ e começou a lacrimejar. Por favor sai de perto de mim.
- Sakura o que foi que eu fiz?
- Por favor Lee.
- "Lee", a quanto tempo você não me chama pelo meu sobrenome. O que está acontecendo?
- Você já não viu que ela não quer falar com você, por favor não insista. _ respondeu Zephyr afastando

educadamente Shoaran.
- Mas Sakura, nós precisamos conversar.
- Sakura, o que o Shoaran te fez?
- Tomoyo, ele terminou ontem comigo.
- Oh! NÃO É PÓSSIVEL!_ Tomoyo alterou seu tom de voz mas logo voltou a falar mais baixo. Isso não é

póssivel Sakura, ele a ama muito. Muito mais que a própria vida.
- E como explicaria o que ele fez comigo ontem?
- Tem certeza que era o Shoaran?
- Tomoyo...eu reconheceria o Shoaran...(bocejo)