Lost Girl escrita por Jiyuuai


Capítulo 3
I need help


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, esse capitulo ficou muito pesado, mas não sei se vocês vão gostar, e eu sei que a história ta ficando muito depressiva mas ela é bipolar mesmo rs.



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Acordei de manhã com vários outros moradores de rua me cercando, estavam todos dormindo, pela posição do Sol deveria ser umas nove e meia, fiquei por alguns minutos olhando as pessoas que passavam por mim, depois deitei novamente e fiquei pensando se alguém daquela casa ou da escola tinha notado que eu desapareci, mas eu duvido, eu apenas era um bonequinho, seja na escola ou em casa. Voltei a cochilar e acordei com um cheiro de almoço delicioso que me deu uma fome, mas como sai de casa sem um tustão algum tive que aguentar aquele cheiro, e bem, eu não era a única, vi que tinha vários outros moradores de rua em uma situação muito pior que a minha e dava muita dó de vê-los assim, comecei a tocar o violão sem noção alguma do que eu estava fazendo, as notas vieram em minha mente e meus dedos apenas foi obedecendo, inclinei a minha cabeça para atrás imaginando ver o que ia sair, vi que algumas pessoas que estavam passando por la foram parando até que se formaram uma rodinha e eles deixaram algumas moedas próximas a mim, vi que eles estavam gostando porém cochichando alguma coisa a meu respeito por exemplo; "nossa! ela é uma mendiga mas sabe tocar violão?" ou "essa garota é muito talentosa pra morar na rua".

Depois de algumas horas tocando meus dedos começaram a doer, e peguei as moedinhas e notas que haviam deixado para mim, contei tudo, no total tinha 12 doláres e 32 centavos, bom, pelo menos dava para comprar algum sanduíche decente, pedi para o Leonard, um senhor, também morador de rua, cuidar do violão para mim que eu dividiria o sanduíche com ele, assim fiz, guardei as notas e as moedas no bolso e fui para a lanchonete mais próxima e comprei um lanche de peru e um suco grande, voltei e dividi o pão em dois, dei a parte maior para ele, vi que ele precisava mais que eu, e o suco fiz o mesmo.

(...)

Os dias foram se passando e eu fui me acustumando a morar na rua, tinha dia, que eu nem conseguia comer, pois o povo já não achava mais graça. Deveria estar mais de um mês morando naquela rua e até agora ninguém sentiu minha falta.

- Hey menina. - Virei a cabeça para o lado e era uma senhora, também moradora de rua.

- Sim?

- Hoje vamos tentar achar um lugar para tomarmos banho, vai vir conosco? - Ela disse num tom de sussurro.

- Claro. - Sorri amigavelmente. Afinal, fazia tempo que não tomava banho, isso parece e é muito nojento, mas não tinha lugar, todo lugar que tentavamos ir, não tinhamos sucesso, sempre expulsavam e humilhavam a gente.

Já era de noite e conseguimos ir ao abrigo apenas para tomar banho e jantar la, afinal, estava muito lotado, mas não liguei, já estava acustumada a dormir no chão frio e sujo, era a única opção, ou era isso ou voltar a viver naquele lugar, eu sei que estava sendo muito mal agradecida pois tinha tanta gente que queria a minha vida, mas eu sabia que se eu continuasse naquele lugar eu não ia aguentar, não mesmo.

No dia seguinte, bem cedo e fui para outra rua, mais movimentada que a outra em que estava dormindo, me juntei aos moradores de rua e comecei a tocar algumas músicas que sabia e a cantar, eles gostaram e jogaram algumas moedinhas e notas do meu lado, como aquela rua era a mais movimentada, o comércio era mais caro, então para comprar um café com leite e uma pequena panqueca daria no minimo 7 e cinquenta e era tudo o que tinha.

(...)

O inverno estava se aproximando e vários moradores conseguiram abrigo, eu foi a única que ficou la, passando frio fome e necessidades. Apoei meu violão como um travesseiro e deitei la, como era de noite, eu ia precisar arranjar um bom abrigo pois daqui a alguns dias ia começar a nevar e eu estava desprotejida, meu nariz estava escorrendo, e estava com uma gripe terrivel, e o frio estava horrivél, eu precisava de um abrigo logo.

- Hey você esta bem? - Um garoto veio até mim.

- Estou obrigada. - Disse.

- Você não parece bem. - Ele retrucou. - Vem comigo, vou te leva para a casa, assim quando o inverno passar pode voltar se preferir. Foi ai que eu comecei a já pensar nas consequencias e o que ele poderia fazer comigo, não era muito bom ir a casa de estranhos, mas era a unica saida ou morrer de pneumonia, mas eu não poderia aceitar, ia ser muito arriscado.

- Não obrigada, eu estou bem. - Disse.

- Vem. - Sua expressão mudou de gentil para furiosa, ele agarrou meu pulso com muita força e quis me arrastar.

- Não, socorro. - Gritei em tentativa de alguém me encontrar e conseguir me salvar, mas foi em vão, aquele cara me levou até um beco muito escuro, me jogou no chão e tirou aquele membro gigante, eu estava assustada demais para tentar fazer alguma coisa, ele me levantou a força e abaixou minha calça juntamente a minha calcinha e enfiou aquilo em mim com a maior violencia, doeu muito e eu gritei porém ele tampou minha boca, comecei a derramar lagrimas e eu estava com muito desespero, ele continuou fazendo aquilo. Algumas vezes eu tentei fugir porém ele me puxava pela a minha blusa que a mesma rasgava imediatamente. 

Aquilo parecia não ter fim, eu já estava orando a Deus para que ele parasse com aquilo e não fizesse algo pior. Quando ele parou eu me senti em um alivio tão grande e logo ele me jogou pra fora do beco, consegui levantar as calças, mas não conseguia me levantar, estava dolorida demais, comecei a chorar muito. Aquilo não podia estar acontecendo, comecei a derramar lágrimas de dezespero, estava na minha cara que tinha acontecido alguma coisa, eu queria encontrar um abrigo, queria que estivesse alguém para se preocupar comigo, mas ninguém se importava.


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Notas finais do capítulo

I ai? gostaram?



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